Altera Galiza*.- Dias intensos de trabalhos preparatórios, das viandas às bebidas, do mais tradicional (empadas, chouriços...) ao mais inovador (hibisco, falafel), da montagem do posto ao transporte... do convívio e demais, chegaram ao cume no sábado 25 de Agosto com a regência por parte da Esmorga, pela primeira vez na história, da área de comidas sita na entrada da Porta Nova, no Centro Histórico da capital do Ribeiro, no contexto da Festa da Istória 2007.
Apenas o sucesso ficou um bocadinho estragado após o grande aguaceiro que, por volta das 19h30, caiu violentamente na capital do Ribeiro, coisa que fez com que a festa já não pudesse ter um decorrer normal, pois a chuva acompanharia o resto da jornada. Mas o pessoal esmorgano tomou com muito humor o contratempo, sendo que foi a partir desse momento que houve oportunidade para aguçar mais o engenho e pôr boa cara à adversidade.
Mal fado? Não, não. A jornada tinha começado bem cedinho, com a partida da expedição esmorgana, por volta das 08h00, de Ourense até a vila medieval do Ribeiro. Pelas 10h00 o posto dava a andamento e já a partir daí o numeroso pessoal, enfeitado para a ocasião, não deixou de visitar a área de comidas da Porta Nova, onde uma polveira complementou o variado menu esmorgano.
Folga dizer que as empadas, o lacão e os chouriços assados «à moda medieval esmorgana» -sem esquecermos o polvo, claro, foram do mais procurado pelo pessoal. De facto, os preços populares e a variedade fizeram com que praticamente se esgotassem as existências.
Mas o labor didáctico do pessoal esmorgano conseguiu fazer popular quer o refrigerante de hibisco, quer a hamburger de falafel. Primeiro oferecendo para experimentar, logo a seguir conseguindo um bom número de adeptos de ambos produtos, até ao ponto de muito dos «medievais» lá presentes optarem por esse menu e virem propositadamente até a área de comidas da Porta Nova mais de uma única vez.
A alargada jornada deu, ainda, para diversos e curiosas anedotas. Destarte, mesmo houve um pequeno «incidente com a bandeira» devido ao lugar em que devia de ser localizada, finalmente resolvido sem maiores dificuldades...
Ainda, chamou a atenção a grande quantidade de visitantes, por sinal designadamente jovens, que se aproximou até Riba d?Ávia, na sua mor parte procedentes de fora do Ribeiro e mesmo da Galiza, o que deu para verificar mais uma vez que o espanhol se tem tornado na língua dominante mesmo entre galegos e até na festa medieval ribadaviense.
Embora isso, A Esmorga também levou a reivindicação linguística até a festa, conseguindo socializar entre os visitantes o galego e palavras como «garrafa», «copo» ou, ainda, «petisco» e «sande». Lamentavelmente nem todos os postos da Festa da Istória tinham a sua ementa em galego e, portanto, não fizeram o labor socializador desejado nesse âmbito.
A jornada serviu também para estreitar ligações de solidariedade e convívio entre o pessoal esmorgano todo e mesmo com o da associação irmã de «Arrincadeira», que colaborou solidariamente cedendo infraestrutura, apoio logístico e, claro, visitando o posto esmorgano.
Os gritos de «Arrincadeira, Arrincadeira» ouviram-se à par daqueles que ecoavam o nome da associação com sede social na cidade das Burgas. Os «músicos da rua», que também marcaram presença durante boa parte da jornada, animaram um dia de camaradagem e convívio.
Belém, Alice, Aurora, Laura, Raquel, Beltrám, Rucho, Lico, César, Iago, Tiago... e alguma malta mais que por lá chegou, foram a comitiva em representação da Esmorga e mesmo «dançaram» e «cantaram» até quando a chuva e as fortes rachadas de vento deram por concluída uma jornada medieval, além do mais, Histórica na Istória.
Notas:
* Crónica fornecida por Altera Galiza.
** Fotografias de Aurora Lopes Cid
Escrito ?s 01:09:09 nas castegorias: Associaçom, Notícias
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