CANTA O MERLO: Costa de Marfím - "Ouattara: O mercenário fiel"

08-04-2011

  22:16:57, por Corral   , 535 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Costa de Marfím - "Ouattara: O mercenário fiel"

http://surversion.wordpress.com/2011/04/05/outtara-el-mercenario-fiel/

Ouattara: O mercenário fiel.

Quem a viu e nom lembra a película de Fernando Meirelles O jardineiro fiel, homónima do famoso romance de Le Carré? A mesma tratava da esposa de um diplomático britânico que se dedica a investigar pola sua conta e risco casos de experimentos ilegais realizados polas farmacêuticas ocidentais sobre a populaçom africana (polo qual é brutalmente assassinada). Ainda que romance, a história basear em factos reais, e particularmente no caso da multinacional estadunidense Pfizer, o qual segue sem ser fechada nem ajuizados aos responsáveis.

Agora, vários anos depois, a história repete-se ainda que em sentido inverso. Neste caso, um presidente que tenta entre outras cousas criar um sistema de saúde e segurança social público e gratuito (algo que a estas alturas dos séculos ainda nom se conhece na África) é objecto de sabotagem, conspiraçons e agora intervençom militar de parte da ONU, França e os próprio Estados Unidos acusada nos seus inícios polos interesses farmacêuticos na zona. A carta do império para isso é Alassane Ouattara, ex director do FMI para a África e conhecido criminoso de guerra, é dizer, fiel mercenário financeiro e militar ao serviço da nova cruzada ocidental no continente.

A respeito disso, reproduzo esta breve nota aparecida hoje em Últimas Notícias (Caracas) realizada polo sociólogo suíço o Jean Ziégler.

Costa do Marfim.

Jean Ziégler. (*)

É evidente que Laurent Gbagbo merece o apoio total do campo anti-imperialista. As eleiçons: é seguro que houvo fraude, sobretodo na segunda volta.

Apesar da existência desde há dous anos de um governo unificado, o país segue dividido: Bouaké, a capital da metade norte do país, encontra-se baixo o poder das Novas Forças, tropas dissidentes simpatizantes de Alassane Ouattar, autores da assonada de 2002. O Exército e a Guarda nacional, leais a Gbagbo, controla o sul do país e portanto Abiyán.

O problema de fundo é lês-te: Ouattara é o ex-director para a África do FMI. Impós em muitos países os pacotazos responsáveis pola fame e a miséria do povo africano. Foi Primeiro-ministro de Felix Houphouët, e como tal um protagonista essencial do sistema neocolonial. É um economista partidário radical das reformas neoliberais. Ouattara pertence à etnia Dioula, é muçulmano e ademais amigo íntimo de Sarkozy. Outtara é a encarnaçom do mercenário dos estadunidenses, da França-África, do FMI. É inteligente e erudito, dispom de capitais consideráveis.

Laurent Gbagbo, ex preso político de Houphouët, exilado durante 13 anos, historiador, intelectual, pertence à etnia minoritária dos Beté. Ao ser eleito, em 2000, tentou criar o primeiro seguro social da África Sub-sahariana. É nesse momento que o presidente Jacques Chirac, influenciado polas firmas farmacêuticas multinacionais, tentou derrocá-lo. Gbagbo, é o único estadista do África Ocidental.

Repito-o: elixir entre Ouattara e Gbagbo, é escolher entre um mercenário ao serviço do capital financeiro globalizado ocidental e um estadista com um passado revolucionário, anti-imperialista, patriota e defensor da soberania do seu país.

(*) Professor de sociologia na Universidade de Genebra e a Sorbona, Paris. É Doutor em Direito, em Ciências Económicas e Ciências Sociais pela Universidade de Berna. Actualmente é analista e membro do comité consultivo do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Em 2001 e 2008, Ziegler, professor da Universidade de Genebra, foi palestrante especial das Naçons Unidas para o direito à alimentaçom.

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