CANTA O MELRO: Os USA e a NATO - A guerra como mecanismo de domínio

24-04-2011

  21:47:27, por Corral   , 539 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MELRO: Os USA e a NATO - A guerra como mecanismo de domínio

Michael Collon
Diário Liberdade

E para os que ainda acham que tudo isto não é mais que uma "teoria do complô", que os EUA não têm programado tanta guerra, que improvisa reagindo segundo o que acontecer, lembremos o que declarava em 2007 o ex general Wesley Clarck (comandante supremo das forças da OTAN na Europa entre 1997 e 2001, que dirigiu os bombardeios sobre a Iugoslávia): "Em 2001, no Pentágono, um general disse-me: vamos tomar sete países em cinco anos, começando pelo Iraque, seguindo na Síria, Líbano, Líbia, Somália, Sudão, para terminar com o Irã? Dos sonhos à realidade há uma margem, mas os planos estão aí. Só que atrasados.
No enquadramento da batalha por controlar o continente negro, África do Norte é um objetivo maior. Ao despregar uma dezena de bases militares na Tunísia, Marrocos e Argélia, bem como em outras nações africanas, Washington abriria a via para estabelecer uma rede completa de bases militares que cobriria todo o continente.
Mas o projeto Africom deparou-se com uma séria resistência dos países africanos. De maneira altamente simbólica, nenhum aceitou acolher em seu território a sede central do Africom. E Washington teve que manter sua sede em Stuttgart, Alemanha, o que era muito humilhante. Nesta perspetiva, a guerra para derrocar Kadafi no fundo é uma advertência muito clara aos chefes de Estado africanos que tiverem a tentação de seguir uma via demasiado independentes.
Este é o grande crime de Kadafi: A Líbia não aceitava nenhuma ligação com o Africom ou com a OTAN. No passado, os EUA possuíam uma importante base militar na Líbia. Mas Kadafi fechou-a em 1969. É evidente, a guerra atual têm sobretudo como objetivo recuperar a Líbia. Seria uma avançada estratégica que lhe permitiria intervir militarmente no Egito se este escapasse do controle de EUA.
* * *
http://www.odiario.info

Em entrevista à Press TV, o ex-secretário-adjunto do Tesouro dos EUA, Paul Robert Craig, fala sobre os verdadeiros objetivos dos EUA na Líbia

Estamos a falar apenas dos países da Otan, os estados-fantoche dos EUA. Grã-Bretanha, França, Itália, Alemanha, todos pertencem ao império norte-americano. Temos tropas na Alemanha desde 1945. Estamos a falar de 66 anos de ocupação norte-americana na Alemanha. Os americanos têm bases militares em Itália. Como se pode ser um país independente deste modo? A França foi relativamente independente até Washington pôr Sarkozy no poder.Todos eles fazem o que lhes dissermos.

Washington quer mandar na Rússia, na China, no Irão, em África, e em toda a América do Sul. Washington quer a hegemonia sobre o mundo. É isso que a palavra hegemonia significa. E Washington vai persegui-la a todo custo.
Não respeitam a lei, portanto não vão dar atenção à ONU. A ONU é uma organização-fantoche dos EUA e Washington irá usá-la como cobertura. Portanto, sim, se não conseguirem correr com Kadafi, irão colocar tropas no terreno; é por isso que temos os franceses e os britânicos envolvidos. Estamos a usar os franceses também noutro ponto de África; usamos os britânicos no Afeganistão. São marionetes.

Estes países não são independentes. Sarkozy não responde perante o povo francês; responde perante Washington. O Primeiro-ministro britânico não responde perante o povo Inglês, mas perante Washington. Estes são os governantes-marionetes de um império, nada têm a ver com seu próprio povo, somos nós quem os põe no poder.

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