« Intervençom de Vitor Santalha na homenagem a Carvalho Calero | Ato simbólico para denunciar hipocrisia do governo municipal de Ferrol a respeito de Carvalho Calero » |
Neste domingo dia 30 de março, a nossa entidade voltou a lembrar Carvalho Calero ao pé das ruínas da casa natal, na rua Sam Francisco.
Nesta ocasiom, o ato decorreu poucas semanas depois da queda da maior parte do prédio, em estado lamentável devido ao abandono reiterado do governo municipal, e apesar das advertências que a Fundaçom Artábria tem repetidamente feito durante os últimos anos.
Quase meia centena de amigos e amigas da Artábria, da nossa língua e cultura reunimo-nos mais umha vez para combinar poesia, música e discursos de homenagem ao polígrafo ferrolano.
Foi por volta das 17 horas, num ato conduzido polo companheiro Xende Lopes, que deu passagem a Miguel Vento, para que começasse o recital poético. A seguir, Élia Rico relembrou poemas de Carvalho.
Miguel Neira interpretou umha moinheira com a gaita, seguida das palavras de Alexandre Carródeguas, representando o coletivo que vem denunciando o abandono do Ferrol Velho. Leu umha comunicaçom em que se reclama umha intervençom integral que evite a desapariçom de um bairro que fai parte do património histórico do povo ferrolano. A continuaçom interviu Antia Cortiças, professora de Português na Escola Oficial de Idiomas de Ferrol, que apresentou o trabalho poético das suas alunas e alunos, e o dela próprio, a partir da obra do próprio autor homeneageado.
Continuou, Teresa Moure recitando vários poemas compostos para a ocasiom, seguida polos companheiros Alberto Pombo e Diego Bernal, músicos do grupo de rock Avante, que interpretárom a inédita versom acústica de um poema de Carvalho Calero: "Todo termina mal".
Apesar do tempo instável, incluída umha ligeira chuva, as pessoas participantes no ato dérom-lhe continuidade escuitando o membro da Junta Diretiva da Artábria, Vítor Santalha, que reivindicou o legado inteletual de Carvalho Calero e denunciou o abandono institucional de que é objeto.
Finalmente, todos e todas cantárom o nosso Hino Nacional enquanto se depositavam umhas flores e se realizava umha intervençom artística numha das fachadas dos prédios em estado ruinoso, com a figura de Carvalho Calero a denunciar que "deixam cair o nosso bairro".
A Fundaçom Artábria agradece a participaçom e todos e todas, numha mostra de que o facho das ideias de Carvalho Calero continua aceso indicando o caminho do futuro para a nossa língua, ingrediente fundamental da nossa identidade.