Arroupade-me com o recendo da terra molhada
com o riso alegre da menina que joga,
hoje estou bêbedo de todas as saudades.
Ouço em mim, a agonia de um mar escuro
espida como gume de navalha,
e no chiar dos pardais
sinto a minha voz obscurecida de invernias.
Cheio de medo tremo ante loucura masoquista do domado
dentro de si aninha a catástrofe,
entre encamadas de barro
encacera os beijos dos amantes.
Arroupade-me com o recendo da terra molhada...