A BANCA e os grandes MEIOS de comunicaçom europeios construiem o NOVO FASCISMO

06-05-2010

  12:27:43, por Corral   , 686 palavras  
Categorias: Ensaio

A BANCA e os grandes MEIOS de comunicaçom europeios construiem o NOVO FASCISMO

por Dimitris V. Pantoulas
Rebelión

Em Grécia a maioria dos grandes meios de comunicaçom está em absoluta sintonia com o Governo sobre a necessidade das medidas neo-liberais Os proprietários destes meios tenhem umha relaçom directa com o Estado grego, de algumha forma estám cogobernando o país. Quando as primeiras informaçons saíram ao ar, a maioria dos meios de comunicaçom enfocárom as suas análises contra os maus e traidores esquerdistas e comunistas que estám a conduzir o país para o caos.

Os comentários sobre a marcha e a esquerda, tinham umha ampla gama de argumentos sem sustento, alguns irónicos, sobre os valores da esquerda, e outros agressivos contra os manifestantes. Deste jeito, a resistência do povo grego contra as políticas neo liberais passou a um segundo plano mediático e pujo-se em mira a procura culpados que, como sempre, som ou os anarquistas ou os comunistas.

O partido comunista de Grécia, através da sua secretaria geral, denunciou no Parlamento que era provável que os distúrbios fossem provocados por grupos neo-fascistas, que em várias ocasions comprovou-se que tenhem nexos com os corpos policiais, com o objectivo de provocar umha intervençom policial e desmantelar a imensa manifestaçom. Esta possibilidade nom foi valorizada polos comentaristas dos grandes meios de comunicaçom, ou melhor dito tv-juízes, que continuaram acusando à esquerda como única culpada de todo o que estava a passar, inclusive como responsável destes três mortos.

Mas, que é o que realmente passou na sucursal bancária?

Havia umha greve geral, tanto para o sector público como privado, no caso de que os empregados da sucursal incendiada Marfin Egnatia nom quisérom exercer o seu direito à greve, por nom perder o emprego -parece que o direito de greve dos empregados estava limitado polas ameaças dos gerentes dos bancos, como denunciaram alguns empregados em rádios locais- ou, simplesmente, por nom estar de acordo com esta greve, a agência teria que ter estado fechada durante a manifestaçom por razons de segurança.

Mas o mais grave é que, segundo informaçons transmitidas por rádios locais, empregados de dito banco denunciaram que os gerentes do banco nom só nom permitírom que saíssem da sucursal dantes da marcha senom que, inclusive, fecharam as portas com chave para que ninguém pudesse nem sair nem entrar!

Este banco, Marfin Egnatia, está dirigido por um dos capitalistas maiores de Grécia: Andreas Vgenopoulos, além de aspirante político. Os meios de comunicaçom ultimamente apresentam-no como um homem honesto, exitoso e umha espécie de Salvador da Pátria. Isto obedece a que alguns proprietários de meios de comunicaçom, e outros centros de poder, acham que o governo actual quiçá nom é tam forte como para implementar as medidas económicas programadas e estám a procurar alternativas, em caso que a situaçom política nom se desenvolva como esperam. Baixo as enormes pressons dos meios de comunicaçom, o Governo grego está a ordenar aos corpos policiais capturar a todos os suspeitos esquerdistas ou anarquistas que estejam nos arredores do centro de Atenas, como umha espécie de caçada de bruxas. Sem nengumha acusaçom, estám a deter-se centos de pessoas baixo a captura preventiva, algo que existe só em países dictatoriáis e nom tem nengumha justificativa jurídica ou política em Grécia.

Enquanto, o Premiê, Yorgos Papandreu, anuncia que as medidas neo-liberais se vam submeter a votaçom no Parlamento com carácter de urgência nos próximos dous dias. Seria suficiente com que votassem a favor só os deputados do seu partido, o partido Movimento Socialista Panhelénico, PASOK. Estas medidas provavelmente serám aprovadas por maioria esmagadora no Parlamento, sem ter em conta a imensa rejeiçom que geraram em toda a populaçom do país, além dos três mortos de hoje.
Este é um Governo claramente alheio à vontade da maioria que o elegeu, um Governo que perdeu a legitimidade, um Governo que já nom atende aos interesses dos seus votantes, um Governo ilegítimo ao serviço de umhas poderosas minorias e perigoso para a democracia que muitos já comparam com a junta militar dos sessenta e setenta. Nas maos do povo está reagir e resistir em frente a esta dramática situaçom onde nom só se joga o futuro de Grécia senom, quiçá, o futuro do capitalismo.

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