Amanhã, dia 27 de março, Fernando Corredoira estará em Ourense a apresentar o manual 101 Falares com Jeito. O ato, que conta com a parceria da Esmorga, será apresentado pelo presidente da AGAL, Valentim Fagim, terá lugar às 19h45 no Museu Municipal e estará aberto a quaisquer pessoas interessadas.
Uma obra fundamental
101 Falares com Jeito é continuação da série de artigos que Corredoira publicou no Velho PGL entre 2002 e 2008. Foram 70 entregas em que o professor corunhês deu numerosas dicas para melhorar nos usos linguísticos e expurgar castelhanismos do nosso idioma, tal como assinalava Corredoira no artigo que iniciou a série e que integra agora o prefácio de 101 Falares com Jeito.
Esta obra «é um instrumento que resulta de uma conceção ecuménica do galego», enquanto que parte a integrar no espaço da língua comum: «a língua portuguesa, assim dita e conhecida porque foi a nação portuguesa que a tornou língua nacional e internacional». Esta visão da nossa língua e de nós mesmos «já não é nenhuma novidade. Aqui damo-la por ponto assente, por puro instinto de sobrevivência», aclara.
O autor
Fernando Corredoira (Corunha, 1965). Licenciou-se em Filologia Galego-Portuguesa na Universidade da Corunha (1992), onde seguiu cursos de doutoramento (1993-95) e apresentou a sua Tese de Mestrado. Bolseiro do Instituto Camões, frequentou o Curso de Língua e Cultura Portuguesas para Estrangeiros na Universidade Clássica de Lisboa (1993-94), bem como o Curso Universitário de Formação para Professores de Português, Língua Estrangeira na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1996-97).
Ensinou língua castelhana e literatura portuguesa na Universidade Federal de Goiás, no Brasil (1998-99). Regressou à Galiza e desde então (1999) trabalha como tradutor e intérprete de português. Foi professor de Língua Portuguesa na Escola Oficial de Idiomas (2001-2007).
Estreveu A Construção da Língua Portuguesa ? O Galego como exemplo a contrário (1998), bem como alguns artigos combativos sobre a questão da língua.Traduziu em colaboração A doutrina do ADN, de R. C. Lewontin (Laiovento, 2000), com Salvador Mourelo, e Linguas e Nacións na Europa, de D. Baggioni (Laiovento, 2004), com Mário Herrero, e alguns artigos académicos (1997: "A Melhor Orthographia"; 1998: "Cultismos Estranhos"; 2001: "A Questão da Ortografia. Poder, Impotência e Argalhadas", etc.). É responsável pola versão anotada do Sempre em Galiza de Castelão (ATRAVÉS|EDITORA, 2010).
Desde 2008 é membro da Comissom Lingüística da Associaçom Galega da Língua (AGAL) e da Comissão de Lexicologia e Lexicografia da AGLP. Colaborou no estabelecimento do Léxico da Galiza para ser integrado no Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (2009).
Escrito ?s 13:17:36 nas castegorias: Eventos, Lançamentos
|
|