23-08-2011

  22:55:22, por Corral   , 717 palavras  
Categorias: Dezires

CANTA O MERLO: O exército e o povo líbio atiram um contra-ataque em Trípoli

O exército e o povo líbio atiram um contra-ataque na capital
Pravda/ Estado espanhol

No passado domingo informamos no nosso meio dos primeiros rumores que chegavam sobre o início da "Operaçom Sereiaaa", umha campanha organizada polos rebeldes líbios e a NATO com o objectivo de tomaTripoliii e capturar a Muammar Al Gadafi, numha medida desesperada para romper o empate técnico que existia desde fazia meses no país. Tal como prevíamos no artigo, os intensos bombardeios precederam a entrada dos rebeldes na cidade, tomando algumhas posiçons e celebrando de maneira muito precipitada o seu "vitória", enquanto o povo preparava para a resistência, inspirada em Stalinegrado.

Assim mesmo, no supracitado artigo já avisávamos aos leitores do papel propagandístico que tenhem os grandes meios de comunicaçom, participando sem nengum pudor numha guerra psicológica para pressionar ao governo e povo líbio, quem se viram desbordados nas primeiras horas do ataque da NATO, tal e como confirmaram alguns dirigentes. Chegou-se mesmo ao extremo de conhecer-se ameaças a correspondentes alternativos (como a Mahdi Darius ou Thierry Meyssan, de Rede Voltaire), de bloqueios ao seu acesso a Internet, ou pressons para evitar informaçons que contradigam as suas manipulaçons. Como exemplos das mentiras vertidas nas últimas horas polos Mass Média, encontramos a hipotética captura de diversos filhos de Gadafi e a fugida do líder líbio, o controlo "total" da capital, a rendiçom de elementos do exército e até das guardas pessoais de Gadafi, etc.

Como é natural, nom é a primeira vez " nem será a última " que os meios apresentam cenários completamente diferentes à realidade. Cabe lembrar algumhas imagens similares na guerra imperialista do Iraque, quando cidadaos e membros do exército americano botárom abaixo a estátua de Saddam em Bagdad e no-la venderam como umha acçom "de massas", quando a realidade é que era quase nom umha dezena de oportunistas num largo vazio e tomada polos tanques ianques.

Passaram perto de 48 horas desde o inicio da Operaçom Sereia " que se cobrou milhares de mortos e perto de 5,000 feridos " e apesar das celebraçons, das declaraçons de dirigentes da CNT, a NATO e os estados que participam neste massacre, dos intitulares amarelos dos médios de dês informaçom, e de que nos vendessem o fim da guerra como um facto, começam a chegar informaçons desmentindo as manipulaçons mediáticas.

Por umha banda, os rebeldes e médios de comunicaçom tiveram que se tragar as suas palavras no que di respeito à captura de vários filhos do líder líbio. O filho maior, Mohamad Al Gadafi alcançou escapar da sua casa, que estava supostamente controlada por células rebeldes, enquanto que imagens desde a capital mostraram livre a Saif Al Islám " um dos filhos com maior peso político "rodeado de cidadaos líbios e declarando que Trípoli está na sua maioria sob controlo governamental. Cabe destacar que os meios levavam horas informando da captura de Saif, e a sua possível entrega à Corte Penal Internacional.

Por outra parte, é sumamente complicado dilucidar qual é a situaçom real da cidade e o progresso da Batalha por Trípoli, que como é lógico terá umha importância capital para a guerra em Líbia, da vitória ou derrota do legítimo governo na cidade, dependerá o futuro de toda a contenda.

Em qualquer caso, últimas informaçons assinalam que o Exército " que até agora permanecia fora da capital, daí a fácil entrada dos rebeldes durante as primeiras horas " já entrou na cidade, liberando diversos bairros e fortificando diversos pontos, expulsando com facilidade aos desorganizados rebeldes. Os Comités de Bairro, que se encontravam surpreendidos e desbordados nos primeiros momentos, já tenhem as células de resistência activas, participando na defesa da capital.

Apesar deste contra-ataque, continuam os fortes confrontos e os rebeldes seguem presentes em muitos pontos da cidade, apoiados desde o ar polas forças da NATO, que facilita o seu avanço e relativa iniciativa ante o Exército e o povo armado de Tripoli. Alguns meios mesmo assinalaram a presença de membros do SAS britânico (forças especiais) e de militares de Qatar para apoiar aos rebeldes em Tripoli, o qual estaria confirmado trás abater a alguns deles e conseguir as suas identificaçons.

Portanto, ainda que se pode apreciar umha resposta e contra-ataque ante o avanço dos rebeldes, ainda é logo para realizar qualquer análise ou conjectura do desenvolvimento da importante batalha. Seguiremos informando conforme cheguem novos dados que ajudem a clarificar a situaçom.

22-08-2011

  23:18:17, por Corral   , 2403 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Somália, o outro genocídio ianqui - NOM É A SECA, É O IMPERALISMO (e IV)

Miguel Giribets
Rebelión

As crises humanitárias

Desde os anos 80 -e especialmente desde os anos 90 do século passado- o sofrimento da populaçom somali nom cessa. A fame dura é já um mal crónico. Somália vive umha tragédia que dura já duas décadas polo mínimo.

Em Novembro de 1998, segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA), o país tinha 700.000 pessoas afectados de fame dura; houvo três más colheitas consecutivas e fortes inundaçons no sul polo desbordamento de dous rios. O país nom conta nem com um governo nem com umha infra-estrutura capaz de responder as catástrofes naturais. As conseqüências destas inundaçons fôrom umha epidemia de malária e diarreias hemorrágicas, com uns 1.500 mortos.

Em Janeiro de 2000, outra vez devido a inundaçons no sul o preço do sorgo, que é a base da alimentaçom da zona, disparou-se. Milhares de pessoas marcham para o norte buscando alimento.

Ao ano seguinte, segundo a ONU, 300.000 pessoas no sul do país estám em risco de grande fame devido à seca e à quebra económica do país. A ajuda internacional está com muitas dificuldades em chegar devido aos grupos tribais armados; houvo seqüestros e assassinatos do pessoal das organizaçons internacionais que levavam a ajuda humanitária, ademais de que muita ONG tenhem abandonado o país trás o 11S porque Somália ?é um refúgio de terroristas?, segundo os EEUU.

Em Setembro de 2004, segundo a ONU, chega-se ao milhom de pessoas em fame dura por causa da seca. As necessidades financeiras para dar para comer aos que nada tenhem calculam-se em 119 milhons de dólares, mas tam só a ONU dispom de 35 milhons. A zona mais afectada é o norte e noroeste (Somaliland e Puntland); morrêrrom 80% dos camelos.

Em Fevereiro de 2005, outras 500.000 pessoas no sul nom tenhem reservas de alimentos devido à seca. A gente dispom do equivalente de 3 vasos diários por pessoa (20% da quantidade mínima recomendada pola ONU), e a temperatura supera os 40 graus. As crianças tenhem de beber os seus ourinhos. Muitos caminham até 70 km procurando poços subterrâneos. A morte dos gandos está na base da tragédia, pois priva de alimentos e leite aos somalis. A maioria da populaçom vive da gadaria.

2006 foi um ano de recuperaçom. Mas desde Ocidente nom podiam consentí-lo e botárom mao do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA). ?O PMA começou a distribuir toda a ajuda de grao de anos para Somália justo no momento no que os camponeses somalis levavam as suas colheitas de grao ao mercado. Com milhares de toneladas de grao grátis disponível, aos camponeses somalis resultou-lhes quase impossível vender as suas colheitas e tiveram que se enfrontar ao desastre. (...) Depois, em 2007, justo quando a colheita de grao somali começava a chegar aos comprados locais, o PMA de novo distribuiu toda a sua ajuda de grao de anos, só que desta vez ali estava o exército etíope para proteger-lhe. Com umha seca de quatro anos que voltava afectar à maior parte de Somália, poder-se-ia dizer que o PMA ajudou a dar o tiro de graça à agricultura somali.? (21)

Em Maio de 2008, segundo a FAO, 2.6 milhons de pessoas necessitam ajuda, é 35% da populaçom; a cifra é um 40% superior à de Janeiro passado. O preço dos cereais é três vezes superior ao dos últimos 5 anos; importaçons de trigo e milho incrementaram-se 375% no último ano, perto de 60% do consumo de cereais tenhem-no que importar normalmente; a moeda haver depreciado 125% nos últimos 4 meses, o que encarece as importaçons. A FAO necessita 18.500.000 dólares; só recolheu 3.789.000 dólares.

Em 2009 há 200.000 crianças desnutridos, dos que 60.000 estám em perigo de morte. Em Março de 2010, 40% da populaçom depende já da ajuda humanitária, mas sabe-se que a metade da ajuda alimentaria da ONU nom chega ao seu destino devido sobretodo ao boicote dos EEUU e às tramas de corrupçom formados por grupos locais ou funcionários da ONU. Por exemplo, é muito suspeito que 80% dos contratos de transporte da ONU fagam-se com 3 contratistas somalis unicamente. A ONU confessa que só poderá alimentar a 2.5 milhons de pessoas, o que nom chega a cobrir nem a metade das necessidades.

Como observamos, os EEUU som os grandes culpaáveis do grande fracasso da ajuda humanitária. Os norte-americanos imponhem condiçons ridículas (por exemplo, nom pagar taxas no trajecto) que impossibilitam o compartimento da ajuda e fai dos alimentos umha arma de guerra para condenar à fame às zonas -que som a maioria do país- que apoiam aos combatentes islamitas do Shahab, o braço armado dos Tribunais Islâmicos. Em Fevereiro de 2010, o New York Times publicou um titular: ?Funcionários da ONU atacam a EE.UU. por reter a ajuda para Somália? (22). Em 2009 a ajuda financeira dos EEUU foi a metade da de 2008. ?Quando o representante das Naçons Unidas Mark Bowden queixou-se aos funcionários em Washington de que estavam a reter os alimentos que deviam chegar a Somália, contestou-se-lhe: Isso vai mais ali das nossas possibilidades. O que significa que as ordens chegam desde bem mais arriba, provavelmente da Embaixadora estadounidense ante a ONU, Susan Frise, a acolita mais destacada do governo estadounidense da ?intervençom militar humanitária?, umha doutrina que Frise haver digressionado até a obscenidade máxima no Corno da África.? (23)

produz-se um êxodo da populaçom para os acampamentos de refugiados em Kenia e Etiópia. Famílias inteiras, com crianças inclusive, chegam a estes acampamentos trás 20 dias de passeata. Muitas crianças morrêrom nas gáveas, nas beiras dos caminhos.

O acampamento de Médicos Sem Fronteiras em Dadaab, Kenia, recebe cada dia 1.400 pessoas. É o acampamento mais grande do mundo, mas está desbordado, pois tem umha capacidade para 90.000 pessoas e alberga a umhas 400.000; a mal-nutriçom e a mortalidade infantil som muito altas nos campos; 40% das crianças do campo padece mal-nutriçom. Dam-se 3 litros de água por pessoa e dia, quando o mínimo é de 20 litros; há um mercado negro de água. Só há barracas de campanha para o 20% dos refugiados. Outros acampamentos em Kenia e Etiópia estám igualmente desbordados. Segundo a ONU, 3 milhons de somalis vivem deslocados.

Mais de cem mil pessoas chegárom a Mogadiscio buscando algo que comer. Aos problemas alimentícios há que acrescentar que a capital é cenário de confrontos armados: ?a situaçom aqui é ainda mais crítica porque já nom só tenhem que lutar pola seca e a fame senom também pola insegurança (,,,) Nos bairros que visitamos nom somente havia casas desfeitas, ruas despedaçadas, senom que ainda há confrontos e ainda há bombas" (24).

Di-se que é a pior seca em 60 anos e afecta a todo o Corno de África. 70% do gando morreu. Com sorte, recolhêrom-se a metade das colheitas; isso é tremendamente grave, se temos em conta que só 2% do chao somali é cultivável. Teme-se que a seca deixe a um milhom de crianças desnutridas em toda a regiom. E o preço dos alimentos nom se detém: o preço do leite triplicou-se nuns meses; o preço do sorgo elevou-se em 240% num ano; Segundo fontes da ONU, o preço dos cereais subiu num ano entre um 110 e 375%.

10% das crianças está em risco de morrer por inaniçom; há zonas com 11% de crianças com desnutriçom severa. Segundo a ONU, uns 29.000 crianças morreram de fame no últimos três meses. umha mulher somali, Joice Karambu, mae de umha meninha chamada Elisabeth declara à imprensa: ?No nosso povo já nom há nada de que comer. Nada de chuva, nada de colheitas: já nom temos suficiente comida. Tento vender um pouco de lenha que recolho mas nom é suficiente. Há algumhas semanas, Elisabeth começou a perder muito peso. Mire-a: tem dous anos e pesa seis quilos: é o peso de umha criança de seis meses!? (25). Na zona sul a desnutriçom aguda afecta a 50% das crianças; segundo Unicef uns 780.000 crianças poderiam morrer de fame.

Somália necessita 1.060 milhons de dólares, mas só chegaram ou coida-se que chegárom uns 429 milhons. O colmo do cinismo é que EEUU se comprometeu em 45 milhons de dólares para armas aos ugandeses e burundíes que mantenhem ao governo fantoche de Mogadiscio; e o como dos colmos é que, se miramos a um mapa de África, enquanto em Somália morrem de fame, um pouco mais arriba e à esquerda os EEUU e a NATO estám a malgastar milhons de dólares cada dia em massacrar ao povo líbio.

O que tsunami saco à luz

O tsunami de há uns anos desenterrou a tragédia: confirmava-se que Somália era um vertedouro mundial de resíduos nucleares. ?O tsunami nom só deixara nas costas de Somália refugalhos normais senom também nucleares. Muitas pessoas das zonas afectadas polo tsunami padecem problemas extraordinários de saúde. Segundo o informa de UNEP, trata-se de infecçons agudas das vias respiratórias, hemorragias intestinais, reacçons ?químicas? atípicas da pele e mortes repentinas.? (26)

A partir dos anos 90 do século passado, quando Somália ficou sem governo central, ?chegavam misteriosamente navios europeus à costa de Somália, vertendo enormes barris no oceano. A populaçom da costa começava a enfermar. Ao princípio, padeceram estranhas erupçons, náusea, e nascêrom crianças mal-formados. Entom, depois do tsunami de 2005, centos destes barris vertidos e com fugas terminaram na beira. A gente começou a enfermar da radiaçom, e mais de 300 pessoas morreram. Ahmedou Ould-Abdalhah, o enviado de Naçons Unidas a Somália, declara: ?Alguém está vertendo material nuclear aqui. Também há chumbo, e materiais pesados, tais como cádmio e mercúrio -ou seja, de todo-.? Pode-se seguir o seu rasto até os hospitais e as fábricas europeus, e entrega à máfia italiana para que esta se desfaga disso da maneira menos custosa. Quando perguntei a Ould-Abdalhah que faziam os governos italianos para combater isto, dixo com um suspiro: ?Nada. Nem se limpou, nem houvo compensaçom nem prevençom.? (27)

?Na página 134 de um relatório da UNEP, cujo título em alemám reza «Nach dem Tsunami-Erste Umwelteinschätzungen» (Depois do tsunami estimaçons para o medio-ambientee), di-se que Somália é um dos numerosos países sub-desenvoltos que desde os anos oitenta recebeu inumeráveis carregamentoss de resíduos nucleares e outros refugalhos tóxicos e armazenárom-se ao longo da costa. Contárom-se, entre outros, urânio, cádmio, chumbo e mercúrio.? (...)? Ilaria Alpi e Miram Hrovatin, dous jornalistas italianos, tentárom pesquisar algo mais de tais negócios. O 18 de Março de 1994 chegárom à cidade somali de Bosasso, entrevistárom a um funcionário local e o 20 de Março desse mesmo ano, tam só umhas horas antes de que pudessem enviar telefonicamente o seu relatório à RAI , foram assassinados em plena rua em Mogadiscio por um comando assassino.? (28)

A armazenagem de resíduos tóxicos costa na Europa a 250 dólares a tonelada; em África só conta 2,5 dólares, menos cem vezes. Desta maneira, 40% da populaçom padece algum tipo de cancro.

A pirataria: os verdadeiros piratas som as frotas pesqueiras ocidentais

Somália tem 3.000 km de costa e grandes bancos de pesca. Uns 300.000 barcos navegam estas águas anualmente.

Muito se fala da pirataria em Somália. Mas há que ver quem som os verdadeiros piratas. O director do Programa de Assistência Marítima da África do Leste, Andrew Mwangura, acerta no alvo quando di que "os verdadeiros piratas som homens de negócios, grandes quenlhas que se dedicam ao trânsito ilegal de armas, de humanos, que se lucram com a pesca ilegal e com a vertedura de resíduos na costa somali, e que tenhem gabinetes em Nairobi, Mombassa, Londres e Dubai" (29).

explicá-lo.

Quer-se-nos fazer acreditar que a costa somali está cheia de piratas-pescadores à espreita das frotas pesqueiras dos países ocidentais que andam pola zona. Segundo o relatório do Grupo de Trabalho de Alta Mar (HSTF, em inglês): podemos afirmar o seguinte:

- Que a riqueza pesqueira de Somália está a ser saqueada polas frotas pesqueiras dos países mais desenvolvidos.

- Que os países ricos estám vertendo lixo tóxico na costa somali.

- Que, a modo de exemplo, em 2005, mais de 800 barcos pesqueiros operavam em águas somalis.

- Que estas frotas pesqueiras estrangeiras roubam a Somália umha riqueza pesqueira que se pode avaliar em 450 milhons de dólares anuais.

- Que todo isso é possível graças à inexistência de um aparelho de Estado em Somália desde fai um par de décadas.


A origem da ?pirataria? somali som os próprios pescadores, que antes de morrer de fame, atacavam às frotas estrangeiras que roubavam a riqueza piscícola do país. Um destes ?piratas?, Sugule Ali, declarou à imprensa ocidental que ?nom nos consideramos bandidos do mar. Consideramos que os bandidos do mar [som] quem pescam ilegalmente e descargam lixo, e portamos armas mas nos nossos mares? (30). Mais adiante, apareceram grupos mafiosos que realmente só buscam o dinheiro do resgate (com a cumplicidade de conhecidos grupos financeiros em Gram-Bretanha, por exemplo), mas a origem e a maior parte desta luita é absolutamente justa.

A ONU nom fixo outra cousa que instar às grandes potências a intervir para ?defender-se dos piratas?, abençoando o saqueio das riquezas somalis. ?Um dos dirigentes piratas, Sugule Ali, dixo que o seu propósito era ?parar a pesca ilegal e verteduras nas nossas águas... Nom nos consideramos bandidos dos mares. Os bandidos som aqueles que pescam, vertem resíduos e levam armas nos nossos mares.? (31)

A outra cara do tema é que grupos mafiosos estám a utilizar a crise simplesmente para se lucrar. ?Por umha vez, [The Times] dá conta de algo que quase nunca se menciona em qualquer história sobre Somália, nem nos muito escassos artigos sobre o conflito em sim mesmo, nem nas bem mais numerosas histórias sobre pirataria e os seus efeitos na navegaçom comercial (um assunto demais importância que as vidas de 10.000 seres humanos inocentes, por suposto): de que os principais patrocinadores e financiadores das bandas de piratas ?estám vencelhados com o governo vantagem-ocidental do país. (32)? O dinheiro dos resgates dos piratas é branqueado por grupos financeiros em Dubai e Emiratos Árabes, Nairobi e Mombasa; os resgates pagam-se em gabinetes em Londres. O negócio pode ser de 60 milhons de euros anuais.

(21) EL PROGRAMA MUNDIAL DE ALIMENTOS EN SOMALIA ¿ÁNGEL MISERICORDIOSO O ÁNGEL DE LA MUERTE?-REBELION, ESPAÑA 040811 Thomas Mountain ?Counterpounch -

(22) EE.UU. Y ETIOPIA MATAN DE HAMBRE A LOS SOMALÍES-25/7/2011 REBELION, ESPAÑA 250711 Glen Ford -Global Research .

(23) ESTADOS UNIDOS EMPRENDE UNA GUERRA DE HAMBRE CONTRA SOMALIA-10/3/2010 REBELION, ESPAÑA 100310 Glen Ford -Black Agenda Report

(24) MILES DE PERSONAS SE DESPLAZAN A MOGADISCIOEN BUSCA DE AYUDA HUMANITARIA-TELESUR, VENEZUELA 090811

(25) LOS REFUGIADOS SOMALÍES VAN DE UN DESIERTO A OTRO-REBELION, ESPAÑA 310711 Guinguibali.

(26) EL 40% DE LA POBLACIÓN PADECE CÁNCER-22/10/2008 REBELION, ESPAÑA 221008 -Vladislav Marjanovic ?Talaxcala

(27) NOS MIENTEN SOBRE LOS PIRATAS-22/4/2009 REBELIÓN, ESPAÑA 220409Johann Hari -Global Research

(28) EL 40% DE LA POBLACIÓN PADECE CÁNCER-22/10/2008 REBELION, ESPAÑA 221008 -Vladislav Marjanovic ?Talaxcala.

(29) los verdaderos piratas no están en somalia, sino en despachos de nairobi, londres y dubai'";"el mundo, españa 101208 joana socías.

(30) NOS MIENTEN SOBRE LOS PIRATAS-22/4/2009 REBELIÓN, ESPAÑA 220409Johann Hari -Global Research

(31) NOS MIENTEN SOBRE LOS PIRATAS-22/4/2009 REBELIÓN, ESPAÑA 220409Johann Hari -Global Research

(32) EEUU BUSCA CONVERTIR SOMALIA EN UNA TIERRA SIN LEY-24/12/2008 REBELION, ESPAÑA 241208 Chris Floyd- Global Research

  20:43:20, por Corral   , 160 palavras  
Categorias: Dezires

CANTA O MERLO: Líbia - Por quê a NATO minte?

http://mathaba.net/news/?x=628191?disqus

Isto é o que se di em audio por umha fonte em Tripoli:Fonte em Trípoli menciona que os meios de comunicaçom do mundo estám a dizer-lhe mentiras sobre a situaçom em Trípoli:

Arquivo MP3:

Agora podo ver soldados mortos de Qatar por diante dos meus olhos, a barba grande, e nas minhas maos agora mesmo tenho um passaporte de Qatar ... há umha cheia deles, mas Trípoli está sob controlo, todo é seguro, todo está bem.

O Exército líbio, e os voluntários estám em todas partes, nas famílias, agora podo ver às mulheres que tenhem a bandeira verde ... [ininteligível] ....estas pessoas de Qatar, que estám a tratar de chegar a dentro de Trípoli para que seja instável.

Mas Trípoli é seguro, a situaçom está sob controlo.

Perguntas que nos temos que fazer:

Por quê os médias mentem
Por quê os médios corporativos ameaçam aos jornalistas independêntes
Por quê clamam de jeito dessesperado a vitória, se a realidade é outra

http://mathaba.net/news/?x=628191?disqus

21-08-2011

  12:26:56, por Corral   , 2219 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Somália, o outro genocídio ianqui - NOM É A SECA, É O IMPERALISMO (III)

Miguel Giribets
Rebelión

Luitas entre os chefes dos clans -1996-2006-

As luitas entre os diversos clans tenhem-se centrando por volta da capital, Mogadiscio, e o sul do país. Cada ano ham morridos várias centenas de pessoas por causa dos combates, muitas delas civis.

Muitos quisérom fugir do país e alcançar a península arábica. E muitos morrêrom na tentativa. Em 2001 morrem afogadas 86 pessoas quando tratavam de fugir em barco ao Iémene. A tripulaçom do barco atirou ao mar aos pobres viajantes, depois de cobrar-lhes umha cifra considerável pola passagem. O mesmo sucederá com umhas 130 pessoas dous anos mais tarde e com outra centena de pessoas em 2004. Em 2006 morrêrom na tentativa de alcançar Iémene umhas 300 pessoas, e outras 300 dérom-se por desaparecidas. Ao ano seguinte, som 800 os desaparecidos.

A partir de Dezembro de 2001 (há que lembrar que já se produziu o 11-S), produzem-se os primeiros voos de espionagem norte-americanos e o posicionamento da sua frota diante das costas somalis. EEUU di que o governo de Somália está infiltrado de agentes da o Qaeda e assim se fai impossível a reconstruçom do país. O governo somali só chega a controlar alguns bairros de Mogadiscio e algumhas zonas nos arredor da capital.

Sabe-se que grupos militares britânicos já estám no território somali. Em 2002 unem-se 6 navios da frota alemám aos labores de controlo diante das costas de Somália. Nom só é o pretexto do terrorismo internacional senom, sobretodo, o proteger o espolio dos bancos de pesca que estám a fazer as frotas pesqueiras ocidentais, ao que se oponhem os pescadores somalis qualificados de "piratas" polos médios de comunicaçom.

O ano 2005 é o ano do tsunami, que em Somália produz 300 mortos, outros tantos desaparecidos e 5.000 deslocados. O tsunami pom ao descoberto umha realidade trágica. Somália é um vertedouro de resíduos tóxicos e nucleares das grandes potências ocidentais.

Os tribunais islâmicos, 2006

Em Junho de 2006, trás fortes combates com várias centenas de mortos, os islamitas da Uniom de Tribunais Islâmicos fam-se donos da capital, com Sharif Sheikh Ahmed à frente. Os Tribunais Islâmicos tenhem como base social a clérigos islâmicos, juristas, trabalhadores, forças de segurança e comerciantes.

Mogadiscio era um ninho de trânsito de armas e drogas a cargo dos chefes dos clans; todos eles luitavam - financiados polos EEUU com 150.000 dólares ao mês- contra os islamitas. Com este dinheiro, podiam comprar armas em Emiratos Árabes Unidos, Etiópia e Iémene.

Os Tribunais Islâmicos (ICU) vam criando o que parece ser um Estado unificado e em paz, como se evidência em opinions da mais variada procedência:

"Pudem comprovar que, naquelas zonas controladas polos tribunais, asseguraram a ordem; há menos pontos de controlo onde os mercenários extorsionam aos civis; desceu agressividade e já nom existe a arbitrariedade dos senhores da guerra", di Josep Prior, coordenador de Médicos sem Fronteiras-Espanha (MSF) em Somália. "Progressivamente mas em pouco tempo a ICU alcançou levar a lei e ordem a todo o país, eliminaram as drogas e as armas das ruas, fizêrom acessíveis os serviços básicos de atençom sanitária e educaçom, achegaram estabilidade à sociedade civil, limpou-se a cidade, os portos marítimos e os aeroportos voltárom abrir para o trânsito comercial, etc. (5)

Amina Mire, membro eminente da diáspora somali reconhece que: "muitos somalis que nom som religiosos vírom como a sua segurança melhorava baixo a direcçom dos Tribunais Islâmicos. Queremos dar-lhes a estes tribunais o tempo necessário para limpar as ruas de violência. Depois de restabelecer a ordem, estes tribunais puderam progressivamente modernizar as suas interpretaçons e aplicaçons das leis islâmicas. umha grande parte dos somalis que vivem no estrangeiro estavam dispostos a voltar ao país umha vez que a paz e a segurança fossem restabelecidas. " (6)

?Instalou-se umha extensa rede de programas e centros de segurança social, clínicas sanitárias, cozinhas colectivas e escolas primárias para atender a grande número de refugiados, camponeses deslocados e pobres urbanos. Estas actuaçons aumentaram o apoio popular aos ICU.? (7)

"Nom devemos esquecer que os assim chamados islamitas criaram um sentido de estabilidade em Somália e promoveram a educaçom e outros serviços sociais, enquanto que os senhores da guerra mutilavam e assassinavam a civis inocentes," declarou Ted Dagne, especialista no Corno da África do Serviço de Investigaçons do Congresso (8)

Em poucas semanas, os islamitas tomam as principais cidades do país. Imediatamente, uns 300 soldados etíopes cruzam a fronteira para impedir o avanço dos Tribunais Islâmicos. A seguir, em Julho de 2006, som 8.000 os soldados etíopes que chegam a Baidoa, sede do governo de transiçom, a 245 km ao NO de Mogadiscio. Pouco depois, os soldados etíopes em Somália chegárom aos 15.000 efectivos.

Forma-se um novo governo em Baidoa, com um ex-marine norte-americano como ministro do Interior. Em Dezembro de 2006, a ofensiva das tropas etíopes derrota aos islamitas, que ham de abandonar Mogadiscio. A Cruz Vermelha denúncia que há milhares de deslocados, por causa dos combates.

?Washington assegurou que umha resoluçom do Conselho de Segurança de Naçons Unidas reconhecesse o diminuto enclave do senhor da guerra de Baidoa como governo legítimo. Isto levou a cabo apesar do feito de que toda a existência do TFG [governo de transiçom] dependia de um contingente de vários centos de mercenários etíopes financiados polos EEUU. Como as tropas do ICU [islamitas] deslocaram para o oeste para desalojar a Yusuf do seu posto fronteiriço -que compreendia menos de 5% do país-, os EEUU aumentaram o seu financiamento ao regime ditatorial de Meles Zenawi em Etiópia para que invadisse Somália.?(9)

?A maior parte de jornalistas, expertos e observadores independentes reconhecem que sem a presença de um apoio (exterior), principalmente a presença de ao menos 10.000 mercenários africanos ('mantedores da paz') financiados por EEUU e a UE, o regime de Yusuf afunda-se em questom de dias, quando nom de horas. Washington conta com umha coligaçom informal de clientes africanos -umha espécie de 'Associaçom de Homens de Palha Subsaarianos' (ASS, nas suas siglas em ínglés)- para reprimir o descontentamento maciço da populaçom somali e impedir o retorno dos Tribunais Islâmicos populares. As Naçons Unidas declarárom que nom enviariam um exército de ocupaçom até que os contingentes militares da 'ASS' da Organizaçom para a Unidade Africana houvessem 'pacificado' o país.? (10)

2006-2011, o caos total

Mas a derrota dos islamitas nom acala o protesto popular contra os invasores etíopes. Em Janeiro de 2007 produzem-se fortes mobilizaçons na capital contra a presença dessas tropas. Logo se renovam os combates armados entre islamitas e etíopes; em Março morrem mais de 1.000 pessoas em Mogadiscio e 1.400.000 (a metade da populaçom) abandonaram a cidade. Em Abril morrem em Mogadiscio umhas 300 pessoas nos combates; muitos cadáveres apodrecem polas ruas.

Por sua parte, os EEUU iniciam umha série de bombardeios, sobretodo no sul do país, com o pretexto de matar os terroristas da o Qaeda. No mês de Janeiro de 2007 e durante 5 dias seguidos, os EEUU atiram as suas bombas na zona produzindo umha centena de mortos civis.

?Em dezasseis anos de governo anárquico dos senhores da guerra, a denominada 'Comunidade Internacional' nom mostrou nunca interesse algum por intervir em Somália. Contodo, precisamente umha vez que os tribunais islâmicos alcançaram impor ordem e estabilidade, viram como o Conselho de Segurança de Naçons Unidas, em Novembro do ano passado e sob instigaçom estadounidense, votava a resoluçom 1752, que abria a porta à intervençom etíope que lhes levava de novo o terror e a anarquia dos que acabavam de se liberar.? (11)

Em Março de 2007 chegam a Mogadiscio tropas ugandesas, uns 1.500 soldados (ainda que a Uniom Africana tem previsto enviar 8.000 efectivos), com o intuito de substituir às tropas etíopes, às que a populaçom somali odeia profundamente. Os motivos deste odeio explica-os um funcionário da Uniom Europeia, que declarava ao chefe da delegaçom europeia para Somália que ?forças militares etíopes e somalis nesse país podem cometer crimes de guerra e que os países doadores poderiam ser considerados cúmplices se nom fam nada por detê-las. Tenho informar-lhe que existem motivos concretos para achar que o governo etíope e o governo federal transitório de Somália e o comandante da Força (de manutençom da paz) da Uniom Africana, possivelmente também incluindo ao Chefe de Missom da Uniom Africana e outros funcionários da Uniom Africana ham, mediante comissom ou omissom, violado o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional,? (12)

Um relatório do Escritório de Coordenaçom de Assuntos Humanitários da ONU assinala uns meses mais tarde que "o TFG e as forças etíopes ham levado a cabo rastejamentos casa por casa e detençons arbitrárias. Chegaram-nos relatórios de civis rodeados e executados, incluídos casos de homens aos que se lhes degolou como castigo colectivo", sublinha. "Estes actos barbáricos som umha grave violaçom do Direito Internacional Humanitário". (13)

Em Maio de 2008 um relatório de Amnistia Internacional indica que "as execuçons extra-judiciais de civis a maos de soldados etíopes cresceram de forma marcada" (14). Também se recolhe o testemunho de umha mulher violada trás tirar-lhe os olhos ao seu irmao, de violaçons em série e mortos degolados. Michelhe Kagari, subdirectora do Programa Regional para a África de Amnistia Internacional assinala que ?em Somália, a populaçom sofre homicídios, violaçons e torturas; os saqueios som um fenómeno generalizado, e destroem-se vizinhanças inteiras? (15). Amnistia Internacional insiste nos seus escritos em que os etíopes ?matam como a cabras? à populaçom civil somali e documenta numerosos casos de assassinatos de somalis polas tropas etíopes, como o de que ?soldados etíopes lhe talhárom a garganta a umha criança pequena diante da sua mae?.

entante especial de Naçons Unidas para Somália, Ahmedou Ould Abdalá, declarará mais tarde que "está em curso um genocídio sem nome e ignorado, que está a sacrificar umha geraçom inteira". (16)

A finais de 2007, Mogadiscio é tam só um campo de batalha: "Milhares de pessoas estám a fugir. A situaçom é desesperada para os civis, devido a que ambos os bandos utilizam artilharia de maneira indiscriminada, tal como sucedeu durante os encarnizados combates de Março passado (...) umha multidom irritada incendiou a esquadra de Hawlwadag, depois que os milicianos islâmicos capturassem-na e liberassem aos presos", assinala umha testemunha presencial. (17)

"Seis dos 17 distritos estám praticamente desertos devido à insegurança e as evacuaçons forçadas. A destruiçom de casas e infra-estrutura é quase total", segundo o Escritório de Coordenaçom de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA). (18)

O ano 2008 conhece importantes avanços islamitas, com a tomada de algumhas cidades importantes. Os EEUU seguem com os seus bombardeios sobre populaçom civil: um jornalista de AP recolhe este testemunho de umha criança de 13 anos: "O ataque estadounidense matou o meu irmao, a minha irmá e a minha avó. Somos refugiados e fugimos de Mogadiscio. Desde quando nos convertemos em terroristas?" (19). Produzem-se várias manifestaçons contra os bombardeios aos berros de "Abaixo o governo de Bush" e "Abaixo os seus fantoches".

A finais de 2008 a situaçom fai-se insustentável. Um relatório de Humhan Rights Watch di que ?Dous anos de guerra sem restriçons e de violentos abusos dos direitos humanos tenhem contribuído a gerar umha crise humanitária que piora cada dia e que nom recebe as respostas adequadas. Desde Janeiro de 2007, ao menos 870.000 civis escapárom do caos tam só de Mogadiscio, as duas terceiras partes da populaçom da cidade? As necessidades humanitárias de Somália som enormes. As organizaçons humanitárias estimam que mais de 3,25 milhons de somalis -por volta de 40% da populaçom do centro e do sul de Somália- encontravam-se já em situaçom de desesperada necessidade a finais de 2008... As milícias, que campam sem render contas a ninguém, roubárom, tenhem assassinado e violado às pessoas deslocadas nas estradas do sul que vam para Kenia. Centos de somalis afogárom-se neste ano em tentativas desesperados de cruzar em lancha o Golfo de Aden para chegar a Iémene. (20)

Em Janeiro de 2009 retiram-se as forças etíopes, e som substituídos por soldados de Uganda e Burundi. EEUU segue armando ao governo somali: desde a toma do poder por Obama, recebêrom-se 80 milhons de toneladas em armas, apesar de que os proíbem os acordos internacionais.

Em Maio os islamitas controlam 60% de Mogadiscio. O governo só controla umha mínima parte da capital, e isso graças à forças estrangeiras. Em meados de 2011, no meio da maior crise humanitária, os EEUU renovam os bombardeios com avions nom tripulados. Na actualidade, superou-se o milhom de mortos em conseqüência dos confrontos armados desde 1990.

(5) GUERRA Y EXPOLIO: EL TERRORISMO COMO EXCUSA Y LA AYUDA HUMANITARIA COMO CAMUFLAJE-21/2/2007 REBELION, ESPAÑA 210207 Alfredo Embid -Boletín armas contra las guerras nº 142
(6) GUERRA Y EXPOLIO: EL TERRORISMO COMO EXCUSA Y LA AYUDA HUMANITARIA COMO CAMUFLAJE-21/2/2007 REBELION, ESPAÑA 210207 Alfredo Embid -Boletín armas contra las guerras nº 142
(7) SISTEMA IMPERIAL: JERARQUÍAS, REDES Y CLIENTES -EL CASO DE SOMALIA-28/2/2007 REBELION, ESPAÑA 280207 -James Petras ?
(8) EL FRACASO DE LA CIA EN SOMALIA -12/7/2006 REBELION, ESPAÑA 120706 -Revista Amanecer
(9) SISTEMA IMPERIAL: JERARQUÍAS, REDES Y CLIENTES -EL CASO DE SOMALIA-28/2/2007 REBELION, ESPAÑA 280207 -James Petras
(10) SISTEMA IMPERIAL: JERARQUÍAS, REDES Y CLIENTES -EL CASO DE SOMALIA-28/2/2007 REBELION, ESPAÑA 280207 -James Petras
(11) ÉSTA NO ES UNA GUERRA ENTRE ETIOPÍA Y SOMALIA-17/1/2007 REBELION, ESPAÑA 170107 Muhamad Hasan -Workers Party of Belgium
(12) LA OTRA GUERRA (OCULTA) POR EL PETRÓLEO-9/5/2007 REBELION, ESPAÑA 090507 -Carl Boliche ?Zmag
(13) SIGUE EL CAMINO AL INFIERNO DE IRAK-22/12/2007 PUBLICO, ESPAÑA AFP/José CendónISABEL COELLO - MADRID - 22/12/2007 13:11
(14) UN PAÍS FUERA DE CONTROL-7/5/2008 EL PAIS, ESPAÑA PERE RUSIÑOL - Madrid - 07/05/2008.
(15) AMNISTIA RECONOCE QUE EL CAOS SE AGRAVÓ CON EL DERROCAMIENTO DE LOS ISLAMISTAS PROMOVIDO POR OCCIDENTE-14/5/2008 REBELION, ESPAÑA 140508 Amnistía Internacional.
(16) NACIONES UNIDAS: DENUNCIAN UN GENOCIDIO IGNORADO EN SOMALIA-22/12/2008 ARGENPRESS 221208
(17) MILES DE PERSONAS HUYEN DE MOGADISCIO POR CULPA DE LOS COMBATES-29/10/2007 LA VANGUARDIA, ESPAÑA 291007
(18) SIGUE EL CAMINO AL INFIERNO DE IRAK-22/12/2007 PUBLICO, ESPAÑA AFP/José CendónISABEL COELLO - MADRID - 22/12/2007 13:11
(19) PROTESTA POR BOMBARDEO ESTADOUNIDENSE-5/5/2008 GRANMA, CUBA 050508.
(20) OTRA CATÁSTROFE PATROCINADA POR ESTADOS UNIDOS-25/2/2009 REBELION, ESPAÑA 250209 -Len Wengraf -Global Research

20-08-2011

  11:31:29, por Corral   , 1129 palavras  
Categorias: Dezires

CANTA O MERLO: Somália, o outro genocídio ianqui - NOM É A SECA, É O IMPERALISMO (II)

Miguel Giribets
Rebelión

Da independência à crise de 1990

Somália fai-se independente em 1960. Desde o princípio, a URSS ajudou ao país. As décadas dos anos 60 e 70 fôrom os melhores anos para os somalis: as condiçons sociais, a sanidade e o ensino alcançárom níveis mais que aceitáveis. A agricultura e gadaria alcançaram um nível tal que faziam de Somália num país auto-suficiente para alimentar à sua populaçom.

Os problemas começaram em 1977 polos confrontos com a sua vizinha Etiópia. As autoridades somalis pretenderam anexionar-se a regiom etíope de Ogadem, de maioria de populaçom somali, e atacaram a Etiópia. Naquele momento, Etiópia era um país que marchava para o Socialismo, com o apoio soviético. A URSS intervéu e alcançárom um acordo de paz, mas Somália nom o respeitou, persistiu na sua agressom aos etíopes e passou ao bando imperialista. umha vista informal de Kissinger a Mogadiscio selou as novas relaçons do país com os EEUU.

Com a viragem para Ocidente, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial entrárom em Somália para saquear o país:

- Impom-lhe fortes desvalorizaçons da moeda nacional, com os que a dívida externa engorda-se até níveis insustentável e a dependência financeira dos bancos ocidentais fai-se asfixiante. De 1981 a 1990 a dívida externa se mais que duplicou, passando de 1.000 milhons de dólares a 2.300 milhons. Na actualidade, a dívida é de 3.000 milhons de dólares; nom é maior porque ao nom haver um Estado as entidades financeiras ocidentais nom prestam dinheiro, polas dificuldades de recuperá-lo.

- Impom-lhe a importaçom de alimentos -como fizérom com o resto dos países do Terceiro Mundo-, com o que se destrói a agricultura e a gadaria locais, base de subsistência da populaçom.

- Aplicam-se as "leis de mercado", que consistem em reduzir o gasto sanitário em 78% do 1975 a 1989, o de educaçom em 82 dólares/ano/criança em 1982 a 2 dólares/ano/criança em 1986, etc., etc. Face a todo isso, Somália comprou a EEUU nos anos 80 armas por valor de 200 milhons de dólares.

Os programas de ajustes traem o desemprego, a liquidaçom dos subsídios à agricultura, a liquidaçom do gasto social, salários de miséria, esmagamento dos direitos laborais e pobreza generalizada.

Ante a destruiçom da economia somali, começa a chegar ajuda humanitária. Mas os funcionários e militares corruptos apropriaram-se de 80% da ajuda alimentaria nestes anos.

As condiçons de vida da populaçom caem em picado. Em 1991, a luta armada dos diferentes clans derroca ao governo. Mas o país cai em maos destes chefes de clans e tribos, em lutas contínuas entre eles.

Em 1991 a regiom nortenha de Somalilandia autoconstitui-se em país independente. Outra regiom, Puntland segue os seus passos a partir de 1998, ainda que sem declaraçom formal de independência. Estas duas regions desfrutam de umha certa estabilidade, entre outras cousas porque, ao nom ser países reconhecidos internacionalmente, nem o FMI nem o Banco Mundial haver desembarcado neles para lhes criar dívida externa nem outras dependências financeiras.

Somalilandia tem uns 2 milhons de pessoas maioritariamente do clam dos Issaqs e proclamou umha Constituiçom em 1997. Mantém certa actividade comercial através do porto de Berbera. Compreende quase a metade norte do país. Puntland estrutura-se em torno do clam dos Majestins. Compreende parte-a noroeste do país. O resto de Somália, quase 60% do território, fica em maos dos diversos clans e tribos, que se mantenhem em luta contínua.

Intervençom norte-americana 1992-1993

A intervençom norte-americana tem lugar entre 1992 e 1993, junto com diversas tropas da ONU que permanecêrom até 1995.

A invasom fai-se contodo luxo de meios: foi retransmitida em directo polas cadeias de televisom. Era um Hollywood facto realidade, ainda que acabou em tragédia porque a populaçom opom-se com as armas à intervençom estrangeira. Mais de umha centena de capacetes azuis morrêrom nestes anos. O caso mais conhecido produziu-se em Outubro de 1993, quando 18 soldados norte-americanos mortos fôrom arrastados polas ruas de Mogadiscio e as imagens percorrêrom todo mundo. Pouco a pouco dias, os estadounidenses abandonavam o país.

Chamava-se a operaçom "restaurar a esperança", aprovada polo Conselho de Segurança da ONU, e foi realizada no meio de umha seca e umha fame preta generalizadas. Em 1992 morreram de fame umhas 300.000 pessoas. Como explica Chomsky ?...enquanto o conflito seguia activa a fame era terrível, a populaçom morria e produziam-se muitas mortes, EE.UU. simplesmente mantivérom-se à margem sem mostrar-se dispostos a fazer nada a respeito disso. Quando a luta diminuiu, quando parecia que ia produzir-se umha boa colheita e havia consideráveis possibilidades de que acabasse a fame, e quando a Cruz Vermelha e outras organizaçons eficazes estavam a fornecer comida, nesse momento a EE.UU. entraram no país realizando umha demonstraçom de força e umha enorme operaçom de relaçons públicas, esperando receber ao menos umha enorme publicidade favorável pola sua intervençom". (3)

Fala-se muito dos 18 soldados norte-americanos. Mas fala-se menos dos 10.000 mortos -homens, mulheres e crianças-, muitos deles tirados polas ruas de Mogadiscio e milhares de torturados e desaparecidos a maos dos capacetes azuis.

A actuaçom dos capacetes azuis Somália foi inqualificável, como também vimos noutros muitos lugares do Terceiro Mundo. Em Abril de 1997 publicaram-se várias fotos que ilustram a actuaçom dos capacetes azuis belgas em 1993. Entre outras, apresentavam estas cenas:

* um soldado mejando sobre um somali morto, com a bota sobre o pescoço do falecido.

* um somali no chao, agarrado polo cabelo e a roupa, com um fuzil no pescoço; foi assassinado a seguir, segundo a imprensa belga.

* um soldado mejando sobre umha tumba somali.

* um adolescente crivado a balázios.

* dous soldados sustenhem a umha criança somali sobre umha fogueira; a criança se debate para nom morrer queimado.

* um soldado obriga a umha criança somali a beber água com sal depois de que lhe obrigou a comer-se os seus próprios vómitos.

* obrigam a um rapaz muçulmano a comer carne de porco (proibida pola sua religiom) misturada com água salgada, atam-lhe a um tanque e ponhem-no em marcha.

* morre um rapaz encerrado num contentor metálico baixo o sol.

* vários soldados celebram os aniversários de um deles violando a umha rapariga.

As tropas italianas também nom ficaram à zaga. umha série de fotos também ilustra acçons como estas:

* fotografias com torturas, violaçons e assassinatos de civis.

* umha violaçom. "A mulher chorava, revolvia-se e gritava, mas estávamos em grupo, excitados, e queríamos divertir-nos", declarou um dos estupradores (4).

* uns soldados com cabos nas maos, com os que vam a ?picanear? nos testículos a um somali.

* lançamento de granadas sobre veículos onde iam só civis; "tiravam ao branco só para se divertir", declarárom os soldados.

* assassinato de um velho a pontapés.

* umha mulher atada à que se lhe introduz umha bomba coberta de marmelada pola vagina, "para divertir-nos".

* ao menos 10 prisioneiros somalis morreram por causa das torturas, segundo consta no diário de um soldado italiano.

Também se conhecem atrocidades dos capacetes azuis do Canadá.

(3) GUERRA Y EXPOLIO: EL TERRORISMO COMO EXCUSA Y LA AYUDA HUMANITARIA COMO CAMUFLAJE-21/2/2007 REBELION, ESPAÑA 210207 Alfredo Embid -Boletín armas contra las guerras nº 142

(4) ACUSAN A TROPAS ITALIANAS DE TORTURAR A SOMALIES-14/6/1997 CLARIN, ARGENTINA 140697

  00:44:13, por Corral   , 210 palavras  
Categorias: Dezires

CANTA O MERLO: Reclamam que se proceda à detençom e ingresso em prisom sem fiança" de Joseph Ratzinger, o chefe da seita internacional de pedófilos

Oficializa-se a denúncia para que detenham ao Papa por encobridor de pedófilos

Insurgente.org

Umha dúzia de organizaçons feministas e de homossexuais do País Basco tenhem apresentado umha denúncia contra o Papa Benedito XVI, na que solicitam a sua detençom "em território espanhol" por "encobrimento de pedófilos de jeito sistemático e organizado".

Comenta a denúncia, registada o passado dia 11 ante o Julgado de Guarda de Sam Sebastiam, alude aos casos de pederastia ocorrido no seio da Igreja católica e lembra que "nom existe imunidade dos chefes de Estado sobre actos que representem crimes de lesa humanidade".

O texto lembra que "qualquer tribunal pode exercer a jurisdiçom universal" sobre delitos como "os actos generalizados de tortura, abusos sexuais e encobrimento dos mesmos, apologia da misoginia e a homofobia e perseguiçom por motivos políticos, étnicos, de género ou de orientaçom sexual".

O escrito exige às instituiçons públicas que a Igreja católica "deixe de receber dinheiro público, que aos seus agentes nom se lhes permita achegar aos menores de idade, e que a sua hierarquia seja investigada por possíveis crimes contra a humanidade".

Finalmente, a denúncia reclama que se proceda à detençom e ingresso em prisom sem fiança" de Joseph Ratzinger "até a celebraçom do julgamento onde se dite sentença conforme proceda em Direito".

19-08-2011

  16:41:39, por Corral   , 836 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Somália, o outro genocídio ianqui - NOM É A SECA, É O IMPERALISMO (I)

Miguel Giribets
Rebelión

Somália tem umha populaçom de uns 10 milhons de pessoas. 98% é da mesma etnia e a mesma religiom (muçulmana sunita). Isto deveria ser umha boa base para dar coesom e constituir um país, a diferença da maioria de países africanos, onde se aproveitou a diversidade multi étnica e/ou multirreligiosa para enfrontar à sua populaçom e saquear as suas riquezas. Nom foi assim: o factor que dividiu é a existência de 10 tribos e múltiplos clans e sub-clans.

Os somalis vivem no país mais pobre do mundo depois de Niger e Serra Leoa, segundo o Programa de Naçons Unidas para o Desenvolvimento. Na actualidade, 87% da populaçom é analfabeta e 85% das crianças em idade escolar nom vam ao colégio. A esperança de vida de 47 anos; um de cada 10 crianças morre ao nascer e 25% das crianças que sobrevivem morrem antes de cumprir 5 anos. Somália tem umha das piores taxas de mortalidade infantil do mundo: 117.7 crianças por cada 1.000. As causas de morte das crianças som a desnutriçom e a diarreia.

Segundo dados de Outubro de 2007, a taxa de mal nutriçom estava em 17%, dous pontos por sobre do que se considera como catástrofe humanitária; 20% dos menores de 5 anos sofriam mal nutriçom em 10 regions. Agora a situaçom é muito pior.

Há um médico por cada 100.000 habitantes e algumhas gentes ham de percorrer 700 km para encontrar ao médico mais próximo. Nom há Ministério de Sanidade, os 45 hospitais do país som privados. Em conseqüência, quase a totalidade da populaçom carece de um sistema público de saúde. Há 3 companhias de telefones privadas e vários hotéis de luxo, com guarda-costas privados.

A tentativa de formar umha polícia em 1998 fracassou. Tratava-se de treinar a 3.000 homens, mas como nom cobravam, foram desertando até que nom ficou nem sinal do corpo policial.

43% da populaçom vive com menos de 1 euro ao dia. Os bilhetes nom os emite o Banco Central, que desapareceu em 1991. Os bilhetes som feitos polos empresários locais e imprimem-se no Canadá. Nesta situaçom, a tentaçom de imprimir bilhetes falsos é demasiado forte; com isso, contribui-se a disparar a inflaçom e a miséria das gentes de Somália. O primeiro banco desde 1991 abriu-se em 1997: ao Barakaat, ainda que de 300 empregados, 100 som guarda-costas armados, pois nom há segurança pública. Em 2001 este banco era o grupo financeiro mais importante do país, com sucursais em 40 países. Mas os norte-americanos -a quem já lhes vai se bem que este país nom levante cabeça-, nom podiam consenti-lo: em Novembro de 2001, Bush declara que este banco é ?amigo de Bin Laden? e congela os bens do banco em EEUU; é um golpe durismo à reconstruçom económica de Somália, pois, por exemplo, 80% da populaçom recebe dinheiro das remessas que chegam do estrangeiro através deste banco, entre 700 a 1.000 milhons de dólares cada ano, e agora isto já nom será possível; esta é um das maiores fontes de ingressos do país.

Também por estas datas os EEUU cortaram o acesso a internet desde Somália, acusando às duas companhias que o comercializavam de pertencer à o Qaeda.

As exportaçons de cabras, ovelhas e camelos eram 80% do total das exportaçons totais. Mas estám proibidas por motivos sanitários, ainda que o problema solucionar-se-ia facilmente com vacinaçons e controlos veterinários.


Mas... Somália é um pais muito rico

Conta com grandes reservas de gás e petróleo; em 1986 o governo concedeu a 4 grandes corporaçons a permissom para a extracçom de cru: Conoco, Amoco, Chevron e Philhips, que controlavam 75% dos campos petrolíferos.

Ademais, tem reservas de urânio, ferro, estanho, bauxita, cobre e sal.

... e com um grande valor estratégico

Por Somália passa o trânsito de mercadorias do Mar Vermelho, 13% do trânsito marítimo mundial, que inclui o petróleo de Oriente Meio. Por isso, havia que evitar as influências ?perigosas? (soviéticas numha época, chinesas na actualidade), ainda que para isso haja que despedaçar um país e condenar à morte por fame a grande parte da sua populaçom.

Já em 1991 o general Schwarzkopf que na época era nada menos que o chefe do estado maior para o sudeste asiático apresentou um relatório ao senado onde dizia: "o estreito estratégico do mar vermelho é o centro dos interesses de EEUU aí onde convergem África e Ásia. O estreito será cada vez mais importante devido ao acrescentamento das capacidades de tratamento e de exportaçom de Árabia cujo petróleo deverá passar no seu maior parte polo já que os super-petroleros som demasiado grandes para o canal de Suez." (1)

Também Israel tem interesses estratégicos. ?Israel tem o projecto de prolongar o oleoduto Bakú, Acerbaixám-Cehyan,Turquia, que se inaugurou justamente ao começo da guerra do Líbano, e de converter numha auto-estrada energética conectando-o com o já existente oleoduto Trans-Israel que cruza o país e acaba no mar Vermelho. E Somália está justamente na saída e entrada do mar Vermelho o que lhe outorga umha importância geo-estratégica evidente.? (2)

(1) GUERRA Y EXPOLIO: EL TERRORISMO COMO EXCUSA Y LA AYUDA HUMANITARIA COMO CAMUFLAJE-21/2/2007 REBELION, ESPAÑA 210207 Alfredo Embid -Boletín armas contra las guerras nº 142
(2) GUERRA Y EXPOLIO: EL TERRORISMO COMO EXCUSA Y LA AYUDA HUMANITARIA COMO CAMUFLAJE-21/2/2007 REBELION, ESPAÑA 210207 Alfredo Embid -Boletín armas contra las guerras nº 142

18-08-2011

  12:41:38, por Corral   , 735 palavras  
Categorias: Dezires

CANTA O MERLO: O Estado vaticano, que produz? De que caralho se mantem a Monarquia sacerdotal?

Qual é o tecido produtivo desse país que se chama Vaticano?


Ramón Pedregal Casanova
Rebeliom

A organizaçom social cria-se a partir da forma de apropriaçom da riqueza, e o lugar ocupado por qualquer nessa organizaçom social estabelece-lhe umha relaçom de classe com quem se fai dono da riqueza. Essa forma de vinculaçom é o determinante para ver o mundo e interpretá-lo.

O Estado católico absoluto, cumprindo com o seu ideário, nom produz nada, e sustém-se, a sua caste vive, do que saqueia às gentes que confiam a sua vida ao medo, à superstiçom que denominam ?fé?, que lhes causam os chefes católicos, medo que programam desde séculos atrás. Mas também no tempo em que as ciências industriosas organizam à classe trabalhadora para produzir mais-valia os bruxos estám cravados no Estado espanhol mordendo as suas artérias, e delas tiram-nos, por essas mordidas, mais de 10.000.000.000 milhons de euros (mais de dez mil milhons de euros) ao ano.

As tubagem das que os pobres levam uns poucos litros de gasolina em países da África, acabam estalando e causam a morte de quem se quisseram procurar algum bem com o que paliar a sua calamidade.

O caso católico nom é o das pobres gentes às que o capitalismo e o imperialismo destrói a sua existência, o caso católico é o da aliança dos bruxos, os anticientífico medievais, os da programaçom da submissom e a ignorância negadora do conhecimento, com a grande burguesia, que fai muito deixou de aspirar às mudanças sociais, para tratar de travar por todos os médios que as contradiçons do sistema partilhado fagam-no explorar e a explosom social lhos leve por diante. A dirigencia católica nom abre feridas as artérias, senom que se incrusta nelas na cabeça mesma do Estado, ali onde a artéria leva mais rega. Na sua aliança com o aparelho do Estado, antes fascista e agora com outra aparência e em continuidade, e previsto está que seja por selecçom de espermatozoide, obtém mais dinheiro e médios que naqueles outros tempos. Um Estado parasito dentro do Estado espanhol.

Dizia ao começo que a organizaçom social cria-se a partir da forma de apropriaçom da riqueza, e o lugar ocupado nessa organizaçom estabelece umha relaçom de classe com quem se fai dono da riqueza obtida. Essa forma de vinculaçom é o determinante para ver o mundo e interpretá-lo. No caso do país Vaticano, criado num acordo do Papa com Mussolini pola sua prestaçom de cobertura, nom há tecido produtivo, até a elaboraçom das hóstias sacras ham-na deslocalizado, em cada sítio onde estám fam as suas, ainda sendo ou parecendo tam importante um objecto simbólico como a hóstia sacra.

Como a sua forma de apropriaçom da riqueza é a partir de outros, (os governantes do Estado espanhol), a sua visom do mundo corresponde a essa relaçom económica na que fora do núcleo só deve haver súbditos, em troques os chefes da seita prometem, como tantas seitas, aos membros de todas o seu escalas um porvir afortunado. Enquanto, calam a denúncia do seu Estado parasito Paraíso Fiscal, porto seguro para as máfias do trânsito de armas, do trânsito de drogas, de todos os trânsitos que como lepra atacam e atacam aos trabalhadores do mundo, por exemplo , nom pagam impostos. O Paraíso Fiscal Vaticano, com o seu Banco Central que se denomina Instituto para a Obra da Religiom , está na lista de paraísos fiscais com as Ilhas Jersey, e, de Man, Gibraltar, Mónaco, Luxemburgo, Suíça, Liechtenstein, Malta, Chipre, Andorra, Guenesey, Sark, e, Aldemey. A metade do comércio mundial passa polos paraísos fiscais, entre eles o do Vaticano, e, com só 0,5% de incremento anual dos ingressos dos activos depositados nos paraísos fiscais poderiam-se financiar os objectivos de desenvolvimento do Milénio da ONU para 2015.

Agora vem o chefe de Estado desse Paraíso Fiscal a se passear polas ruas de Madrid e a reunir-se com quem lhe entregam o dinheiro, o demais é aparato. O governo PePePsoe da Câmara municipal de Madrid, como requer o Paraíso Fiscal Vaticano, coloca 200 confessionários no centro de Madrid e suspende os transportes sociais. A ideia de cidade com mando medieval, por sobre da ideia de cidade moderna que partilha médios. A caste privilegiada pola superstiçom impom-se aos direitos cidadaos. Essa é a sua visom do mundo, visom obtida da sua forma de obter o dinheiro para a sua subsistência como Estado improdutivo e parasito, bruxaría por enriba da razom. Os cidadaos de hoje temos opiniom formada.

17-08-2011

  22:27:03, por Corral   , 302 palavras  
Categorias: Palavra

CANTA O MERLO: Um conto do século XIX, ainda válido hoje

Gentes beatas

Coberta de farrapos e case descalça, a meninha entrou na igreja a se abrigar do frio.

Celebrava-se umha novena que um devoto custeava à Virgem por atender à súplica que lhe dirigiu para que gelasse fortemente, pois de outro modo nom poderia patinar, e o templo estava como umha áscua de ouro.

Enlevou-se a meninha com a imagem da Mae de Deus, que ostentava um manto de riquíssimo veludo cheio de brilhantes, e, lembrando conselhos maternais, caiu de joelhos, cruzou as maos e pediu-lhe um fato de sobretodo.

Fixou-se nela umha elegante senhora que, acompanhada do seu esposo, chegava enchida de fé a rogar polo logo regresso do seu amante, e ordenou indignada a um coroinha que a chimpasse do templo, nom só polo nojo que produzia, senom para evitar que roubasse algo.

Cumpriu o acólito com zelo sem igual o mandato piedoso, e a meninha foi arrojada à rua quando começava a escurecer.

Refugiou-se chorando no quício de umha porta, e ao cabo de umha hora acertou a passar ao seu carom umha senhora grosa, que se fixou nela, e, ao ver que era guapa,levou-na à sua casa, pensando num cavaleiro com quem falara aquela manhá.

E ao se ver ao dia seguinte com um fato novo, bem calçada e perfumada, a meninha caiu novamente de joelhos e cruzou as maos para dar graças à Virgem pola eficácia com que a atendeu; postura na que a surpreendeu um cavaleiro que entrou no seu gabinete, adornado com imagens de María Santíssima e do seu esposo; cavaleiro que fechou a porta e sentou-na sobre os seus joelhos. E ao fixar-se a meninha nele, reconheceu ao católico esposo da católica senhora que mandara a tarde anterior botar do templo católico, onde nom há pobres nem ricos, senom irmaos no Senhor.

José Nakens

  21:26:26, por Corral   , 771 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: EEUU e a sua política de matar de fame a Somália

As "outras guerras" de EEUU matam a mais gente que as do Afeganistám, Paquistám e Iraque

Glen Ford
BlackAgendaReport

Morre mais gente devido aos ataques militares e económicos de EEUU em lugares como Somália e Congo que nas guerras mais conhecidas do império estadounidense. Estas "outras guerras" acabam com "centos de milhares "milhons" de vidas, e deram lugar, ou contribuíram, às duas piores crises humanitárias da África durante o últimos quatro anos." O anúncio do presidente Obama de doar 105 milhons de dólares a Somália é só umha cínica distracçom do feito de que EEUU usa os alimentos como umha arma de guerra.

"As agências internacionais de ajuda temem as represálias dos estadounidenses se distribuem comida no território controlado por Shabab".

O 20 de Agosto, a Coligaçom pola Justiça Social, a Paz e as Reparaçons Black is Back, convocou a um Dia Internacional de Acçom contra as "outras guerras". A primeira pergunta da gente é: a que te referes com "outras guerras"" Qualquer explicaçom deve incluir a guerra de EEUU contra Somália, como parte de um projecto estadounidense para militarizar e dominar o Corno da África.

Trata de umha guerra nom declarada, como todas as "outras guerras" de EEUU "aquelas que o movimento antiguerra de EEUU, dominado polos brancos da velha guarda, nom sente que tenham a categoria suficiente para incluí-las na sua lista de guerras-. Contodo, estas guerras acabam com centos de milhares "milhons" de vidas, e deram lugar, ou contribuíram, às duas piores crises humanitárias na África durante o últimos quatro anos. EEUU roubou nom só as vidas do povo de Somália, senom também a sua soberania sobre a sua terra natal. Se isso nom é umha guerra, entom a palavra mesma carece de significado.

Somália tivo algo parecido à paz, e um governo para proteger a paz, por um muito breve período de tempo antes de que EEUU instigara e armasse umha invasom etíope do país, a finais de 2006. Esmagárom e dispersárom o governo islamita "chamado os Tribunais Islâmicos" cuja rama mais nova, Shabab, organizou entom umha resistência de guerrilhas. Case de maneira imediata, o país viu-se mergulhado no que as Naçons Unidas chamárom "a pior crise humanitária da África." Os estadounidenses usárom soldados estrangeiros de Uganda e Burundi, os seus Estados clientes na África, para apontoar um lamentável e fraudulento mini-Estado na capital, Mogadisicio. Incapaz de controlar as zonas rurais, e mesmo a maior parte da capital, EEUU fixo entom mui difícil para os provedores de ajuda alimentaria estrangeira que chegassem à gente nas zonas controladas por Shabab. Isto preparou o cenário para a seguinte grande crise humanitária, quando a pior seca do últimos sessenta anos golpeou à maior parte do Corno da África, ameaçando a vida de dezenas de milhons de pessoas em Somália, Kenia, Etiópia e Xibutí. Mas os somalis eram os mais expostos, porque as agências internacionais de ajuda temiam as represálias dos estadounidenses se distribuíam comida no território controlado por Shabab.

"Os 105 milhons de dólares de Obama som menos da metade da assistência que EEUU envio em 2008."

Agora o presidente Obama anunciou, aos quatro ventos, que EEUU enviará 105 milhons de dólares para alimentar aos somalis, onde quer que estejam a passar fame. Mas muitas agências de ajuda nom se acham que EEUU vá a sério quando di que vai deixar de usar os alimentos como umha arma de guerra, e som reticentes a retomar a distribuiçom de alimentos. E os 105 milhons de dólares de Obama som menos da metade da assistência que EEUU envio em 2008, depois da primeira crise humanitária de fabricaçom estadounidense. Deste modo, dezenas de milhons de pessoas continuárom morrendo de fame, e polos ataques dos drones e as Forças Especiais de EEUU, na sua guerra contra Shabab.

Seis milhons de pessoas morrêrom no Congo, devido às guerras dos agentes de EEUU. A soberania e a dignidade de Haiti foram usurpadas pola força das armas de EEUU. Colômbia ocupa o primeiro lugar do ranking em número de pessoas deslocadas "a maioria delas indígenas e afro colombianas" como resultado da colonizaçom do país por EEUU. As "outras guerras" de EEUU som, aliás, mais destrutivas para a vida humana que os conflitos reconhecidos do Afeganistám, Paquistám e Iraque. Já que Obama declara que nom está em guerra com Líbia, talvez também lhe a poderia qualificar como umha das "outras guerras."

O Dia de Acçom da Coligaçom Black is Back de 20 de Agosto celebrará-se nas cidades de todo EEUU e no estrangeiro. Em Nova Iorque terá lugar umha jornada educativa na igreja de Santa Maria, em Harlem. Informa-te e tomada consciência das muitas e simultâneas guerras de EEUU contra a humanidade: as "outras guerras."

Fonte: http://www.blackagendareport.com/content/starving-Somália-us-%E2%80%9Cother-wars%E2%80%9D-kill-more-afghanistan-pakistan-and-iraq

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