Michael Parenti
Já no primeiro dia ficava claro que o desastre causado por furacám Katrina, causaria nom centenares de mortos se nom milheiros na cidade de Nova Orleáns. Moita gente havia-se "negado" a evacuar, explicaram os reporteiros da prensa, simplesmente porque eram teimudos. Nom era se nom até ao Dia Três que os comentaristas - relativamente pudentes - começárom a dar-se conta que dúzias de milheiros de pessoas nom puderam fugir, porque nom tinham a onde ir, nem médios para se mudar. Com pouco dinheiro em efectivo á mao, e carentes de veículo próprio, nom lhes ficou mais que permanecer lá e confiar á sorte. Enfim de contas, o livre mercado nom funcionou tam bem para eles.
Boa parte desta gente era Afroamericana de baixo ingresso, junto com um número menor de brancos pobres. Vale lembrar que a maioria deles tinha um emprego antes da visita mortal de Katrina. Isso é o que fai a maioria da gente pobre neste país: trabalha mói duro em empregos mói mal pagados, ás vezes em mais dum emprego á vez. Som pobres, nom porque som preguiceiros, se nom porque lhes custa sobreviver com salários de miséria, á vez que carregar com altos preços, alquileres elevados e impostos regressivos.
O livre mercado incidiu também de outro jeito. A agenda de Bush é achicar os serviços estatais ao mínimo e obrigar á gente a recorrer ao sector privado para atender as suas necessidades. Entom, recortou $71.2 milhoes do orçamento do Corpo de Engenheiros de Nova Orleáns, umha reduçom do 44 por cento. E tivérom que arquivar-se os planos para fortificar os diques de Nova Orleáns e para melhorar o sistema do bombeio para o drenasse da agua.