PODE OCORRER UM CONFLICTO INTERNACIONAL EM 2009? ANTECEDENTES HISTÓRICOS ( I I)

05-03-2009

  18:43:04, por Corral   , 852 palavras  
Categorias: Outros, Ensaio

PODE OCORRER UM CONFLICTO INTERNACIONAL EM 2009? ANTECEDENTES HISTÓRICOS ( I I)

Frederic F. Clairmont
Global Research

A carreira armamentista

Muitos de vocês tendes sublinhado que é provável que a USCO eleve as despesas para compensar a queda em demanda no sector privado, aumentando assim o nível de emprego. Nom é umha receita nova, mas a tese tem um defeito no contexto actual das relaçons internacionais. A USCO já gasta em armas mais do duplo ou o triplo que o resto do mundo. O SIPRI [Instituto Internacional de Estocolmo de Investigaçom para a Paz] em Estocolmo, que encontrareis em Internet, fornece as cifras exactas. Mas polo momento nom ocupar-me-ei dessas cifras.

A USCO e os seus lacaios militares têm estado em guerra sem parar desde 1945. E isso inclui seu papel na Guerra Civil China que terminou em 1949, em Indochina desde 1945, na Coreia, em Iraque ? duas vezes ? etc. Suas guerras coloniais, livradas exclusivamente contra povos de cor têm levado à economia de EE.UU. a um estado de bancarrota.

Segundo a última conta, EE.UU. tem 250 bases militares fora do seu território. Gasta mais do que ganha. É o maior mendigo do mundo. Gasta o dinheiro prestado de outros. Só em Iraque, segundo as cifras de Stiglitz, a cifra é de 3,5 bilions de dólares e as guerras ainda nom terminam. Nessas guerras tem massacrado a milhons. Está a livrar guerras em Iraque, Afeganistám, Paquistám e o ataque de Israel contra Gaza, como no Líbano, foi inconcebível sem apoio de EE.UU. É umha banalidade. Há que dizer que as bombas de fósforo usadas em Gaza foram feitas em Virgínia. Os projétis de artilharia de urânio empobrecido fôrom fabricados em Tennessee. Os bombardeiros eram F-18 de fabricaçom estadunidense. Gaza foi um campo de prova mais para suas armas de matança em massa. Com isso som quatro guerras. Há quem tem razom quando sublinha que as guerras, os preparativos para guerras, impulsionam a produçom e o emprego. O que importa aqui é a natureza da produçom e o impacto relacionado no emprego. É improdutivo e nom agrega à capacidade produtiva.

Foi certamente o caso no Terceiro Reich de Hitler no que as despesas em armas forneceram um impulsor que eliminou as bolsas dos desocupados. E, por verdadeiro, os desocupados sempre puderom encontrar postos posteriormente na Wehrmacht [exército alemám], convertidos em carne de canhom. Assim foi no Reino Unido desde 1937. As mudanças conseguidas polo Novo Trato de Roosevelt, admiráveis mas ilusórios de muitas maneiras, nom reduziram a Grande Depresión. Conseguiram-no as despesas em massa do sector público na guerra financiados pola dívida.

Quero repetir que o que terminou a diabólica queda em recessom detonada em 1929 foi a chegada da Segunda Guerra Mundial. Pode sugerir-se portanto que a guerra e os preparativos para a guerra oferecêrom umha ?soluçom final? para conseguir o pleno emprego? No caso do capitalismo de EE.UU., a resposta é inequivocamente nom. As despesas de guerra ? financiados com empréstimos estrangeiros e buracos de dívida em contínuo aumento ? preparam a cena para a corrupçom endémica, o endividamento e a bancarrota nacional e todos seus inumeráveis corolários tóxicos. As dívidas do capitalismo estadunidense ? federal, corporativo e doméstico ? nunca serám pagas. Nom podem ser pagas. Com a implosom diária da economia a USCO nom tem os recursos para pagar suas dívidas. Os Frankensteim dos nom cumprimentos de pagamentos estám à volta da esquina.

Pode-se afirmar que a guerra aumenta os rendimentos dos produtores de armas. Em que sectores corresponde à realidade? Em que empresas individuais é assim? Se um se esforça por examinar os preços das acçons de todos os grandes fabricantes de armas, por exemplo Lockheed em Standard & Poor's e no Dow Jones Industrial Average (DJIA) ver-se-á que seus rendimentos e benefícios se derrubaram, bem como os preços de suas acçons.

Ante a intensidade do uso de capital na produçom moderna de armas, reduz-se fortemente a participaçom trabalhista requerida, o que quer dizer que se reduz fortemente o emprego. A produtividade [a razom entre os recursos investidos e a produçom obtida], aumentou de jeito considerável, o que tem levado a umha reduçom nos requerimentos trabalhistas com quedas colaterais nos salários. Acho que encontrareis que em sua maior parte seus balanços têm sido maltratados, ainda que talvez nom tanto como os do sector financeiro. A conclusom parece óbvia: planos de estímulo, ou bombear a taxa preferencial como diziam dantes, obviamente nom conseguirá o que faz falta. Volto de novo aos cálculos de Stiglitz. Só em Iraque, se gastam 3.5 bilions de dólares. De onde sai o dinheiro? De empréstimos. Como tenho dito repetidamente nestas conferências, a economia capitalista mundial tem entrado em umha fase deflacionaria de estancamento, of ?defastag? como a chamei. A USCO vive de tempo prestado e do dinheiro prestado de outra gente, umha farra parasítica que é sustentada por um 70% das poupanças do mundo, palpavelmente insustentável inclusive em curto prazo.

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