A Esmorga Blogue.- A Esmorga continua durante o mês de Fevereiro com o seu ciclo de cinema voltado para a sexualidade. Após a boa acolhida do primeiro filme projectado (Ma vie en rose), esta semana é a vez do director de origem turco, Ferzan Ozpetek, com Le Fate Ignoranti (2001).
Com esta produção italiana, adentramo-nos na história da Antónia, uma mulher que descobre ao acaso uma dedicatória amorosa dirigida ao seu marido já morto. Quando começa a procura desta pessoa, começa também outras procuras: a necessidade de saber quem era realmente seu marido, e a procura de si mesma e do mundo.
Este filme abre uma janela pola que vermos como a orientação do nosso desejo pode ir mudando ao longo da vida. Também reflexiona sobre a diversidade de modos de satisfazer a necessidade de afecto e de estabelecer relações pessoais baseadas no amor.
É um filme no que o desejo, em geral, e o desejo sexual, em particular, estão baseados na necessidade de conhecer, na vontade de compreender as pessoas com as quais nos relacionamos.
Próxima terça, 13 de Fevereiro, por volta das 20h30, a Comissão de Cinema promete ter tudo pronto para vos deixardes surpreender por este magnífico filme, lamentavelmente pouco reconhecido e galardoado fora de festivais e circuitos de gays e lésbicas.
Ficha Técnica do filme Título Original: Le Fate Ignoranti
Género: Drama
Origem/Ano: Itália/2001
Duração: 105 min
Direcção: Ferzan Ozpetek
Idioma: Italiano
(V.O. com legendas)Elenco: Margherita Buy (Antónia), Stefano Accorsi (Michele), Serra Yilmaz (Serra), Andrea Renzi (Mássimo), Gabriel Garko (Ernesto), Erika Blanc (Verónica), Rosaria De Cicco (Luisella), Luca Calvani (Sandro), Lucrezia Valia (Mara), Koray Candemir (Emir).
Prémios: Festival Internacional de Cinema Gay e Lésbico de Austin, Festival de Cinema de Flaiano, Festival Gay e Lésbico de Nova Iorque, Sindicato Nacional de Jornalistas de Cinema da Itália.
Sinopse: Após o falecimento de seu marido, uma mulher descobre ao acaso uma carta amorosa para ele. Decidida a descobrir quem é o remetente, ela parte em sua busca até descobrir que seu marido mantinha um caso homossexual em segredo.
Parabéns pola escolla, un filme moi digno, do que gostei moito e que fala tamén da necesidade de reformular o concepto de familia na sociedade occidental. Se Ourense non me quedase tan a desmán aínda recuncaba.
obrigada pola concorrência que está a ter o ciclo de sexualidade e que continue assim porque “outros filmes são possíveis” n´A Esmorga, é claro!
Sumo-me aos parabéns de toda a malta à Comissão de Cinema. São bem merecidos.
AVANTE COM A ESMORGA!!!!!