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Nom sempre temos o privilégio de contar com a presença de pessoas que encarnam importantes passagens da histórica contemporánea em primeira pessoa. Essa foi a sensaçom que tivemos as pessoas que assistimos sexta-feira à palestra de Manuel Diaz no nosso Local Social, por iniciativa de NÓS-UP e UdaEG.
Manuel Diaz partilhou connosco as suas vivências desde que, aos 17 anos, abandonou a Galiza caminho da emigraçom cubana. Nascido na Póvoa de Brolhom (Terra de Lemos), Manuel trabalhou precariamente na Cuba de Batista até que resolveu aderir à guerrilha liderada por Fidel Castro no oriente da ilha, junto aos seus dous irmaos também galegos.
Um deles cairia morto polas balas batistianas, e ele próprio foi gravemente ferido por um projéctil de morteiro, mas sobreviveu para entrar em Havana, a 1 de Janeiro de 1959, sob o comando de Fidel, Che e Camilo, num épico episódio que marcava o fim da tirania e o início do processo revolucionário cubano.
Manuel combateria anos mais tarde, já como coronel, com as forças armadas cubanas deslocadas a Angola para defenderem esse país da agressom da racista África do Sul. Essas e outras experiências vitais enchêrom as quase duas horas de palestra, em que "el gallego", como era conhecido na guerrilha, reconheceu também que durante toda a sua vida nom abandonou a identidade galega, nem a saudade por voltar a pisá-la. De facto, decidiu por própria iniciativa dirigir-se ao público presente em galego, mais fluente do que o de alguns cargos públicos da Galiza oficial.
Escuitando Manuel, as pessoas que ali estivemos compreendemos um bocadinho melhor o sentido da histórica irmandade galego-cubana. Nomeadamente David Castro Veiga, veterano sócio da Fundaçom Artábria que véu a saber durante a palestra que Manuel Diaz trabalhou na sua juventude nos mesmos montes da Póvoa que ele. Talvez até coincidissem sem saberem até que, na passada sexta-feira, a vida fijo com que se encontrassem para lembrarem juntos aqueles tempos...
toda e qualquer noticia referente a cuba e sua revolução, me remete a figura extraordinária do ache guevara, tenho por ele uma grande admiração, e o homenageei dando o seu nome ao meu filho.