27-05-2011

  01:10:43, por Corral   , 701 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Interesses do Saqueio e Genocidio em Líbia-A Guerra Petroleira

A Guerra Petroleira

Por Manlio Dinucci - Global Research

As estratégias da guerra económica detrás do ataque contra Líbia

Já se começou a invadir Líbia, ainda que se diga o contrário. A guerra foi preparada polas unidades de assalto, as quais efectuam operaçons desde há já tempo: essas unidades vam a favor das companhias petroleiras potentes e dos bancos de investimentos estadounidenses e europeus.

Quais som os interesses em jogo? A resposta a esta questom aparece num artigo do Wall Street Journal, jornal famoso de assuntos e finanças (For West's Gil Firms, No Love in Libya). Depois da aboliçom das sançons em 2003, as companhias petroleiras ocidentais tenhem afluído com grandes esperanças mas ficárom decepcionadas.

A partir de um sistema conhecido baixo o nome de Epsa-4, o governo líbio concedia licenças de exploraçom às companhias estrangeiras que deixavam à companhia estatal (National Oil Corporation of Libya, Noc) a percentagem mais elevada de petróleo extraído: dada concorrência, esta percentagem chegava a alcançar 90%. "A escala mundial, os contratos Epsa-4 eram os que continham as regras mais duras para as companhias petroleiras", dixo Bob Fryklund, o antigo presidente da sociedade estadounidense Conoco Phillips em Líbia.

Os motivos polos quais se criou a "Libyan Oil Company" -operaçom decidido em Washington, Londres, Paris e nom em Bengazi- polo Conselho nacional de transiçom, aparecem claramente: esta companhia involucra um vazio semelhante a umha das sociedades que chave em mao esstám listas para os que investem em paraísos fiscais. Está destinada a substituir a Noc em canto os "voluntários" tenham controladas as zonas petrolíferas. Terá como missom conceder licenças com condiçons mais que favoráveis às companhias estadounidenses, britânicas e francesas. Contodo, as companhias que, antes da guerra, eram as principais produtoras de petróleo em Líbia, ver-se-iam castigadas: delas, a primeira seria a Eni (Sociedade Nacional Italiana dos hidrocarburos, NdT) a qual pagou mil milhons de desbastares em 2007 para que estejam asseguradas as suas concessons até o 2042, logo em segundo largo viria a sociedade alemám Wintershall. As companhias russas e chinesas teriam umha sançom mais elevada devido ao acordo de 14 de Março (de 2011), com Gadafi quem prometera dar-lhes as concessons petroleiras que ia retirar às companhias europeias e estadounidenses. Os "voluntários" tenhem também previsto, no seu plano, a privatizaçom da companhia estatal que pensam impor polo Fundo Monetário Internacional a mudança de ajudas" para que se reconstruam as indústrias e infra-estruturas que destruíram os próprios "voluntários" com os seus bombardeios.

Aparece também de maneira clara a razom pola qual foi criada, em Bengazi, a "Central Bank of Libya". Trata-se de outro esvazio que se involucra e que ademais tem umha missom futura importante: a de gerir categoricamente os fundos soberanos líbios -mais de 150 mil milhons de dólares que o governo líbio havia investido no estrangeiro- quando estejam desbloqueados" polos Estados Unidos e polas mais grandes potências europeias. Pode-se demonstrar quem se encarregasse da gestom. O coloso bancário britânico Hsbc é o "guardiám" principal dos investimentos líbios "bloqueadas" em Reino Unido (um 25 mil milhons de euros): umha equipa de altos funcionários Hsbc está a trabalhar em Bengazi para pôr em marcha o novo "Central Bank of Libya". Resultasse umha tarefa fácil para Hsbc e outros grandes bancos de investimentos orientar os investimentos líbios em funçom das suas estratégias.

Um dos seus objectivos é afundar os organismos financeiros da Uniom Africana cujo nascimento foi possível em maior parte graças aos investimentos líbios: o Banco Africano de investimentos, com a seu escritório central em Trípoli; o Banco Central Africano, com escritório central em Abuja (Nigéria); o Fundo monetário Africano, com escritório central em Yaoundé (Camerún). Este último, que possui um capital programado a mais de 40 mil milhons de dólares, poderia suplantar na África ao Fundo monetário internacional, o qual dominou até agora as economias africanas abrindo as vias às multinacionais e aos bancos de investimentos estadounidenses e europeus. Ao atacar Líbia, os "voluntários" (1) tentam afundar aos organismos que poderiam actuar para que a autonomia financeira da África fosse algum dia possível.

(*)Manlio Dinucci é colaborador frequente de Global Research. Global Research Articles by Manlio Dinucci
Ediçom do domingo 1 de Maio de 2011 de il manifesto.
(1) O autor refere-se aqui à comunidade internacional.
Texto em francês : Derrière l'attaque contre a Libye lhes stratégies da guerre économique

  01:08:35, por Corral   , 95 palavras  
Categorias: Ossiam

CANTA O MERLO: Jeitos de se manifestar a TIRANIA

A Tirania tem dous jeitos de se manifestar;

por Ossiám

Interna, submetendo todos os poderes do Estado a um homem providencial, ou a um jogo parlamentar onde os eleitos nom tenhem obriga com os eleitores senom com quem lhe finança as campanhas (Bancos, Transnacionáis, Oligarquias, etc.)

Externa, que em nome do saber ou da técnica, exercerá em realidade o poder político, porque em nome de umha economia eficiente ditará a política monetária, orçamental, social, nacional e internacional, levando aos trabalhadores e cidadás à miséria e a precariedade, mentres os seus beneficiários (políticos, banqueiros, patrons) enriquecem-se.

24-05-2011

  11:49:31, por Corral   , 701 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Interesses do Saqueio e Genocidio em Líbia-A Guerra Petroleira

A Guerra Petroleira

Por Manlio Dinucci - Global Research

As estratégias da guerra económica detrás do ataque contra Líbia

Já se começou a invadir Líbia, ainda que se diga o contrário. A guerra foi preparada polas unidades de assalto, as quais efectuam operaçons desde há já tempo: essas unidades vam a favor das companhias petroleiras potentes e dos bancos de investimentos estadounidenses e europeus.

Quais som os interesses em jogo? A resposta a esta questom aparece num artigo do Wall Street Journal, jornal famoso de assuntos e finanças (For West's Gil Firms, No Love in Libya). Depois da aboliçom das sançons em 2003, as companhias petroleiras ocidentais tenhem afluído com grandes esperanças mas ficárom decepcionadas.

A partir de um sistema conhecido baixo o nome de Epsa-4, o governo líbio concedia licenças de exploraçom às companhias estrangeiras que deixavam à companhia estatal (National Oil Corporation of Libya, Noc) a percentagem mais elevada de petróleo extraído: dada concorrência, esta percentagem chegava a alcançar 90%. "A escala mundial, os contratos Epsa-4 eram os que continham as regras mais duras para as companhias petroleiras", dixo Bob Fryklund, o antigo presidente da sociedade estadounidense Conoco Phillips em Líbia.

Os motivos polos quais se criou a "Libyan Oil Company" -operaçom decidido em Washington, Londres, Paris e nom em Bengazi- polo Conselho nacional de transiçom, aparecem claramente: esta companhia involucra um vazio semelhante a umha das sociedades que chave em mao esstám listas para os que investem em paraísos fiscais. Está destinada a substituir a Noc em canto os "voluntários" tenham controladas as zonas petrolíferas. Terá como missom conceder licenças com condiçons mais que favoráveis às companhias estadounidenses, britânicas e francesas. Contodo, as companhias que, antes da guerra, eram as principais produtoras de petróleo em Líbia, ver-se-iam castigadas: delas, a primeira seria a Eni (Sociedade Nacional Italiana dos hidrocarburos, NdT) a qual pagou mil milhons de desbastares em 2007 para que estejam asseguradas as suas concessons até o 2042, logo em segundo largo viria a sociedade alemám Wintershall. As companhias russas e chinesas teriam umha sançom mais elevada devido ao acordo de 14 de Março (de 2011), com Gadafi quem prometera dar-lhes as concessons petroleiras que ia retirar às companhias europeias e estadounidenses. Os "voluntários" tenhem também previsto, no seu plano, a privatizaçom da companhia estatal que pensam impor polo Fundo Monetário Internacional a mudança de ajudas" para que se reconstruam as indústrias e infra-estruturas que destruíram os próprios "voluntários" com os seus bombardeios.

Aparece também de maneira clara a razom pola qual foi criada, em Bengazi, a "Central Bank of Libya". Trata-se de outro esvazio que se involucra e que ademais tem umha missom futura importante: a de gerir categoricamente os fundos soberanos líbios -mais de 150 mil milhons de dólares que o governo líbio havia investido no estrangeiro- quando estejam desbloqueados" polos Estados Unidos e polas mais grandes potências europeias. Pode-se demonstrar quem se encarregasse da gestom. O coloso bancário britânico Hsbc é o "guardiám" principal dos investimentos líbios "bloqueadas" em Reino Unido (um 25 mil milhons de euros): umha equipa de altos funcionários Hsbc está a trabalhar em Bengazi para pôr em marcha o novo "Central Bank of Libya". Resultasse umha tarefa fácil para Hsbc e outros grandes bancos de investimentos orientar os investimentos líbios em funçom das suas estratégias.

Um dos seus objectivos é afundar os organismos financeiros da Uniom Africana cujo nascimento foi possível em maior parte graças aos investimentos líbios: o Banco Africano de investimentos, com a seu escritório central em Trípoli; o Banco Central Africano, com escritório central em Abuja (Nigéria); o Fundo monetário Africano, com escritório central em Yaoundé (Camerún). Este último, que possui um capital programado a mais de 40 mil milhons de dólares, poderia suplantar na África ao Fundo monetário internacional, o qual dominou até agora as economias africanas abrindo as vias às multinacionais e aos bancos de investimentos estadounidenses e europeus. Ao atacar Líbia, os "voluntários" (1) tentam afundar aos organismos que poderiam actuar para que a autonomia financeira da África fosse algum dia possível.

(*)Manlio Dinucci é colaborador frequente de Global Research. Global Research Articles by Manlio Dinucci
Ediçom do domingo 1 de Maio de 2011 de il manifesto.
(1) O autor refere-se aqui à comunidade internacional.
Texto em francês : Derrière l'attaque contre a Libye lhes stratégies da guerre économique

16-05-2011

  21:40:09, por Corral   , 887 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Noam Chomsky: 10 jeitos de manipulaçom mediática

Por Noam Chomsky (*)

1- A Estratégia da Distracçom:

O elemento primordial do controlo social é a estratégia da distracçom que consiste em desviar a atençom do público dos problemas importantes e das mudanças decidido polas elites políticas e económicas, mediante a técnica do diluvio ou inundaçom de contínuas distracçons e de informaçons insignificantes.´

A estratégia da distracçom é igualmente indispensável para impedir ao público interessar polos conhecimentos essenciais, na área da ciência, a economia, a psicologia, a neuro-biologia e a cibernética.

"Manter a Atençom do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter ao público ocupado, ocupado, ocupado, sem nengum tempo para pensar; de volta a granja como os outros animais (cita do texto "Armas silenciosas para guerras tranqüilas)".

2- Criar os Problemas, e logo oferecer as Soluçons:

Este método também é chamado "problema-reacçom-soluçom". Acredite-se um problema, umha "situaçom" prevista para causar certa reacçom no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o candidato de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade.

Ou também: criar umha crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A Estratégia da Gradualidade:

Para fazer com que se aceite umha medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condiçons socio-económicas radicalmente novas (neo-liberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990

Estado mínimo, privatizaçons, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já nom asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que provocassem umha revoluçom se fossem aplicadas de umha só vez.

4- A Estratégia de Diferir:

Outra maneira de fazer aceitar umha decisom impopular é a de apresentá-la como"dolorosa e necessária", obtendo a aceitaçom pública, no momento, para umha aplicaçom futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro que um sacrifício imediato.

Primeiro, porque o esforço nom é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "todo irá melhorar manhá" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar à ideia da mudança e de aceitá-la com resignaçom quando chegue o momento.

5- Dirigir-se aos Cidadaos como Crianças de pouca idade:

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entoaçom particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, coma se o espectador fosse umha criatura de pouca idade ou um deficiente mental.

Quanto mais se tente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adoptar um tom infantilizante. Por que" "Se um dirige-se a umha pessoa coma se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, entom, em razom da sugestionabilidade, ela tenderá, com verdadeira probabilidade, a umha resposta ou reacçom também deprovista de um sentido crítico como a de umha pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranqüilas")".

6- Utilizar a Emoçom bem mais que a Reflexom:

Fazer uso do aspecto emocional é umha técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e finalmente ao sentido critico dos indivíduos. Por outra parte, a utilizaçom do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsons, ou induzir comportamentos"

7- Manter à Cidadania na Ignorância e na Mediocridade:

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controlo e a sua escravatura. "A qualidade da educaçom dada às classes sociais inferiores deve ser a mas pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que a distancia entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis de alcançar para as classes inferiores (ver "Armas silenciosas para guerras tranqüilas)".

8- Estimular ao Público a ser Complacente com a Mediocridade:

Promover ao público a achar que é moda o facto de ser estúpido, vulgar e inculto"

9- Reforçar o Auto-Culpabilidade ou Auto-Ódio:

Fazer acreditar ao indivíduo que é somente ele o culpado pola sua própria desgraça, por causa da insuficiência da sua inteligência, das suas capacidades, ou dos seus esforços. Assim, em lugar de rebelar contra o sistema económico, o indivíduo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo, um de cujos efeitos é a inibiçom da sua acçom. E, sem acçom, nom há revoluçom!

10- Conhecer aos Indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem:

No transcurso de os últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência geraram umha crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídas e utilizados polas elites dominantes.

Graças à biologia, a neuro-biologia e a psicologia aplicada, o "sistema" desfrutou de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema conseguiu conhecer melhor ao indivíduo comum do que ele se conhece a sim mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controlo maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que o dos indivíduos sobre sim mesmos.

(*) Filósofo, activista, autor e analista político. É professor emérito de Lingüística no MIT e umha das figuras mais destacadas da lingüística do século XX, reconhecido na comunidade científica e académica polos seus importantes trabalhos em teoria lingüística e ciência cognitiva. Estados Unidos.

09-05-2011

  08:46:46, por Corral   , 858 palavras  
Categorias: Outros, Dezires

CANTA O MERLO: A direcçom do PSUV, o silêncio mediático e a deportaçom de Pérez Becerra

A direcçom do PSUV, o silêncio mediático e a deportaçom de Pérez Becerra

Óscar Acosta os5555@hotmail.com

A entrega do jornalista Joaquim Pérez Becerra ao governo colombiano significa um ponto de inflexom crucial no exemplo que até agora significara a Revoluçom Bolivariana para as forças progressistas e antiimperialistas no mundo. Nengumha consideraçom ou calculo político, absolutamente nengum, justifica a medida. Menos que menos quando ainda estám frescos na memória política nacional a agressom dirigida por Santos, ex-ministro de defesa de Uribe, a Equador ou a incursom de um numeroso contingente paramilitar nos arredor da capital venezuelana com o fim de atentar contra a vida do Presidente Chávez.

Podo perceber, em razom das perversidades da geopolítica e as pressons imperiais, o porque de alguns mudanças em matéria de política internacional. podo percebê-lo, nom justificar-lo. Também compreendo, ainda que me desagradem, os sorrisos e apertons de maos do Presidente Chávez com Santos. Os seus amigos nom tem porque ser os meus amigos. Ante o anúncio de Arias Cárdenas como candidato para a governaçom do Zulia esqueço-me da sua declaraçom traidora o 11 de Abril, evocando a parábola bíblica da ovelha extraviada que regressa ao rebanho. A política é complexa, digo-me. Como trabalhador cultural comprometido com a revoluçom, suporto a duras penas, em exercício limite da minha tolerância e lealdade, os agradecimentos e felicitaçons públicas que lhe dá o Comandante ao ex-ministro de Cap II José António Abreu, santom das classes reaccionárias e espécie de Sai Baba da cultura elitista contemporânea, a quem nunca se lhe escutou umha palavra em favor do socialismo e quem, se tivesse a oportunidade, haver-se-ia babado também diante de Pedro Carmona de triunfar o fascismo. Esta é umha revoluçom pacífica, razoo, e as concessons ao inimigo som inevitáveis. Questom de imagem e tal.

O que é inaceitável é a inconseqüência com os princípios bolivarianos, antepondo razons de Estado aos interesses dos povos em luta, entregando a um revolucionário Singelamente nom se pode ceder ao pedido de um governo caracterizado pola mentira, a violaçom aos direitos humanos e a agressom a outros países, pisando a integridade de um luitador, para colmos em violaçom do direito internacional. Por se há dúvidas, basta remeter à Declaraçom de Princípios do PSUV (Livro Vermelho.) Parafraseando umha frase que sempre cita o Comandante: ?Entre um governo amigo e os princípios, fico com os princípios.? Prefiro, um milhom de vezes, um governo qualificado de ?terrorista? pola canalha imperialista que o agradecimento vergonhoso do presidente Santos. Total, vindo de quem vem, a qualificativo honra.

Ademais do feito em se mesmo quero referir ao silêncio que a alta dirigencia do PSUV mantém a respeito disso, estando como estamos acostumados a essa espécie de repicar de campainhas cada vez que o Comandante fai um anúncio ou toma umha decisom. Nom houvo até agora nengumha declaraçom orientadora ante o assombro de um sector importante da militância, assim como dos numerosos simpatizantes que tem a revoluçom bolivariana noutras latitudes. Recordo ao compatriota Maduro numhas declaraçons motivadas por um incidente fronteiriço, sucedido em Maio do 2008, no que se acusou ao nosso país de invadir território colombiano: ?O ministro Santos odeia a Venezuela, odeia ao nosso povo, odeia ao nosso governo, e insiste na provocaçom? ou ?... o ministro Santos mente, repito, o ministro Santos mente, sempre mente sobre Venezuela, sobre o nosso país?. Eu acreditei-lhe e acredito ao Chanceler. Também lhe acredito a Hector Lavoe (umha das minhas maiores devoçons filosóficas) quando di ?Quem di umha mentira di duas, e di cem, di um milhom?. Assim que, compatriota Chanceler: Santos mente ou nom mente? Como é a ?vaina?? Mente sobre Venezuela mas nom sobre o jornalista de ANNCOL? Menciono a Maduro mas também vale umha declaraçom da eloqüente Cilia, o ex-comandante Soto Rojas ou do cabeça-quente Bernal. Parecesse que se difícil é justificar a medida ainda mas o é criticar o que muitos consideramos um grave erro. Nom escolhemos dirigentes numhas eleiçons internas para que em momentos como este guardem silêncio.

O mesmo pode se dizer dos médios noticiários oficiais. Assim, a esta hora TELESUR, na passado vítima das maquinaçons do duo Varito-Chuky, limita-se a publicar em relaçom ao país irmao intitulares como lês-te ?Colômbia destinou mais de 2,5 bilions de dólares para atender emergência por chuvas?, coma se nom bastará a corporaçom mediática da família Santos para difundir a suposta ajuda governamental ao três milhons de irmaos colombianos afectados as inundaçons, o 80 % dos cales também nom tinha habitaçom antes das catastróficas chuvas. Nem falar da ínfima cobertura que VTV, Vive ou outros meios governamentais ham dado às numerosas e qualificadas opinions adversas à entrega de Pérez Becerra. Grave, tratando de um jornalista que denunciou a barbárie paramilitar e defendeu repetidas vezes à Revoluçom Bolivariana .Fazemos a excepçom de RNV pois fixo possível que escutássemos ao professor Vladimir Acosta, quem no seu programa de opiniom pronunciou-se com sólidos argumentos contra esta decisom.

Votei por este governo mas de umha dúzia de vezes. Mereço umha explicaçom. O meu voto nom foi para apoiar a deportaçom de um revolucionário a pedido de um governante oligarca.

Chegue a Joaquim Pérez Becerra, os seus familiares e colegas de luta o meu mas ferventes sentimentos de solidariedade.

28-04-2011

  02:22:00, por Corral   , 187 palavras  
Categorias: Dezires

CANTA O MERLO: UMA INFÂMIA DO GOVERNO VENEZUELANO

UMA INFÂMIA DO GOVERNO VENEZUELANO

http://www.resistir.info/

O governo venezuelano, com autorização do Presidente Chávez, entregou dia 26 o jornalista colombiano-sueco Joaquín Pérez Becerra aos seus algozes do regime narco-fascista colombiano. A detenção de Pérez Becerra no aeroporto de Caracas, dia 23 de Abril, foi ilegal. E a sua extradição sumária para a Colômbia, sem qualquer processo, mais ilegal ainda. As autoridades venezuelanas nem sequer permitiram que se entrevistasse com advogados ou com o consul da Suécia, país onde vivia desde 1994 e cuja nacionalidade havia adquirido. Este acto indigno é uma capitulação vergonhosa do governo venezuelano e gera a suspeita de um conluio com os serviços secretos do estado colombiano. Ele vem na sequência de outros análogos realizados anteriormente.

Pérez Becerra é um sobrevivente do genocídio cometido contra a União Patriótica na década de 1980. Refugiado na Suécia, adquiriu a nacionalidade sueca e dirigia ali a agência de notícias ANNCOL. O seu único "crime" foi denunciar ao mundo os massacres do regime de Uribe e de Santos, as fossas comuns, os falsos positivos, o deslocamento de populações, o paramilitarismo e a violação sistemática dos Direitos Humanos por parte do Estado colombiano.

25-04-2011

  15:17:09, por Corral   , 3469 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: A crise sistémica global

Outono de 2011: Orçamento/Títulos do Tesouro/Dólar, as três crises americanas que vão provocar a Enorme Ruptura do sistema económico, financeiro e monetário mundial

por GEAB [*]

Em 15 de Setembro de 2010, o GEAB nº 47 intitulava: "Primavera de 2011: Welcome to the United States of Austerity / Rumo ao enorme pânico do sistema económico e financeiro mundial". No entanto, no fim do Verão de 2010, a maior parte dos peritos considerava, por um lado, que o debate sobre o défice orçamental dos EUA permaneceria um simples objecto de discussões teóricas no seio da Beltway [1] ; por outro, que era impensável imaginar os Estados Unidos a lançarem-se numa política de austeridade uma vez que bastaria ao Fed continuar a imprimir dólares. Ora, como todos podem constatar desde há várias semanas, a Primavera de 2011 trouxe a austeridade aos Estados Unidos [2] , a primeira desde a Segunda Guerra Mundial, e o estabelecimento de um sistema global fundado na aptidão do motor americano a gerar sempre mais riqueza (real nos anos 1950-1970, depois cada vez mais virtual a partir desta data).

Nesta fase, o LEAP/E2020 está pois em condições de confirmar que a próxima etapa da crise será realmente a "Enorme ruptura do sistema económico, financeiro e monetário mundial"; e que esta ruptura acontecerá no Outono de 2011 [3] . As consequências monetárias, financeiras, económicas e geopolíticas desta "Enorme ruptura" serão de uma amplitude histórica e farão a crise do Outono de 2008 parecer aquilo que ela realmente foi: um simples detonador.

A crise no Japão [4] , as decisões chinesas e a crise das dívidas na Europa certamente desempenharão um papel nesta ruptura histórica. Em contrapartida, consideramos que a questão das dívidas públicas dos países periféricos da Eurolândia não é mais o factor de risco dominante na Europa, mas que é o Reino Unido que se encontra na posição do "doente da Europa" [5] . A zona Euro pôs em acção e continua a melhorar todos os dispositivos necessários para tratar destes problemas [6] . A gestão dos problemas grego, português, irlandês, ... será feita portanto de maneira organizada. Investidores privados deverão arcar com descontos (como antecipado pelo LEAP/E2020 antes do Verão de 2010) [7] mas isso não pertence à categoria dos riscos sistémicos, o que desagrada o Financial Times, o Wall Street Journal e peritos da Wall Street e da City que tentam a cada três meses refazer o "golpe" da crise da zona Euro do princípio de 2010 [8] .

Em contrapartida, o Reino Unido fracassou completamente na sua tentativa de "amputação orçamental preventiva" [9] . Com efeito, sob a pressão da rua e nomeadamente dos mais de 400 mil britânicos que enchiam as ruas de Londres em 26/02/2011 [10] , David Cameron viu-se obrigado a rever em baixa seu objectivo de redução das despesas de saúde (um ponto chave das suas reformas) [11] . Paralelamente, a aventura militar líbia obriga igualmente a rever seus objectivos de cortes orçamentais no Ministério da Defesa. Já havíamos indicados no último GEAB que as necessidades de financiamento público britânico continuavam a aumentar, sinal da ineficácia das medidas anunciadas cuja execução na realidade revela-se muito decepcionante [12] . O único resultado da política do tandem Cameron/Clegg [13] é por enquanto a recaída da economia britânica na recessão [14] e o risco evidente de implosão da coligação no poder na sequência do próximo referendo sobre a reforma eleitoral.

Neste GEAB nº 54, nossa equipe dedica-se pois a descrever os três factores-chave que determinam esta Enorme Ruptura global do Outono de 2011 e suas consequências. Paralelamente, nossos investigadores começaram a antecipar a evolução da operação militar franco-anglo-americana na Líbia que consideramos ser um poderoso acelerador do deslocamento geopolítico mundial e esclarece utilmente certas mudanças tectónicas agora em curso nas relações entre grandes potências mundiais. Além disso, no Índice GEAB $, desenvolvemos as nossas recomendações para enfrentar os perigosos trimestres que estão para vir.

Fundamentalmente, o processo que se desenrola sob os nossos olhos, e de que a entrada dos Estados Unidos numa era de austeridade [15] é uma simples expressão orçamental, não é senão a sequência do apuramento dos 30 milhões de milhões de activos fantasmas que invadiram o sistema económico e financeiro mundial no fim de 2007 [16] . Se cerca da metade deles havia desaparecido durante 2009, eles em parte ressuscitaram desde então pela vontade dos grandes bancos centrais mundial e em particular pela Reserva Federal dos EUA e suas "Facilidades quantitativas 1 e 2" ("Quantitative Easings 1 e 2"). Ora, nossa equipe estima que são 20 milhões de milhões destes activos-fantasmas que se vão desvanecer em fumo a partir do Outono de 2011, e de um modo muito brutal sob o efeito conjugado das três mega-crises estado-unidenses em gestação acelerada:

- A crise orçamental, ou como os Estados Unidos mergulham de bom grado ou à força nesta austeridade sem precedentes e vão com isso arrastar panos inteiros da economia e das finanças mundiais
- A crise dos Títulos do Tesouro dos EUA, ou como a Reserva Federal atinge o "fim do caminho" encetado em 1913 e terá de enfrentar a sua falência qualquer que seja a camuflagem contabilística escolhida
- A crise do dólar americano, ou como os sobressaltos da divisa dos EUA que vão caracterizar a travagem da Quantitative Easiang 2 no segundo trimestre de 2011 serão as premissas de uma desvalorização maciça (da ordem dos 30% em algumas semanas).

Bancos centrais, sistema bancário mundial, fundos de pensão, multinacionais, matérias-primas, população americana, economias da zona dólar e/ou dependentes das suas trocas com os Estados Unidos [17] , ... este é o conjunto dos operadores estruturalmente dependentes da economia dos EUA (de que o governo, o Fed e orçamento federal tornaram-se os componentes centrais), dos activos denominados em dólar ou das transacções comerciais em dólares que vão sofrer o choque frontal de 20 milhões de milhões de activos-fantasmas a pura e simplesmente desaparecerem dos seus balanços, das suas aplicações e provocando uma grande baixa nos seus rendimentos reais.

Em torno deste choque histórico do Outono de 2011, que marcará a afirmação definitiva das tendências fortes antecipadas por nossa equipe nos GEAB anteriores, as grandes categorias de activos vão experimentar grandes turbulências exigindo uma vigilância acrescida de todos os operadores preocupados com os seus investimentos e aplicações. Com efeito, esta tripla crise estado-unidense marcará a verdadeira saída do "mundo após 1945" que viu os Estados Unidos desempenharem o papel de Atlas e será portanto marcada por choques e réplicas múltiplas no decorrer dos trimestres que se seguirão.

Exemplo: o dólar pode experimentar a curto prazo efeitos que reforçam o seu valor em relação às principais divisas mundiais (nomeadamente se as taxas de juros dos EUA elevarem-se muito rapidamente após o fim da Quantitative Easing 2), mesmo que, ao cabo de seis meses, sua perda de valor de 30% (em relação ao seu valor actual) seja inelutável. Não podemos portanto senão repetir o conselho figura à cabeça das nossas recomendações desde o princípio dos nossos trabalhos sobre a crise: no quadro de uma crise global de amplitude histórica como esta que atravessamos, o único objectivo racional para os investidores e os poupadores não é ganhar mais, mas sim tentar perder o menos possível.

Isso vai ser particularmente verdadeiro para os próximos trimestres em que o ambiente especulativo vai-se tornar altamente imprevisível no curto prazo. Esta imprevisibilidade a curto prazo tem a ver nomeadamente com o facto de que as três crises americanas que desencadearão a Enorme Ruptura mundial do Outono não estão sincronizadas. Elas estão estreitamente correlacionadas mas não de maneira linear. E uma dentre elas, a crise orçamental, está directamente dependente de factores humanos muito influentes no calendário do seu desenrolar; ao passo que as duas outras (seja o que for que pensem aqueles que vêem nos responsáveis do Fed deuses ou diabos [18] ) doravante no essencial estão inscritas nas tendências fortes em que a acção dos dirigentes americanos tornou-se marginal [19] .

A crise orçamental, ou como os Estados Unidos mergulham de bom grado ou à força nesta austeridade sem precedente e vão arrastar vastos sectores da economia e das finanças mundiais.

Os números podem dar vertigens: "6 milhões de milhões de cortes orçamentais em dez anos" [20] , diz o republicano Ryan, "4 milhões de milhões em doze anos", replica o já candidato para 2012 Barack Obama [21] , "tudo isso está longe de ser suficiente" agrava uma das referências do Tea Parties, Ron Paul [22] . E de qualquer modo, sanciona o FMI, "os Estados Unidos não são críveis quando falam em reduzir seus défices" [23] . Esta observação inabitualmente brutal do FMI, tradicionalmente muito prudente nas suas críticas aos Estados Unidos, é particularmente justificada em relação ao psicodrama que, por causa de um punhado de dezenas de milhares de milhões de dólares, quase fechou o estado federal por falta de acordo entre os dois grandes partidos. Um cenário que vai igualmente reproduzir-se proximamente a propósito do tecto de endividamento federal.

O FMI não faz senão exprimir uma opinião amplamente partilhada pelos credores dos Estados Unidos: se por causa de algumas dezenas de milhares de milhões de dólares de redução dos défices o sistema político americano atinge um tal grau de paralisia, o que se vai passar quando nos próximos meses vão-se impor reduções de várias centenas de milhares de milhões de dólares por ano? A guerra civil? Esta é a opinião em todo caso do novo governador da Califórnia, Jerry Brown [24] , o qual considera que os Estados Unidos enfrentam uma crise de regime idêntica àquela que conduziu à Guerra de Secessão [25] .

O contexto portanto já não é de simples paralisia mas antes de uma confrontação geral entre duas visões do futuro do país. Quanto mais a data das próximas eleições presidenciais (Novembro de 2012) se aproximar, mais a confrontação entre os dois campos irá intensificar-se e desenrolar-se com desprezo para com todas as regras de boa conduta, incluindo a salvaguarda do interesse geral do país: "Os deus tornam loucos aqueles que eles querem perder" diz Ulisses na Odisseia. A cena política washingtoniana vai assemelhar-se cada vez mais a um hospital psiquiátrico [26] nos próximos meses, tornando cada vez mais provável, tornando cada vez mais provável "decisões aberrantes".

Se, para se tranquilizarem acerca do dólar dos Títulos do Tesouro, os peritos ocidentais repetem em uníssono que os chineses seriam loucos em se desembaraçarem destes activos o que não faria senão precipitar a queda de valor, é porque ainda não compreenderam que é de Washington e dos seus comportamentos erráticos que pode vir a decisão que precipitará esta queda. E Outubro de 2012, com a sua votação tradicional do orçamento anual, vai proporcionar o momento ideal para esta tragédia grega que, segundo nossa equipe, não terá happy end pois não é Hollywood e sim o resto do mundo que vai escrever o cenário seguinte.

Seja qual for o caso, por decisão política deliberada, por encerramento do governo federal ou por pressões externa irresistíveis [27] (taxa de juros, FMI + Eurolândia + BRIC [28] ), é certamente no Outono de 2011 que o orçamento federal dos EUA se vai contrair maciçamente pela primeira vez. O prosseguimento da recessão conjugado com o fim da Quantitative Easing 2 vai fazer subir as taxas de juros e portanto aumentar consideravelmente o serviço da dívida federal, num fundo de receitas fiscais em baixa [29] por causa da recaída numa recessão forte. A insolvência federal doravante está logo ali na esquina segundo Richard Fisher, o presidente da Reserva Federal de Dallas [30] .

A sequência no GEAB (para assinantes):

- a crise dos Títulos do Tesouro dos EUA, ou como a Reserva Federal atingiu o "fim do caminho" encetado em 1913 e deve enfrentar a sua falência seja qual for a camuflagem contabilística escolhida
- a crise do dólar americano, ou como os sobressaltos da divisa estado-unidenses que caracterizarão a travagem da Quantitative Easing 2 no segundo trimestre de 2011 serão as premissas de uma desvalorização maciça (da ordem dos 30% em algumas semanas).

Notas:

(1) Expressão americana que designa o núcleo político-administrativo de Washington, situado no interior da rodovia circular local, a Beltway.

(2) Desde machadadas nos orçamentos da acção internacional dos Estados Unidos até às reduções dos programas sociais, das organizações públicas e de categorias inteiras da população americana (latinos, pobres, estudantes, reformados, ...) vão ser a partir de agora duramente afectados pelo que ainda não é senão uma gota de água nos ajustamentos necessários. Os protestos populares começam com os estudantes à cabeça. Fontes: House of Representatives , 13/04/2011; Devex , 11/04/2011; HuffingtonPost , 13/04/2011; Foxnews , 14/04/2011; Foxbusiness , 12/04/2011

(3) O sistema bancário mundial (Europa inclusive), sempre sub-capitalizado e amplamente insolvente, é igualmente um dos elementos desta Enorme Ruptura do Outono de 2011.

(4) No GEAB nº 55, nossa equipe apresentará suas antecipações sobre a questão do nuclear no mundo, incluindo a utilização do método de antecipação política como ferramenta de tomada de decisão neste assunto.

(5) A amplitude da crise orçamental no Reino Unido é infinitamente mais grave do que contam os actuais dirigentes britânicos que contudo se jactam de ter um discurso da verdade. Há de facto dois meios de mentir a um povo: negar a existência de um problema (a posição do Labour de Gordon Brown) ou então não confessar senão uma parte da verdade (visivelmente a escolha do tandem Cameron/Clegg). Em ambos os casos, o problema não é resolvido. Fonte: Telegraph , 26/03/2011

(6) E, a partir de agora e do estabelecimento definitivo da Eurolândia como principal motor europeu aquando da cimeira de 11 de Março último, os quatro países que não participam no pacto "Eurolândia+" de estabilização financeira, ou seja, o Reino Unido, a Suécia, a Hungria e a República Checa, serão convidados a deixar a sala das cimeiras nas discussões sobre as questões financeiras e orçamentais ligadas ao pacto. O EUObserver de 29/03/2011 descreve o pânico que se apoderou das delegações destes quatro países cujos dirigentes desempenham o papel de brutamontes diante dos media e nos discursos destinados às suas respectivas opiniões públicas, mas que sabem muito bem que doravante estão encurralados num papel europeu de segunda classe.

(7) Font: Irish Times , 22/03/2011

(8) É preciso ler a respeito o artigo muito pertinente e muito divertido de Silvi Wadhwa, correspondente na Europa da CNBC, que ridiculariza o caricatural discurso anti-Eurolândia e anti-alemão dos seus colegas dos outros media anglo-saxões; e que recorda muito justamente que as diferenças de situações económicas são ainda mais importantes entre estados americanos do que no interior da Eurolândia e que os problemas de endividamento da Grécia ou de Portugal nada são quando comparados àqueles de um estado como a Califórnia. Fonte: CNBC , 12/04/2011

(9) Retornaremos mais especificamente ao caso britânico no GEAB nº 55, exactamente um ano após a vitória da coligação Conservadores/Liberais Democratas.

(10) Este protesto contra os cortes orçamentais constituiu a mais importante manifestação em Londres desde há mais de vinte ano e foi acompanhada de graves violência "anti-ricos" via ataques, por exemplo, contra o HSBC, o hotel Ritz ou a loja Fortnum & Mason. Como sublinhámos por diversas vezes no GEAB, é muitíssimo significativo constatar que esta manifestação histórica do Reino Unido praticamente não tenha se transformado em manchetes nos media, onde se tornou invisível 48 horas após o seu acontecimento. Quando milhares de cidadãos gregos ou portugueses se manifestam em Atenas ou em Lisboa, em contrapartida, temos direito a uma avalanche de imagens-choque e de comentários descrevendo países à beira do caos. Este "dois pesos e duas medidas" não devem enganar o observador lúcido. Por um lado, há graves dificuldades que doravante são geridas no seio de um conjunto poderoso, a Eurolândia; do outro, há grandes dificuldades que não conseguem mais ser geridas por um país completamente isolado. Acredite nos media ou então reflicta por si mesmo para adivinhar a sequência! Fonte: Guardian , 26/03/2011

(11) Fonte: Independent , 03/04/2011

(12) Além disso os mercados financeiros percebem e realmente já não acreditam na mensagem de austeridade marcial do governo britânico, arrastando de novo a libra esterlina numa espiral descendente. Fonte: CNBC , 12/04/2011

(13) Nick Clegg tornou-se o político mais odiado do Reino Unido por ter traído um a um quase todos os seus compromissos eleitorais. Fonte: Independent , 10/04/2011

(14) E empurrar as famílias britânicas para uma perda de poder de compra semelhante unicamente àquelas da crise do pós primeira guerra mundial, em 1921. Fonte: Telegraph , 11/04/2011

(15) Como fizeram os europeus desde 2010.

(16) Estimativa média feita pelo LEAP/E2020 em 2007/2008.

(17) Para além do comércio exterior tradicional, o gráfico abaixo mostra a amplitude da redução das transferências para os seus países de origem por parte dos trabalhadores emigrados nos Estados Unidos, devido à baixa do US dólar. Esta redução ainda vai ampliar-se mais a partir de Outono de 2011.

(18) No Estados Unidos, hoje é a visão diabólica que está amplamente imposta na opinião pública, ao contrário de 2008 em que os responsáveis do Fed pareciam ser o último recurso. Esta mudança psicológica, como sublinhámos, não é um pormenor e contribui fortemente para limitar a margem de manobra dos dirigentes do Fed. E não é a derrota judicial histórica do Banco Central dos EUA, que foi obrigado a revelar os destinatários das centenas de milhares de milhões de dólares de ajuda distribuídos após a crise da Wall Street de 2008, que vai obrigar melhorar esta situação, muito pelo contrário. Uma anedota simples, revelada pela revista Rollingstone, ilustra o agravamento das queixas do povo americano contra os seus banqueiros centrais: a título de beneficiários destas ajudas do Fed, encontram-se as mulheres de duas grandes figuras da Wall Street que criaram um instrumento sob medida permitindo-lhes receber US$200 milhões do Fed para recompra de créditos apodrecidos... com os benefícios revertendo-lhe e as perdas indo para o Fed! Isto é infelizmente um exemplo dentre muitos outros que circulam actualmente na Internet e que romperam, já definitivamente, o respeito do povo americano para com a sua instituição monetária de referência. Uma situação explosiva no contexto da crise actual. Fonte: Rollingstone , 12/04/2011

(19) O destino do dólar, tal como o dos Títulos do Tesouro dos EUA, doravante no essencial está nas mãos dos operadores do resto do mundo que examinarão de maneira muito "clínica" a saída do Quantitativa Easing 2 que se impõe ao Fed no decorrer do segundo trimestre de 2011. É a sua opinião colectiva (já muito crítica), e não a "comunicação" do Fed, que será decisiva.

(20) Fonte: Politico , 04/04/2011

(21) Fonte: Boston Herald, 13/04/2011

(22) Fonte: Huffington Post , 11/04/2011

(23) E tanto mais que eles continuam a bater recordes de necessidades de financiamento para os seus défices, e que o défice previsto durante uma década pelos compromisso de Obama monta a US$9500 mil milhões. Por um lado, ele concebe políticas que aumentam o défice, por outro anuncia objectivos de redução. Realmente pouco crível. Fontes: CNBC , 13/04/2011; Washington Post , 18/03/2011

(24) Brown é uma personalidade americana original que tem uma longa experiência política uma vez que já foi governador da Califórnia de 1975 a 1983, e duas vezes candidato à investidura democrática para o posto de presidente dos Estados Unidos. A sua opinião sobre o estado de ruína do sistema político dos Estados Unidos não é portanto para tomar de ânimo leve. Fonte: CBS , 10/04/2010

(25) Àqueles que consideram a imagem ousada, nossa equipe recorda que uma das principais causas da Guerra de Secessão foi a visão irreconciliável do que devia ser o estado federal e o seu papel. Hoje, em torno das questões orçamentais, do papel do Fed, das despesas militares e das despesas sociais, vê-se novamente emergirem duas visões diametralmente opostas do que deve ser e fazer o estado federal, com o seu cortejo de bloqueios institucionais crescentes e um ambiente de ódio entre forças políticas. Já demos numerosas ilustrações nos GEAB anteriores. Fonte: Americanhistory

(26) Como qualificar de outra forma pessoas que, à custa de crises repetidas, conseguiram sacar algumas dezenas de milhares de milhões de um orçamento e que se põem agora a anunciar urbi et orbi que amanhã vão sacar mais milhões de milhões de dólares destes mesmos orçamentos? Loucos ou mentirosos? De qualquer forma inconscientes, pois acumulam-se constrangimentos que em todos os casos exigem reduções de défices.

(27) As dívidas públicas mundiais estão no ponto máximo desde 1945 e, com 10,8% do PNB, os Estados Unidos tornaram-se o primeiro grande país em termos de défice público. Fontes: Figaro , 12/04/2011; Bloomberg , 12/04/2011

(28) A propósito dos BRIC (doravante BRICS, com a África do Sul), é muito interessante notar que a sua terceira cimeira, reunida na ilha tropical chinesa de Hainan, beneficia finalmente de uma cobertura mediática significativa da parte dos media ocidentais. Nós fizemos parte dos primeiros e das raras publicações ocidentais a mencionar a primeira cimeira (em Ekaterinenbourg) e a sublinhar a importância do acontecimento há três anos atrás mas, até o presente, a grande imprensa internacional persistia em considerar os BRICS como um simples acrónimo sem dimensão geopolítica séria. As coisas mudaram visivelmente. Além disso, desde a Líbia até o dólar, a cimeira de Hainan posicionou-se claramente em contrapeso aos Estados Unidos e seus procuradores (cada vez menos numerosos em relação ao que se passa na Líbia). Quanto ao dólar, os BRICS decidiram acelerar o processo que lhes permitirá utilizarem as suas próprias divisas no seu comércio: um outro sinal de que nos aproximamos muito rapidamente de um violento choque monetário. Fonte: CNBC , 14/04/2011

(29) Aqueles que ainda acreditam uma melhoria da situação económica americana, para além do efeito "dopagem" da Quantitative Easing 2, deveriam dar atenção à moral das PME nos Estados Unidos que recomeça a degradar-se fortemente e à ficção da melhoria no emprego que será brutalmente corrigida (mesmo nas estatísticas oficiais) a partir do Verão de 2011. E remetemos aos GEAB anteriores quanto à crise fiscal dos estados federados. Fontes: MarketWatch , 12/04/2012; New York Post , 12/04/2011

(30) Fonte: CNBC , 22/03/2011
15/Abril/2011

[*] Global Europe Anticipation Bulletin.

O original encontra-se em www.leap2020.eu/...

Este comunicado encontra-se em http://resistir.info/ .

  15:14:59, por Corral   , 897 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Saqueio e Corrupçom no Reino bourbónico da Espanha

Saqueia-nos, mas dim que nos representam, logo da sua representaçom vam pronto recolher a sua pilhagem
Cixa

26 companhias do Ibex 35 tenhem a ex altos cargos nos seus conselhos. Supom já 9,8% dos vogais Os ex-políticos ganham peso nas grandes empresas

A. M. Vélez
Público

Os ex-políticos ganham presença e poder no Ibex 35, o índice da bolsa que agrupa à elite das empresas espanholas. O ano passado, 48 dos 487 postos dos conselhos de administraçom do Ibex (9,8% do total) estavam ocupados por pessoas que tiveram ou tenhem cargos públicos relevantes. Em 2009, a percentagem era de 8%. Se a mediçom fai-se em funçom do tamanho da empresa, o poder destes conselheiros é ainda maior, pois representam 14,5% do valor do Ibex, até o 10,9% de 2009. A alça produz-se apesar de que as caixas de poupanças (muito ligadas ao poder político) estám a reduzir as suas participaçons empresariais e explica-se por várias contrataçons (o mais soado, o do ex-presidente Felipe González por Gás Natural) e por mudanças na composiçom do índice.

A presença de ex-políticos na grande empresa está generalizada e explica-se pola imelhorável agenda de contactos de quem conhece as entranhas da cousa pública. Vinte e seis das 34 firmas analisadas (excluiu-se Arcelormittal, umha multinacional com sede em Luxemburgo) tenhem, ao menos, um exalto cargo no seu conselho. Só há oito sem ex-políticos: Inditex, BBVA, Banco Popular, Abertis, Bankinter, Ferrovial, Grifols e Sacyr.

Esses 48 postos ocupam-nos, entre outros, um ex-presidente do Governo (González); outro autonómico (o valenciano José Luís Olivas, ligado ao PP, vice-presidente de Bankia e conselheiro de Iberdrola e, até Fevereiro passado, de Enagás); umha ex comisaria europeia (a austríaca Benita Ferrero-Waldner, em Gamesa), 17 ex-ministros, oito ex-secretários de Estado e vários ex-deputados e conselheiros autonómicos. Nom se inclui no computo a membros da alta direcçom das empresas (na que também abundam os ex-políticos), nem a assessores (como José María Aznar, em nómina de Endesa). Também nom se inclui a ex-directores gerais ou ex-subsecretarios , postos de carácter mais técnico que político, que, de incluir-se, disparariam o computo.

Nessas 48 poltronas há clara maioria socialista. Ocupam 18 postos, com um poder equivalente a 4,35% do valor do Ibex. O PP tem 11 conselheiros da sua órbita, ainda que bem situados: controlam 4,31% do Ibex. Entre os socialistas, ademais de González, destaca, pola relevo do seu cargo (tem poder executivo), o ex- ministro de Agricultura Luís Atienza, presidente de Rede Eléctrica (REE). O ex-secretario de Estado de Economia socialista Guillermo da Dehesa despontata polo tamanho das empresas das que é vocal: é conselheiro independente de Banco Santander e vice-presidente nom executivo de Amadeus.

REE é, com Santander, Enagás e IAG (fruto da fusom de Iberia e British Airways) a empresa que mais ex-políticos tinha no seu conselho em 2010. Em REE e Enagás, dous monopólios, deve-se, em parte, à presença no seu capital de entidades públicas como a Sociedade Estatal de Participaçons Industriais (Sepi).

Santander e REE som, com cinco cada umha, as que mais ex-políticos contrataram como conselheiros, ainda que no caso do proprietário da rede de alta tensom o seu peso perceptual é maior (som case a metade dos vogal). No banco cántabro (a entidade com mais conselheiros do Ibex, 20) há três ex-ministros. Um deles, Matías Rodríguez Inciarte (ministro da Presidência com UCD), tem funçons executivas e, de todos os ex-políticos do Ibex, é o melhor pago (ver informaçom adjunta).

IAG tem a quatro ex altos cargos no seu conselho. apresentam um perfil muito alto: um é o ex-director gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), ex-ministro de Economia e actual presidente de Bankia (accionista da companhia aérea), Rodrigo Rato, do que a web de IAG di que "entre 1985 e 2004, foi responsável pola alternativa económica do PP". O outro é John Snow, ex-secretario do Tesouro com George W. Bush.

Snow e Ferrero-Waldner nom som os únicos estrangeiros; há outros quatro. Destacam Luís Fernando Furlán, ex-ministro de Indústria brasileiro e conselheiro de Telefónica, e David K. P. Li, que nom é ex-político, já que está em activo: o asiático, conselheiro de Criteria, é membro do conselho legislativo de Hong Kong. O holding industrial da Caixa tem a outro político em exercício, o convergente Miquel Noguer Planas, presidente da Câmara de Banyoles (Girona). Outro rexedor autárquico com presença no Ibex é José Folgado (REE), presidente da Câmara de Três Cantos (Madrid) e ex-secretario de Estado de Energia com o PP, entre outros cargos.

Ademais de Atienza, há outros dous ex-ministrosss à frente de empresas, fundadas por eles ou as suas famílias: Juan Miguel Villar Mir preside OHL, sexta construtora espanhola; e José Lladó, o grupo de engenharia Técnicas Reunidas. Lladó é um do três ex dirigentes do período preconstitucional (foi ministro de Transportes e Comércio entre 1976 e 1977) convertido em executivo. Os outros dous som José Ramón Álvarez Rendueles, conselheiro de Telecinco e ex secretario de Estado de Economia, e Luís Alberto Salazar-Simpson, vogal de Santander ex-governador civil de Biscaia.

Salazar-Simpson é, ademais, cunhado de Rodrigo Rato. Nom é o único emparentado com um político ou ex-político: outros casos som os de Miriam González, esposa do vice-primeiro ministro britânico, Nick Clegg, e fichada por Acciona o ano passado; Carlos Sebastián, irmao do ministro de Indústria, Miguel Sebastián, e vogal de Abengoa; Pier Silvio Berlusconi, filho do primeiro-ministro italiano e conselheiro de Telecinco; Santiago Cobo, vogal de Gás Natural e marido da alcaldesa de Cádiz, Teófila Martínez (PP); e Antonio Basagoiti García-Tuñón, conselheiro de Santander e pai do líder do PP basco.

Fonte: http://www.publico.es/dinero/371714/los-expoliticos ganham peso-em-as-grandes-empresas

24-04-2011

  21:47:27, por Corral   , 539 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MELRO: Os USA e a NATO - A guerra como mecanismo de domínio

Michael Collon
Diário Liberdade

E para os que ainda acham que tudo isto não é mais que uma "teoria do complô", que os EUA não têm programado tanta guerra, que improvisa reagindo segundo o que acontecer, lembremos o que declarava em 2007 o ex general Wesley Clarck (comandante supremo das forças da OTAN na Europa entre 1997 e 2001, que dirigiu os bombardeios sobre a Iugoslávia): "Em 2001, no Pentágono, um general disse-me: vamos tomar sete países em cinco anos, começando pelo Iraque, seguindo na Síria, Líbano, Líbia, Somália, Sudão, para terminar com o Irã? Dos sonhos à realidade há uma margem, mas os planos estão aí. Só que atrasados.
No enquadramento da batalha por controlar o continente negro, África do Norte é um objetivo maior. Ao despregar uma dezena de bases militares na Tunísia, Marrocos e Argélia, bem como em outras nações africanas, Washington abriria a via para estabelecer uma rede completa de bases militares que cobriria todo o continente.
Mas o projeto Africom deparou-se com uma séria resistência dos países africanos. De maneira altamente simbólica, nenhum aceitou acolher em seu território a sede central do Africom. E Washington teve que manter sua sede em Stuttgart, Alemanha, o que era muito humilhante. Nesta perspetiva, a guerra para derrocar Kadafi no fundo é uma advertência muito clara aos chefes de Estado africanos que tiverem a tentação de seguir uma via demasiado independentes.
Este é o grande crime de Kadafi: A Líbia não aceitava nenhuma ligação com o Africom ou com a OTAN. No passado, os EUA possuíam uma importante base militar na Líbia. Mas Kadafi fechou-a em 1969. É evidente, a guerra atual têm sobretudo como objetivo recuperar a Líbia. Seria uma avançada estratégica que lhe permitiria intervir militarmente no Egito se este escapasse do controle de EUA.
* * *
http://www.odiario.info

Em entrevista à Press TV, o ex-secretário-adjunto do Tesouro dos EUA, Paul Robert Craig, fala sobre os verdadeiros objetivos dos EUA na Líbia

Estamos a falar apenas dos países da Otan, os estados-fantoche dos EUA. Grã-Bretanha, França, Itália, Alemanha, todos pertencem ao império norte-americano. Temos tropas na Alemanha desde 1945. Estamos a falar de 66 anos de ocupação norte-americana na Alemanha. Os americanos têm bases militares em Itália. Como se pode ser um país independente deste modo? A França foi relativamente independente até Washington pôr Sarkozy no poder.Todos eles fazem o que lhes dissermos.

Washington quer mandar na Rússia, na China, no Irão, em África, e em toda a América do Sul. Washington quer a hegemonia sobre o mundo. É isso que a palavra hegemonia significa. E Washington vai persegui-la a todo custo.
Não respeitam a lei, portanto não vão dar atenção à ONU. A ONU é uma organização-fantoche dos EUA e Washington irá usá-la como cobertura. Portanto, sim, se não conseguirem correr com Kadafi, irão colocar tropas no terreno; é por isso que temos os franceses e os britânicos envolvidos. Estamos a usar os franceses também noutro ponto de África; usamos os britânicos no Afeganistão. São marionetes.

Estes países não são independentes. Sarkozy não responde perante o povo francês; responde perante Washington. O Primeiro-ministro britânico não responde perante o povo Inglês, mas perante Washington. Estes são os governantes-marionetes de um império, nada têm a ver com seu próprio povo, somos nós quem os põe no poder.

21-04-2011

  01:31:28, por Corral   , 3469 palavras  
Categorias: Outros, Ensaio

CANTA O MERLO: Crise sistémica global

Outono de 2011: Orçamento/Títulos do Tesouro/Dólar, as três crises americanas que vão provocar a Enorme Ruptura do sistema económico, financeiro e monetário mundial

por GEAB [*]

Em 15 de Setembro de 2010, o GEAB nº 47 intitulava: "Primavera de 2011: Welcome to the United States of Austerity / Rumo ao enorme pânico do sistema económico e financeiro mundial". No entanto, no fim do Verão de 2010, a maior parte dos peritos considerava, por um lado, que o debate sobre o défice orçamental dos EUA permaneceria um simples objecto de discussões teóricas no seio da Beltway [1] ; por outro, que era impensável imaginar os Estados Unidos a lançarem-se numa política de austeridade uma vez que bastaria ao Fed continuar a imprimir dólares. Ora, como todos podem constatar desde há várias semanas, a Primavera de 2011 trouxe a austeridade aos Estados Unidos [2] , a primeira desde a Segunda Guerra Mundial, e o estabelecimento de um sistema global fundado na aptidão do motor americano a gerar sempre mais riqueza (real nos anos 1950-1970, depois cada vez mais virtual a partir desta data).

Nesta fase, o LEAP/E2020 está pois em condições de confirmar que a próxima etapa da crise será realmente a "Enorme ruptura do sistema económico, financeiro e monetário mundial"; e que esta ruptura acontecerá no Outono de 2011 [3] . As consequências monetárias, financeiras, económicas e geopolíticas desta "Enorme ruptura" serão de uma amplitude histórica e farão a crise do Outono de 2008 parecer aquilo que ela realmente foi: um simples detonador.

A crise no Japão [4] , as decisões chinesas e a crise das dívidas na Europa certamente desempenharão um papel nesta ruptura histórica. Em contrapartida, consideramos que a questão das dívidas públicas dos países periféricos da Eurolândia não é mais o factor de risco dominante na Europa, mas que é o Reino Unido que se encontra na posição do "doente da Europa" [5] . A zona Euro pôs em acção e continua a melhorar todos os dispositivos necessários para tratar destes problemas [6] . A gestão dos problemas grego, português, irlandês, ... será feita portanto de maneira organizada. Investidores privados deverão arcar com descontos (como antecipado pelo LEAP/E2020 antes do Verão de 2010) [7] mas isso não pertence à categoria dos riscos sistémicos, o que desagrada o Financial Times, o Wall Street Journal e peritos da Wall Street e da City que tentam a cada três meses refazer o "golpe" da crise da zona Euro do princípio de 2010 [8] .

Em contrapartida, o Reino Unido fracassou completamente na sua tentativa de "amputação orçamental preventiva" [9] . Com efeito, sob a pressão da rua e nomeadamente dos mais de 400 mil britânicos que enchiam as ruas de Londres em 26/02/2011 [10] , David Cameron viu-se obrigado a rever em baixa seu objectivo de redução das despesas de saúde (um ponto chave das suas reformas) [11] . Paralelamente, a aventura militar líbia obriga igualmente a rever seus objectivos de cortes orçamentais no Ministério da Defesa. Já havíamos indicados no último GEAB que as necessidades de financiamento público britânico continuavam a aumentar, sinal da ineficácia das medidas anunciadas cuja execução na realidade revela-se muito decepcionante [12] . O único resultado da política do tandem Cameron/Clegg [13] é por enquanto a recaída da economia britânica na recessão [14] e o risco evidente de implosão da coligação no poder na sequência do próximo referendo sobre a reforma eleitoral.

Neste GEAB nº 54, nossa equipe dedica-se pois a descrever os três factores-chave que determinam esta Enorme Ruptura global do Outono de 2011 e suas consequências. Paralelamente, nossos investigadores começaram a antecipar a evolução da operação militar franco-anglo-americana na Líbia que consideramos ser um poderoso acelerador do deslocamento geopolítico mundial e esclarece utilmente certas mudanças tectónicas agora em curso nas relações entre grandes potências mundiais. Além disso, no Índice GEAB $, desenvolvemos as nossas recomendações para enfrentar os perigosos trimestres que estão para vir.

Fundamentalmente, o processo que se desenrola sob os nossos olhos, e de que a entrada dos Estados Unidos numa era de austeridade [15] é uma simples expressão orçamental, não é senão a sequência do apuramento dos 30 milhões de milhões de activos fantasmas que invadiram o sistema económico e financeiro mundial no fim de 2007 [16] . Se cerca da metade deles havia desaparecido durante 2009, eles em parte ressuscitaram desde então pela vontade dos grandes bancos centrais mundial e em particular pela Reserva Federal dos EUA e suas "Facilidades quantitativas 1 e 2" ("Quantitative Easings 1 e 2"). Ora, nossa equipe estima que são 20 milhões de milhões destes activos-fantasmas que se vão desvanecer em fumo a partir do Outono de 2011, e de um modo muito brutal sob o efeito conjugado das três mega-crises estado-unidenses em gestação acelerada:

- A crise orçamental, ou como os Estados Unidos mergulham de bom grado ou à força nesta austeridade sem precedentes e vão com isso arrastar panos inteiros da economia e das finanças mundiais
- A crise dos Títulos do Tesouro dos EUA, ou como a Reserva Federal atinge o "fim do caminho" encetado em 1913 e terá de enfrentar a sua falência qualquer que seja a camuflagem contabilística escolhida
- A crise do dólar americano, ou como os sobressaltos da divisa dos EUA que vão caracterizar a travagem da Quantitative Easiang 2 no segundo trimestre de 2011 serão as premissas de uma desvalorização maciça (da ordem dos 30% em algumas semanas).

Bancos centrais, sistema bancário mundial, fundos de pensão, multinacionais, matérias-primas, população americana, economias da zona dólar e/ou dependentes das suas trocas com os Estados Unidos [17] , ... este é o conjunto dos operadores estruturalmente dependentes da economia dos EUA (de que o governo, o Fed e orçamento federal tornaram-se os componentes centrais), dos activos denominados em dólar ou das transacções comerciais em dólares que vão sofrer o choque frontal de 20 milhões de milhões de activos-fantasmas a pura e simplesmente desaparecerem dos seus balanços, das suas aplicações e provocando uma grande baixa nos seus rendimentos reais.

Em torno deste choque histórico do Outono de 2011, que marcará a afirmação definitiva das tendências fortes antecipadas por nossa equipe nos GEAB anteriores, as grandes categorias de activos vão experimentar grandes turbulências exigindo uma vigilância acrescida de todos os operadores preocupados com os seus investimentos e aplicações. Com efeito, esta tripla crise estado-unidense marcará a verdadeira saída do "mundo após 1945" que viu os Estados Unidos desempenharem o papel de Atlas e será portanto marcada por choques e réplicas múltiplas no decorrer dos trimestres que se seguirão.

Exemplo: o dólar pode experimentar a curto prazo efeitos que reforçam o seu valor em relação às principais divisas mundiais (nomeadamente se as taxas de juros dos EUA elevarem-se muito rapidamente após o fim da Quantitative Easing 2), mesmo que, ao cabo de seis meses, sua perda de valor de 30% (em relação ao seu valor actual) seja inelutável. Não podemos portanto senão repetir o conselho figura à cabeça das nossas recomendações desde o princípio dos nossos trabalhos sobre a crise: no quadro de uma crise global de amplitude histórica como esta que atravessamos, o único objectivo racional para os investidores e os poupadores não é ganhar mais, mas sim tentar perder o menos possível.

Isso vai ser particularmente verdadeiro para os próximos trimestres em que o ambiente especulativo vai-se tornar altamente imprevisível no curto prazo. Esta imprevisibilidade a curto prazo tem a ver nomeadamente com o facto de que as três crises americanas que desencadearão a Enorme Ruptura mundial do Outono não estão sincronizadas. Elas estão estreitamente correlacionadas mas não de maneira linear. E uma dentre elas, a crise orçamental, está directamente dependente de factores humanos muito influentes no calendário do seu desenrolar; ao passo que as duas outras (seja o que for que pensem aqueles que vêem nos responsáveis do Fed deuses ou diabos [18] ) doravante no essencial estão inscritas nas tendências fortes em que a acção dos dirigentes americanos tornou-se marginal [19] .

A crise orçamental, ou como os Estados Unidos mergulham de bom grado ou à força nesta austeridade sem precedente e vão arrastar vastos sectores da economia e das finanças mundiais.

Os números podem dar vertigens: "6 milhões de milhões de cortes orçamentais em dez anos" [20] , diz o republicano Ryan, "4 milhões de milhões em doze anos", replica o já candidato para 2012 Barack Obama [21] , "tudo isso está longe de ser suficiente" agrava uma das referências do Tea Parties, Ron Paul [22] . E de qualquer modo, sanciona o FMI, "os Estados Unidos não são críveis quando falam em reduzir seus défices" [23] . Esta observação inabitualmente brutal do FMI, tradicionalmente muito prudente nas suas críticas aos Estados Unidos, é particularmente justificada em relação ao psicodrama que, por causa de um punhado de dezenas de milhares de milhões de dólares, quase fechou o estado federal por falta de acordo entre os dois grandes partidos. Um cenário que vai igualmente reproduzir-se proximamente a propósito do tecto de endividamento federal.

O FMI não faz senão exprimir uma opinião amplamente partilhada pelos credores dos Estados Unidos: se por causa de algumas dezenas de milhares de milhões de dólares de redução dos défices o sistema político americano atinge um tal grau de paralisia, o que se vai passar quando nos próximos meses vão-se impor reduções de várias centenas de milhares de milhões de dólares por ano? A guerra civil? Esta é a opinião em todo caso do novo governador da Califórnia, Jerry Brown [24] , o qual considera que os Estados Unidos enfrentam uma crise de regime idêntica àquela que conduziu à Guerra de Secessão [25] .

O contexto portanto já não é de simples paralisia mas antes de uma confrontação geral entre duas visões do futuro do país. Quanto mais a data das próximas eleições presidenciais (Novembro de 2012) se aproximar, mais a confrontação entre os dois campos irá intensificar-se e desenrolar-se com desprezo para com todas as regras de boa conduta, incluindo a salvaguarda do interesse geral do país: "Os deus tornam loucos aqueles que eles querem perder" diz Ulisses na Odisseia. A cena política washingtoniana vai assemelhar-se cada vez mais a um hospital psiquiátrico [26] nos próximos meses, tornando cada vez mais provável, tornando cada vez mais provável "decisões aberrantes".

Se, para se tranquilizarem acerca do dólar dos Títulos do Tesouro, os peritos ocidentais repetem em uníssono que os chineses seriam loucos em se desembaraçarem destes activos o que não faria senão precipitar a queda de valor, é porque ainda não compreenderam que é de Washington e dos seus comportamentos erráticos que pode vir a decisão que precipitará esta queda. E Outubro de 2012, com a sua votação tradicional do orçamento anual, vai proporcionar o momento ideal para esta tragédia grega que, segundo nossa equipe, não terá happy end pois não é Hollywood e sim o resto do mundo que vai escrever o cenário seguinte.

Seja qual for o caso, por decisão política deliberada, por encerramento do governo federal ou por pressões externa irresistíveis [27] (taxa de juros, FMI + Eurolândia + BRIC [28] ), é certamente no Outono de 2011 que o orçamento federal dos EUA se vai contrair maciçamente pela primeira vez. O prosseguimento da recessão conjugado com o fim da Quantitative Easing 2 vai fazer subir as taxas de juros e portanto aumentar consideravelmente o serviço da dívida federal, num fundo de receitas fiscais em baixa [29] por causa da recaída numa recessão forte. A insolvência federal doravante está logo ali na esquina segundo Richard Fisher, o presidente da Reserva Federal de Dallas [30] .

A sequência no GEAB (para assinantes):

- a crise dos Títulos do Tesouro dos EUA, ou como a Reserva Federal atingiu o "fim do caminho" encetado em 1913 e deve enfrentar a sua falência seja qual for a camuflagem contabilística escolhida
- a crise do dólar americano, ou como os sobressaltos da divisa estado-unidenses que caracterizarão a travagem da Quantitative Easing 2 no segundo trimestre de 2011 serão as premissas de uma desvalorização maciça (da ordem dos 30% em algumas semanas).

Notas:

(1) Expressão americana que designa o núcleo político-administrativo de Washington, situado no interior da rodovia circular local, a Beltway.

(2) Desde machadadas nos orçamentos da acção internacional dos Estados Unidos até às reduções dos programas sociais, das organizações públicas e de categorias inteiras da população americana (latinos, pobres, estudantes, reformados, ...) vão ser a partir de agora duramente afectados pelo que ainda não é senão uma gota de água nos ajustamentos necessários. Os protestos populares começam com os estudantes à cabeça. Fontes: House of Representatives , 13/04/2011; Devex , 11/04/2011; HuffingtonPost , 13/04/2011; Foxnews , 14/04/2011; Foxbusiness , 12/04/2011

(3) O sistema bancário mundial (Europa inclusive), sempre sub-capitalizado e amplamente insolvente, é igualmente um dos elementos desta Enorme Ruptura do Outono de 2011.

(4) No GEAB nº 55, nossa equipe apresentará suas antecipações sobre a questão do nuclear no mundo, incluindo a utilização do método de antecipação política como ferramenta de tomada de decisão neste assunto.

(5) A amplitude da crise orçamental no Reino Unido é infinitamente mais grave do que contam os actuais dirigentes britânicos que contudo se jactam de ter um discurso da verdade. Há de facto dois meios de mentir a um povo: negar a existência de um problema (a posição do Labour de Gordon Brown) ou então não confessar senão uma parte da verdade (visivelmente a escolha do tandem Cameron/Clegg). Em ambos os casos, o problema não é resolvido. Fonte: Telegraph , 26/03/2011

(6) E, a partir de agora e do estabelecimento definitivo da Eurolândia como principal motor europeu aquando da cimeira de 11 de Março último, os quatro países que não participam no pacto "Eurolândia+" de estabilização financeira, ou seja, o Reino Unido, a Suécia, a Hungria e a República Checa, serão convidados a deixar a sala das cimeiras nas discussões sobre as questões financeiras e orçamentais ligadas ao pacto. O EUObserver de 29/03/2011 descreve o pânico que se apoderou das delegações destes quatro países cujos dirigentes desempenham o papel de brutamontes diante dos media e nos discursos destinados às suas respectivas opiniões públicas, mas que sabem muito bem que doravante estão encurralados num papel europeu de segunda classe.

(7) Font: Irish Times , 22/03/2011

(8) É preciso ler a respeito o artigo muito pertinente e muito divertido de Silvi Wadhwa, correspondente na Europa da CNBC, que ridiculariza o caricatural discurso anti-Eurolândia e anti-alemão dos seus colegas dos outros media anglo-saxões; e que recorda muito justamente que as diferenças de situações económicas são ainda mais importantes entre estados americanos do que no interior da Eurolândia e que os problemas de endividamento da Grécia ou de Portugal nada são quando comparados àqueles de um estado como a Califórnia. Fonte: CNBC , 12/04/2011

(9) Retornaremos mais especificamente ao caso britânico no GEAB nº 55, exactamente um ano após a vitória da coligação Conservadores/Liberais Democratas.

(10) Este protesto contra os cortes orçamentais constituiu a mais importante manifestação em Londres desde há mais de vinte ano e foi acompanhada de graves violência "anti-ricos" via ataques, por exemplo, contra o HSBC, o hotel Ritz ou a loja Fortnum & Mason. Como sublinhámos por diversas vezes no GEAB, é muitíssimo significativo constatar que esta manifestação histórica do Reino Unido praticamente não tenha se transformado em manchetes nos media, onde se tornou invisível 48 horas após o seu acontecimento. Quando milhares de cidadãos gregos ou portugueses se manifestam em Atenas ou em Lisboa, em contrapartida, temos direito a uma avalanche de imagens-choque e de comentários descrevendo países à beira do caos. Este "dois pesos e duas medidas" não devem enganar o observador lúcido. Por um lado, há graves dificuldades que doravante são geridas no seio de um conjunto poderoso, a Eurolândia; do outro, há grandes dificuldades que não conseguem mais ser geridas por um país completamente isolado. Acredite nos media ou então reflicta por si mesmo para adivinhar a sequência! Fonte: Guardian , 26/03/2011

(11) Fonte: Independent , 03/04/2011

(12) Além disso os mercados financeiros percebem e realmente já não acreditam na mensagem de austeridade marcial do governo britânico, arrastando de novo a libra esterlina numa espiral descendente. Fonte: CNBC , 12/04/2011

(13) Nick Clegg tornou-se o político mais odiado do Reino Unido por ter traído um a um quase todos os seus compromissos eleitorais. Fonte: Independent , 10/04/2011

(14) E empurrar as famílias britânicas para uma perda de poder de compra semelhante unicamente àquelas da crise do pós primeira guerra mundial, em 1921. Fonte: Telegraph , 11/04/2011

(15) Como fizeram os europeus desde 2010.

(16) Estimativa média feita pelo LEAP/E2020 em 2007/2008.

(17) Para além do comércio exterior tradicional, o gráfico abaixo mostra a amplitude da redução das transferências para os seus países de origem por parte dos trabalhadores emigrados nos Estados Unidos, devido à baixa do US dólar. Esta redução ainda vai ampliar-se mais a partir de Outono de 2011.

(18) No Estados Unidos, hoje é a visão diabólica que está amplamente imposta na opinião pública, ao contrário de 2008 em que os responsáveis do Fed pareciam ser o último recurso. Esta mudança psicológica, como sublinhámos, não é um pormenor e contribui fortemente para limitar a margem de manobra dos dirigentes do Fed. E não é a derrota judicial histórica do Banco Central dos EUA, que foi obrigado a revelar os destinatários das centenas de milhares de milhões de dólares de ajuda distribuídos após a crise da Wall Street de 2008, que vai obrigar melhorar esta situação, muito pelo contrário. Uma anedota simples, revelada pela revista Rollingstone, ilustra o agravamento das queixas do povo americano contra os seus banqueiros centrais: a título de beneficiários destas ajudas do Fed, encontram-se as mulheres de duas grandes figuras da Wall Street que criaram um instrumento sob medida permitindo-lhes receber US$200 milhões do Fed para recompra de créditos apodrecidos... com os benefícios revertendo-lhe e as perdas indo para o Fed! Isto é infelizmente um exemplo dentre muitos outros que circulam actualmente na Internet e que romperam, já definitivamente, o respeito do povo americano para com a sua instituição monetária de referência. Uma situação explosiva no contexto da crise actual. Fonte: Rollingstone , 12/04/2011

(19) O destino do dólar, tal como o dos Títulos do Tesouro dos EUA, doravante no essencial está nas mãos dos operadores do resto do mundo que examinarão de maneira muito "clínica" a saída do Quantitativa Easing 2 que se impõe ao Fed no decorrer do segundo trimestre de 2011. É a sua opinião colectiva (já muito crítica), e não a "comunicação" do Fed, que será decisiva.

(20) Fonte: Politico , 04/04/2011

(21) Fonte: Boston Herald, 13/04/2011

(22) Fonte: Huffington Post , 11/04/2011

(23) E tanto mais que eles continuam a bater recordes de necessidades de financiamento para os seus défices, e que o défice previsto durante uma década pelos compromisso de Obama monta a US$9500 mil milhões. Por um lado, ele concebe políticas que aumentam o défice, por outro anuncia objectivos de redução. Realmente pouco crível. Fontes: CNBC , 13/04/2011; Washington Post , 18/03/2011

(24) Brown é uma personalidade americana original que tem uma longa experiência política uma vez que já foi governador da Califórnia de 1975 a 1983, e duas vezes candidato à investidura democrática para o posto de presidente dos Estados Unidos. A sua opinião sobre o estado de ruína do sistema político dos Estados Unidos não é portanto para tomar de ânimo leve. Fonte: CBS , 10/04/2010

(25) Àqueles que consideram a imagem ousada, nossa equipe recorda que uma das principais causas da Guerra de Secessão foi a visão irreconciliável do que devia ser o estado federal e o seu papel. Hoje, em torno das questões orçamentais, do papel do Fed, das despesas militares e das despesas sociais, vê-se novamente emergirem duas visões diametralmente opostas do que deve ser e fazer o estado federal, com o seu cortejo de bloqueios institucionais crescentes e um ambiente de ódio entre forças políticas. Já demos numerosas ilustrações nos GEAB anteriores. Fonte: Americanhistory

(26) Como qualificar de outra forma pessoas que, à custa de crises repetidas, conseguiram sacar algumas dezenas de milhares de milhões de um orçamento e que se põem agora a anunciar urbi et orbi que amanhã vão sacar mais milhões de milhões de dólares destes mesmos orçamentos? Loucos ou mentirosos? De qualquer forma inconscientes, pois acumulam-se constrangimentos que em todos os casos exigem reduções de défices.

(27) As dívidas públicas mundiais estão no ponto máximo desde 1945 e, com 10,8% do PNB, os Estados Unidos tornaram-se o primeiro grande país em termos de défice público. Fontes: Figaro , 12/04/2011; Bloomberg , 12/04/2011

(28) A propósito dos BRIC (doravante BRICS, com a África do Sul), é muito interessante notar que a sua terceira cimeira, reunida na ilha tropical chinesa de Hainan, beneficia finalmente de uma cobertura mediática significativa da parte dos media ocidentais. Nós fizemos parte dos primeiros e das raras publicações ocidentais a mencionar a primeira cimeira (em Ekaterinenbourg) e a sublinhar a importância do acontecimento há três anos atrás mas, até o presente, a grande imprensa internacional persistia em considerar os BRICS como um simples acrónimo sem dimensão geopolítica séria. As coisas mudaram visivelmente. Além disso, desde a Líbia até o dólar, a cimeira de Hainan posicionou-se claramente em contrapeso aos Estados Unidos e seus procuradores (cada vez menos numerosos em relação ao que se passa na Líbia). Quanto ao dólar, os BRICS decidiram acelerar o processo que lhes permitirá utilizarem as suas próprias divisas no seu comércio: um outro sinal de que nos aproximamos muito rapidamente de um violento choque monetário. Fonte: CNBC , 14/04/2011

(29) Aqueles que ainda acreditam uma melhoria da situação económica americana, para além do efeito "dopagem" da Quantitative Easing 2, deveriam dar atenção à moral das PME nos Estados Unidos que recomeça a degradar-se fortemente e à ficção da melhoria no emprego que será brutalmente corrigida (mesmo nas estatísticas oficiais) a partir do Verão de 2011. E remetemos aos GEAB anteriores quanto à crise fiscal dos estados federados. Fontes: MarketWatch , 12/04/2012; New York Post , 12/04/2011

(30) Fonte: CNBC , 22/03/2011
15/Abril/2011

[*] Global Europe Anticipation Bulletin.

O original encontra-se em www.leap2020.eu/...

Este comunicado encontra-se em http://resistir.info/ .

<< 1 ... 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 ... 118 >>

Fevereiro 2025
Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom
 << <   > >>
          1 2
3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28    

Busca

  Feeds XML

Ferramentas de administração

powered by b2evolution