PARIS ? Mais de três milhões de manifestantes abalaram, ontem, dia 4, a França, exigindo veementemente que o governo, que se recusa a aceitar, suspenda o Contrato do Primeiro Emprego.
No país inteiro se sentiu o abalo das organizações estudantis, sindicais e partidos da esquerda, cujo apelo às greves e manifestações converteram este dia noutra terça-feira rebelde, informou a PL.
Para o secretário-geral da principal central dos trabalhadores, Bernard Thibault, a passeata teve sucesso, pois a participação foi similar à da chamada terça-feira negra, há uma semana, quando mais de três milhões de franceses protestaram contra o Contrato do Primeiro Emprego.
Thibault instou os franceses a desferirem um rude golpe a tal contrato, que dá faculdade aos patrões para demitir sem explicação nenhuma, nem indenização a menores de 26 anos, nos primeiros 24 meses de trabalho.
Nesta capital, segundo estimativas, marchou cerca de um milhão de pessoas, em meio a um forte esquema de segurança de mais de 4 mil policiais.
Até a Torre Eiffel, o monumento mais representantivo da França, fechou suas portas pela segunda vez numa semana, por causa das manifestações. Além do mais, se informou de de protestos maciços em cerca de 150 cidades.