Israel matou em 6 anos a 4 mil 248 palestinos, deles 786 meninos
Por: DPA, REUTERS E AFP
Cidade de Gaza, 28 de setembro. Seis anos após o estalido da segunda intifada (o levantamento contra a ocupação israelense), o Escritório Central de Estatística registou a morte de 4 mil 248 palestinos -incluídos 786 meninos- e a destruição de 24 mil 768 casas.
O relatório da entidade dependente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) mostra que a maioria dos decessos ocorreu na faixa de Gaza, com um total de 2 mil 372, e que a destruição de moradias se centrou na localidade de Rafah, na fronteira com Egipto, onde foram destruídas 15 mil 472, isto é, seis de cada 10.
A cifra de feridos suma 23 mil 200 e deles 14 mil 200 resultaram lesionados em Cisjordânia, onde habitam 2 milhões 300 mil pessoas, quase o dobro da população da faixa, de um milhão 300 mil.
O relatório do escritório da ANP cobre desde o 28 de setembro de 2000 até o 30 de junho passado, pelo que não regista umas 250 mortes ocorridas durante a ofensiva israelense Chuva de Verão, iniciada o 28 de junho em represália pela captura de um soldado israelense, que supostamente se acha em Gaza e que os guerrilheiros oferecem a mudança da libertação de presos palestinos em cárceres israelenses.
Segundo requento de AFP, actualizado à quarta-feira 27 na noite, a cifra de falecimentos desde o início da intifada é maior que o requento da ANP e chegou a 5 mil 401 a noite da quarta-feira passada, quando um obus disparado pelo exército israelense destruiu uma casa em Rafah e causou a morte de uma mulher.
Na cidade de Gaza, centos de polícias palestinos voltaram às ruas -após cinco meses de manter acalma-a- para reclamar o pagamento de salários, não adquiridos desde abril, quando assumiu a chefatura de governação Ismail Haniyeh, de Hamas. A escassez de fundos da ANP deve-se à suspensão das transferências de impostos cobrados por Israel aos palestinos, como forma de pressão à governação de Hamas, que ganhou as eleições parlamentares em janeiro passado. As doações da União Européia e Estados Unidos também foram detidas.
Israel e a ANP tensarom suas relações desde a chegada de Hamas e da formação da governação neo-feixista israelense, em abril passado. O premiê Ehud Olmert informou hoje que espera se reunir com o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, para relançar o diálogo bilateral.