Contrariamente ao que pregoam analistas e modernos sacerdotes pacifistas do sistema, o ideário de realizaçom da civilizaçom imperial capitalista nom se baseia na busca da (idílica) "paz social", senom na busca da (pragmática) guerra militar como factor primário de dominaçom e controle a escala global. O capitalismo só fai a "paz" quando tem ganhada a guerra.
Por Manuel Freytas /Iar-noticias
A "paz social" (substância matriz do "sistema democrático" de domínio vigente) nom surge a priori como um objectivo, senom como um bom resultante do controle militar sobre as resistências sociais que o sistema capitalista estabelece para manter as suas estratégias de exploraçom do homem polo homem e de concentraçom de riqueza em poucas maos.
"Fazer o amor e nom a guerra", é um mito pacifista que se subverte dentro da necessidade histórica do sistema capitalista de lançar guerras militares permanentes como método de conquista e apropriaçom primária de mercados e de matérias primas para o sustento de sua estrutura económica productiva imperial.
O sistema capitalista (produto histórico da dominaçom do homem polo homem) nom se alimenta da paz senom da guerra concebida como o primeiro degrau das políticas e estratégias de dominaçom (sustento da exploraçom económica) a escala global.
É mais, os próprios processos históricos já incorporaram a "economia de guerra" (emergente da indústria da guerra) como um segmento fulcral da economia capitalista que em caso de colapsar arrastaria consigo a todo o sistema a escala global.
A guerra e o domínio
A história da humanidade, é a história da conquista e da dominaçom do homem polo homem em diferentes etapas e graus de evoluçom que decorrem do simples ao complexo.
O controle do oponente é a base do domínio, a nível do homem e seu meio primeiro, e dos sistemas (políticos, económicos e sociais) que regem as sociedades, depois.
Quando o primeiro homem primitivo controlou e dominou por médio da força a outro, estava a estabelecer o princípio da dominaçom do homem polo homem que regeu o desenvolvimento de todas as civilizaçons imperialistas conhecidas até agora, e cuja máxima expressom de desenvolvimento estratégico se dá com o sistema capitalista.
A busca do controle e do domínio, a sua vez, definem o carácter imperialista das diferentes civilizaçons (incluída a capitalista) que foram marcando a evoluçom e o traçado da história humana a partir do domínio hegemónico.
As diferentes "civilizaçons" ao longo da história nom foram produto da livre criaçom do espírito e da mente humana, senom um emergente de estratégias e políticas orientadas à conquista (militar, económica, política e social) das classes mais poderosas sobre os estamentos mais fracos da populaçom humana.
A guerra, o uso e o controle do poder militar, a capacidade de destruiçom em massa, foi o factor primário que possibilitou (por médio das conquistas) que grupos reduzidos de indivíduos (as "classes dominantes") impusessem sua vontade sobre as maiorias e as condenassem à servidom e o escravismo.
Desde a antigüidade, passando por Grécia e Roma até o "sistema capitalista", as guerras fôrom ferramentas estratégicas (piares) para a construçom dos diferentes sistemas de domínio baseados no controle em massa de populaçons para concentrar (por médio da exploraçom do trabalho social) poder e riquezas económicas.
Historicamente, os "ricos" (a concentraçom do poder económico) nom nascérom dum repolo, senom que som o emergente evolutivo e dum sistema de domínio do homem polo homem (o controle e o domínio sobre os "pobres") que descansa em última instância na concentraçom do poder militar e na capacidade para fazer a guerra.
Se EEUU nom contasse com a maquinaria nuclear militar do Pentágono, cinco frotas (avions, barcos e submarinos) com poder nuclear e 800 bases militares distribuídas por todo o planeta com capacidade de destruir várias vezes a terra, a sua poderio imperial económico financeiro nom tivesse podido existir.
O dólar nom é a "moeda patrom" do sistema capitalista por méritos próprios, senom porque detrás seu acha-se o poderio nuclear militar de EEUU que oficia de gendarme armado para o sustenta do sistema.
Num cenário sempre mudante e constante, as guerras (imperiais) evoluíram da colonizaçom militar à colonizaçom de cérebros, sem perder seu objectivo primário de conquistar e controlar para dominar.
Por isso a dinâmica funcional da história humana (em todos seus estádios) se rege polas estratégias de controle e dominaçom desenvolvidas por médio das guerras imperiais.
E contrariamente ao que pregoam os modernos "pacifistas" a ferro-forte, as guerras nom se fam para matar senom que se fam para controlar e dominar. Os massacres militares nom som um objectivo a priori, senom um resultante do objectivo a priori da busca do controle e do domínio militar.
Ou seja que, em primeiro lugar, e segundo o que surge como comprovaçom fáctica e estatística de qualquer estudo estratégico, as guerras imperiais nom se fam para matar, senom para controlar e dominar.
Em segundo lugar, a destruiçom material e os genocídios humanos que produzem as guerras (de conquista imperial) vêm como consequência da busca de controle e domínio sobre um oponente que resiste, e nom ao revés.
Portanto, as guerras (de conquista imperial) nom se planificam para matar, senom para apoderar dum objectivo estratégico seguindo a motivaçom imperialista central de controlar para dominar, e seu conceito de aplicaçom vai desde territórios até sociedades e homens.
Toda a acçom de dominaçom do homem polo homem (implícita na guerra de conquista imperial) rege-se por um axioma estratégico: para dominar, primeiro há que controlar por médio da guerra.
O que planeia umha guerra de conquista nom o faz para destruir, senom que o faz com um objectivo estratégico de controlar e dominar alvos de apropriaçom traçados de antemao, sejam territórios (guerra militar), recursos económicos e mercados (guerra económica), países e sociedades (guerra social), ou mentes (guerra psicológica).
Ao invés do que crê a maioria, o bom resultado das guerras nom se mede pola destruiçom militar, senom pola consecuçom dos objectivos com o menor custo de destruiçom física ou de vidas humanas.
Vale como exemplo a operaçom militar Chumbo Sólido que Israel lançou sobre Gaza, em janeiro passado, que foi lançada para controlar e/ou exterminar a Hamás, mas terminou em umha derrota e em um falhanço internacional para o estado judeu polo massacre de civis inocentes e a destruiçom de infra-estrutura na que derivou.