CANTA O MERLO: Somália, o outro genocídio ianqui - NOM É A SECA, É O IMPERALISMO (I)

19-08-2011

  16:41:39, por Corral   , 836 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Somália, o outro genocídio ianqui - NOM É A SECA, É O IMPERALISMO (I)

Miguel Giribets
Rebelión

Somália tem umha populaçom de uns 10 milhons de pessoas. 98% é da mesma etnia e a mesma religiom (muçulmana sunita). Isto deveria ser umha boa base para dar coesom e constituir um país, a diferença da maioria de países africanos, onde se aproveitou a diversidade multi étnica e/ou multirreligiosa para enfrontar à sua populaçom e saquear as suas riquezas. Nom foi assim: o factor que dividiu é a existência de 10 tribos e múltiplos clans e sub-clans.

Os somalis vivem no país mais pobre do mundo depois de Niger e Serra Leoa, segundo o Programa de Naçons Unidas para o Desenvolvimento. Na actualidade, 87% da populaçom é analfabeta e 85% das crianças em idade escolar nom vam ao colégio. A esperança de vida de 47 anos; um de cada 10 crianças morre ao nascer e 25% das crianças que sobrevivem morrem antes de cumprir 5 anos. Somália tem umha das piores taxas de mortalidade infantil do mundo: 117.7 crianças por cada 1.000. As causas de morte das crianças som a desnutriçom e a diarreia.

Segundo dados de Outubro de 2007, a taxa de mal nutriçom estava em 17%, dous pontos por sobre do que se considera como catástrofe humanitária; 20% dos menores de 5 anos sofriam mal nutriçom em 10 regions. Agora a situaçom é muito pior.

Há um médico por cada 100.000 habitantes e algumhas gentes ham de percorrer 700 km para encontrar ao médico mais próximo. Nom há Ministério de Sanidade, os 45 hospitais do país som privados. Em conseqüência, quase a totalidade da populaçom carece de um sistema público de saúde. Há 3 companhias de telefones privadas e vários hotéis de luxo, com guarda-costas privados.

A tentativa de formar umha polícia em 1998 fracassou. Tratava-se de treinar a 3.000 homens, mas como nom cobravam, foram desertando até que nom ficou nem sinal do corpo policial.

43% da populaçom vive com menos de 1 euro ao dia. Os bilhetes nom os emite o Banco Central, que desapareceu em 1991. Os bilhetes som feitos polos empresários locais e imprimem-se no Canadá. Nesta situaçom, a tentaçom de imprimir bilhetes falsos é demasiado forte; com isso, contribui-se a disparar a inflaçom e a miséria das gentes de Somália. O primeiro banco desde 1991 abriu-se em 1997: ao Barakaat, ainda que de 300 empregados, 100 som guarda-costas armados, pois nom há segurança pública. Em 2001 este banco era o grupo financeiro mais importante do país, com sucursais em 40 países. Mas os norte-americanos -a quem já lhes vai se bem que este país nom levante cabeça-, nom podiam consenti-lo: em Novembro de 2001, Bush declara que este banco é ?amigo de Bin Laden? e congela os bens do banco em EEUU; é um golpe durismo à reconstruçom económica de Somália, pois, por exemplo, 80% da populaçom recebe dinheiro das remessas que chegam do estrangeiro através deste banco, entre 700 a 1.000 milhons de dólares cada ano, e agora isto já nom será possível; esta é um das maiores fontes de ingressos do país.

Também por estas datas os EEUU cortaram o acesso a internet desde Somália, acusando às duas companhias que o comercializavam de pertencer à o Qaeda.

As exportaçons de cabras, ovelhas e camelos eram 80% do total das exportaçons totais. Mas estám proibidas por motivos sanitários, ainda que o problema solucionar-se-ia facilmente com vacinaçons e controlos veterinários.


Mas... Somália é um pais muito rico

Conta com grandes reservas de gás e petróleo; em 1986 o governo concedeu a 4 grandes corporaçons a permissom para a extracçom de cru: Conoco, Amoco, Chevron e Philhips, que controlavam 75% dos campos petrolíferos.

Ademais, tem reservas de urânio, ferro, estanho, bauxita, cobre e sal.

... e com um grande valor estratégico

Por Somália passa o trânsito de mercadorias do Mar Vermelho, 13% do trânsito marítimo mundial, que inclui o petróleo de Oriente Meio. Por isso, havia que evitar as influências ?perigosas? (soviéticas numha época, chinesas na actualidade), ainda que para isso haja que despedaçar um país e condenar à morte por fame a grande parte da sua populaçom.

Já em 1991 o general Schwarzkopf que na época era nada menos que o chefe do estado maior para o sudeste asiático apresentou um relatório ao senado onde dizia: "o estreito estratégico do mar vermelho é o centro dos interesses de EEUU aí onde convergem África e Ásia. O estreito será cada vez mais importante devido ao acrescentamento das capacidades de tratamento e de exportaçom de Árabia cujo petróleo deverá passar no seu maior parte polo já que os super-petroleros som demasiado grandes para o canal de Suez." (1)

Também Israel tem interesses estratégicos. ?Israel tem o projecto de prolongar o oleoduto Bakú, Acerbaixám-Cehyan,Turquia, que se inaugurou justamente ao começo da guerra do Líbano, e de converter numha auto-estrada energética conectando-o com o já existente oleoduto Trans-Israel que cruza o país e acaba no mar Vermelho. E Somália está justamente na saída e entrada do mar Vermelho o que lhe outorga umha importância geo-estratégica evidente.? (2)

(1) GUERRA Y EXPOLIO: EL TERRORISMO COMO EXCUSA Y LA AYUDA HUMANITARIA COMO CAMUFLAJE-21/2/2007 REBELION, ESPAÑA 210207 Alfredo Embid -Boletín armas contra las guerras nº 142
(2) GUERRA Y EXPOLIO: EL TERRORISMO COMO EXCUSA Y LA AYUDA HUMANITARIA COMO CAMUFLAJE-21/2/2007 REBELION, ESPAÑA 210207 Alfredo Embid -Boletín armas contra las guerras nº 142

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