In Memoriam de Victoria Díaz Cabanela
Quem foi a fada inimiga,
a xana escura que embrulhou os teus olhos
com a mordida da serpe?
Tu, que vives-te como pássaro de ás abertas
para os corações iluminados e as vezes perdidos,
com manhuços de violetas arrecendias
o café recém-feito para bebe-lo no teu quarto,
já nom estás.
Retornárom os ladrões com os seus mantras,
porque as palavras som agora tempo perdido,
sons ausentes... geadas metálicas
que rabanam com o seu gume as gorjas.
Hoje, o prozac ocupa a nossa desesperança
e aninha em nós, a tristura,
que com a sua voz tabernária nos di...
nada é nosso, nem a própria vida.
Corral Iglesias, José Alberte