« Intervençom do nosso companheiro Vitor Santalha na homenagem a Carvalho Calero no XXVI Aniversário do seu passamento | Roteiro urbano das Irmandades da Fala em Ferrol » |
Ao invés do que algumhas instituiçons, a Fundaçom Artábria nom podia deixar passar este 1º Centenário da fundaçom da primeira Irmandade da Fala, criada em 1916 na Corunha. Por isso, organizamos para este 21 de maio um roteiro urbano guiado polo historiador, guia turístico e sócio da nossa entidade, Joám Lopes.
A intensa chuva que caiu sem cessar durante toda a tarde nom impediu que quase trinta pessoas participássemos no percurso cultural, com saída do coreto do Cantom de Molins, onde o companheiro Joám salientou a importáncia que para o nosso país tem esta efeméride.
Com efeito, a criaçom das Irmandades da Fala supugérom à maturidade do movimento pola liberdade nacional e pola plena recuperaçom do galego como língua da Galiza, sendo Ferrol um dos centros nevrálgicos das suas atividades até o golpe fascista de 36.
A segunda paragem foi abaixo das arcadas do monumental Teatro Jofre, onde a companheira Pim Patinho explicou o papel pedagógico, artístico e nacionalizador da atividade dramática por parte da geraçom das Irmandades. Aí saírom os nomes do gigante Jaime Quintanilha, e doutros autores como Charlom e Ermida.
A reivindicaçom do labor realizado por aquela geraçom, e a lembrança do assassinato e desaparecimento de muitos dos seus protagonistas, a maos da barbárie fascista espanhola, acompanhou a marcha sob a chuva polas ruas do centro de Ferrol.
A visita guiada ao local do Coro Toxos e Froles serviu-nos para conhecermos um pouco melhor a atividade e o património de umha entidade referencial em Ferrol e na Galiza, com etapas de luzes e sombras, mas pola qual passárom nom poucos nacionalistas e independentistas dos anos das Irmandades, como o próprio Quintanilha.
A companheira Rosalia Cortiças falou na seguinte paragem, de regresso ao Cantom, da experiência das Escolas de Ensino Galego, mais um projeto nacionalizador do também represaliado Ánxel Casal, e das atuais Escolas Semente que reivindicam aquele legado para a galeguizaçom efetiva das crianças galegas.
Umha homenagem a Camilo Dias Balinho, ao pé do seu busto na alameda do Cantom, completou o roteiro cultural. Dias Balinho, artista gráfico, pintor, cenógrafo e nacionalista galego, foi mais um da longa lista de ferrolanos e ferrolanas executadas polos fascistas a partir do golpe militar de 1936. Que melhor ponto final para a nossa visita guiada ao nosso património coletivo que lembrar, através de um dos seus destacados representantes, os milhares de compatriotas vilmente assassinados polo fascismo espanhol?
O canto coletivo do nosso Hino Nacional serviu para concluirmos o percurso. Posteriormente, um convívio fraternal no nosso Centro Social completou umha jornada formativa e de reivindicaçom da nossa memória coletiva como povo.
Virám mais!