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A A.C. Amig@s da Cultura apoia a Marcha que a APDR convoca polo feche do complexo ENCE-Elnosa o vindouro 11 de junho. Também apoiamos a sua reivindicaçom de que nom sejam renovadas as Autorizaçons Ambientais Integradas, posto que, com os dados oficiais na mao, incumprem a legislaçom em matéria de contaminaçom, polo que nom podem continuar a sua atividade incumprindo a lei.
Está já claro que as duas empresas nom querem abandonar Louriçám, é mais, nom assumem que nom podem seguir a partir de 2018 e pressionam à Junta do PP e ao Ministério de Meio Ambiente (PSOE) para que se saltem as leis e permitam a sua continuidade renovando-lhes a concessom com a que levam décadas estragando a ria desde que o regime franquista, pola força e a base de paus, impujo a sua instalaçom.
A crise capitalista nom pode ser umha excusa para tentar manter estas empresas em Ponte Vedra. É necessário já um plano para a recolocaçom laboral dos trabalhadores e trabalhadoras de ENCE e Elnosa, mas nem a Junta nem o Ministério falam disto nem dam passos nessa direçom, tam só procuram comprazer os proprietários das empresas.
Em teoria existe consenso sobre a nom continuidade do complexo no seu empraçamento atual, mas nom podemos confiar-nos porque nom seria a primeira vez que os políticos se pregam aos interesses da empresa, passando por cima da vontade popular maioritária e das suas promessas eleitorais. Nom esqueçamos que o anterior bipartido PSOE-BNG, que ?ia tirar ENCE da ria?, ajudou à sua continuidade renovando as AAI.
ENCE e Elnosa continuam a contaminar, a prejudicar a nossa saúde e danar o nosso entorno. Nem sequer as provas oficiais podem maquilhá-lo, apesar de serem feitas polas próprias empresas e nom pola Junta nem por organismos independentes.
Mas o problema principal do complexo ENCE-Elnosa, como denuncia o ecologismo coerente, é que está a impedir um outro modelo económico, tanto na nossa ria como em boa parte da Galiza. Na ria de Ponte Vedra porque prejudica o setor do marisqueio e da pesca. No conjunto do país porque ao promover o monocultivo do eucalipto, que necessita e depende da pasteira, reforça a tendência ao abandono e à morte do rural e os incêndios florestais, enquanto é um obstáculo para um outro uso do monte e dos seus recursos e para fazer viável um rural vivo.
Por todo isto apoiamos sem duvidá-lo a luita contra o complexo ENCE-Elnosa. A mobilizaçom popular é vital para conseguir o feche da pasteira, e agora mesmo mais que nunca. Nos próximos anos decidirá-se o resultado final desta luita e do nosso esforço e implicaçom, nom das boas palavras dos responsáveis das administraçons, dependerá a vitória.
Ponte Vedra, junho de 2011