CANTA O MERLO: USA-Vaticano, o novo genocido programado

16-03-2013

  10:56:26, por Corral   , 1357 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: USA-Vaticano, o novo genocido programado

EEUU e Vaticano aliados contra a Nossa América Bolivariana

Carlos Antón e Carlos Vélez - www.aporrea.org
15/03/13 - www.aporrea.org/internacionales/a161448.html

No primeiro parágrafo do 18 Brumario, Marx expressa: "Hegel di em algumha parte que todos os grandes factos e personagens da história universal aparecem, coma se dixéssemos, duas vezes. Mas esqueceu-se de agregar: umha vez como tragédia e a outra como farsa".

Talvez na América Latina toca-nos viver duas vezes (ou mais) a tragédia.

A entronizaçom do cardeal de Bos Aires, Jorge Bergoglio como o papa Francisco, nom pode ser tomada "ainda polos cristaos católicos argentinos- com veemência chauvinista. Ao invés, o drama ao que assistimos é que, mais umha vez a maridagem CIA"Vaticano refunda-se para acometer com a sua fúria aos povos em revoluçom. A ALBA, a CELAC, a UNASUR, a revoluçom bolivariana estám na mira dos seus mísseis e da sua cruz. Como há 500 anos a espada e a cruz contra os povos.

EEUU-Vaticano um velho maridagem

A finais da Segunda Guerra Mundial, depois de invadir a Itália, aos EEUU criou-se-lhe um problema, como reconstruir o Estado italiano ao serviço do capital. O caso é que o único sector cujo prestígio era reconhecido polo povo italiano eram os comunistas. O PCI, que ganhara as suas medalhas na luta antifascista, ademais foram os que ajustiçárom a Benito Mussolini, il Ducce. E para complicar mais a questom estavam armados.

De ali que os ianques conceberam um plano que descansou sobre três eixos: o Vaticano, a máfia e eles mesmos. Washington proveu o dinheiro, a máfia italiana os sicários para assassinar comunistas e semear o terror e o Vaticano santificou a cruzada à vez que rearmava a velha Democracia Cristá. Eram os tempos do papa Pio XII, também conhecido como o papa-nazista.

Anos mais tarde mais tarde, a fins dos anos ´70 chega ao Vaticano Joám Paulo II (1978) em tanto que Ronald Reagan o fai à presidência dos EEUU (1980).

A entronizaçom do cardeal polonés, foi um acto mais da Guerra Fria e da ofensiva ianque contra a Uniom Soviética e o comunismo. A aliança entre a CIA e o Opus Dei permitiu que, à morte de Paulo VIM depositassem a Karol Wojtyla -o homem que o Opus elegeu para ser papa- na "cadeira de Som Pedro". A tal ponto era um soldado fiel Karol Wojtyla, que na Vila Tevere, esquadra geral do Opus Dei em Roma baixou a rezar ante a tumba de monsenhor Escrivá de Balaguer (criador da ordem) antes de entrar no conclave do que sairia Papa.

A luta contra o comunismo de Joám Paulo II tivo um capítulo especial na América Latina. Por esses anos os sandinistas derrocaram ao dictador nicaraguano Anastasio Somoza, e contra todas as possibilidades da época erigírom um governo popular (1979) na Nicarágua de Sandino. No governo vermelho e preto, quatro sacerdotes católicos eram ministros. A influência da chamada igreja dos pobres, que se sustinha na Teologia da Libertaçom, cresceu por Centro América e o resto da América Latina.

Entom o Vaticano e Washington decidiram que algo havia que fazer.

Enquanto Reagan instalava aos contras na fronteira entre Honduras e Nicarágua para atacar aos sandinistas, o Vaticano organizou a viagem de Wojtyla a Nicarágua, como umha nova cruzada. Agora contra a heresia comunista. Muito já se escreveu sobre esses factos e deixamos aí a crónica.

Finalmente a igreja alcançou domesticar e emudecer aos curas dos pobres, em tanto um dos períodos mais reaccionários do século XX expandia-se sobre o planeta e a América Latina. A maridagem entre EEUU e o Vaticano, colheitava seus frutos.

Os povos latino americanos rebelam-se

Trás a denominada Década perdida os povos latino-americanos retomaram a iniciativa nas lutas sociais e políticas. Da pouco tenhem-se conformando governos populares, e em Venezuela um coronel do exército chegou à presidência. Com Hugo Chávez Frias, o continente encontrou um líder revolucionário, que sintetizou os sentimentos populares, inclusive os religiosos com a teoria do socialismo. E nasceu a revoluçom bolivariana cujo exemplo se expandiu polo continente e polo planeta.

Com altibaixo a revoluçom foi-se consolidando, mas o 5 de Março, sofremos um terrível golpe. Faleceu o comandante Chávez. E ainda que o povo venezuelano está galvanizado e se apresta a dar duras batalhas para fortalecer a revoluçom, todos fomos impactados por esta morte.

Na outra ponta do mundo, outra notícia comoveu à freguesia católica. O papa Benedito XVI, o cardeal Ratzinger (ex membro das mocidades hitlerianas nos anos ´40) renunciou ao papado.

Foi-se.

As razons ainda som motivo de especulaçom. Mas mais ali de qualquer que se poda esgrimir, o verdadeiro é que este bispo ultra conservador nom pudo suster a batalha contra os povos do Terceiro Mundo. Este mundo de indigentes e rebeldes continua tentando revoluçons.

Mudar o libreto e dar de novo

Como com Wojtyla, o Vaticano e o imperialismo jogam umha carta forte. Hoje acabam de eleger a um papa latino-americano, argentino. Jorge Bergoglio, arcebispo da Cidade Autónoma de Bos Aires, será o próximo em sentar na cadeira de Sam Pedro. A missom nom pode ser mais clara, a mesma que lhe encarregaram ao polonés: acabar com os comunistas latino-americanos.

E o novo papa tem currículo para mostrar neste caso. Pertence à ordem das jesuítas que durante a ditadura genocida foram cúmplices com as sucessivas Juntas Militares e fundamentalmente colaboraram com o almirante Emílio Massera. A Bergoglio imputa-se-lhe um papel especial no operativo militar que culminou com o seqüestro dos religiosos Orlando Yorio e Francisco Jalics, em maio de 1976, que foram presos-desaparecidos durante cinco meses. Junto a eles também fôrom seqüestrados quatro catequistas e dous dos seus esposos. Entre eles estavam Mónica Candelária Mignone, filha do fundador do CELS (Centro de Estudos Legais e Sociais), Emílio Mignone, e Maria Marta Vázquez Ocampo, (filha) da presidenta das Maes da Praça de Maio. Isto foi detalhado polo jornalista Horácio Verbitsky, em dous livros e vários artigos jornalísticos.

Com a volta à democracia, e durante o governo do presidente Cristina Fernández de Kirchner, o arcebispo portenho enfrontou medidas progressistas impulsionadas polo governo nacional como o casal igualitário e o aborto terapêutico. Com respeito ao primeiro ponto expressou: "Nom sejamos ingénuos: nom se trata de umha simples luta política é a pretensom destrutiva ao plano de Deus. Nom se trata de um mero projecto legislativo (este é só o instrumento) senom de umha "movida" do pai da mentira que pretende confundir e enganar aos filhos de Deus". Ao ser regulamentado o aborto nom punível na Cidade, o entom arcebispo de Bos Aires deu a conhecer um comunicado, expressando que "avança-se premeditadamente em limitar e eliminar o valor supremo da vida e ignorar os direitos das crianças por nascer".

Em tanto os jornalistas chauvinistas, afirmam que o Bergoglio é o homem mais importante da história argentina.

Um mar de mortos separam-nos. Enquanto de um lado está a Igreja católica e o papa Francisco -cúmplices e encobridores da ditadura genocida na Argentina- do outro está o povo, a classe trabalhadora e heróis verdadeiros da talha do Ché, Sam Martín, Mariano Moreno, Juana Azurduy e outros tantos e tantas que lutárom por umha pátria sem opressores.

Ninguém pode chamar-se a engano, Francisco será um papa reaccionário como o que mais e o seu papel é combater aos povos latino-americanos em revoluçom. O Vaticano tomou devida conta de que Chávez e a revoluçom bolivariana nom é o cuco comunista que "fusila curas" contra o que eles estavam acostumados combater. O chavismo -mais ali das crenças pessoais de cada pessoa- alcançou que o cristianismo seja visto novamente polos crentes como a religiom dos pobres, dos deserdados, dos que lutam pola sua redençom cá na terra apontando com a sua rebeldia aos poderosos e os capitalistas. Para o imperialismo e o Vaticano, isso é mais perigoso que o velho comunismo ateu ao que combateram por décadas.

Para os povos, os militantes, os revolucionários da América Latina nom pode haver confusom. O imperialismo vem por nós, vem exterminar as revoluçons em marcha, a esmagar toda a semente de rebeldia. Ademais da IV frota, as bases militares, a ONG desestabilizadoras, agora trai-se um papa debaixo do braço.

Fechar fila contra o imperialismo e os seus lacaios é consigna da hora.

Viveremos e venceremos

Até o socialismo sempre

*antonfoyel@gmail.com

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