19-11-2011

  13:27:50, por Corral   , 1966 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: O GOLPE DE ESTADO financeiro da classe rentista (capitalistas-parasitários) na Europa

Estamos a assistir nem mais nem menos que a um golpe de estado financeiro da classe rentista (capitalista-parasitária)s da Eurozona

Marshall Auerback · http://www.sinpermiso.info· ·

Di-se que a Uniom Europeia é umha organizaçom notavelmente ineficiente em ponto a articular os pacotes de resgates, mas quando do que se trata é de subverter a democracia, som tom implacáveis e eficientes como qualquer outro sindicato do crime.

Reflictam sobre isto: no espaço de menos de 2 semanas, os burocratas arranjaram-lhas para eliminar a dous dirigentes políticos incómodos, cujas acçons ameaçavam com interferir num objectivo de maior calado, e é a saber: culminar o "Projecto Europeu", um projecto que, para dizê-lo clara e singelamente, cada vez parece-se mais a um golpe de estado financeiro.

Primeiro, Grécia, que em verdadeiro sentido proporcionou a pauta: o primeiro-ministro, Papandreu, tivo a audácia de buscar o consenso por referendo do seu próprio povo ante decisons que tinham que afectar decisivamente as suas vidas. Bem, pois a julgar polas petulantes reacçons da chanceler alemá Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy, isso desde logo nom podia fazer-se. Interferindo grosseiramente nos assuntos internos de um sócio democrático (e, enzima, aliado), ambos os amanhárom contra o "e ameaçaram a o" governo grego. Resultado final: o senhor Papandreu foi apartado do caminho depois de se retractar.

E, mira por onde, o novo primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos, um antigo alto funcionário do BCE (naturalmente, com um conveniente currículohomem de Goldman Sachs), vai ser agora o cavaleiro encarregado de pôr por obra o último pacote de "reformas estruturais" que, cala por sabido, terám com toda a segurança o efeito de seguir afundando na deflaçom à economia grega. As privatizaçons, óbvio é dizê-lo, seguírom de vento em popa, e os oligarcas gregos, soados pola sua rapazidade na evasom fiscal, farám-se com os activos privatizados a preço de saldo (presumivelmente com o dinheiro contante e sonante que há colocaram oportunamente no estrangeiro, no mercado imobiliário londrino ou na banca suíça): consolidárom assim o seu controlo de umha vida económica, a grega, mais e mais disfuncional. A imensa maioria dos gregos sofrerá horrivelmente. Nom tenhem voz nisso: deixou-se-lhes com a só alternativa de dar-se morte por própria mao ou ser fusilados. Nom é, contodo, o último que perdêrom. A cousa nom oferece dúvida: Goldman Sachs ingressará ainda muitos honorários pola seu contributo ao leilom desses mesmos activos públicos.

Do outro lado do Adriático, parece que o tándem "Merkozy" soubo jogar também as suas cartas com sucesso no Turno 2, desta vez eliminando com sucesso ao seu perturbadora Némesis, o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi. Diga-se o que se queira do senhor Berlusconi, o verdadeiro é que nesta ocasiom levava razom ao resistir-se a um cru complô político, urdido contra ele polo BCE, os franceses e os alemans, para que aceitasse um programa, tam irracional como economicamente contraindicado, de austeridade fiscal a mudança do "apoio" dos seus pares no FMI. Perguntem a qualquer argentino que significa o "apoio" do FMI.

Todo o que Berlusconi tinha que fazer era deitar umha olhadela a Atenas para dar-se conta dos prováveis efeitos que teria um novo assalto ao Estado de Bem-estar italiano. Mas a eufórica reacçom dos mercados à sua demissom era surrealista: como a dos perus votando a favor da celebraçom do Dia de Acçom de Graças.

Em Roma, este jogo de poder franco-alemám foi circunspectamente supervisionado por um aplicado euro-comunista, o presidente Giorgio Napolitano, que está em vias de converter a um burocrata de toda a vida, Mario Monti, no próximo primeiro-ministro da Itália. Nom perdam de vista a trajectória de Monti: credenciais impecáveis: um "habitante" virtual nas estruturas tecnocráticas de governo da UE, com algumha "experiência" no sector privado como director de entidades como Coca Cola e, claro, como "consultor internacional" de Goldman Sachs.

Ao que estamos a assistir, nem mais nem menos, é a um golpe de estado financeiro pola classe rentista (capitalista e parásita) da Euro-zona.. Umha das mais tristes ironias desta história é que, ao menos no caso da Itália, todo isto está-o cozendo um euro-comunista que provavelmente pertenceria a um governo italiano que, baixo a direcçom de Enrico Berlinguer, poderia ser derrocado por um golpe de estado da CIA, se isto ocorresse há 30 anos.

Como pode chegar-se a tanto na UE? É difícil assinalar a umha só pessoa. Vimos mover-se a este vasto projecto da mao de um punhado de burocratas inelectos durante décadas, se nom mais. Jacques Delors foi umha figura verdadeiramente seminal, mas nom actuou só. Todo o projecto europeu foi cada vez mais dirigido por esses burocratas para sempre sem eleiçom polo meio que rotam e rotam em diferentes posiçons das estruturas de governo da UE depois de receber uns quantos anos de treino em entidades privadas como Goldman Sachs ou JP Morgan (ambas as duas, banca anglo-sionista).

Poderia seica dizer-se que isso começou quando o presidente francês François Miterrand chegou ao poder a começos dos 80 disposto imprimir umha direcçom económica fresca e genuinamente progressista a França. Nom tardou em ver-se saboteado, até que compreendeu a jogar nos bastidores com os poderes que actúabam a desmao Desde entom, o plano de jogo foi, e por muito, o mesmo: os membros da Comissom Europeia emitem umha miríada de diktats, regras, regulaçons e directivas, salvo, nem que dizer tem, qualquer cousa que tenha que ver com recursos democráticos reais quando tropeçam com a resistência popular. Começas da pouquinho, e vais construindo gradualmente e criando faits accomplis em toda parte.

Quando há um revés em forma de referendum, a parada é só transitória. Países que, como Irlanda, ousaram votar de maneira "equivocada" num referendo nacional, nom viram respeitados os seus resultados. As autoridades da UE adoptaram responder, nom reflectindo sobre umha expressom popular da vontade democrática, senom ignorando os resultados até que os ignorantes camponeses dem-se conta dos seus clamorosos erros voltem votar de maneira correcta.

Se isso significam dous, três referenda, pois assim seja. Politicamente, a interpretaçom de qualquer aspecto dos Tratados relativos à goveernalidade europeia sempre se deixou em maos de cargos burocráticos nom eleitos que operam desde instituiçons desprovistas da menor legitimidade democrática. Isso levou, por sua vez, a umha crescente sensaçom de alienaçom política e ao correspondente crescimento de partidos extremistas, hostis a toda uniom política ou monetária, noutras partes da Europa. Baixo oras circunstâncias políticas, esses partidos extremistas poderiam chegar a ser maioritários.

Umha figura que terminou sendo trágica aqui é a de Papandreu. Ainda se com ínfimos resultados, Papandreu comprometeu-se profundamente com a posta por obra dos acordos alcançados em Outubro. Mas como observado o economista de Harvard (e assessor do governo grego) Richard Parker, Papandreu tivo que se enfrontar a um incêndio declarado simultaneamente em várias frentes: competidores no seu próprio partido que ambicionavam o seu cargo; parlamentares do seu partido que ameaçavam com se abroquelar ante novas medidas de austeridade; a intransigência fechada de Samara e o seu partido [conservador] de Nova Democracia; por nom falar da economia, em processo de tumba aberta deflacionista sem que chegasse nengumha ajuda real. Convocar um referendo chegou a ser o seu único instrumento para sufocar todos os focos do incêndio à vez: tratava-se de obrigar a se achandar aos políticos gregos e aos seus poderosos valedores, assim como de forçar aos dirigentes europeus a voltar negociar de imediato para elaborar definitivamente um plano de resgate que pudesse funcionar.

Óbvio é dizê-lo, estava condenado à guilhotina, dada a poderosa oposiçom que tinha às suas costas. Aos seus "aliados" da UE bastou-lhes umha mao para castigar ao primeiro-ministro grego que impusera um castigo colectivo ao povo grego por causa de décadas de corrupçom incrustada no sistema, umha corrupçom, no entanto, da que estava limpo este primeiro-ministro. Fazer da Grécia umha genuína democracia, fora a razom fundamental da entrada de Papandreu na política grega.

E do outro lado, os parasitários oligarcas gregos, que perceberam as acçons políticas de Papandreu como um ataque frontal ao seu inveterado controlo da economia grega, livraram-se a um combate feroz para destruir-lhe politicamente e situar a Grécia um passo mais perto de converter-se num Estado fracassado.

E agora Grécia veio a proporcionar o modelo adequado. Temos agora umha crise manufacturada (que poderia resolver-se facilmente há anos polo BCE, sendo como é a Grécia quase nom 2,5% do PIB europeu) que, propagando-se a toda a velocidade, oferece muitas oportunidades para livrar-se de políticos incómodos que nom fam o que se lhes dicta que fagam, e é a saber: abraçar essa "cultura de estabilidade" que predicam os alemáns, mas que nom é, em realidade, outra cousa a consolidaçom da tomada de controlo dos diferentes governos por parte dos rentistas (grandes parásitos capitalistas).

Analogamente na Itália: o BCE esteve comprando bonos italianos, mas de maneira renuente e, desde logo, nom os suficientes como para deter o inelutável aumento das suas taxas de interesse. O novo chefe do BCE, Mário Draghi "outro homem procedente de Goldman Sachs" começou a sua andaina no cargo com umha terminante advertência (camuflada em diferentes e duvidosos tecnicismos jurídicos) de que o Banco Central europeu nom actuaria como "prestamista de último recurso", o que punha aos seus compatriotas numha situaçom na que a resignaçom era o único curso de acçom possível para salvar ao país de um colapso financeiro imediato.

Berlusconi era também um branco fácil, dado o seu pintoresco e aberrante historial privado. E o seu mais que provável substituto, Mario Monti, resulta o perfeito arrecadador para os oligarcas financeiros da Europa. Monti é, em realidade, parte do que muito fundadamente poderia chamar-se umha "máfia financeira" que pós ao mundo de pernas para o ar desde 2008. Aos sicários, como Monti, desse mundo financeiro tenebroso e opaco se nomeia agora para que imponham programas de austeridade aos fogares trabalhadores pobres, o fim de salvar ao sector financeiro da deflaçom por sobre-endividamento: umha crise artificial dimanante da arquitectura do Euro-sistema que tanto celebraram esses mesmos "mercados" financeiros quando se lançou o euro em 1999. Desgraçadamente, muitos italianos vem ainda ao euro como o seu escudo protector frente à corrupçom do passado, que muitos associam na Itália à lira e às suas elevadas taxas de interesse, apesar de que o corrupto Berlusconi anda intimamente vinculado com a mesma euro-elite.

O próprio Draghi tem um passado farto duvidoso: como tivemos ocasiom de observar há pouco, historicamente Itália explorou a ambigüidade nas regras de contabilidade para as transacçons swap, [1] o fim de enganar às instituiçons da UE, a outros governos dos Estados membros da UE e à sua própria populaçom a respeito da verdadeira dimensom do seu deficit orçamental.

Parece, em efeito, muito adrede o que Draghi tenha agora que lidar com as conseqüências da sua própria fraude na contabilidade nacional. Mas dificilmente pode dizer-se que é justo para os povos da Europa, todos os quais seguírom estando baixo a asfixiante deita de umha austeridade fiscal crescente imposta por umha elite cada vez mais distante e democraticamente inacareável. Nom é raro que polas ruas de Madrid, de Atenas, de Roma e em toda parte começasse o incêndio.

NOTA T.: [1] Som as transacçons operadas nos mercados CDS (Credit Default Swaps), mercados de derivados financeiros de falta de pagamentos crediticia. Nesses mercados financeiros, terrivelmente opacos e praticamente des-regulados (as transacçons nos quais superam já com fartura o volume do PIB mundial), supom-se que se cobrem as regas, entre outras, dos investimentos em dívida soberana. A semana passada, por exemplo, cobrir o risco de um investimento de 10 milhons de euros em bonos espanhóis ou italianos a dez anos, chegou a valer mais de 400 mil euros. Apostar, nesses mercados, a que a dívida soberana de um país "ou os valores de umha companhia privada"vai ir mal, fai subir o preço de cobertura.

Marshall Auerback, um dos analistas económicos mais respeitados dos EEUU, é membro conselheiro do Instituto Franklin e Eleanor Roosevelt, onde colabora com o projecto de política económica alternativa new deal. 2.0.

17-11-2011

  22:27:22, por Corral   , 226 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: O novo fascismo europeu sob formas tecnocratas domina Europa

www.larepublica.es

Goldman Sachs, um dos principais responsáveis pola crise, fai-se com o poder da Europa

O grupo de investimento Goldman Sachs, um dos principais responsáveis pola crise, longe de ser castigado severamente pola situaçom à que empurrou à economia mundial, tomou as rendas da Europa, e fizo-o através de três dos seus homens: Mario Draghi, Lucas Papademos e Mario Monti.

O primeiro deles é o novo líder do Banco Central Europeu e foi vice-presidente de Goldman para a Europa desde 2002 a 2005, ascendido a sócio e nomeado responsável por empresas e dívida soberana dos países europeus. umha das suas funçons era vender ?swaps?, produtos financeiros com os que se ocultou umha parte da dívida soberana e que, em conseqüência, permitiram falsear as contas da Grécia.

O segundo, Lucas Papademos, novo Primeiro-ministro Grego, foi governador do Banco Central grego entre 1994 e 2002, participando na operaçom de falsificaçom das contas do país perpetrada por Goldman Sachs.

O terceiro, Mário Monti, chefe do Executivo italiano, é assessor internacional do banco americano desde 2005.

Golpe de estado? Ao menos de momento nom se fizérom com o controlo directo das forças armadas, mas com o controlo político sim, elevando todo o mais alto a ?tecnocratas? que em nengum momento fôrom elegidos as urnas. Nom tardaremos em ver como evolui a situaçom, mas cada vez parece mais claro que Europa se precipita irremediavelmente ao abismo.

14-11-2011

  19:46:05, por Corral   , 505 palavras  
Categorias: Dezires

CANTA O MERLO: Se os povos da Europa não se levantarem, os bancos trarão o fascismo de volta

por Mikis Theodorakis

No momento em que a Grécia é colocada sob a tutela da Troika, que o Estado reprime as manifestações para tranquilizar os mercados e que a Europa prossegue nos salvamentos financeiros, o compositor Mikis Theodorakis apela aos gregos a combater e alerta os povos da Europa para que, ao ritmo a que as coisas vão, os bancos voltarão a implantar o fascismo no continente.

Entrevistado durante um programa político popular na Grécia, Theodorakis advertiu que, se a Grécia se submeter às exigências dos chamados ".parceiros europeus" será ".o nosso fim quer como povo quer como nação". Acusou o governo de ser apenas uma "formiga" diante desses "parceiros", enquanto o povo o considera "brutal e ofensivo". Se esta política continuar, "não poderemos sobreviver ? a única solução é levantarmo-nos e combatermos".

Resistente desde a primeira hora contra a ocupação nazi e fascista, combatente republicano desde a guerra civil e torturado durante o regime dos coronéis, Theodorakis também enviou uma carta aberta aos povos da Europa , publicada em numerosos jornais? gregos. Excertos:

"O nosso combate não é apenas o da Grécia, mas aspira a uma Europa livre, independente e democrática. Não acreditem nos vossos governos quando eles alegam que o vosso dinheiro serve para ajudar a Grécia. (?) Os programas de "salvamento da Grécia" apenas ajudam os bancos estrangeiros, precisamente aqueles que, por intermédio dos políticos e dos governos a seu soldo, impuseram o modelo político que conduziu à actual crise.

Não há outra solução senão substituir o actual modelo económico europeu, concebido para gerar dívidas, e voltar a uma política de estímulo da procura e do desenvolvimento, a um proteccionismo dotado de um controlo drástico das Finanças. Se os Estados não se impuserem aos mercados, estes acabarão por engoli-los, juntamente com a democracia e todas as conquistas da civilização europeia. A democracia nasceu em Atenas, quando Sólon anulou as dívidas dos pobres para com os ricos. Não podemos autorizar hoje os bancos a destruir a democracia europeia, a extorquir as somas gigantescas que eles próprios geraram sob a forma de dívidas.

Não vos pedimos para apoiar a nossa luta por solidariedade, nem porque o nosso território foi o berço de Platão e de Aristóteles, de Péricles e de Protágoras, dos conceitos de democracia, de liberdade e da Europa. (?)

Pedimos-vos que o façam no vosso próprio interesse. Se autorizarem hoje o sacrifício das sociedades grega, irlandesa, portuguesa e espanhola no altar da dívida e dos bancos, em breve chegará a vossa vez. Não podeis prosperar no meio das ruínas das sociedades europeias. Quanto a nós, acordámos tarde mas acordámos. Construamos juntos uma Europa nova, uma Europa democrática, próspera, pacífica, digna da sua história, das suas lutas e do seu espírito. Resistamos ao totalitarismo dos mercados que ameaça desmantelar a Europa transformando-a em Terceiro Mundo, que vira os povos europeus uns contra os outros, que destrói o nosso continente, provocando o regresso do fascismo".

07/Novembro/2011

A versão em francês encontra-se em www.centpapiers.com/... e em http://www.silviacattori.net/article2301.html
Tradução de Margarida Ferreira.

Este apelo encontra-se em http://resistir.info/ .

  18:28:46, por Corral   , 135 palavras  
Categorias: Dezires

CANTA O MERLO: Líbia - Derrota dos terroristas pro NATO em Zawiyah

http://resistencialibia.info/

Novembro 14, 2011

Ainda que os grandes meios de informaçom tentam apresentar os combates na cidade de Zawiiah, situada a 15 km ao oeste de Tripoli, como fruto da rivalidade entre tribos a realidade é bem diferente.

Os voluntários leais à Yamahiriia e ao Líder assassinado da tribo Warshefana atacárom às bandas terroristas da ?CNT-NATO? na cidade. A maioria dos responsáveis por este grupo fôrom mortos quando tratavam de escapar para Tripoli e na actualidade unicamente controlam o leste da cidade.

40 terroristas também conhecidos como ?ratas? fôrom feitos prisioneiros e fechados num lugar secreto. O armamento pesado foi-lhes requisado. A estrada de Zawiiah a Tripoli está em maos de tribos fiéis a Líbia. As terras da tribo Warshefana a 30 km. ao oeste de Tripoli levantárom-se com a Bandeira Verde da Yamahiriia e combate às ratas pro NATO.

13-11-2011

  22:51:00, por Corral   , 1359 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Ruptura ? Uma via para sair da crise da Eurozona

por C.Lapavitsas, A.Kaltenbrunner, D.Lindo,
J.Meadway, J.Michell, J.P.Painceira,
E.Pires, J.Powell, A.Stenfors, N.Teles, L.Vatikiotis

1. A crise da Eurozona faz parte da perturbação global começada em 2007 quando uma crise imobiliária nos EUA tornou-se uma crise bancária global, transformou-se numa recessão global e deu então origem a uma crise de dívida soberana. No fim de 2011 há um risco de retorno a uma crise bancária na Europa e alhures. No cerne da fraqueza bancária jaz uma dívida privada e pública acumulada durante o período de financiarização intensa nos anos 2000.

2. O euro é uma forma de divisa de reserva internacional criada por um grupo de estados europeus para assegurar vantagens para bancos europeus e grandes empresas no contexto da financiarização. O euro tem tentado competir contra o dólar mas sem um correspondente estado poderoso a apoiá-lo. Sua fraqueza fundamental é que ele repousa sobre uma aliança de estados díspares representando economias de competitividade divergente.

3. O euro tem actuado como mediador na Europa da crise global que começou em 2007. A União Monetária Europeia (UME) criou uma divisão entre núcleo e periferia, e as relações entre os dois são hierárquicas e discriminatórias. A periferia perdeu competitividade nos anos 2000, desenvolvendo portanto défices de transacções correntes com o núcleo e acumulando grandes dívidas para com instituições financeiras do núcleo. O resultado foi que a Alemanha emergiu como o mestre e económico da Eurozona.

4. A política da Eurozona para enfrentar a crise tem sido profundamente neoliberal: cortando despesa pública, elevando impostos indirectos, reduzindo salários, liberalizando mercados ainda mais e privatizando propriedade pública. Mudanças institucionais correspondentes dentro da UME ? acima de tudo quanto ao Banco Central Europeu (BCE) e o European Financial Stabilisation Facility (EFSF) ? reforçaram a dominância do núcleo, particularmente da Alemanha. Mais genericamente, tais políticas estão a ameaçar mudar o equilíbrio do poder económico, social e político em favor do capital e contra o trabalho por toda a Europa.

5. A austeridade é contraditória porque ela leva à recessão agravando portanto o fardo da dívida e pondo ainda mais em perigo banco e a própria união monetária. Está contradição é agravada pela natureza da UME como uma aliança de estados díspares com competitividades divergentes. Em consequência, a UME enfrenta actualmente um dilema agudo: ou criar mecanismos de estado que pudessem impor políticas elevando a competitividade da periferia, ou experimentar uma ruptura.

6. O crédito do BCE tem sido utilizado arbitrariamente para proteger os interesses de grandes bancos, possuidores de títulos e empresas, mesmo com a ultrapassagem dos próprios estatutos do BCE. O poder social tem sido apropriado não democraticamente por uma instituição elitista para a seguir ser colocado ao serviço do grande capital na Europa. Mas a capacidade de o BCE aliviar as pressões da crise é limitada porque lhe tem sido pedido para desempenhar um papel fiscal para o qual não foi concebido. Além disso, a UME é embaraçada pela ausência de um estado para respaldar seu passivo e a sua solvência.

7. O EFSF é analogamente embaraçado pela ausência de uma autoridade estatal que pudesse confiavelmente apoiar uma expansão dos seus poderes de concessão de empréstimos. Mais do que isso, a capacidade de o EFSF recapitalizar bancos é limitada pelo carácter nacional dos bancos na Europa. Os bancos permanecem estreitamente adstritos aos seus estados-nação. Uma aliança de estados díspares não pode obter fundos facilmente para resgatar os bancos nacionais de um dos seus membros. É difícil de acreditar que a Alemanha, por exemplo, pudesse resgatar bancos franceses ou espanhóis sem um retorno proporcional.

8. A associação de estados-nação aos seus bancos internos tornou-se mais pronunciada no decorrer das crises. Bancos têm estado a adquirir a dívida pública dos seus próprios estados; eles têm estado a depositar liquidez ociosa nos seus próprios Bancos Centrais Nacionais (BCNs); eles têm, finalmente, confiado cada vez na Assistência de Liquidez de Emergência (ALE) proporcionada pelo seu próprio BCN. O resultado é que bancos e estados-nação agora enfrentam um perigo mais elevado de incumprimento conjunto. A opção que está a emergir para estados periféricos é particularmente drástica: ou nacionalizar plenamente os bancos ou perder o controle sobre eles.

9. A persistência da divisão entre núcleo e periferia, a ausência de mudança institucional efectiva para a UME, as pressões da austeridade e as ameaças aos bancos estão a criar condições árduas para países periféricos. As perspectivas futuras são negras, incluindo baixo crescimento, alto desemprego e agravamento do fardo da dívida. A capacidade de países periféricos permanecerem dentro da UME é duvidosa e a mais provável candidato à saída é a Grécia.

10. A Grécia é manifestamente incapaz de atender ao serviço da sua dívida publica ou cumprir com as condicionalidades dos planos de resgate, tornando o incumprimento (default) inevitável. Contudo, o incumprimento conduzido pelos credores e ocorrendo dentro dos confins da UME (o chamado incumprimento ordeiro) não seria do melhor interesse do país. Ele provavelmente levaria à perda de controle sobre bancos internos; não afastaria a austeridade; manteria o país dentro da perversão competitiva do euro. Os custos sociais seriam maiores. O país também perderia algo da sua soberania quando a política fiscal ficasse sob o controle explícito do núcleo. A perspectiva da saída final da UME permaneceria.

11. O incumprimento deve ser conduzido pelo devedor, soberano e democrático, levando a um profundo cancelamento da dívida. O incumprimento conduzido pelo devedor provavelmente precipitaria a saída da UME. Deixar o euro proporcionaria opções adicionais para tratar da dívida pública uma vez que o estado poderia redenominar toda a sua dívida na nova divisa. A saída permitiria ainda ao estado mais espaço de manobra para resgatar bancos através da nacionalização e do fornecimento de liquidez interna uma vez restaurado o comando sobre a política monetária. No entanto, a saída também criaria problemas novos para bancos pois alguns activos e passivos permaneceriam denominados em euro. O resultado provavelmente seria a contracção de bancos gregos ao longo do tempo. A saída, finalmente, perturbaria a circulação monetária e causaria problemas de divisas estrangeiras pois a nova divisa seria depreciada. Ainda assim, a perturbação da circulação é improvável que fosse decisiva, ao passo que a depreciação apresentaria a oportunidade de restaurar rapidamente a competitividade. No cômputo geral, se a Grécia tem de incumprir, ela deveria também sair da UME.

12. O incumprimento conduzido pelo devedor e a saída [do euro] estão pejados de riscos e tem os seus próprios custos. Mas a alternativa é o declínio económico e social dentro da UME que ainda poderia terminar numa saída caótica e ainda mais custosa. Em contraste, se o incumprimento e a saída fossem planeados e executados por um governo decidido, eles poderiam colocar o país no caminho da recuperação. Para isso seria necessário adoptar um vasto programa económico e social incluindo controles de capital, redistribuição, política industrial e reestruturação completa do estado. O objectivo seria mudar o equilíbrio de poder em favor do trabalho, colocando em simultâneo o país no caminho do crescimento sustentável e do emprego elevado. Não menos importante, a independência nacional também seria protegida.

13. Mais genericamente, a crise da Eurozona põe termo a um período de confiança económica e de integração política na Europa. A ideologia do europeísmo, a qual prometia solidariedade e unidade para os povos europeus, está em retirada pois o núcleo demonizou a periferia no decorrer da crise. A profundidade e severidade da crise estão a produzir intensas reacções sociais contra os grandes bancos e empresas na UE. O impasse alcançado pela UME dá lugar à possibilidade de intervenção económica e social mais activa por parte das nações-estado da Europa no futuro previsível.

14. A necessária reestruturação da Europa quando a UE e a UME enfrentam o declínio não poderia ser empreendida por agentes neoliberais que têm como objectivo defender os interesses do big business. A reestruturação deveria ser de conteúdo democrático, confiar nas forças do trabalho organizado e da sociedade civil; deveria inspirar-se na tradição teórica da economia política e da ciência económica heterodoxa; ela também deveria traçar um caminho cuidadoso entre o europeísmo declinante e o nacionalismo nascente. Acima de tudo, deveria manter firmemente em mente a antiga afirmação socialista de que a unidade europeia é possível só na base dos interesses dos trabalhadores.
ÍNDICE
Índice

O original na íntegra (com 92 pgs.) encontra-se em www.researchonmoneyandfinance.org/...

Este resumo encontra-se em http://resistir.info/ .

  13:23:19, por Corral   , 130 palavras  
Categorias: Dezires

CANTA O MERLO: Um terrorista financeiro ao leme de Italia

www.larepublica.es

O sucessor de Berlusconi dirige um lobby neoliberal (saqueadores dos cidadás) e pertence ao Clube Bilderberg

O novo primeiro-ministro italiano será o economista e ex comissário europeu Mário Monti, de 68 anos de idade.

Monti é director europeu da Comissom Trilateral, um lobby de orientaçom neoliberal fundado em 1973 polo banqueiro multimilionário estadounidense David Rockefeller. Também é membro da directiva do Clube Bilderberg, um grupo de pessoas com enorme influência nos círculos empresariais, académicos, militares e políticos que é considerado como umha espécie de ?GOVERNO MUNDIAL NA SOMBRA? .

Ademais, Monti também é assessor de The Coca-Cola Company e ex de Goldman Sachs, um banco de investimento estadounidense acusado de fraude pola venda de créditos hipotecarios de risco, conhecidos como ?subprime? e que fôrom um dos originários da crise financeira mundial actual.

06-11-2011

  23:19:20, por Corral   , 106 palavras  
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CANTA O MERLO: Grande CAÇAROLADA durante o debate Rajoy-Rubalcaba

Por Ossiám

Convocam umha grande caçarolada durante o debate Rajoy-Rubalcaba

Umha mensagem está a chegar ao correio de milhares de pessoas. Trata de um telefonema-convocaçom a umha caçarolada para o momento que comece o debate entre Rajoy e Rubalcaba

(segunda-feira às 22 horas).

Um gesto de repúdio ante os farsantes da ?comédia democrática? que nom necessita muitas explicaçons. Ambos os dous candidatos representam as colunas fundamentais de um sistema podrecido desde a sua base. As suas políticas de submissom ante os grandes banqueiros, anti-operarias e cidadás conduzem-nos ao esfragadoiro da miséria, quando nom a nova grande guerra mundial.

..

Caçarolada nas janelas, balcons, terraços e ruas

Segunda-feira 22h

31-10-2011

  21:28:45, por Corral   , 1056 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Obama, o corsário sanguinário de Wall Street

O "Filho de África" reclama as jóias da coroa de todo um continente


por John Pilger

A 14 de Outubro, o presidente Barack Obama anunciou o envio de forças especiais americanas para a guerra civil do Uganda. Nos próximos meses, tropas de combate americanas serão enviadas para o Sudão do Sul, Congo e República Centro-Africana. Obama assegurava também, satiricamente, que estas apenas "actuarão" em "auto-defesa". Com a Líbia securizada, está então em marcha uma invasão americana do continente africano.

A decisão de Obama é descrita pela imprensa como "bastante invulgar", "surpreendente" e até como "esquisita". Nada está mais longe da verdade. É a lógica própria à política externa americana desde 1945. Recordemos o caso do Vietname. A prioridade era então fazer frente à influência da China, um rival imperial, e "proteger" a Indonésia, considerada pelo presidente Nixon a "maior reserva de recursos naturais da região" e como "o maior prémio". O Vietname estava simplesmente no caminho dos EUA; a chacina de mais de 3 milhões de vietnamitas e a destruição e envenenamento daquela terra era o preço a pagar para alcançar este objectivo. Como em todas as invasões americanas posteriores, um rastro de sangue desde a América Latina até ao Afeganistão e ao Iraque, a argumentação era sempre a da "auto-defesa" e do "humanitarismo", palavras há muito esvaziadas do seu significado original.

Em África, diz-nos Obama, a "missão humanitária" é ajudar o governo do Uganda a derrotar o Exército de Resistência do Senhor (LRA), que "assassinou, violou e raptou dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças na África Central". Esta é uma descrição exacta do LRA, que evoca múltiplas atrocidades administradas pelos próprios Estados Unidos, como é disso exemplo o banho de sangue que se seguiu, nos anos 60, ao assassinato perpetrado pela CIA do líder congolês Patrice Lumumba, democraticamente eleito, ou ainda a operação da CIA que instalou no poder aquele que é considerado o mais venal tirano africano, Mobutu Sese Seko.

Outra justificação de Obama também parece ridícula. Esta é a "segurança nacional dos Estados Unidos". O LRA esteve a fazer o seu trabalho sujo durante 24 anos, com interesse mínimo dos Estados Unidos. Hoje ele tem pouco mais de 400 combatentes e nunca esteve tão fraco. Contudo, "segurança nacional" estado-unidense habitualmente significa comprar um regime corrupto e criminoso que tem algo que Washington deseja. O "presidente vitalício" de Uganda, Yoweri Museveni, já recebe a parte maior dos US$45 milhões de "ajuda" militar dos EUA ? incluindo os drones favoritos de Obama. Este é o seu suborno para combater uma guerra por procuração contra o mais recente e fantasmático inimigo islâmico da América, o andrajoso grupo al Shabaab na Somália. O RTA desempenhará um papel de relações públicas, distraindo jornalistas ocidentais com as suas perenes histórias de horror.

No entanto, a principal razão para a invasão americana do continente africano não é diferente daquela que levou à guerra do Vietname: É a China. Num mundo de paranóia servil e institucionalizada, que justifica aquilo que o general Petraeus, o antigo comandante norte-americano e hoje director da CIA, chama um estado de guerra perpétua, a China está a substituir a Al-Qaeda como a "ameaça" oficial americana. Quando entrevistei Bryan Whitman, secretário de estado adjunto da Defesa, no Pentágono no ano passado, pedi-lhe para descrever os perigos actuais para os EUA no mundo. Debatendo-se visivelmente repetia: "Ameaças assimétricas ? ameaças assimétricas". Estas "ameaças assimétricas" justificam o patrocínio estatal à lavagem de dinheiro por parte da indústria militar, bem como o maior orçamento militar e de guerra da História. Com Osama Bin Laden fora de jogo, é a vez da China.

A África faz parte da história do êxito chinês. Onde os americanos levam drones e destabilização, os chineses levam ruas, pontes e barragens. O principal interesse são os recursos naturais, sobretudo os fósseis. A Líbia, a maior reserva de petróleo africana, representava durante o governo Kadafi uma das mais importantes fontes petrolíferas da China. Quando a guerra civil começou e a NATO apoiou os "rebeldes" fabricando uma história sobre supostos planos da Kadafi para um "genocídio" em Bengazi, a China evacuou 30 mil trabalhadores da Líbia. A resolução do Conselho de Segurança da ONU que permitiu a "intervenção humanitária" por parte dos países ocidentais, foi sucintamente explicada numa proposta dos "rebeldes" do Conselho Nacional de Transição ao governo francês, divulgada no mês passado pelo jornal Libération, na qual 35% da produção de petróleo Líbia eram oferecidos ao estado francês "em troca" (termo utilizado no texto em questão) do seu apoio "total e permanente" ao CNT. O embaixador americano na Tripoli "libertada" Gene Cretz, confessou: "Sabemos bem que o petróleo é a jóia da coroa dos recursos naturais líbios"

A conquista de facto da Líbia por parte dos Estados Unidos e dos seus aliados imperiais é o símbolo da versão moderna da "corrida à África" do século XIX.

Tal como na "vitória" no Iraque, os jornalistas desempenharam um papel fundamental na divisão dos líbios entre vítimas válidas e inválidas. Uma primeira página recente do Guardian mostrava um líbio "pró-Kadafi" aterrorizado e os seus captores de olhos brilhantes que, como intitulado, "festejavam". De acordo com o general Petraeus, existe hoje uma guerra da "percepção... conduzida continuamente pelos meios de informação"

Durante mais uma década, os Estados Unidos procuraram estabelecer um comando militar no continente africano, o AFRICOM, mas este foi rejeitado pelos governos da região, receosos das tensões que daí poderiam advir. A Líbia, e agora o Uganda, o Sudão do Sul e o Congo, representam a oportunidade dos Estados Unidos. Como revelou a Wikileaks e o departamento americano de estratégia contra-terrorista (National Strategy for Counterterrorism ? White House), os planos americanos para o continente africano são parte de um projecto global, no quadro do qual 60 mil elementos das forças especiais, incluindo esquadrões da morte, operam já em mais de 75 países, número que aumentará em breve para 120. Como já dizia Dick Cheney no seu plano de "estratégia de defesa": Os Estados Unidos desejam simplesmente dominar o mundo.

Que esta seja a dádiva de Barack Obama, o "filho de África", ao seu continente é incrivelmente irónico. Não é? Como explicava Frantz Fanon no seu livro "Pele negra, máscaras brancas", o que importa não é a cor da tua pele, mas os interesses que serves e os milhões de pessoas que acabas por trair.

20/Outubro/2011

O original encontra-se em www.johnpilger.com/articles/the-son-of-africa-claims-a-continents-crown-jewels .
Tradução de MQ.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

30-10-2011

  11:25:48, por Corral   , 69 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Líbia - A OTAN e o seu paraiso.

por Ossiám

Os líbios nada tenhem que celebrar:


As matanças que continuam

Mais de 120 mil mortos inocente e de 200 mil feridos.

Perto de 50 mil desaparecidos e seqüestrados.

A lei Sharia

Nom poder comer, nem levar aos nenos ao colégio, nem ir ao hospital por que estám destruídos polas bombas ?humanitárias? da NATO

Tiram-lhes a sua soberania

Roubam-lhes as suas riquezas naturais.

Invadem, ocupam Líbia

Construçom de bases militares NATO/AFRICOM

24-10-2011

  18:48:59, por Corral   , 536 palavras  
Categorias: Dezires

CANTA O MERLO: Os mercenários estám a reprimir aos gregos

A polícia estrangeira anti-motins já está a operar na Grécia

Por: David Malone/www.golemxiv.co.uk

A UE tem a sua própria polícia anti-motins em condiçons de operar em qualquer país europeu, sem que responda a nengum deles. Chama-se Gendarmería Europeia (Eurogendfor). Está com a sua sede na Itália mas financiada e administrada por seis países signatários França, Itália Holanda, Espanha, Portugal e Rumania. Por enquanto segundo o Tratado.

Esta polícia formou-se com o objecto de enfrontar motins e desordens civis e como o anuncia o Tratado deve achar-se integrada por membros policiais com estatuto militar Há umha foto que a amostra Quando viram vocês que as forças policiais, ainda as anti motins ataquem com baionetas? A força, cuja sede é a Itália, compoem-se de 3 mil homens, repartidos em duas brigadas de acçom rápida. Dado que por enquanto Grécia nom é membro da Eurogendfor, nengum dos seus agentes/soldados (?) falará grego. E contodo podem operar na Grécia. Consultei aos meus amigos atenienses e confirmaram-mo. Contactei também ? ou tentado contactar ? duas vezes directamente a Eurogendfor, com o objecto de verificar os factos. Ainda nom funciona o correio electrónico da sua web. Pode-se tentar mas no últimas quatro horas quando oprimo enviar, obtenho esta resposta:

Que passará se se descobre que é verdade que o governo grego tem convidado a umha polícia case militar anti motins integrada por pessoas de outras naçons para operar na Grécia contra os seus próprios cidadaos? Nom é suficiente a polícia grega? Nom estám dispostos os militares gregos a cortar cabeças? Fai falta que sejam estrangeiros os que o fagam por eles? Que diferença há entre Eurogendfor e qualquer outra força mercenária? O governo grego poderia convidar a qualquer outro exército privado. Nom importa como enquadrar a Eurogendfor, a verdade é que o povo grego nom votou a favor deste tratado e também nom se lhe perguntou se está de acordo com que forças estrangeiras case militares podam operar na Grécia. Se esta história resulta verdadeira, significa que o governo grego como todos os governos que no curso da história perderam toda a legitimidade com a sua própria gente, busca o apoio militar de forças estrangeiras com as quais reprimir ao seu próprio povo. Visto assim, aqui entra finalmente em jogo a palavra tirania. E é umha palavra que tem conseqüências extremadamente graves.

Retrocedamos um passo. Os recortes na Grécia acham-se intimamente vinculados com o ?salvamento? dos bancos franceses e alemáns, nem sequer com os proprietários gregos da banca grega. O povo grego vem-se manifestando há meses contra o ?salvamento??. O governo grego há ignorado ao seu povo e escolheu seguir as ordens das elites da UE, do FMI, do BCE e da maior parte dos bancos a nível global.

Agora bem presume-se que umha força anti motins militarizada nom grega poderia chegar para impor austeridade. Quais som as ordens que em verdade estám a seguir? A que interesses estariam a servir? Os dos bancos?

A classe financeira tem ademais o seu próprio pessoal policial anti motins para enviá-lo onde a gente pretenda desafiá-los e onde a polícia local possa nom ser suficientemente ?confiável? ao serviço dos interesses supranacionais dos bancos?

David Malone é autor de um blog, documentalista da BBC e autor do livro ?Debt Generation?

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