DA RESPONSABILIDADE COLECTIVA DE UM POVO

31-12-2008

  00:02:05, por Corral   , 373 palavras  
Categorias: Outros, Ensaio

DA RESPONSABILIDADE COLECTIVA DE UM POVO

Resistir.info

As novas atrocidades cometidas pelo estado judeu colocam questões candentes. O bombardeamento indiscriminado da população de Gaza pelos caças F-16 da entidade sionista até agora já provocou quase 300 mortos e 900 feridos. Isto vem na sequência de um sitiamento prolongado, em que se priva aquela população de alimentos, combustíveis e medicamentos. A palavra genocídio tem razão de ser. Ele está a ser efectuado desde há anos. É um genocídio em câmara lenta. A cumplicidade/passividade da União Europeia e dos governos de muitos países árabes (a começar pelo do Egipto) é notória. Mas acima de tudo é notória a conivência de grande parte dos cidadãos de Israel.

Na década de 1930 o cidadão médio da Alemanha podia alegar desconhecimento dos crimes perpetrados pelo nazismo. O aparelho de propaganda hitleriano jamais mencionava o holocausto em curso. A existência dos campos de concentração e dos fornos crematórios era cuidadosamente escondida. Os media da Alemanha nazi nunca mencionavam a existência de tais infâmias.

E o que se passa hoje em Israel? Os crimes do estado sionista são bem conhecidos. A realidade do apartheid é evidente para todos, basta olhar as muralhas que esquartejam a Palestina. Os assassinatos das sinistras polícias políticas de Israel são (em parte) divulgados nos media. As 100 toneladas de bombas já despejadas sobre a população indefesa de Gaza são anunciadas nos jornais israelenses. As perseguições ao espoliado povo palestino (10 mil palestinos presos) são notórias. Por isso ? ao contrário do povo alemão dos anos 30-40 ? o povo de Israel não pode alegar ignorância. Assim, exceptuando as forças democráticas e progressistas (como o PCI, o Hadash e algumas personalidades dignas) deve-se colocar o problema da responsabilidade colectiva dos cidadãos israelenses que permanecem passivos ou dão apoio (inclusive com o seu voto) a um governo que comete tais atrocidades.

O repúdio à barbárie nazi-sionista deve ser universal. As manifestações contra o massacre já começaram nos EUA e em outros países. O apêlo ao boicote a Israel e ao desinvestimento deve transformar-se em realidade.

2 comentários

Comentário de: José André Lôpez Gonçâlez [Visitante]
José André Lôpez Gonçâlez

Deixo cá, como homenagem para o mártir povo palestiniano a traduçao de um poema de um grande poeta de começos do século XX.

Abd al-Karim al-Karmi teve que fugir com a sua família da sua terra natal de Tulkaré, e expatriado morreu no exílio.

Algum dia, a terra livre de Palestina há acolher os seus restos para que frutifiquem em mil flores e mil poemas numa terra livre de injustiça.

Abd al-Karim al-Karmi
(mais conhecido como Abu Salma)

Frente por frente da opressấo e a ignorância,
rebeldes somos sem repouso.
A luz somos do caminho,
a justiça e a fé,
somos fontes da luta,
guardiões do fogar.
Ó Palestina, somos - bem o sabes-
construtores de civilizaçấo
encabalados nos séculos.
A nossa mensagem trazemos para os primeiros
e os últimos.
Com sangue livre purificamos a tua terra:
com tal oferenda, como nấo há ser pura?
Na nossa marcha os povos nos acompanham
para a alvorada gloriosa.
Um só mundo é a nossa insígnia
e uma eterna liberdade para os homens.

Tradução de José André Lôpez Gonçâlez

31-12-2008 @ 09:57
Comentário de: José André Lôpez Gonçâlez [Visitante]
José André Lôpez Gonçâlez

Deixo cá um poema de um grande poeta da Palestina, nascido em começos do século XX.
Ele, que teve que fugir com a sua família do seu Tulkarém natal e que morreu expatriado, um dia ha voltar para que dos seus restos germinem flores com as que os nenos possam brincar e se enfeitar.

Abd al-Karim al-Karmi, mais conhecido como Abu Salma

Frente por frente da opressấo e a ignorância,
rebeldes somos sem repouso.
A luz somos do caminho,
a justiça e a fé,
somos fontes da luta,
guardiões do fogar.
Ó Palestina, somos - bem o sabes-
construtores de civilizaçấo
encabalados nos séculos.
A nossa mensagem trazemos para os primeiros
e os últimos.
Com sangue livre purificamos a tua terra:
com tal oferenda, como nấo há ser pura?
Na nossa marcha os povos nos acompanham
para a alvorada gloriosa.
Um só mundo é a nossa insígnia
e uma eterna liberdade para os homens.

Tradução de José André Lôpez Gonçâlez

31-12-2008 @ 10:01
Abril 2025
Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom
 << <   > >>
  1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30        

Busca

  Feeds XML

Ferramentas de administração

powered by b2evolution