A Esmorga Blogue - Esta sexta-feira, 17 de Dezembro, às 20h30, Artur Alonso Novelhe apresenta o seu novo poemário Filhos da Brêtema no nosso local.
Segundo lemos no site da Imperdível, Artur Alonso Novelhe dá-nos conta das suas inquietações, aspirações e sugestões com um idioma poético muito próprio e que o principia a singularizar na Galiza. Com efeito, quem tenha contactado outros produtos literários dele reconhecerá nesta nova proposta o seu estilo, inconfundível, que também se reflecte na sua maneira de recitar, e de dizer o seu discurso e o seu mundo.
É este um processo de crescimento individual, que se enriquece com uma continuada formação e um generoso esforço por atingir uma comunicação efectiva com o leitor. Esquece velhos clichês e procura uma linguagem nova que espelhe melhor os aconteceres deste século XXI, que na primeira década oferece interrogantes antes quase impensáveis, com os quais já estamos a conviver. São crises, reptos e oportunidades que batem com costumes que há de revisitar e revisar, talvez por não saber ler sinais que alertavam delas e que levaram a decepções que, com efeito, têm soluções, mas exigirão actuações com renovadas ilusões, energias e metodologias para não frustrar as expectativas.
Em Filhos da Brêtema emerge também a decepção, que leva mesmo o escritor a questionar-se o seu próprio trabalho; mas ultrapassa-se com fórmulas que tentam estabelecer esperanças para um futuro melhor em que o home, como a comunidade em que se insere, deixem atrás dependências desnecessárias e encarem uma convivência mais plural, multicultural e enriquecedora num mundo certamente globalizado. Mas com uma globalização que não signifique invasão cultural e submetimento: antes pelo contrário, que vise uma sociedade que saiba compartilhar melhor o meio e os meios, sem desigualdades, com diálogo cordial, com lutas em que não haja objectivos de infravaloração, mas de atingir umas condições de vida que façam acreditar numa existência melhor e diferente, e em que a colaboração, a solidaridade e a cumplicidade social sejam regra e não exercício excepcional.
A poesia que aqui se nos oferece leva a pensar nisso, e tenta ser um contributo para que as melhores ideias resultem bem sucedidas. Artur Alonso Novelhe nesta ocasião inova o Campo Literário galego e situa-se numa vanguarda que anda a abrir-se caminho, ao oferecer um dos primeiros produtos redigido segundo o novo Acordo Ortográfico.
Escrito ?s 11:40:18 nas castegorias: Actividades
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