http://www.jornada.unam.mx/2011/09/28/opinion/016o1pol
Alfredo Jalife-Rahme
UBS, o maior banco suíço, resultante da fusom em 1998 entre Union Bank of Switzerland e Swiss Bank Corporation, publicou um reporte de 21 páginas, Fractura do euro; as conseqüências (6/9/11), de corte apocalíptico e de entoaçons sobre as "conseqüências da balcanizaçom cujos autores som os "economistas" Stephane Deo, Paul Donovan e Larry Hatheway.
Em paralelo, para dramatizar as suas "investigaçons", o polémico UBS publica outras duas notas ominosas:
1) "A recessom passou, mas a depressom acaba de começar", que predizer umha austeridade que levará a "umha maior forma muscular (sic) de governo".
2) "A euro-zona pode fracturar-se num horizonte de 5 anos", por Nouriel Roubini, quem se voltou espantalho do financierista sionismo jázaro.
A brutal ameaça de UBS -que, por certo, em datas recentes destapou a cloaca das suas actividades metafinancieras com umha nova "perda" por mais de 2 mil milhons de dólares- é dicotómica: se os seus bancos "crebados (sic)" nom som resgatados e a euro-zona se balcaniza, ergo, advendría "um governo autoritário ou militar, ou a guerra civil".
Por que propaga o pânico UBS, um do nove bancos que controlam o mercado dos derivados a escala global (Baixo a Lupa, 7/9/11)? Para ganhar mais e/ou tentar ressarcir as suas quantiosas perdas bursáteis?
Como os clássicos pescadores, a rio revolto ganham mais o nove bancos globais que controlam os derivados financeiros, que se calcula passaram a cifra estratosférica de por volta de 2 mil bilions de dólares, frente a uns exíguos 74 bilions do PIB global.
UBS assevera que "as passadas instâncias de fracturas de unions monetárias tendem a produzir um de dous resultados?. Ou bem existe umha resposta dum governo mais autoritário (sic) para conter ou reprimir (sic) a desordem (sic) social (um cenário que tende a requerer umha mudança dum governo democrático a um autoritário ou militar), ou alternativamente, a desordem (sic) social opera com as fracturas tectónicas existentes na sociedade para dividir (super sic!) ao país, espalhando numha guerra civil (super sic!)".
O resumo executivo do ameaçador reporte divide-o em cinco partes:
1. "O euro nom deve existir" (assim): a estrutura actual e a sua membresía deverám mudar.
2. "Confederaçom fiscal" sem balcanizaçom: "a esmagadora probabilidade é que o euro se mova lenta (e dolorosamente) para algumha forma de integraçom fiscal. O case risco ou fractura considera-se mais custoso e próximo dumha probabilidade de zero. Os países nom podem ser expulsos mas os estados soberanos podem optar por sair-se".
3. "O custo económico (parte uno)": "o custo dum país débil (sic) que abandona o euro é significativo": creba soberana, quebra empresarial, colapso do sistema bancário e do comércio internacional?, o qual "equivale a entre 40 e 50 por cento do seu PIB o primeiro ano".
4. "O custo económico (parte 2)": "se fosse um país poderoso como Alemanha que abandona o euro as conseqüências seriam: quebra empresarial, recapitalizaçom do sistema bancário e colapso do comércio internacional, o que equivale a entre 20 e 25 por cento do seu PIB o primeiro ano".
5. O custo político: o maior de todos. ?O poder brando da Europa e a sua influência internacional cessariam (...) Nengumha uniom monetária fracturou sem nengumha forma de governo autoritário ou militar, ou guerra civil?.
Neste tenor, surge novamente Nouriel Roubini, quem sacode o espectro dumha terceira guerra mundial (Moneynews, 26/9/11).
Voltam coincidir os mesmos circuitos financieristas: Nouriel Roubini suma-se à nom muito amadurecida ameaça de Ambrose Evans-Pritchard de fai três anos sobre a iminência dumha terceira guerra mundial (ver Baixo a Lupa, 7/9/08), curiosamente oito dias antes da estranha quebra de Lehman Brothers.
Nouriel Roubini considera que a austeridade fiscal pode desembocar numha calamidade económica seguida por umha guerra. Entre quem ou quem?
Aduze também que "a crise financeira global e a sua depressom conseqüente, ao uníssono da instabilidade política e social na Europa e noutras economias avançadas (sic), vai ser extremosamente (sic) severa", da que "nem China estará isenta" e a quem lhe predizer "umha aterragem dura nos próximos dous anos".".
Estiveram ressoando demasiado os tambores de guerra nas recentes cimeiras e reunions financeiras. As guerras como continuaçom das finanças por outros meios?
Na Polónia acaba-se de escenificar um choque de comboios entre Estados Unidos e a euro-zona quando Timothy Geithner, controvertido secretário do Tesouro estadounidense e instrumento da potente banca de Wall Street, "advertiu dumha catástrofe" aos ministros de Finanças europeus.
Por certo, contactos em Washington asseguram que Obama desejava decretar já a quebra do insolvente banco Citigroup mas que Timothy Geithner opô-se rotundamente (a grau de ameaçar com a sua renúncia). Pois de tanto poder desfruta, nom Obama nem Timothy Geithner, senom Citigroup?
Ao meu julgamento, a razom do brutal aperto de porcas de Timothy Geithner a Alemanha está na hermenêutica de Ambrose Evans-Pritchard (The Daily Telegrap, 26/9/11): "Perdoa Deutschland (nota: a terra alemá). A história conspirou contra ti de novo. Deves assinar 2 milhons de milhons de euros e corromper (sic) ao teu banco central, e aceitar 5% de inflaçom ou serás condenado a um Götterdämmerung (nota: o crepúsculo dos deuses)".
Detalha o "resgate Geithner" baixo a brutal pressom de Estados Unidos (à que se somou Obama): ?O pacote multibilonário que agora se conforma para a Eurolandia foi amplamente cozinhado em Washington (super sic!), em colusom com a Comissom Europeia, e é imposto (extra super sic!) a Alemanha com a força absoluta da diplomacia (sic) de Estados Unidos?. Ufa!
Timothy Geithner agora propina-lhe a Alemanha a mesma receita de resgate" bancário da post crise de Estados Unidos de 2008. Neste joginho bidireccional dos "derivados financeiros", mais que resgatar à euro-zona, nom é a banca de Estados Unidos a que tenta salvar-se?
O sinal é prístina: ou Alemanha acredite umha hiperinflaçom monetária em Eurolandia ou vem a guerra. Melhor a hiperinflaçom.
Agora Alemanha terá que "buscar um mecanismo na que converta um euro a cinco" (Reuters, 25/9/11) neste novo modelo de estabilizaçom monetária europeia". A alquimia monetarista converteria assim 440 mil milhons de euros dos seus fundos de resgate a 2 milhons de milhons de euros.
E por se alguém nom percebesse na Europa, o controvertido Goldman Sachs, outro insolvente banco de investimentos (e um dos controladores da Casa Branca), ameaçou com que "já nom existem mais paraísos financeiros", em alusom ao franco suíço e ao ouro, ambos os detidos polos "comprados" (Moneynews, 27/9/11).
Estamos no paroxismo da guerra global das divisas!