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Uma das maiores críticas que recebem a rádio e a televisão galegas é a baixa (menor, ínfima) qualidade da língua utilizada pelas locutoras/os locutores. Especialmente os dos telejornais da TVG, eu sempre atendo ao mal que falam e às vezes não me inteiro bem da notícia. Ontem, vendo o telejornal das 14.30, e depois de ouvir palavras como *vigiância, ocorreu-me uma ideia genial para que as locutoras/os locutores aprendam a falar. Está baseado nos métodos que empregam os caçadores para educar os cães:
Material necessário
-Um colar que produza pequenos choques eléctricos.
-Uma filóloga/um filólogo com alto domínio da norma culta do galego (ou duma das normas incultas, não imos ser tão exigentes). Teóricamente a CRTVG já tem, ainda que nos telejornais não se aprecie. Sempre se podem contratar, a situação laboral deste colectivo não é boa e muitos trabalhariam pela comida.
Método
-A filóloga/o filólogo deve ter um botão que active o colar da locutora/do locutor. Cada vez que o locutor diga *vigiância ou *o jogador não foi convocado por estarem lesionado, a filóloga/o filólogo preme o botão e a locutora/o locutor recebe um pequeno choque que funciona como estímulo negativo. Deste jeito, a locutora/o locutor relaciona o erro linguístico com o choque e tenderá a não repeti-lo. Também se podia usar um estímulo positivo, como dar-lhe uma bolacha, cada vez que use bem uma oração de infinitivo ou uma condicional com futuro de subjuntivo.
Outro método, mais económico para a CRTVG e menos humilhante para as locutoras/os locutores e para as filólogas/os filólogos, seria que a gente tomasse a sério o seu trabalho. Se o trabalho consiste em falar, pois fazê-lo bem. Há cursos e métodos de aprendizagem de língua que qualquer trabalhador da CRTVG (ou mesmo a empresa) poderia pagar. E também há gente que sabe falar e que poderia fazer bem esse trabalho.
Nota (04-09-2006) Hoje decidim fechar os comentários para este artigo porque já vão duas vezes que tivem que eliminar spam em quantidades industriais. Hoje foram 64, da outra vez eram menos. Portanto, qualquer comentário sobre este post colocade-o num post mais recente. Espero não ter que fazer o mesmo mais vezes, o meu blog nunca foi fechado aos comentários.
Sim, eu também penso que o primeiro seria mais efectivo.
Mais efectivo seguro que era, o problema é que a legislação restritiva que padecemos não o permitiria…
Ora bem, o d usar masculinos/as ou femininos/as genéricos/as nom seria d agradecer na tvg, não/a?
:P
Catxondeio/a pa o ivan.
a vos si que non se vos entende. radicais, menos mal que sodes unha minoría. a ver en que sitio de galiza se fala como o facedes vos mellor si vos ides a Portugal
Eu tam feliz de ser radical elena ;)
E falando da proposta: Parte dum suposto incorrecto, que leva a um erro sistémico: Supor que todos os “jornalistas” (HA!) da TVG tenhem um sistema nervoso desenvolvido dabondo como para que o método estímulo-resposta funcione….
Eu ponho-me a dispossiçom da CRTVG para fazer o trabalho de pulsador de botons, quando o filólogo/a diga eu premo, gratuitamente.
Viva a retranca
O tema, meu caro Héctor, é que a retranca, como forma de humor, exige uma certa capacidade de análise e de distanciamento da realidade que, como comprovamos dia trás dia, nem todos tenhem.
Tawil, eu penso que, se um cão aprende, um jornalista (ou mesmo um “jornalista") também aprende.
Elena, procura não tomar a sério as minhas cousas, não te amargues porque eu não vou expor ninguém a choques eléctricos. Lê-me entre linhas, se queres, eu penso que a mensagem é clara se a lês com calma e com uma mente aberta.
E espero que radical seja algo bom, porque não estou disposto a permitir que se me insulte na minha própria casa.
Um abraço desde potsdam.
PS. Às vezes síntome cansado, tão cansado… Polo menos esta vez não me chamaram terrorista.