Falar em medidas para a "saída da crise" no âmbito do capitalismo é um erro, pois estas nom existem. A verdadeira saída é transcender o modo de produçom capitalista, mudar nom só de sistema social senom talvez de civilizaçom. Entretanto, pode-se falar de medidas para mitigar a crise. Porém os acordos tomados nunca som neutros, sempre resolvem-se a favor de umhas classes e contra outras.
Se o que realmente importa é o bem estar do conjunto das classes trabalhadoras, do povo galego. Que fazer, entom? Só temos um caminho, o incremento do Rendimento Nacional Bruto a preços de mercado para que se traduza num aumento significativo do Rendimento Disponível em cada um dos cidadáns. Tudo isto significa um aumento imediato dos salários e pensons acompanhado do incremento dos impostos sobre as rendas do capital e o desgravamento da carga fiscal que hoje por hoje suportam as rendas do trabalho, classes trabalhadoras. Assim reforçara-se o mercado interno e a produçom interna de bens e serviços.
Porém, as medidas tomadas tanto nos USA como na UE nom vam por estes roteiros. Já optárom, concedendo milheiros de milhons de dólares ou euros aos banqueiros, aos delinquentes da maior desfeita económica e social da última centúria, aos causantes de milhons de desgraças pessoais, despidos, fame, miséria... Mas o dinheiro nom desapareceu, esta acochado nos Paraísos Fiscais, caixas fortes de protecçom para os grandes capitais. Mentres nom se tomem acordos de bloqueio contra os países que albergam os Paraísos Fiscais, as pressom fiscais precisas sobre o capital nom serám possíveis, pois sempre terám onde fugir.
E na Galiza, tudo isto, agravará-se com o P.P. governando a Junta de Galiza, pois a suas prácticas mafiosas de roubo e saqueio já conhecidas na Comunidade de Madrid e Valência, juntaram-se o velho e novo caciquismo: privatizaçons e depredaçons dos poucos bens públicos; debilitando ainda mais o precário tecido productivo nacional. Bem certo é que Bush foi derrotado nos USA mas a barbárie asnarista, o neo-franquismo, voltou a vencer no nosso País, na Galiza. E nom o esqueçamos, com votos. Temos que nos fazer muitas perguntas sobre nós como povo. Sobre o imenso analfabetismo funcional das grandes maiorias, sobre a sua alienaçom ou em termos mais familiares a sua idiotice.