Sionismo, o novo nazismo

26-07-2006

  18:50:39, por Corral   , 951 palavras  
Categorias: Outros, Ensaio

Sionismo, o novo nazismo

Eles som os terroristas. Israel deve recordar sua origem "terrorista"

JOHANN HARI
Dramaturgo e jornalista galardoado britânico

Os pais de Tzipi Livni, ministra do Exterior israelense, e do Primeiro ministro, Ehud Olmert pertenceram a um grupo terrorista chamado Irgún que operou nas décadas dos 30 e 40
Enquanto as forças israelenses davam morte a mais de 300 civis e expulsavam de seu lar a meio milhão de pessoas em aras de erradicar o "terrorismo", uma pequena e amarga ironia histórica passava inadvertida na semana passada em Israel.
Os veteranos de outra organização "terrorista" reuniram-se em frente aos narizes das forças israelenses, para celebrar a matança de 91 pessoas, entre elas 28 britânicos, num hotel de Jerusalém. Recordarom com carinho nos dias em que plantavam bombas que voaram em pedaços a civis em ónibus, mercados e cafés, introduzindo essas tácticas no tango de Meio Oriente. Evocaram quando rodearam a todos os moradores e uma aldeia -251 homens, mulheres e meninos- e os mataram a balaços. Inclusive celebraram a captura de soldados do bando inimigo aos que mantiveram em cativeiro durante semanas até que finalmente os aforcam.
E esta organização terrorista, foi castigada com um bombardeio da força aérea israelense? Para nada.
O grupo chamava-se o Irgún, e estava formado por nacionalistas judeus cujos filhos agora fazem parte da elite dirigente israelense. Durante as décadas de 1930 e 1940 plantou bombas por toda Palestina, tomando como alvos tanto a soldados britânicos como a civis palestinos. Tinha dois objectivos: expulsar aos imperialistas britânicos e abeirar mediante o terror à população palestina a aceitar incondicionalmente a criação de Israel.
É duvidoso que Ehmud Olmert, o primeiro ministro israelense que declarou a "guerra ao terror", chegasse a condenar ao Irgún. Passou três anos de sua vida em seus campos de adestramento, enquanto seus pais contrabandeavam armas para a organização. Tzipi Living, a ministra do Exterior a quem muitos consideram a próxima primeira ministra, é filha do director de operações militares do Irgún e organizador de matanças de civis.
Enquanto a guerra em Líbano passava ao primeiro plano de atenção na semana passada, os combatentes do Irgún sobreviventes descubrírom uma placa que marca o 60 aniversário de sua decisão de voar o hotel Rei David. Se Olmert, Livni e o público israelense pudessem recordar sua própria história familiar de "terrorismo", seriam capazes de ver o inúteis que são suas actuais campanhas militares contra os "terroristas" em Gaza e Líbano.
Quando o povo israelense carecia de um Estado, uma secção de sua população tomou as armas e lutou pelo ter... com freqüência com tácticas terríveis. Alguns inclusive tiveram sonhos dementes de limpeza étnica. O povo palestino está exactamente na mesma situação hoje, alimentada e financiada por Hamas e Hezbolhah.
Faz três verãos conheci, num frio e austero departamento de Gaza, a um grupo de jovens que se adestravam para ser atacantes suicidas. Enquanto falava com esses jovens cheios de raiva, estremecia-me o conhecidas que me soavam suas palavras. Nesse tempo lia A revolta, as memórias de Menajem Begin, o comandante do Irgún que chegou a ser Primeiro ministro de Israel pelo partido Likud. "O sangue deu vida a nossa revolta", escreveu. "Só quando estás preparado a te enfrentar ao mesmo Zeus para levar o fogo à humanidade poderás atingir a revolução do fogo." Os supostos assassinos suicidas diziam: "Criaremos Palestina a sangue e fogo. Os judeus só entendem o sangue e o fogo".
Olmert e Livni precisam perguntar-se como teriam respondido seus pais, decididos combatentes terroristas, ao bombardeio aéreo que Israel inflige nesta semana. Os membros do Irgún não deixaram de voar civis árabes em pedaços porque os aplanaram barcos de guerra britânicos e helicópteros Apache: detiveram-se porque o mundo deu-lhes um anaco do que queriam. Não tudo: eles queriam toda a terra que se estende entre o rio Jordám e o Mediterráneo, mas transigírom para ter um Estado próprio dentro de fronteiras mais limitadas.
Hamas e Hezbolhah não podem ser silenciados por meios militares. Pode que neste ano lhes destruam seu arsenal de foguetes, mas a renovada ferocidade de seu ódio garantirá que o reconstruam no ano próximo. Não ficarão observando como seus filhos são reduzidos a níveis de desnutriçom próximos aos de África, como ocorreu em Gaza, ou enquanto a taxa de morte é de 10 a um em sua contra, como em Líbano.
A única forma de silenciá-los alguma vez será dar-lhes algo do que querem, não tudo. Os dois lembraram que se dá uma solução real de dois estados ao longo da fronteira de 1967, não voltarão a lançar um disparo para Israel. Querem toda a terra, limpada etnicamente de seus inimigos, tal como os pais de Olmert e Livni queriam faz 60 anos... mas conformar-se-ão com menos.
No entanto a governação israelense não elegeu esta rota de decrescer o conflito e negociar com o fim de ter dois estados para dois povos no estreito cacho de terra que estão condenados a compartilhar. Elegeu a guerra.
E por isso, de aqui a 60 anos, combatentes libaneses e palestinos reunir-se-ão com orgulho na cidade de Gaza e em Beirut para descobrir placas em honra dos "terroristas" que mataram e morreram combatendo a Israel nesta semana. A este ritmo, enquanto Meio Oriente afasta-se ainda mais da única solução sensata, a ironia histórica voltar-se-á a perder.

4 comentários

Comentário de: altofalante [Visitante]
altofalante

Achamos excelente o trabalho feito de divulgação destes acontecimento, especialmente quando a fonte - como é o caso - é completamente fidedigna.
O nosso Altybonsom vai ser caixa de ressonância e caderno de apontamentos de factos deste tipo.
Parabéns, continuem!…

28-07-2006 @ 12:42
Comentário de: Carlos Humberto de Carvalho Neto [Visitante]
Carlos Humberto de Carvalho Neto

No meu ponto de vista apoiar a causa Palestina é uma questão de carater. A verdade está estampada para todos olharem. O unico país do mundo que tem suas fronteiras muradas e vigiadas metro a metro é Israel, mas Israel não vive com suas fronteiras muradas e fortemente armada para impedir seus inimigos de entrar em seus territórios, Israel tem suas fronteiras muradas para garantir o pedaço de terra surrupiado, e outros países jogam pedras na fronteira e usam cercas de arame farpado junto aos muros de Israel para Israel não furtar ou se apropriar de mais territórios. Israel e o Governo Americano formado por descendêntes de Judeus são os donos do poder no mundo, são juizes e promotores, tudo que acontece ou se fala no mundo tem que ser confirmado por americanos para ser legitimado. Israelenses e americanos usam uma tática suja que chama todos os seus inimigos de terroristas, que terrorista não tem direito a nada e quem der espaço a palavras, opiniões e argumentos desses supostos terroristas são também terroristas, portanto, quando americanos e Israelenses proibem qualquer forma de contato ou da população saber o argumento da outra parte, sendo assim os unicos a informar a noticia e a mostrar os culpados, automaticamente americanos e Israelenses passam a ser os donos da verdade, quando vc cala a boca do inimigo e passa a ser o unico a apresentar argumentos e críticas, vc também passa a ser o dono da verdade, mesmo que essa verdade seja uma mentira desvairada. Desde o dia que o HAMAS assumiu o governo da palestina os EUA e Israel fizeram de tudo para provocar essa situação, desde matar os palestinos de fome e doenças até assasinar inocêntes e prender políticos palestinos diariamente. Israel nitidamente provocou tudo isso, mais infelizmente os governos cretinos e vasalos fingem que não viram nada, não estão vendo nada, repetindo a retórica americana que Israel é vítima, e a culpa é de quem realmente não tem culpa e é marginalizado pelo verdadeiro terrorista(Israel x EUA).
Hafik Hariri foi morto pela CIA e pelo serviço secreto de Israel para que o mundo forsa-se a Síria a sair do Libano, era a Síria quem tinham os jatos, os mísseis terra ar que derrubariam os jatos Israelenses, os tankes, artilharia e 38 mil soldados. Como fizeram no Iraque, desarmaram o país e depois atacaram. Porque vcs acham que os EUA fizeram o maior estardalhaço para retirar a Síria do Libano? Por Bondade??? Os Americanos e Israelenses são perigosos pois eles tentam jogar o mundo na fogueira, tentam passar uma imagem para a opinião pública de que todos os inimigos dos EUA e Israel são terroristas, inimigos da liberdade e da democracia, americanos e israelenses impõe ao mundo que seus inimigos são tambem nossos inimigos. Temos que dizer a Americanos e Judeus que nós não somos marionetes tapadas e que os inimigos de Israel e EUA não são nescessariamente nosso inimigos. Na minha ópinião essa é a luta do bem contra o mau, e o mau o lucifer e o diabo são os governantes dos EUA de Israel e seus seguidores. O Hizbolla nasceu do nazismo dos Israelenses no Libano, Hizbola é muito mais que um grupo de resistencia, é o Hizbola que vai para a linha de frente morrer pelo povo do Libano.

16-08-2006 @ 00:49
Comentário de: Carlos Humberto de Carvalho Neto [Visitante]
Carlos Humberto de Carvalho Neto

Um jornalista libanes aposentado que narra diariamente o dia a dia em Beirute, morador de um prédio com vista para o mar disse que chora ao ver os navios de guerra Israelenses atirando indiscriminadamente na sua direção. O jornalista condena as emissoras de televisão, que mostram apenas os soldados de Israel, as emissoras mostram apenas a movimentação das tropas Israelenses e os jornalistas estão sempre enganjados com o exercito Israelense, Segundo esse jornalista, ficar apenas mostrando a rotina e a figura do soldado do exercito de Israel já é uma forma de direcionar a ópinião pública. O Jornalista disse que nunca mostram o lado do exercito do Hizbolá, -eles nunca mostram o exercito do Hizbolá se preparando para a defesa ou fazem qualquer tipo de imagem dos combatentes, procuram fazer com que os combatentes sejam como fantasmas, pois quanto menos o exército do Hizbolá aparecer, mais as pessoas vão passar a temer o desconhecido e por razões naturais vão passar a se indentificar, a ter solidariedade e a defender o que eles veem o que eles conhecem eles, o Ocidênte só conhecem o exército e a luta israelense, para eles somos todos terroristas . Se nunca mostrarem os que lutam pelo Libano o mundo núnca sabera quem realmente somos, e seremos sempre o que o nosso inimigo afirma, palavras de Aziel Masri Al Faiad morador de Beirute. Eu acho que esse cara resumiu muito bem o que acontece, resumiu como a televisão pode ser usada para formar a ópinião desejada pelos que mantem o monopolio do poder mundial.

16-08-2006 @ 00:50
Comentário de: Altofalante [Visitante]
Altofalante

Está já na net uma parte muito importante da tradução de uma história do conflito entre Israel e a Palestina, que combate as escandalosas falsificações históricas e a ocultação deste magno problema.A fonte é insuspeita e merece uma leitura muito atenta. A obra recolhe a opinião de conceituados historiadores, políticos de relevo e de outras fontes genuínas, essencialmente membros do sector dos “novos historiadores” de Israel, que desmistificam as condições dramáticas e violentas da fundação do estado de Israel.
O nome do blógue é “Palestina, pátria usurpada” e agradecemos a sua mais ampla divulgação!…

03-09-2006 @ 20:59
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