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Vicky Peláez
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A designaçom do cardeal argentino Jorge Bergoglio como o papa Francisco é umha necessidade do Vaticano como parte do poder mundial globalizado, para solidificar a sua posiçom na América Latina que cada ano está a adquirir umha maior importância estratégica no planeta.
E nom se trata somente dos seus abundantes recursos naturais e a sua capacidade de tomar medidas para nom se contagiar da crise que está a mergulhar no desespero à Uniom Europeia e aos Estados Unidos, senom dos seus processos de integraçom e transformaçons sociais e económicas que fam perigar a actual Ordem Mundial Globalizado estabelecido polas transnacionais.
A Igreja católica, igual como a única super-potencia no mundo descuidou a Latinoamérica onde está a crescer cada vez mais a simpatia e o apoio ao projecto do Socialismo do Século XXI como alternativa ao neo-liberalismo imposto polos globalizadores iluminados. Agora chegou o momento para fazer todo o possível e parar este processo, é-lhes urgente fazer retornar às ovelhas descarriadas da ALBA, UNASUR e CELAC para o seu antigo amo que está a estranhar recuperaçom do poder sobre o seu "pátio traseiro" perdido.
Um papa jesuíta é ideal para esta missom. Durante o pontificado de Joám Paulo II e do Benedito XVI, o Vaticano foi dominado polo poder financeiro do Opus Dei que contodo nom tivo o poder político internacional da Companhia de Jesús..
Nos Estados Unidos, vários directores da CIA e do Departamento de Defesa fôrom jesuítas: William Casey (director da CIA 1981-1987), Robert Gates (CIA 1991-1993, Secretário de Defesa 2006-2011), George Tenet (CIA 1997-2004), Leon Panetta (CIA 2009-2011, Secretário de Defesa 2011-2013), John Brennan- o actual director da CIA. Em realidade esta lista poderia ser infinita mas isto pertence a outro tema.
O que nos interessa é para onde irá na sua gestom o papa Francisco I. É considerado como um sacerdote sério, austero e humilde. Viveu sempre num modesto departamento, o mesmo cozinhava a sua comida, tomava o transporte público em Bos Aires. Lavava pés aos leprosos e aos enfermos da sida. Também falava da necessidade de pôr fim à pobreza, mas ao mesmo tempo nom escatimou os seus esforços para se opor aos programas sociais progressistas dos presidentes Nestor Kirchner e Cristina Fernandez mas ao mesmo tempo defendeu ardentemente as reformas neoliberais de Carlos Menem que levaram ao país a um colapso económico.
Retornando ao passado, o arquivo fotográfico mostra-o junto com o ex presidente Rafael Videla durante a ditadura militar (1976-1983) dando-lhe comunhom ao homem acusado do desaparecimento de 30,000 pessoas. O jornalista argentino Horacio Verbitsky pom em causa no seu livro "A mao esquerda de Deus. A última ditadura (1976-1983)" as actuais declaraçons de Francisco sobre o seu desconhecimento sobre a repressom durante a ditadura militar.
O sacerdote Bergoglio foi acusado inclusive de ser colaboracionista da repressom militar aos sacerdotes Orlando Yorio e Francisco Jalics quem lhe imputam entregar aos militares assim como o desaparecimento de vários catequistas que trabalhavam na vila miséria de Flores em 1976. Devido a esta denúncia o cardeal foi chamado a declarar na "Causa ESMA" ante o Tribunal Federal " 5. Yorio e Jalics sustenhem que Bergoglio tirou-lhes a protecçom da Companhia de Jesús ao negar-se eles a sua ordem de abandonar o trabalho social. Os dous fôrom seqüestrados em 1976 ao perder o apoio eclesiástico e foram torturados na ESMA durante seis meses. Posteriormente lhes drogárom e deixárom num escampado nos arredores de Bos Aires. Os dous alcançárom sobreviver o seu martírio mas nunca perdoárom ao provincial da Companhia de Jesus a sua traiçom.
As Maes do Largo Maio, organizaçom que lutou durante décadas para dar com o paradeiro de milhares de desaparecidos, pedindo ajuda entre outras muitas à igreja, declararam há uns dias que para elas era difícil aceitar que um "homem dessa natureza este sentado na cadeira papal".