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Hoje, na última página de La Voz de su Amo, podemos ler uma entrevista com Xosé Luis Foxo, director e fundador da Real Banda de Gaitas da Deputación de Ourense.
Eu não vou ser entrevistado no jornal para poder contestar as suas opiniões, mas posso escrever aqui as minhas. Recomendo-vos a leitura da entrevista para terdes um pouco de background. Alguma das suas afirmações demostram a falta de vergonha e a vontade de enganar (não lhe suponho ignorância) do Foxo. A seguir colo algumas, e comento-as:
A versión que nós utilizamos da gaita galega para banda é unha gaita inspirada na tradición. Fixemos estudios de como foi no século trece, de como foi evolucionando e nunca apareceu a ronqueta por diante do gaiteiro, ¡eso ten cincuenta anos! E, ademais, ningún escocés identifica esta gaita que utilizamos nós como súa.
---A gaita galega levava a ronqueta detrás, junto ao ronco, mas na mesma buxa (para os profanos, buraco do fole) e não em buxas diferentes como a sua gaita marcial. E também não estavam atadas com cordas. Isso é escocês. Se a ronqueta passou para diante no último século é porque a gaita é aínda uma tradição viva e não a recuperação de modelos culturais do passado (seja do século XIII ou do Neolítico).
Unha banda de gaitas que non vai ordenada da pena. Por educación, por respecto ao público, é fundamental. Aínda debería haber máis, estamos caíndo, precisamente, na falta de disciplina.
---Mais de oito gaitas juntas a fazer música galega (composta para uma, duas ou, ao máximo, três gaitas) é o que dá pena. E o que é antitradicional é um gaiteiro galego disciplinado. Nunca se ouviu falar de dous gaiteiros que tocassem igual a moinheira de Chantada.
Este traxe noso xa se empregaba no século XVI.
---Mas evoluiu, o traje tradicional galego foi utilizado até o começo do século XX e conservou-se como tradição (memória viva). Isto é um bom exemplo do que quero dizer, a música (e a estética) do Foxo pode ter origens galegas, mas não é tradicional porque não parte da memória colectiva dos galegos.
E por falarmos doutra cousa, o entrevistador esqueceu perguntar pola percussão. Que têm de tradicional as maças que giram nas mãos do músico entre golpe e golpe sobre a caixa Premier?
Poderia fazer como o argentino Manuel Castro, que defende as bandas marciais e a percussão Premier mas dizendo que não são tradicionais. Também diz que o traje tradicional é grotesco (alarme, alarme, auto-ódio, alarme, alarme).
Tanto Foxo como Castro querem dignificar a gaita e o gaiteiro. Pois, caros senhores, eu e a minha gaita não queremos nem mais dignidade, que já temos de avondo, nem disciplina, que não a necessitamos.
Iván
essssssssseee Ivan!!!!
Grandíssima crítica ao palurdo esse!!! Eu também lim o artigo esse da voz da gallaecia e está bem saber essas cousas que tu dis. O que sim me chamou a atenção foi o do gaiteiro disciplinado, é um puto ditador!!! por isso pirei eu. Esso faino ele na casa com os filhos… Jaajajja… Uma aperta, maestro.
É da percusión non fala nada, claro… x(
O que había que facerlle era tiralo nun foxo ;-D
Un saúdo!
Alegra-me ver que respondes o ’senhor’ esse com argumentos. Apesar de não ser eu gaiteiro (embora tenho moça e amizades que o são), não suporto nem o seu servilismo (como a ‘Rapsódia’ ao Principito), nem a sua ignorância e patetismo manifestos nem muito menos a sua PREPOTÊNCIA.
Porque o Foxo, para além de servil, ignorante e patétito é PREPOTENTE.
sAÚde e AbrAçoS!
A min tampouco me gusta Foxo, pero non me atrevo a dicilo moi alto porque hai xente que afirma que fixo moito pola musica galega. Para min é o Paquete da música, son tal para cal. Se vos fixades en moitísimas (por non dicir case o 90%) das recopilacions de musica galega tradicional, aparece a Banda de Gaitas de Ourense. Supoño que é unha das mais coñexidas, pero non me van nadiña.
Por certo, xa sei que isto é de hai un mes, pero acabo de descubri-lo teu blog :)