O que está detrás do derrocamento de Gaddafi
Por: Ásia Times
Data de publicaçom: 31/08/11
31 Agosto 2011 - O complô para derrocar a Gaddafi perfeccionou-se em Dezembro 2010, Nicolas Sarkozy tinha umha bolsa cheia de motivos para vingar-se de Muammar Gaddafi.
Bancos franceses disseram-lhe a Sarkozy que Gaddafi estava prestes a transferir os seus milhares de milhons de euros a bancos chineses. Deste modo o líder líbio nom podia de nengumha maneira ser num exemplo para outras naçons árabes sobre os fundos soberanos.
Corporaçons francesas disseram-lhe a Sarkozy que Gaddafi decidira nom comprar mais avions Rafale, e nom contratar aos franceses para construir umha planta nuclear; o líder líbio estava mais preocupado por investir em serviços públicos.
A gigante petroleira Total queria um pedaço bem mais grande do torta petroleiro de Líbia, a qual estava a ser comida em grande parte por Europa, pola italiana ENI, especialmente porque o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, um fanático confesso de Gaddafi, fechara um acordo complexo com o mandatário líbio.
Deste modo o golpe militar foi perfeccionado em Paris em Dezembro; as primeiras manifestaçons em Cirenaica em Fevereiro, enormemente instigadas polos conspiradores, fôrom frustradas.
O auto promovido filósofo Bernard Henri-Levy - sionista ao igual que Sarkozy - "voou a Benghazi para conhecer aos "rebeldes" e telefonou a Sarkozy, virtualmente ordenando-lhe que os reconheça a princípios de Março como legítimos (nom era necessário um estímulo para Sarkozy).
O Conselho Nacional de Transiçom foi inventado em Paris, mas as Naçons Unidas também devidamente tragou-no como o "legítimo" governo de Líbia, só que a NATO nom tinha um mandato da ONU para ir de umha zona de exclusom aérea a um bombardeio "humanitário" indiscriminado, culminando com o actual assédio à cidade de Sirte.
Os franceses e os britânicos escrevêrom o que se converteria na Resoluçom 1.973 da ONU. Washington alegremente uniu à festa. O Departamento de Estado negociou um acordo com o Rei saudita através do qual os sauditas garantiriam um voto da liga Árabe como um preludio para a resoluçom da ONU, e a mudança seriam deixados tranqüilos para reprimir qualquer protesto vantagem-democrática no Golfo Pérsico, como o fizérom, selvagemente em Bahrain.
O Conselho de Cooperaçom do Golfo (GCC polas suas siglas em inglês) também tinha toneladas de razons para desfazer-se de Gaddafi. Os sauditas amariam acomodar a um emirato amigável no norte da África, especialmente desfazendo-se do mau sangue entre Gaddafi e o Rei Abdullah. Os Emiratos queriam um lugar novo para investir e "desenvolver".
Qatar, muito compichada com Sarkozy, queria fazer dinheiro " como o manejo das novas vendas de petróleo dos "legítimos" rebeldes.
A Secretária de Estado Hillary Clinton esta muito enmarachada com a Casa Saudita ou com os criminosos Al-Khalifas de Bahrain. Mas o Departamento de Estado fortemente condenou a Gaddafi polos seus "políticas nacionalistas em aumento no sector petroleiro", e também por "Libianizar" a economia.
Gaddafi, um jogador astuto, deveria ver o escrito na parede. Desde que o primeiro-ministro Mohammad Mossadegh foi derrocado fundamentalmente pola CIA no Irám em 1.953, "a regra é nom se pôr a mal com as grandes petroleiras globalizadas. Sem mencionar o sistema banqueiro/financeiro internacional, promovendo ideias subversivas tais como o voltear a sua economia para beneficio da sua populaçom.
Se vostede é partidário do seu país, vostede automaticamente é contra daqueles que mandam: bancos ocidentais, mega-corporaçons e "escuros" inversionistas para beneficiar do que seja que o seu país produz.
Gaddafi nom só cruzou todas estas linhas vermelhas, também tratou de escapulir-se do petrodólar; ele tratou de vender a ideia a África de umha moeda unificada, o dinar de ouro (a maioria dos países apoiaram-lo); ele investiu num projecto multibillonario " o Grande Rio Artificial, umha rede de tubagens distribuídas bombeando água fresca desde o deserto até a costa mediterránea " sem dobrar os seus joelhos no altar do Banco Mundial; ele investiu em programas sociais em países pobres do África subsaariana; ele financiou ao Banco Africano, permitindo assim a superaçom das naçons para evitar, mais umha vez, ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional; ele financiou um amplo sistema africano de telecomunicaçons que evitou redes ocidentais; ele aumentou a qualidade de vida em Líbia. A lista é interminável.
Fonte: Pepé Escobar, Ásia Times