A Fundaçom Artábria, entidade legal e conhecida por desenvolver a sua atividade pública em defesa da língua e da cultura da Galiza na Terra de Trasancos desde o ano 1998, quer manifestar publicamente a sua solidariedade com Silvia Casal e Júlio Saiáns, vizinha e e vizinho da nossa comarca detidos num operativo policial anteontem em Narom.

Para além de reclamarmos o respeito polos direitos das pessoas detidas, incluída a presunçom de inocência, que estám a ser vulnerados tanto polas forças repressivas como por alguns meios de comunicaçom, queremos responder concretamente à intoxicaçom informativa divulgada hoje mesmo nas páginas de La Voz de Galicia, num texto assinado por F. Varela.

Começamos por lembrar que La Voz de Galicia realiza um efetivo e permanente boicote informativo contra as atividades culturais de todo o tipo que a Fundaçom Artábria realiza ao longo do ano. Nada teríamos que dizer sobre esse boicote, como empresa privada que é, se nom fosse ao mesmo tempo destinatária de importantes ajudas económicas públicas que todos e todas pagamos para manter a sua atividade "informativa".

Curiosamente, esse boicote só se rompe no dia de hoje para, através de mentiras e sensacionalismo da pior espécie, tentar causar dano na nossa entidade.

Em concreto, F. Varela afirma nessas páginas que Sílvia Casal realiza atividade na Fundaçom Artábria, acrescentando que é a sua atual presidenta. A realidade é que há vários anos que Silvia nom fai parte da nossa entidade, daí que nom realize atividades na mesma nem muito menos seja a sua presidenta, como se afirma em La Voz de Galicia sem o mais mínimo rigor.

Por outra parte, F. Varela descreve o Centro Social da Fundaçom Artábria como "taberna con el mismo estilo que las vascas de los nacionalistas radicales".

Desconhecemos qual é o "estilo" das "tabernas" a que F. Varela alude, mas o Centro Social da Fundaçom Artábria fai parte da paisagem cultural de Ferrol desde há 14 anos sem nengumha necessidade de copiar modelos nem estéticas doutras latitudes, defendendo, isso sim, os direitos lingüísticos do povo galego e a nossa cultura nacional.

Queremos com estes esclarecimentos pôr de relevo as mentiras e intoxicaçons informativas que estám a suceder-se nestes dias. Sílvia e Júlio poderiam fazer parte da Fundaçom Artábria, como já figérom, e de facto contam com toda a nossa solidariedade como vítimas de um processo repressivo injusto e desproporcionado, mas nada do que publica La Voz de Galicia sobre a nossa entidade em relaçom a esse assunto tem qualquer base na realidade.

Agradeceríamos a La Voz de Galicia que retomasse o seu habitual boicote informativo à Fundaçom Artábria em lugar se dedicar a difundir mentiras ao serviço da sua campanha criminalizadora paralela à realizada nestes dias polas forças repressivas.

Em todo o caso, a Fundaçom Artábria exige umha retificaçom por parte de La Voz de Galicia nas mesmas páginas em que foi publicada a informaçom falsa a que fazemos referência neste comunicado.

Junta Diretiva da Fundaçom Artábria
Ferrol, 31 de outubro de 2012