IAR-Noticias
O sistema (económico, político e social) capitalista baseia-se sobre três piares essenciais:
A) Consumo maciço (que alimenta os ciclos de ganho capitalista com o mercado).
Voto "popular" (que alimenta e permite o controlo político e social sem repressom militar).
C) Credibilidade social (que alimenta a sobrevivência institucional do sistema capitalista).
Este três factores, que conformam a coluna vertebral do sistema espoliador capitalista erigido como "civilizaçom única" a escala global, hoje encontram-se em risco imediato por causa da crise económico financeira que derivou primeiro em crise recessiva, e logo em crise social como emergente dos ajustes selvagens, à persistência do desemprego e o achicamento do consumo popular.
Com Estados crebados pola crise fiscal, com umha recuperaçom ainda débil da recessom (com países que seguem desacelerados), mercados financeiros volatizáveis (volta à desconfiança do sobe e baixa), contracçom do crédito orientado à produçom, consumo social sem recuperaçom, baixas de arrecadaçom e subas siderais do deficit, desemprego maciço e ajustes salariais em ascensom, a "bomba social" (emergente da crise e dos ajustes) já assoma como o desfecho mais lógico na Eurozona.
O sistema de gobernabilidade político e económico da Eurozona hoje encontram-se em risco de dissoluçom por causa da "crise financeira" que derivou primeiro em crise recessiva", logo em crise fiscal" dos Estados, e que agora se converteu em crise social" da mao dos ajustes, os despedimentos laborais e o achicamento do consumo popular.
Esta dialéctica de acçom-reacçom é o que define, em forma totalizada, um fenómeno que excede a denominaçom reducionista de crise económica" com o que os analistas do sistema qualificam o actual colapso económico europeu.
O capitalismo central europeu (tanto como EEUU) nom está em crise económica", senom em crise total", e no final do processo, se quer superviver como bloco, deverá deitar mao ao único que pode preservar o seu domínio: A repressom militar.
Essa é a leitura imediata que surge do processo europeu com Estados crebados e ajustes selvagens, que profunda o desemprego em massa e a crise de credibilidade social nos políticos e nas instituiçons das potências centrais que se estende aos países emergentes e periféricos da Ásia, África e América Latina.
A dinâmica histórica da crise pulveriza a coluna vertebral do sistema (consumo, voto e credibilidade social) e obrigará a mudar a estratégia de dominaçom para reciclar um novo processo de controlo político e social.
Que alguns peritos e analistas já visualizam como o começo de um novo processo de procura do controlo (gobernabilidade económica, política e social) contido nos marcos de umha democracia blindada.