01-05-2006

  01:43:57, por Corral   , 1988 palavras  
Categorias: Outros, Dezires

Indústria nos cárceres dos EUA: negócio lucrativo ou nova forma de escravidão

OS organismos de direitos humanos, políticos e sociais estão denunciando o que eles chamam de uma nova forma de exploração desumana nos Estados Unidos, onde asseguram que há uma população carcerária de cerca de 2 milhões e cuja maioria, negros e hispânicos, trabalha nas indústrias por uns tostões. Para os magnatas que investiram nestas indústrias, o achado é como um tesouro. Ali não fazem greves, não têm que pagar seguro de desemprego, férias, nem trabalho compensativo. Os presos trabalham a tempo integral, não têm dificuldades para chegar a tempo ao trabalho ou faltar por algum problema familiar. Ainda mais, se não lhes convêm o pagamento de 25 centavos por hora e se recusam a trabalhar, são encerrados em celas solitárias.
Há aproximadamente no país dois milhões de réus nos cárceres estaduais, federais e privados. Segundo o California Prison Focus, ?nenhuma sociedade na história da humanidade jamais encarcerou tantos cidadãos?. As cifras apontam que os EUA encarceraram mais pessoas que um país qualquer: mais meio milhão que a China, país que tem mais cinco vezes a população dos Estados Unidos. As estatísticas indicam que os EUA tem 25% de todos os presos do mundo, mas apenas 5% da população mundial. A população carcerária aumentou de 300 mil, em 1972, para 2 milhões, em 2000. Em 1990, era de um milhão. Há dez anos, somente havia cinco cárceres privados no país com 2 mil reclusos. Presentemente, há 100, com 62 mil presos. Espera-se que para a próxima década o número de réus atinja 360 mil, segundo informes. O que aconteceu nestes dez últimos anos? Por que aumentou o número de presos? ?A contratação privada de reclusos para trabalhar fomenta incentivos para encarcerar pessoas. As cadeias dependem dessas rendas. Os acionistas de corporações que lucram com o trabalho dos presos manobram para lhes alargar as penas e estender o tempo de trabalho.

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30-04-2006

  19:52:19, por Corral   , 800 palavras  
Categorias: Outros, Ensaio

Privatização da liberdade

por Frei Betto*
Z
ygmunt Bauman põe o dedo na ferida ao denunciar o limite da liberdade na modernidade capitalista: pode-se tudo(embora a maioria não possa quase nada), exceto imaginar um mundo melhor do que este em que vivemos. Quando muito, fica-se no conserto da casa, a reformado telhado, a pintura das paredes, sem que se questionem a própria arquitetura da casa e, muito menos, o modo de convivência dos que a habitam.
Os mais progressistas até admitem que, na reforma, o quarto de empregada seja deslocado do exterior para o interior da casa. Até aqui o limite da lógica capitalista. Além disso, suprime-se a liberdade de quem ousa propor que não haja quarto de empregada nem empregada. No máximo diaristas sindicalizadas e com todos os direitos garantidos por lei. Inclusive o acesso à casa própria.
Segundo Pierre Bourdieu, uns olham a sociedade com olhos cínicos e, outros, com olhos clínicos. Os primeiros julgam inquestionável o atual modelo de sociedade fundado na apropriação privada da riqueza e dele procuram tirar proveito, considerando justo o que reforça seus privilégios e injusto o que os ameaça. Os "clínicos"enxergam um palmo abaixo do chão em que pisamos e reconhecem as intricadas relações sociais que produzem, à superfície, tamanha desigualdade entre os 6,5bilhões de habitantes desta nave espacial chamada Terra.

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  10:30:10, por Corral   , 2458 palavras  
Categorias: Outros, Ensaio

A supremacia do capital financeiro: (2)

por James Petras

O capital financeiro e a guerra no Médio Oriente

O capital financeiro, até há pouco tempo, estava predominantemente nas mãos de protestantes brancos e judeus. Actualmente, a base étnica e religiosa de Wall Street alargou com a aquisição de bancos familiares pelas corporações financeiras. Apesar disso, entre a nova geração de ambiciosos especuladores, existe uma desproporção enorme de indivíduos de origem judaica, não necessariamente religiosos nem envolvidos em actividades de comunidades judias ou israelitas para angariação de fundos ou com fins políticos. Não obstante, uma significativa minoria de proeminentes judeus banqueiros ou de milionários relacionados com a actividade imobiliária, está activa no financiamento ou na promoção da política israelita, quer directamente quer através dos lobbies mais importantes pró-Israel, como seja o AIPAC [1] e o presidente da principal organizações judaica. Estes lobbies estiveram na vanguarda da promoção da guerra contra o Iraque, do boicote ou do ataque militar contra o Irão e da limpeza étnica dos palestinianos. O peso político desta minoria de financeiros judeus ricos pró-Israel não tem oposição, quer seja de organizações de outros banqueiros judeus, quer de magnatas financeiros gentios [2] , muçulmanos ou hindus. Através do uso político da sua riqueza, da sua estratégica localização e do seu elevado status, esta minoria de financeiros politicamente activos, está em posição de estabelecer os parâmetros e as políticas do Médio Oriente, através do seu papel dominante no financiamento dos partidos políticos (especialmente o partido democrata), dos candidatos e dos congressistas.

Os críticos da guerra, judeus e gentios, esquecem deliberadamente o papel desempenhado pela minoria de judeus ricos e seus lobbies políticos na conformação da política dos EUA no Médio Oriente, e centram-se nas companhias petrolíferas dos EUA no estrangeiro ("Sangue por petróleo, não!"). Existem grandes evidências durante os últimos 15 anos de que:

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  10:27:13, por Corral   , 1637 palavras  
Categorias: Outros, Ensaio

A supremacia do capital financeiro: (1)

por James Petras

Não existe sector da economia dos EUA que, nos anos mais recentes, tenha conseguido igualar as maiores instituições financeiras, tanto em termos relativos como em absolutos. Para o primeiro trimestre de 2006, findo em Fevereiro, o banco Goldman Sachs (GS) superou o record absoluto da Wall Street, anunciando lucros de 2,48 mil milhões de dólares (anualizando atingirão mais de 10 mil milhões de dólares). Os lucros foram superiores em 64% relativamente ao mesmo período do ano anterior (apesar de ter sido também um ano muito lucrativo). A rentabilidade dos recursos próprios alcançou 38,8%, o que representa também um valor record. A receita total bruta atingiu os 10,3 mil milhões de dólares. O GS obteve lucros recordes em cinco dos últimos nove trimestres ( Financial Times, FT, 15/03/2006, p 1).

Por outro lado, o banco Morgan Stanley declarou um aumento dos lucros de 17% totalizando 1,64 mil milhões de dólares também durante primeiro trimestre que terminou em Fevereiro de 2006. A receita total bruta aumentou 24%, enquanto no ano anterior esse aumento foi de 19,7%. O Lehman Brothers declarou um aumento de 24% dos lucros no primeiro trimestre de 2006 atingindo o seu valor record de 1,1 mil milhões de dólares. A receita total bruta aumentou 17% chegando aos 4,5 mil milhões de dólares. O Bear Stearns (BS) juntou-se à dança dos milhões de Wall Street, declarando para o primeiro trimestre lucros de 514 milhões de dólares; os lucros foram superiores a 34% relativamente ao ano anterior. A nova receita total bruta do BS cresceram 19% atingindo 2,3 mil milhões, enquanto o retorno para os accionistas subiu 20,1% no primeiro trimestre de 2006. Os lucros combinados destes 4 bancos totalizam 5,73 mil milhões de dólares durante o trimestre Novembro de 2005 a Fevereiro de 2006, ou 22,9 mil milhões considerando o resultado anual ? e isso não inclui os lucros de três dos cinco bancos de topo (Citigroup, JP Morgan e Merrill Lynch) cujos trimestres decorrem entre Janeiro a Março de 2006, dos quais são esperados igualmente lucros elevados, duplicando para além dos 12 mil milhões de dólares neste primeiro trimestre, e que atinjam um valor próximo de 50 mil milhões para o ano de 2006.

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09-04-2006

  23:58:08, por Corral   , 382 palavras  
Categorias: Novas

Militantes negros buscam reforma política no Brasil-2-

Mudanças chave

O Brasil foi o ultimo país a abolir a escravidão nas Américas e a herança do período persiste.
Desenvolvimento desigual relegou os contingents negros às areas mais pobres do país, mesmo ao redor das grandes capitais.
Repressão da elite, clientelismo e paternalismo frustaram organizações independents criadas pela sociedade civil.
A negação da sociedade que um problema racial existe.
Discriminação com base na cor é repassada ao conceito social.
Marginalização histórica delegou aos negros os piores e mal pagos trabalhos.
Cerca de 90% dos que vivem abaixo da linha de probreza são negros.
Os negros ficam em Segundo plano na prevenção e tratamento medicos.
Em favelas, a violência atinge um em cada três homens negros com menos de 19 anos

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  23:52:04, por Corral   , 3099 palavras  
Categorias: Novas

Militantes negros buscam reforma política no Brasil

Por Dayanne Mikevis e Matthew Flynn

Com mais de um século da abolição da escravidão nas Américas, o legado negativo traduzido em todas as formas de discriminação, com destque para a econômica. No Brasil, o movimento negro recomeçou a ganhar força nos anos 90, saído da repressão sofrida durante o período militar. Mas com um longo histórico de resistência e a solidariedade global, os militantes brasileiros começaram a quebrar barreiras institucionais para implantação de ações afirmativas e outros meios em poucos anos. A partir dos anos 90, em grande parte o ativismo ressurgiu, em forma de ONGs. As organizações buscam apontar saídas para que haja acesso da população negra a assistância médica, moradia, segurança pública, educação e emprego. Após anos de luta, essas ONGs conseguiram, em grande parte, ter representação política e alargar a platoforma pela busca de igualdade social no hemisfério, mas ainda resta muito a ser feito.
21 de março de 2005: Era apenas um dia qualquer na mídia brasileira. Os grandes jornais publicavam como se fosse novidade, suas notícias cotidianas sobre violência, corrupção, retórica política. Uma pequena nota mencionava que era o Dia para a Eliminação de Todas as Formas de Segregação.
O silêncio geral constratava com a publicidade gerada exatos dois anos antes, quando a data foi aproveitada para o lançamento da Secretaria da Igualdade Racial pelo presidente Luíz Inácio Lula da Silva, em 2003. Com poucos negros nas redações e coberturas consistentes sobre política racial, a data sem fanfarra foi praticamente delegada ao esquecimento.
O lançamento da secretaria marcou a entrada do movimento negro na administração pública. A detentora da pasta, Matilde Ribeiro, é ex-militante, negra e feminista. E ela não é a única que carrega um passado de ativismo, pois outros membros são oriundos de organizações como Geledés e Fala Preta!.

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  23:45:28, por Corral   , 1076 palavras  
Categorias: Outros, Ensaio

Decifrando a Linguagem da Globalização

Por Laura Carlsen | 20 de janeiro de 2006

O encontro promovido pela OMC em Hong Kong ilustrou amplamente quão difícil é alcançar um consenso quanto às regras do livre-comércio. O fato de que nenhum dos principais envolvidos aceite ceder minimamente - e oferecer aquilo que, no jargão das negociações, é conhecido como ?deliverables?, ou seja, propostas para resolver itens particularmente importantes ? é apenas um dos problemas.
O que torna cada vez mais evidente, entretanto, é que a OMC, e, na verdade, todo o conceito de globalização do livre-comércio, sofre de um problema de comunicação. A maioria dos textos em negociação é incompreensível para os ouvidos não treinados, ou seja, para qualquer indivíduo comum.
O glossário específico à OMC muda diariamente. Talvez isto não seja um problema para os negociadores governamentais, que encaram as siglas e as frases de efeito como se fossem notas taquigráficas acessíveis apenas a um grupo restrito. Entretanto, para os grupos que representam os cidadãos, este é um ponto que deveria causar preocupação.
Para que o debate sobre o comércio internacional se torne relevante e aberto, ele deve ser plenamente inteligível. No entanto, sua compreensão não depende apenas de uma observação atenta ou de estudo ou mesmo de interpretação; a linguagem da globalização precisa, antes, ser decifrada e desmistificada.
Por mais de uma década, a liberalização do comércio tem sido apresentada como o caminho para o desenvolvimento e uma meta a ser atingida por todos os países civilizados. Sua terminologia se tornou a linguagem aceita na economia e os seus conceitos formaram a espinha dorsal dos processos de reestruturação de sociedades inteiras.
Hoje, esse consenso já não existe nem nos países desenvolvidos, nem nos países em desenvolvimento. Mas a terminologia resiste teimosamente, impedindo a concepção de um sistema de regras para o comércio internacional que efetivamente funcione, além de descartar alternativas viáveis, que venham a substituir um sistema de livre-comércio arcaico e disfuncional.
Um exemplo bem claro desse fenômeno é o crescente debate sobre os mecanismos de gestão da oferta.
A espiral descendente dos preços das commodities agrícolas sob a globalização arruinou as vidas de milhões de pequenos produtores rurais. Não é surpresa que, dada a magnitude da tragédia humana associada a essa tendência, propostas de regulamentação da oferta para garantir que os preços deixem de cair abaixo dos custos de produção voltem a surgir como alternativas viáveis.
Entretanto, em vez de apresentar esse conceito de forma positiva, a OMC descreve a gestão do preço das commodities e da oferta como sendo responsável por ?gerar desvios da direção correta?. A linguagem indica um certo constrangimento em se utilizar o termo ?gestão da oferta? ? sua mera menção é considerada maldita pelo sistema de livre-comércio há tempos. Ele se infiltra no debate como um mal necessário, uma impureza pragmática num sistema teoricamente puro.
Todos sabem que não se trata disso. O sistema de ?livre-comércio? é visivelmente hipócrita, inconsistente e ineficaz. As discussões da OMC em Hong Kong deixaram bastante claras essas contradições.
Se, por um lado, os países desenvolvidos protegem seus setores mais sensíveis, por outro os países em desenvolvimento são forçados a engolir o acesso aos mercados. A linguagem da globalização inclui o sofisma mais caro do mundo: os preços pagos aos produtores são reduzidos devido aos subsídios governamentais oferecidos a fazendeiros, de modo a compensá-los pelo fato de que os preços internacionais não remuneram os custos de produção.
As imposições ideológicas do livre-comércio se parecem, com freqüência, como as prescrições morais de líderes religiosos andarilhos ? faça como eu digo, não como eu faço.
Nesse contexto, os mecanismos de gestão da oferta, as salvaguardas e o tratamento especial que os países em desenvolvimento necessitam deveriam ser encarados como compensações pelas distorções geradas pelo fato de que o livre-comércio não é chamado pelo seu verdadeiro nome. Mas, em vez disso, estes mecanismos são vistos como uma caridade praticada pelos países ricos.
Existe aqui um outro artifício lingüístico utilizado pelos promotores do livre-comércio na OMC e outras negociações sobre o mesmo tema. Eles afirmam que os países em desenvolvimento têm apenas duas opções ? ou eles enfrentam o desafio de se adaptarem à liberalização do comércio ou terão de retornar a seu lamentável passado protecionista.
Esta é uma falsa dicotomia. Mais uma vez, como ficou evidente nos debates promovidos em Hong Kong, a verdadeira dicotomia opõe o desenvolvimento ao modelo desigual de livre-comércio, como definido pelos países ricos.
Uma fórmula saudável de desenvolvimento deveria incluir: a proteção a setores essenciais da economia, combinada a uma liberalização racional; um governo que ofereça assistência técnica e infra-estrutura que ajudem a produção nacional e fomentem os mercados; e a proteção dos mercados locais e regionais ? tudo isto sob a égide de um sistema multilateral transparente, democrático e que respeite as regras.
O debate sobre como criar esse tipo de sistema ainda é muito recente. Para que ele se amplie, a linguagem do comércio terá de se abrir para conceitos que já foram considerados heréticos e buscar termos novos, capazes de criticar cânones ultrapassados.
Como tem ficado claro nos últimos encontros de nível ministerial da OMC, a menos que todas as partes envolvidas ? as nações industrializadas, aquelas que se encontram em nível intermediário, como a Índia e o Brasil, os países em desenvolvimento mais pobres e os representantes das organizações não-governamentais ? comecem a empregar uma nova linguagem, distinta da retórica tradicionalmente usada para discutir o livre-comércio, não haverá nenhuma cooperação internacional, nenhuma regra comum e nenhum desenvolvimento sustentável global.
O que também fica claro é que, quer as forças econômicas dominantes queiram ou não, o debate está se ampliando. Agora é necessária vontade política para que as verdadeiras opções aflorem da linguagem falida do livre-comércio e do modelo fracassado de desenvolvimento imposto pela hoje frágil OMC.

  23:44:40, por Corral   , 0 palavras  
Categorias: Novas

08-04-2006

  21:03:49, por Corral   , 211 palavras  
Categorias: Outros, Dezires

Mais de três milhões de manifestantes na França

PARIS ? Mais de três milhões de manifestantes abalaram, ontem, dia 4, a França, exigindo veementemente que o governo, que se recusa a aceitar, suspenda o Contrato do Primeiro Emprego.
No país inteiro se sentiu o abalo das organizações estudantis, sindicais e partidos da esquerda, cujo apelo às greves e manifestações converteram este dia noutra terça-feira rebelde, informou a PL.
Para o secretário-geral da principal central dos trabalhadores, Bernard Thibault, a passeata teve sucesso, pois a participação foi similar à da chamada terça-feira negra, há uma semana, quando mais de três milhões de franceses protestaram contra o Contrato do Primeiro Emprego.
Thibault instou os franceses a desferirem um rude golpe a tal contrato, que dá faculdade aos patrões para demitir sem explicação nenhuma, nem indenização a menores de 26 anos, nos primeiros 24 meses de trabalho.
Nesta capital, segundo estimativas, marchou cerca de um milhão de pessoas, em meio a um forte esquema de segurança de mais de 4 mil policiais.
Até a Torre Eiffel, o monumento mais representantivo da França, fechou suas portas pela segunda vez numa semana, por causa das manifestações. Além do mais, se informou de de protestos maciços em cerca de 150 cidades.

  20:44:00, por Corral   , 692 palavras  
Categorias: Outros, Ensaio

Espanha: os vôos da tortura

A Amnistia Internacional divulgou em Londres um relatório sobre alguns dos vôos nos quais a Agência Central de Inteligência estadunidense transladou através da Europa centenas de pessoas que foram seqüestradas e levadas a países nas quais foram interrogadas com violência. Isto foi denominado programa de "entregas extraordinárias", meio pelo qual o governo de George W. Bush subcontratou serviços de tortura de regimes como os do Marrocos e Afeganistão. De acordo com a denúncia bem documentada, algumas das aeronaves envolvidas, alugadas as empresas civis, fizeram escala dezenas de vezes em território espanhol, concretamente nos aeroportos de Barcelona, Málaga, Baleares e Canárias.

Anteriormente, num relatório ao Congresso, o ministro espanhol do Exterior, Miguel Angel Moratinos, havia omitido as operações efectuadas nas primeiras duas cidades e havia assegurado que "em nenhuma foi infringida a legalidade espanhola", mas ontem viu-se obrigado a admitir que o relatório do organismo humanitário "é mais exacto e apresenta dados que naquela altura o governo não possuía". O funcionário justificou a inacção das autoridades espanholas argumentando que "quando se verificaram essas escalas eram aeronaves civis e ninguém podia suspeitar que eram de outro tipo, e por isso o governo não teve nenhuma capacidade para intervir".

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