TRANSFOBIA, O ÓDIO QUE MATA

TRANSFOBIA, O ÓDIO QUE MATA

26-03-2008

Link: http://panterasrosa.blogspot.com/2008/03/propsito-da-onda-de-violncia-em-lisboa.html

Luna trans 42 anos brasileira, prostituta assassinada em Lisboa.

Vigília de homenagem.
Quarta-feira, 26 de Março, 20:00 h.
Praça do Toural, Compostela, Galiza.
(Vem com umha vela)

Resposta galega ao apelo internacional das companheiras e companheiros portugueses.

Texto adaptado do comunicado das Panteras Rosa de Portugal (frente de combate contra a lesbigaytransfobia)

Dous anos depois do brutal assassinato de Gisberta, no Porto, outra mulher transexual foi assassinada e o cadáver encontrado num contentor de entulho na zona de Lisboa.
Este é o caso de Luna, de 42 anos, com surdez parcial, de origem brasileira, há muitos anos residente e trabalhadora em Portugal, prostituía-se no Conde Redondo (Lisboa).
Nada sabemos sobre o crime que a vitimou nem sobre as suas motivaçons. Mas sabemos que a transfobia mata e que as pessoas trans estám muito mais sujeitas à violência do que as demais. Sabemos que a prostituiçom é muitas vezes um recurso de quem nom tem outras formas de ganhar a vida e que é dramático ter um género diferente daquele que o corpo sugere. Sabemos também que o preconceito e a discriminaçom som generalizadas, que a ignoráncia alimenta o ódio e gera a violência.
Luna nasceu mulher; o seu corpo, masculino, estava errado para a sua identidade. Tinha projectos, desejos e frustraçons como todas as pessoas. Luna foi uma mulher que luitou contra muitas dificuldades e, segundo os jornais, morreu vítima de grande violência, possivelmente alimentada por ódio, preconceito e ignoráncia. O seu corpo foi deixado num contentor de entulho, oculto por pedras e pó, como se fosse lixo, como se a sua vida nom tivesse valido a pena.
Como todas as vítimas potenciais, as e os trans precisam de formas de protecçom que lhes garantam igualdade de oportunidades e a possibilidade de umha vida digna. Precisam, como qualquer pessoa, de poder exercer o seu direito ao desenvolvimento da personalidade e à autodeterminaçom.
A identidade de género é um assunto que as instituiçons tardam a legislar e esse atraso agrava as condiçons de vida e sobrevivência de muitas e muitos trans.
Aturuxo (Federaçom de Colectivos LGBT da Galiza) ? Reafirmam o seu compromisso com a luita contra a transfobia em todas as suas formas e rendem homenagem a Luna.

Compostela, 26 de Março de 2008.

Escrito ?s 23:28:53 nas castegorias: Actividades
por LGTB   , 389 palavras, 1064 visualizaçonsChuza!

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