CANTA O MERLO: Um monstruo - Tareixa de Calcutá

30-07-2011

  13:51:32, por Corral   , 691 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Um monstruo - Tareixa de Calcutá

"Índia nom tem motivos para agradecer à Mae Tareixa"

Sanal Edamaruku
www.mukto-mona.com
www.rebelion.org

Índia, especialmente Calcutá, está considerada a principal beneficiária da lendária "boa labor" da Mae Tareixa polo bem dos pobres que a converteu na católica mais famosa dos nossos tempos, Prémio Nobel da Paz e umha santa em vida. Ao avaliar o que ela fixo realmente neste país, penso que Índia nom tem motivos para lhe agradecer.

A Mae Tareixa danou a reputaçom de Calcutá, ao apresentar essa formosa, interessante, viva e culturalmente rica metrópoles indiana em cores de sujeira, miséria, desespero e morte. Resumida como um grande escoadoiro, converteu-se no famoso transfundo do seu trabalho caritativo de um tipo muito especial. A sua ordem é só umha de mais de 200 organizaçons caritativas que tratam de ajudar aos habitantes dos bairros baixos de Calcutá a que construam um futuro melhor. Nom é muito visível ou activa localmente. Mas afirmaçons desmesuradas como a história sem nengum fundamento sobre a sua escola nos bairros baixos para 5.000 crianças atraíram umha enorme publicidade internacional às suas instituiçons. E enormes doaçons!

A Mae Tareixa reuniu muitos, muitos milhons (alguns dim: milhares de milhons) de dólares em nome dos pobres de Índia (e muitos, muitos mais em nome dos pobres noutros "sumidoiros" do mundo). Onde ficou todo esse dinheiro? Seguramente nom se utilizou para melhorar a sorte da gente, à que ia destinado. As freiras distribuíam-lhes alguns boles de sopa e ofereciam refúgio e atençom a alguns dos enfermos e sofrintes. A ordem mais rica do mundo nom é muito generosa, já que quer ensinar-lhes o encanto da pobreza. "O sofrimento dos pobres é algo muito formoso e ao mundo ajuda-lhe muito a nobreza deste exemplo de miséria e sofrimento", di a Mae Tareixa. Temos que nos mostrar agradecidos ante essa peroraçom de umha excêntrica multimilionária"

A lenda dos seus Fogares para os Moribundos fixo chorar ao mundo. A realidade, contodo, é monstruosamente escandalosa: Nos ateigados e primitivos pequenos fogares, muitos pacientes tenhem que partilhar umha cama com outros. Ainda que muitos sofrem de tuberculose, SER e outras doenças altamente infecciosas, a higiene nom importa. Os pacientes som tratados com boas palavras e insuficientes (a miúdo caducados) medicamentos, aplicados com agulhas velhas, lavadas em água morna. Podem-se ouvir os berros de gente aos que arrincam vermes dos seus ferimentos abertos sem anestesia. Por princípio nom se administram analgésicos fortes mesmo em casos graves. Segundo a estranha filosofia da Mae Tareixa, "o mais formoso presenteio para umha pessoa é que pode participar nos sofrimentos de Cristo". umha vez tratou de reconfortar a um sofrinte que gritava, dizendo-lhe: "Estás a sofrer, isso quer dizer que Jesus bica-che!" O homem se enfureceu e gritou-lhe: "Entom diga-lhe ao seu Jesus que deixe de me bicar!"

Quando a Mae Tareixa recebeu o Prémio Nobel da Paz, aproveitou a oportunidade do seu discurso em Oslo televisado a todo mundo para declarar que o aborto é o maior mal do mundo e para atirar um ardente ataque contra o controlo da populaçom. Esta posiçom fundamentalista é umha labaçada na cara da Índia e outros países do Terceiro Mundo, onde o controlo da populaçom é umha das chaves para o desenvolvimento, o progresso e a transformaçom social. Temos que agradecer à Mae Tareixa encabeçar essa luta propagandística mundial contra nós com o dinheiro que reuniu no nosso nome"

A Mae Tareixa nom serviu aos pobres em Calcutá, serviu aos ricos em Ocidente e ao enriquecimento do Estado Vaticano. Ajudou-lhes a acalmar a sua má consciência ao receber os seus milhares de milhons de dólares. Alguns dos seus doadores eram ditadores e criminosos (Duvalier, Pinochet, etc...) que tratavam de encobrir os seus crimes e malfeitorias. A Mae Tareixa reverencio-os por um preço. A maioria dos seus seguidores, contodo, fôrom gente honesta com bons intuitos e um coraçom cálido, que caíram na ilusom de que a "Santa do Sumidoiro" existia para secar as báguas, terminar com toda a miséria e eliminar toda a injustiça no mundo. Os que estám namorados de umha ilusom negam-se a miúdo a ver a realidade.

Sanal Edamaruku é presidente de Rationalist International, secretário geral de Indian Rationalist Association.

Fonte: http://www.mukto-mona.com/Articles/mother_Tareixa/sanal_ed.htm

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