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Os dados oficiais confirmam que no último ano aumentou a precariedade trabalhista, diminuíram os salários e se dispararam os benefícios empresariais.
No ano 2005 a remuneraçom real dos assalariados reduziu-se em quase um 1% e no que vai de ano um 1,4% (em termos inter-anuais) Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) assim o demonstram, com a governação do PSOE aumentou a precariedade trabalhista e as condições trabalhistas dos trabalhadores pioraram. Os sindicatos maioritários CCOO e UGT não parece que vão combater nas ruas estes dados, que exemplificam uma política económica neoliberal praticada por uma governação que se diz social-democrata.
Se no ano 2003 o 31,8% dos trabalhadores tinha contratos temporários, a dia de hoje situámo-nos já no 33,3%. Mas há outra fonte de precariedade que também devemos computar e que cada dia é mais utilizada, os contratos de trabalho a tempo parcial, com uma jornada em teoria reduzida, mas que na prática se prolonga para além do pactuado, como se da tempo completo se tratasse. Esses trabalhadores, que no ano 2003 supunham o 8,2% dos ocupados, ascendem já ao 12,4% em 2005 e no primeiro trimestre de 2006. Também não a remuneraçom dos trabalhadores sai bem parada com a governação socialista. Os salários dos assalariados cresceram no ano 2003, com a governação de Aznar, num 3´4%, sem embargo com Zapatero no poder os salários dos operários cresceram tão sozinho ao 2,6 %. No ano 2005 a remuneraçom real dos assalariados reduziu-se em quase um 1% e no que vai de ano um 1,4% (em termos inter anuais). Estes dados, são oficiais.
O panorama muda por completo se atendemos aos resultados empresariais das grandes empresas espanholas. Segundo os dados do INE os benefícios das empresas que cotam na Carteira de Madri, agrupadas por sectores significativos experimentaram um notável crescimento. Em conjunto, estas empresas incrementaram seus benefícios um 40,2% no ano 2005. Destacam as empresas do Sector Energético (Gás Natural), com um crescimento de benefícios de 48,5%, mas sobretudo foi a Banca quem mais benefícios obteve. Com um 49,8% de crescimento em rendimentos, novamente o Sector Financeiro, demonstra-nos a quem realmente beneficia o Regime.