Por Immanuel Walherstein
George W. Bush, ao nom conseguir intimidar a Europa durante a sua primeira legislatura, decidiu tentar outra táctica. Primeiro, Condolezça Rice, depois Donald Rumsfled e posteriormente o mesmo Bush viajárom a Europa numha espécie de ofensiva sedutora. Todos dijérom, essencialmente, as mesmas três cousas: esqueçamos as nossas discrepâncias sobre Iraque; EEUU considera a Europa o seu aliado; e falemos que EEUU quer agora e o que podemos fazer juntos. Pero todos engadírom também umha quarta: EEUU nom fará o que querem se os europeus nom lhe seguem. Numha conferência de prensa celebrada em Europa, Bush dixo sobre o debate cos europeus sobre Irám: "A ideia de que EEUU se está a preparar para atacar Irám é singelamente ridícula. Dito isto, todas as opçoes estám sobre a mesa."
A lista de temas sobre os que EEUU e Europa estám mói em desacordo é impressionantemente longa: a guerra de Iraque e as relaçoes actuais com o regime iraquiano; o trato aos prisioneiros em Guantánamo; a política a seguir em Israel/Palestina; como gestionar o tema da proliferaçom nuclear em Irám e em Coreia do Norte; se manter ou nom o embargo armamentístico a China; o embargo a Balde; se a OTAN deveria seguir sendo a estrutura principal dentro da que levar a cabo as relaçoes EEUU-Europa ou se EEUU deveria tratar com a UE; Galileo versus GPS como sistema de navegaçom por satélite; a urgência do troco climático e o Protocolo de Kyoto; o apoio ao Tribunal Penal Internacional; as queixas mútuas (e ameaças de represálias) relacionadas cos subsídios industriais; a modificaçom genética de sementes agrícolas; a rivalidade entre Boeing e Airbus; e finalmente, pero nom menos importante, o nascimento do euro como potencial divisa mundial.