Organizada por Ceivar e em solidariedade com Ugio Caamanho e Giana Rodrigues, activistas do movimento associativo
A Esmorga Blogue.- O passado domingo dia 17 tinha lugar uma marcha as cadeias de Cáceres e Ávila, onde se encontram actualmente «retidas e à espera de julgamento», as militantes independentistas e activas participantes do movimento associativo galego, especialmente no projecto dos Centros Sociais de Ponte Vedra e da Maia, Giana Rodrigues e Ugio Caamanho.
Este acto, organizado por Ceivar, contou com a presença de quase uma dezena de sócias da Esmorga, entidade que apoia o Manifesto impulsionado pela Plataforma cidadá «Que voltem à casa!». Ao todo, deslocárom-se por volta de 50 pessoas até as cadeias espanholas para exigir «a repatriaçom e liberdade das Independentistas», bem como «mostrar o seu apoio e solidariedade com as companheiras sequestradas desde Julho de 2005 e retidas a espera de julgamento», conforme manifestárom.
Nas duas visitas vivírom-se momentos de «intensa alegria e emoçom por parte de todos e todas as assistentes pola proximidade física do Ugio e da Giana», embora também a «raiva ante a injustiça da repressom que estám a padecer».
Os assistentes lembrárom que neste ano declarado «da memória histórica», cumpre recordar que «não só no passado os galegos e as galegas forom vitimas da injustiça espanhola», mas também que «a dia de hoje há pessoas a sofrerem nas cadeias espanholas, castigadas longe das suas famílias e baixo um régime presidiário brutal, sem julgamento e baixo a ameaça deste ter lugar perante a Audiência Nacional de Espanha».
Embora isso, «os altos muros das prissões não forom capazes de conter o encontro das nossas vozes», afirmárom as participantes na marcha, salientando que «durante umas horas ergueu-se uma Galiza no meio do território espanhol».
De facto, o som e a alegria das gaitas e das pandeiretas não faltárom, e «a irmandade e o sentimento de País venceu, mais uma vez, a solidão, o medo e a saudade de todas as assitentes», destacárom.
Escrito ?s 02:13:28 nas castegorias: Associaçom, Notícias
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Alegra-me muito esta solidariedade da Esmorga com Ugio e Xiana. Tinha entendido que dum tempo a esta parte o Centro Social de Ourense supeditava agora a solidariedade com os presos a outros interesses, o qual me parecia completamente imoral. Alegra-me saber que a cousa nom vai por ai, e que A Esmorga se volca como sempre no reconhecimento e apoio aos/às independentistas presas. Nada, absolutamente nada, pode estar por cima da solidariedade mais calurosa e explícita cara quem estám em prisom por defender o que nós predicamos, e com quem agora só nos tenhem a nós e à nossa solidariedade para enfrentar dia a dia o seu cautivério. Que os seus rostos acompanhem em todo momento o nosso trabalho, porque o dia que nos avergonhemos deles ou os supeditemos a qualquer interês, teremos perdido toda a credibilidade como nacionalistas, e toda a dignidade como pessoas.
Acho que seria bom respeitar os textos tal e como se enviam já que estou a ver que o texto original desta nova não tinha aspas, ou quando menos consensuar uma solução com a pessoa que a escreveu. As aspas dão uma leitura muito diferente e o respeito ao trabalho das companheiras e companheiros deve ser uma prioridade na Esmorga.
Pelo demais dizer que foi um orgulho estar num dos actos mais importantes e significativos dos últimos tempos do movimento independentista galego e poder por um pequenino grão de areia para que a companheira e o companheiro presas não se sintam sós.Como nos berrou a Xiana VIVA GALIZA LIVRE!!
“Nada, absolutamente nada, pode estar por cima da solidariedade mais calurosa e explícita cara quem estám em prisom por defender o que nós predicamos”
Bom, para já era bom elucidar quem somos “Nós".
Depois, por se alguém estiver despistado ou despistada, a Esmorga solidariza-se com Ugio e Giana como presos/as para que recebam um trato digno como nos solidarizamos com a maioria dos presos e presas, políticos ou não. Isso foi o que se aprovou por unanimidade na nossa assembleia. Que eu saiba ninguém assinou nenhuma apologia do bombismo.
saúde e consciência
Valentim R. Fagim
“Nós", acho, somos as galegas e os galegos que defendemos a liberdade do país, a nossa cultura, o nosso ambiente, o nosso povo frente o imperialismo e o Capital…nom? Nós somos as nacionalistas galegas. Ugio e Xiana estám em prisom por defenderem isso, nom cabe dúvida. E reconhecemo-las como patriotas e exemplos de luita sem que para isso seja necessário assinar nengumha “apologia do bombismo".
Também reconhecemos e homenageamos as guerrilheiras anti-franquistas represaliadas, sem ter que assinar para isto apologia nengumha da luita armada, que é o que elas praticavam. E isso que também de aquela havia outras formas de luitar, e também a maioria das demócratas (chegadas a um ponto, mesmo as comunistas) rechaçavam a guerrilha e a violência como método de luita contra o franquismo. E o Foucelhas, e o Piloto, e o Mario Langulho…sim que se levárom vidas por diante!! Incocentes incluidos.
Ainda que nom estejamos com elas politicamente (como eu nom o estou com Anjo Quintana), qualquer nacionalista deve de estar moralmente com Ugio e Xiana, porque sabemos que som boas e generosas represaliadas precisamente por isto, e porque sabemos que os verdadeiros delinquentes estám na rua (e nom temos tanto complexo para meter o dinheiro nos seus bancos, beber os seus refrigerantes, vestir as suas sapatilhas…).