* * Conheça os produtos e empresas que deveriam ser boicotados para castigar ao Governo de Israel pola sua massacre em Gaza **
LISTA DE PRODUTOS A BOICOTAR: -
-FRUTAS: Mangas e melons CARMEL. Abacate ecológico Ecofresh-Carmel.
-TECNOTRON: Foto matom e outras instalações recreativas de rua.
-NANAS: Estropalhos ou buchas saponáceos.
-PATACAS: Variedade Mondial, LZR (Em Mercadona) variedade Vivaldi e Desiree.
-VINHO: Carmel Mizrachi Wines, vinhos de Israel.
-ESHET-EYLON: Classificaçom automática de frutas.
-NETAFIM: Equipas de rego.
-MILONOT: Pensos para o gando, Planta têxtil algodoeira, Central de mecanizaçom do algodom, Matadouro de aves, Envasado de frutas, Processado de frutas e hortaliças ou legumes, Maduraçom e envasado de bananas, Centro de processo de dados...
-DÁTILES CARMEL: Jordan Plains.
-ÁGUA MINERAL EDEN: Garrafas para fontes públicas.
-MENNEN: Sistemas de monitorizaçom de pacientes em cuidados intensivos.
-COSMÉTICOS REVLON: Em quase todas as drogarias e perfumarias.
-AHAVA: Cremas, sais, loçons.
- CALÇONS DE BANHO MAIÔS: GIDEON OBERSON e GOTTEX.
-ROUPA INTERIOR: VITÓRIAS SECRET, WARNACO, THE GAP, NIKE.
-APARELHOS DE AR ACONDICIONADO JOHNSON, WHITE WESTINGHOUSE, AIRWELL e ELECTRA.
-EPILADY: Máquinas de depilar e massagem.
-VEET: Cera de depilaçom.
-INTEL: O maior fabricante de micro processadores do mundo. Foi a primeira empresa estrangeira que abriu uma sucursal em Haifa em 1974.
-EMBLAZE: Esta companhia israelense pola primeira vez estará na prestigiosa pronta de companhias como Nokia e outras que desenvolvem telefones móveis. Emblaze actuará em conjunçom com a israelense Partner Communications, que opera com o nome de assinatura de Orange.
-RAFAEL: Sistemas de segurança para o lar.
-EMPRESAS ESTRANGEIRAS QUE APOIAM A ISRAEL: McDonald's, Timberland, Revlon, Garnier, Hugo Boss, Tommy Hilfiger, Calvin Klein, L'Oreal, Garnier.....
-JOHNSON & JOHNSON: No 50º Aniversário da Independência de Israel, a Johnson No 50º Aniversário da Independência de Israel, a Johnson & Johnson foi-lhe concedido o maior galardom, o Jubilee Award, em reconhecimento a seu apoio à economia israelense.
-TELEFÓNICA: Adquire grande parte de seus produtos em Israel entre eles, os multiplicadores de linhas, componentes para redes e sistemas de facturaçom de telefonemas.
resistir.info
Depois de 22 dias de bombardeamento da força aérea, que em 2500 raids despejaram 1000 toneladas de bombas e fósforo branco sobre o martirizado povo palestino (sem contar o que foi lançado pela artilharia, tanques, infantaria e canhoneiras), o estado nazi-sionista anuncia que vai suspender o seu ataque. Mas reserva-se o direito de reinicia-lo quando muito bem lhe apetecer. Os 1400 mortos e 6500 feridos na Faixa de Gaza ainda não satisfizeram o governo sionista. É apenas uma suspensão para não constranger Obama no dia da sua posse como presidente.
Desta guerra genocida contra um povo indefeso já se podem fazer algumas constatações:
1) A bravura, dignidade e coragem do governo legítimo do Hamas e das demais organizações democráticas e progressistas do povo palestino, como a F.D.L.P., que não se renderam ao agressor sionista.
2) O papel vergonhoso desempenhado pela Autoridade Palestina encabeçada pelo sr. Abbas, que se comportou como o cúmplice amestrado do imperialismo e do governo sionista.
3) A atitude dúbia ou conivente de muitos países árabes, particularmente o governo egípcio.
4) O papel hipócrita dos governos europeios (e da UE) pondo em pé de igualdade o criminoso e a vítima; mostrando assim o caracter de colónia norte-americana que é a UE
5) O dever moral das instituições internacionais de levar a julgamento os responsáveis pelos crimes de guerra israelenses.
6) O facto de que o povo de Gaza, agora com as suas infra-estruturas destruídas, continua submetido a um cerco que visa dizimá-lo pela fome, pela falta de assistência médica e de tudo o mais.
7) A realidade de que o problema continua por resolver e que continua a ser indispensável a criação de um Estado Palestino, autónomo, livre e democrático.
1)Em Oriente Próximo som sempre os árabes quem atacam primeiro, e sempre é Israel quem se defende. Essa defesa chama-se ?represália?.
2)Nem árabes, nem palestinos nem libaneses têm direito a matar civis. A isso se lhe chama ?terrorismo?.
3) Israel tem direito a matar civis. Isso se chama ?legítima defessa?.
4) Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que o faga com maior comedimento. Isso se chama ?reacçom da comunidade internacional?.
5) Nem palestinos nem libaneses têm direito a capturar soldados israelenses dentro de instalaçons militares com sentinelas e postos de combate. A isso há que o chamar ?sequestro de pessoas indefesas?.
6) Israel tem direito a sequestrar a qualquer hora e em qualquer lugar a quantos palestinos e libaneses que tenha por antolho. A sua cifra actual rodada os 10 mil, 300 dos quais som meninos e mil, mulheres. Nom se precisa prova alguma de culpabilidade. Israel tem direito a manter sequestrados presos indefinidamente, já sejam autoridades democraticamente eleitas polos palestinos. A isso se lhe chama ?encarceramento de terroristas?.
7) Quando se menciona a palavra ?Hezbollah?, é obrigatório acrescentar na mesma frase ?apoiados e financiados por Síria e por Irám.
8) Quando se menciona ?Israel?, está terminantemente proibido acrescentar: ?apoiados e financiados polos EEUU?. Isso poderia dar a impressom de que o conflito é desigual e de que a existência de Israel nom corre perigo.
9) Em informaçons sobre Israel, há que evitar sempre que apareçam as seguintes locuçons: ?Territórios ocupados?, ?Resoluçons da ONU?, ?Violaçons dos Direitos Humanos? e ?Convençom de Genebra?.
10) Os palestinos, o mesmo que os libaneses, som sempre ?covardes? que se escondem entre uma populaçom civil que ?nom os quer?. Se dormem em casa com suas famílias, isso tem um nome: ?covardia?. Israel tem direito a aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde dormem. A isso se lhe chama ?acçom cirúrgica de alta precisom?.
11) Os israelenses falam melhor inglês, francês, castelhano ou português que os árabes. Por isso merecem ser entrevistados com maior frequência e ter mais oportunidades que os árabes para explicar ao grande público as presentes regras de redacçom (da 1 à 10). A isso se lhe chama ?neutralidade jornalística?.
12) Todas as pessoas que nom estám de acordo com as mencionadas Regras, som, e assim deve se fazer constar, ?terroristas anti-semitas de alta perigosidade?.
"Não quero parecer um pastor com a sua Bíblia marxista, mas quero ler uma passagem de O Capital: o verdadeiro limite da produção capitalista é o próprio capital; é o fato de que, nela, são o capital e a sua própria valorização que constituem o ponto de partida e a meta, o motivo e o fim da produção. O meio empregado - desenvolvimento incondicional das forças sociais produtivas - choca constantemente com o fim perseguido, que é um fim limitado: a valorização do capital existente". Leia a íntegra da palestra do economista francês François Chesnais feita em setembro, em Buenos Aires.
François Chesnais* - Esquerda.Net
Nesta apresentação feita em 18 de Setembro em Buenos Aires, o economista marxista francês François Chesnais expõe a forma como o capitalismo, na sua longa fase de expansão, tentou superar os seus limites imanentes. E como todas essas tentativas contribuíram para criar agora uma crise muito maior. Comparável à de 1929, mas que ocorre num contexto totalmente novo.
A tese que vou apresentar defende que no ano passado produziu-se uma verdadeira ruptura, que deixa para trás uma longa fase de expansão da economia capitalista mundial; e que essa ruptura marca o início de um processo de crise com características que são comparáveis à crise de 1929, ainda que venha a desenvolver-se num contexto muito diferente.
A primeira coisa que é preciso recordar é que a crise de 1929 se desenvolveu como um processo: um processo que começou em 1929, mas cujo ponto culminante se deu bastante depois, em 1933, e que logo abriu caminho a uma longa fase de recessão. Digo isto para sublinhar que, na minha opinião, estamos a viver as primeiras etapas, mas realmente as primeiras, primeiríssimas etapas de um processo dessa amplitude e dessa temporalidade. E que o que nestes dias está acontecendo e tem como cenário os mercados financeiros de Nova York, de Londres e de outros grandes centros bolsistas, é somente um aspecto - e talvez não seja o aspecto mais importante - do que se deve interpretar como um processo histórico.
Estamos diante de um desses momentos em que a crise vem exprimir os limites históricos do sistema capitalista. Não se trata de alguma versão da teoria da "crise final" do capitalismo, ou algo do estilo. Do que sim se trata, na minha opinião, é de entender que estamos confrontados com uma situação em que se exprimem estes limites históricos da produção capitalista. Não quero parecer um pastor com a sua Bíblia marxista, mas quero ler-vos uma passagem de O Capital:
"O verdadeiro limite da produção capitalista é o próprio capital; é o fato de que, nela, são o capital e a sua própria valorização que constituem o ponto de partida e a meta, o motivo e o fim da produção; o fato de que aqui a produção é só produção para o capital e, inversamente, não são os meios de produção simples meios para ampliar cada vez mais a estrutura do processo de vida da sociedade dos produtores. Daí que os limites dentro dos quais tem de mover-se a conservação e a valorização do valor-capital, a qual descansa na expropriação e na depauperção das grandes massas de produtores, choquem constantemente com os métodos de produção que o capital se vê obrigado a empregar para conseguir os seus fins e que tendem para o aumento ilimitado da produção, para a produção pela própria produção, para o desenvolvimento incondicional das forças produtivas do trabalho. O meio empregado - desenvolvimento incondicional das forças sociais produtivas - choca constantemente com o fim perseguido, que é um fim limitado: a valorização do capital existente. Por conseguinte, se o regime capitalista de produção constitui um meio histórico para desenvolver a capacidade produtiva material e criar o mercado mundial correspondente, envolve ao mesmo tempo uma contradição constante entre esta missão histórica e as condições sociais de produção próprias deste regime. (1)
Bom, certamente que há algumas palavras que hoje já não utilizamos, como "missão histórica"... Mas creio que o que vamos ver nos próximos anos vai dar-se precisamente na base de já ter sido criado em toda a sua plenitude esse mercado mundial intuído por Marx. Quer dizer, temos um mercado e uma situação mundial diferentes da de 1929, porque nessa altura países como a China e a Índia eram ainda semi-coloniais, enquanto que agora já não têm esse caráter; são grandes países que, mais além de terem um caráter combinado que requer uma análise cuidadosa, são agora participantes de pleno direito dentro de uma economia mundial única, uma economia mundial unificada num grau desconhecido até esta etapa da história. A citação pode ajudar-nos a entender o momento atual, e a crise que se iniciou precisamente neste marco de um só mundo.
Um novo tipo de crise
Na minha opinião, nesta nova etapa, a crise vai desenvolver-se de tal modo que as primeiras e realmente brutais manifestações da crise climática mundial vão combinar-se com a crise do capital enquanto tal. Entramos numa fase em que se coloca realmente uma crise da humanidade, dentro de complexas relações nas quais se incluem também os acontecimentos bélicos, mas o mais importante é que, mesmo excluindo a explosão de uma guerra de grande amplitude que, no presente momento, só podia ser uma guerra atómica, estamos confrontados com um novo tipo de crise, com uma combinação desta crise econômica, que começou, com uma situação na qual a natureza, tratada sem a menor contemplação e atacada pelo homem no marco do capitalismo, reage agora de forma brutal. Isto é uma coisa quase excluída das nossas discussões, mas que vai impor-se como um fato central.
Por exemplo, muito recentemente, lendo o trabalho de um sociólogo francês, fiquei a saber que os glaciares andinos dos quais flui a água com que se abastecem La Paz e El Alto estão esgotados em mais de 80%, e estima-se que dentro de 15 anos La Paz e El Alto não vão ter água... e, no entanto, isto é algo que nunca foi tratado, nunca se discutiu um fato de tamanha magnitude que pode fazer com que a luta de classes na Bolívia, tal como a conhecemos, mude substancialmente - por exemplo fazendo com que a tal controversa mudança da capital para Sucre se imponha como uma coisa "natural", porque acabou a água em La Paz.
Estamos entrando num período desse tipo e o problema é que quase não se fala disso, enquanto que nos ambientes revolucionários continuam a discutir-se coisas que neste momento são minúcias, questões completamente mesquinhas em comparação com os desafios que temos pela frente.
Limites imanentes do capitalismo
Para continuar com a questão dos limites do capitalismo, quero chamar a atenção para uma citação de Marx, imediatamente anterior à já citada: "A produção capitalista aspira constantemente a superar estes limites imanentes a ela, mas só pode superá-los recorrendo a meios que voltam a levantar diante dela estes mesmo limites, e ainda com mais força". (2) Esta indicação introduz-nos a análise e a discussão dos meios a que se recorreu, durante os últimos 30 anos, para superar os limites imanentes do capital.
Esses meios foram, em primeiro lugar, todo o processo de liberalização das finanças, do comércio e do investimento, todo o processo de destruição das relações políticas surgidas na raíz da crise de 29 e dos anos 30, depois da Segunda Guerra Mundial e das guerras de libertação nacional... Todas essas relações, que exprimiam o domínio do capital mas representavam ao mesmo tempo formas de controle parcial do mesmo capital, foram destroçadas e, por algum tempo, pareceu ao capital que com isto ficavam superados os limites postos à sua atuação.
A segunda forma que se escolheu para superar esses limites imanentes do capital foi recorrer, numa escala sem precedentes, à criação de capital fictício e de meios de crédito para ampliar uma procura insuficiente no centro do sistema.
E a terceira forma, a mais importante historicamente para o capital, foi a reincorporação, enquanto elementos plenos do sistema capitalista mundial, da União Soviética e seus "satélites", e da China.
Só no marco das resultantes destes três processos é possível captar a amplitude e a novidade da crise que se inicia.
Liberalização, mercado mundial, competição... Comecemos por nos interrogar sobre o que significou a liberalização e a desregulação levadas a cabo à escala mundial, com a incorporação do antigo "campo" soviético e a incorporação e a modificação das relações de produção na China... O processo de liberalização e desregulação significou o desmantelamento dos poucos elementos reguladores que se tinham construído no marco internacional ao sair da Segunda Guerra Mundial, para entrar num capitalismo totalmente desregulamentado. E não só desregulamentado, como também um capitalismo que criou realmente o mercado mundial no pleno sentido do termo, convertendo em realidade o que era em Marx uma intuição ou antecipação. Pode ser útil precisar o conceito de mercado mundial e ir talvez mais além da palavra mercado.
Trata-se da criação de um espaço livre de restrições para as operações do capital, para produzir e realizar mais-valias, tomando este espaço como base e processo de centralização de lucros à escala verdadeiramente internacional. Esse espaço aberto, não homogêneo mas com uma redução drástica de todos os obstáculos à mobilidade do capital, essa possibilidade para o capital de organizar à escala universal o ciclo de valorização, está acompanhado de uma situação que permite pôr em competição entre si os trabalhadores de todos os países. Quer dizer, sustenta-se no fato de o exército industrial de reserva ser realmente mundial e de ser o capital como um todo que rege os fluxos de integração ou de repulsão, nas formas estudadas por Marx.
Este é então o marco geral de um processo de "produção para a produção" em condições em que a possibilidade de a humanidade e as massas do mundo acederem a essa produção é totalmente limitada... e, portanto, torna-se cada vez mais difícil o encerramento com êxito do ciclo de valorização do capital, para o capital no seu conjunto, e para cada capital em particular. E por isso se ampliam e se fazem mais determinantes no mercado mundial "as leis cegas da competição". Os bancos centrais e os governos podem proclamar que vão pôr-se de acordo entre si e colaborar para impedir a crise, mas não creio que se possa introduzir a cooperação no espaço mundial convertido em cenário de uma tremenda competição entre capitais.
E agora, a competição entre capitais vai muito mais além das relações entre os capitais das partes mais antigas e mais desenvolvidas do sistema mundial, com os sectores menos desenvolvidos do ponto de vista capitalista. Porque sob formas particulares e inclusive muito parasitárias, no marco mundial deram-se processos de centralização do capital por fora do marco tradicional dos centros imperialistas: em relação com eles, mas em condições que também introduzem algo totalmente novo no marco mundial.
Durante os últimos 15 anos, e em particular durante a última etapa, desenvolveram-se, em determinados pontos do sistema, grupos industriais capazes de integrar-se como sócios de pleno direito nos oligopólios mundiais. Tanto na Índia como na China constituíram-se verdadeiros e fortes grupos econômicos capitalistas. E, no plano financeiro, como expressão do rentismo e do parasitismo puro, os chamados Fundos Soberanos converteram-se em importantes pontos de centralização do capital sob a forma de dinheiro, que não são meros satélites dos Estados Unidos, têm estratégias e dinâmicas próprias e modificam de muitas maneiras as relações geopolíticas dos pontos-chave em que a vida do capital se faz e fará.
Por isso, outro elemento a ter em conta é que esta crise tem como outra de suas dimensões a de marcar o fim da etapa em que os Estados Unidos podiam atuar como potência mundial sem comparação... Na minha opinião, saímos do momento que analisava Mészáros no seu livro de 2001, e os Estados Unidos vão ser submetidos a uma prova: num prazo muito curto, todas as suas relações mundiais modificaram-se e terão, no melhor dos casos, de renegociar e reordenar todas as suas relações com base no facto de que têm de partilhar o poder. E isto, evidentemente, é algo que nunca aconteceu de forma pacífica na história do capital...
Então, primeiro elemento: um dos métodos escolhidos pelo capital para superar os seus limites transformou-se em fonte de novas tensões, conflitos e contradições, indicando que uma nova etapa histórica vai abrir caminho através desta crise.
Criação descontrolada de capital fictício
O segundo meio utilizado para superar os limites do capital das economias centrais foi que todas elas recorreram à criação de formas totalmente artificiais de ampliação da procura efectiva, as quais, somando-se a outras formas de criação de capital fictício, geraram as condições para a crise financeira que se desenvolve hoje. No artigo que os companheiros de Herramienta tiveram a gentileza de traduzir para o espanhol e publicar, abordei com alguma profundidade esta questão do capital fictício e as novas formas que se deram dentro do próprio processo de acumulação do capital fictício.
Para Marx, o capital fictício é a acumulação de títulos que são "sombra de investimentos" já feitos mas que, como títulos de bônus e de ações, aparecem com o aspecto de capital aos seus detentores. Não o são para o sistema como um todo, para o processo de acumulação, mas são-no sim para os seus detentores e, em condições normais de fechamento de processos de valorização do capital, rendem aos seus detentores dividendos e juros. Mas o seu caráter fictício revela-se em situações de crise. Quando ocorrem crises de sobreprodução, falência de empresas, etc., descobre-se que esse capital não existia...
Por isso também pode ler-se às vezes nos jornais que tal ou qual quantidade de capital "desapareceu" nalgum tropeço bolsista: essas quantias nunca tinham existido como capital propriamente dito, apesar de, para os detentores dessas ações, representarem títulos que davam direito a dividendos e juros, a receber lucros...
Evidentemente, um dos grandes problemas de hoje é que, em muitíssimos países, os sistemas de aposentadoria estão baseados em capital fictício, com pretensões de participação nos resultados de uma produção capitalista que pode desaparecer em momentos de crise. Toda a etapa de liberalização e de globalização financeira dos anos 80 e 90 esteve baseada em acumulação de capital fictício, sobretudo em mãos de fundos de investimento, fundos de pensões, fundos financeiros... E a grande novidade desde finais ou meados dos anos 90 e ao largo dos anos 2000 foi, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha em particular, o impulso extraordinário que se deu à criação de capital fictício na forma de crédito.
De crédito a empresas, mas também e sobretudo de créditos às famílias, crédito ao consumo e sobretudo créditos hipotecários. E isso fez dar um salto na massa de capital fictício criado, dando origem a formas ainda mais agudas de vulnerabilidade e de fragilidade, inclusive diante de choques menores, inclusive diante de episódios absolutamente previsíveis. Por exemplo, com base em tudo estudado anteriormente, sabia-se que um boom imobiliário acaba; que inexoravelmente chega um momento em que, por processos muito bem estudados, termina; e, se pode até ser relativamente compreensível que no mercado de ações existisse a ilusão de que não havia limites para a alta no preço das acções, com base em toda a história anterior sabia-se que que isso não podia ocorrer no setor imobiliário: quando se trata de edifícios e de casas é inevitável que chegue o momento em que o boom acaba.
Mas colocaram-se em tal situação de dependência, que esse acontecimento completamente normal e previsível transformou-se numa crise tremenda. Porque a tudo o que já disse, juntou-se o fato de que durante os dois últimos anos os empréstimos eram feitos a famílias que não tinham a menor possibilidade de pagar. Além disso, tudo isso se combinou com as novas "técnicas" financeiras, permitindo-se assim que os bancos vendessem bônus em condições tais que ninguém podia saber exatamente o que estava a comprar... até a explosão dos subprime em 2007.
Agora estão desmontando este processo. Mas dentro dessa desmontagem, há processos de concentração do capital financeiro. Quando o Bank Of America compra o Merrill Lynch, estamos diante de um processo de concentração clássico. E vemos além disso estes processos de estatização das dívidas, que implicam na criação imediata de mais capital fictício. O Federal Reserve dos Estados Unidos cria mais capital fictício para manter a ilusão de um valor do capital que está à beira de desmoronar, com a perspectiva de ter, em algum momento dado, a possibilidade de aumentar fortemente a pressão fiscal, mas na realidade não pode fazê-lo porque isso significaria o congelamento do mercado interno e a aceleração da crise enquanto crise real.
Assistimos, pois, a uma fuga em frente que não resolve nada. Dentro desse processo existe também o avanço dos Fundos Soberanos, que procuram modificar a repartição intercapitalista dos fluxos financeiros a favor dos sectores rentistas que acumularam estes fundos. E isto é um fator de perturbação ainda maior no processo.
Quero recordar, para terminar este ponto, que esse déficit comercial de cinco pontos do PIB é o que confere aos Estados Unidos a particularidade desse lugar-chave para a concretização do ciclo do capital no momento da realização da mais-valia, para o processo capitalista no seu conjunto.
Confrontados agora com uma quase inevitável retração econômica, coloca-se como a grande interrogação se, num curto prazo, a procura interna chinesa poderá passar a ser o lugar que garanta esse momento de realização da mais-valia que se dava nos Estados Unidos. A amplitude da intervenção do Tesouro é muito forte e conseguiu que a contração da atividade nos EUA e a queda das importações tenha sido até agora muito limitada. O problema é saber quanto tempo se poderá ter como único método de política econômica criar mais e mais liquidez... Será possível que não haja limites à criação de capital fictício sob a forma de liquidez para manter o valor do capital fictício já existente? Parece-me uma hipótese demasiado otimista, e entre os próprios economistas norte-americanos, muitos duvidam.
Super-acumulação na China?
Para terminar, chegamos à terceira maneira pela qual o capital superou os seus limites imanentes, que é definitivamente a mais importante de todas e levanta as interrogações mais interessantes. Refiro-me à extensão, em particular para a China, de todo o sistema de relações sociais de produção do capitalismo. Algo que Marx mencionou nalgum momento como possibilidade, mas que só se fez realidade durante os últimos anos. E realizou-se em condições que multiplicam os fatores de crise.
A acumulação do capital na China fez-se com base em processos internos, mas também com base em algo que está perfeitamente documentado, mas pouco comentado: a transferência de uma parte importantíssima do Setor II da economia, o setor da produção de meios de consumo, dos Estados Unidos para a China. E isto tem muito a ver com o grosso dos déficits norte-americanos (o déficit comercial e o fiscal), que só poderiam reverter-se por meio de uma "reindustrialização" dos Estados Unidos.
Isto significa que se estabeleceram novas relações entre os Estados Unidos e a China. Já não são as relações de uma potência imperialista com um espaço semicolonial. Os Estados Unidos criaram relações de um novo tipo, que agora têm dificuldades de reconhecer e de assumir. Com base no superávit comercial, a China acumula milhões e milhões de dólares, que logo empresta aos Estados Unidos. Temos uma ilustração das consequências que isto traz com a nacionalização dessas duas entidades chamadas Fannie Mae e Freddy Mac: ao que parece, a banca da China tinha 15% dos fundos dessas duas entidades e comunicou ao governo americano que não aceitaria a sua desvalorização. São relações internacionais de tipo completamente novo.
Mas que ocorre no seio da própria China? É a questão mais decisiva para a próxima etapa da crise. Na China deu-se internamente um processo de competição entre capitais, que se combinou com processos de competição entre sectores do aparelho político chinês, e de competição para atrair empresas estrangeiras; tudo isso resultou num processo de criação de imensas capacidades de produção, além de violentar a natureza numa escala enorme: na China concentra-se uma super-acumulação de capital que num momento dado se tornará insustentável.
Na Europa, é evidente a tendência a uma aceleração da destruição de capacidades produtivas e de postos de trabalho, para transferir-se para o único paraíso do mundo capitalista que é a China. Considero que esta transferência de capitais para a China significou uma reversão de processos anteriores de uma alta da composição orgânica do capital. A acumulação é intensiva em meios de produção e é intensiva e muito delapidadora da outra parte do capital constante, quer dizer, das matérias primas. A maciça criação de capacidades de produção no Setor I foi acompanhada por todos os mecanismos e o impulso que caracterizam o crescimento da China, mas o mercado final para sustentar toda essa produção é o mercado mundial, e uma retração deste colocará em evidência essa super-acumulação do capital.
Alguém como Aglietta, que estudou isto especificamente, afirma que realmente há super-acumulação, há um processo acelerado de criação produtiva na China, um processo que, no momento em que terminar - e tem de terminar - a realização de toda essa produção vai levantar problemas. Além disso, a China é realmente um lugar decisivo, porque até pequenas variações na sua economia determinam a conjuntura de muitos outros países no mundo. Foi suficiente que a procura chinesa por bens de investimento caísse um pouco, para que a Alemanha perdesse exportações e entrasse em recessão. As "pequenas oscilações" na China têm repercussões fortíssimas noutros lugares, como deveria ser evidente no caso da Argentina.
Para continuar a pensar e a discutir
E regresso ao que disse no início. Ainda que sejam comparáveis, as fases desta crise serão diferentes das de 29, porque naquela época a crise de superprodução dos Estados Unidos verificou-se desde os primeiros momentos. Depois aprofundou-se, mas soube-se de imediato que se estava diante de uma crise de superpodução. Agora, em contrapartida, estão adiando esse momento com diversas políticas, mas não vão poder fazê-lo muito mais.
Simultaneamente, e como ocorreu também na crise de 29 e nos anos 30, ainda que em condições e sob formas diferentes, a crise combinar-se-á com a necessidade, para o capitalismo, de uma reorganização total da expressão das suas relações de forças econômicas no marco mundial, marcando o momento no qual os Estados Unidos verão que a sua superioridade militar é somente um elemento, e um elemento bastante subordinado, para renegociar as suas relações com a China e outras partes do mundo. Ou vai chegar o momento no qual dará o salto para uma aventura militar de consequência imprevisíveis.
Por tudo isto, concluo que vivemos muito mais que uma crise financeira, mesmo estando agora nessa fase. Estamos diante de uma crise muitíssimo mais ampla. Ora bem, tenho a impressão, pelo tom das diferentes perguntas e observações que me fizeram, que muitos são da opinião que estou a pintar um cenário de tipo catastrofista, de desmoronamento do capitalismo... Na realidade, creio que estamos diante do risco de uma catástrofe, mas já não do capitalismo, e sim de uma catástrofe da humanidade. De certa forma, se tomarmos em conta a crise climática, possivelmente já existe algo assim...
A minha opinião (junto com Mészáros, por exemplo, mas somos muito poucos os que damos importância a isto) é que estamos diante de um perigo iminente. O dramático é que, de momento, isto afeta diretamente populações que não são levadas em conta: o que está ocorrendo no Haiti parece que não tem a menor importância histórica; o que acontece em Bangladesh não tem peso mais além da região afetada; muito menos o que acontece na Birmânia, porque o controle da Junta militar impede que ultrapasse as suas fronteiras. E o mesmo na China: discutem-se os índices de crescimento, mas não as catástrofes ambientais, porque o aparelho repressivo controla as informações sobre as mesmas.
E o pior é que essa "opinião", que é constantemente construída pelos meios de comunicação, está interiorizada muito profundamente, inclusive em muitos intelectuais de esquerda. Tinha começado a trabalhar e a escrever sobre tudo isto, mas com o começo desta crise, de alguma forma tive de voltar a ocupar-me das finanças, ainda que não o faça com muito gosto, porque o essencial parece-me que se joga num plano diferente.
Para terminar: o fato de que tudo isto ocorre depois desta fase tão larga, sem paralelo na história do capitalismo, de 50 anos de acumulação ininterrupta (salvo um pequeníssima ruptura em 1974/1975), assim como também tudo o que os círculos capitalistas dirigentes, e em particular os bancos centrais, aprenderam da crise de 29, tudo isso faz com que a crise avance de maneira bastante lenta.
Desde setembro do ano passado, o discurso dos círculos dominantes vem afirmando, uma e outra vez, que "o pior já passou", quando o certo é que, uma e outra vez, "o pior" estava por vir. Mas insisto no risco de minimizar a gravidade da situação, e sugiro que nas nossas análises e na forma de abordar as coisas deveríamos incorporar a possibilidade, no mínimo a possibilidade, de que inadvertidamente estejamos também interiorizando esse discurso de que, definitivamente, "não acontece nada"...
* François Chesnais é economista, faz parte do Conselho Científico do ATTAC-França, é diretor de Carré Rouge e membro do conselho consultivo da revista Herramienta, com a qual colabora assiduamente.
Esta apresentação foi realizada no encontro organizado pela revista argentina "Herramienta" em 18 de Setembro de 2008. A transcrição e preparação para a sua publicação é de Aldo Casas.
Versão publicada no portal Esquerda.Net. Tradução para o português: Luis Leiria (Esquerda.Net)
(1) Karl Marx, El capital México, FCE, 1973, Vol. III, pág. 248.
(2) Idem.
(3) "El fin de un ciclo. Alcance y rumbo de la crisis financiera", en Herramienta Nº 37, marzo 2008.
Operação Chumbo Impune
Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais. Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel executa a matança de Gaza? Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos?
Eduardo Galeano
Este artigo é dedicado a meus amigos judeus assassinados pelas ditaduras latinoamericanas que Israel assessorou.
Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los.
Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma armadilha sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.
São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com desajeitada pontaria sobre as terras que foram palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à margem da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está negando, há muitos anos, o direito à existência da Palestina.
Já resta pouca Palestina. Passo a passo, Israel está apagando-a do mapa.
Os colonos invadem, e atrás deles os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam a pilhagem, em legítima defesa.
Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel devorou outro pedaço da Palestina, e os almoços seguem. O apetite devorador se justifica pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu, e pelo pânico que geram os palestinos à espreita.
Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais, e é também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros.
Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não conseguiu bombardear impunemente o País Basco para acabar com o ETA, nem o governo britânico pôde arrasar a Irlanda para liquidar o IRA. Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos?
O exército israelense, o mais moderno e sofisticado mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de ?danos colaterais?, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez ?danos colaterais?, três são crianças. E somam aos milhares os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está ensaiando com êxito nesta operação de limpeza étnica.
E como sempre, sempre o mesmo: em Gaza, cem a um. Para cada cem palestinos mortos, um israelense.
Gente perigosa, adverte outro bombardeio, a cargo dos meios massivos de manipulação, que nos convidam a crer que uma vida israelense vale tanto quanto cem vidas palestinas. E esses meios também nos convidam a acreditar que são humanitárias as duzentas bombas atômicas de Israel, e que uma potência nuclear chamada Irã foi a que aniquilou Hiroshima e Nagasaki.
A chamada ?comunidade internacional?, existe?
É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e guerreiros? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos adotam quando fazem teatro?
Diante da tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial se ilumina uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade.
Diante da tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E como sempre, os países europeus esfregam as mãos.
A velha Europa, tão capaz de beleza e de perversidade, derrama alguma que outra lágrima, enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caçada de judeus foi sempre um costume europeu, mas há meio século essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinos, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antisemitas. Eles estão pagando, com sangue constante e sonoro, uma conta alheia.
Escritório de Assuntos Humanitários da ONU
15 de janeiro de 2009, 19. 00 horas.
"A Cruz Vermelha não pode gerir a evacuação de feridos. Há gente ao lado do hospital da Média Lua Vermelha desangrándose até a morte. Não podemos chegar até eles porque os israelitas nos disparam a nós? (Médico palestiniano).
"Hoje em dia, o complexo de Nações Unidas em Gaza tem sido bombardeada novamente. Transmiti meu enérgico protesto e a indignação ao ministro de Defesa e o Ministro de Relações Exteriores... Tem chegado o momento para deter a violência para que possamos mudar de maneira fundamental a dinâmica de Gaza. "(Secretário Geral de Nações Unidas Ban Ki Moon)
Hoje ocorreram os mais intensos combates até a data, com o avanço das forças israelitas de terra em zonas mais densamente povoadas, em particular a cidade de Gaza com uma população estimada de 500.000 pessoas. Desde a manhã do 15 de janeiro, um implacável bombardeio sobre a Faixa de Gaza tem atingido uma série de edifícios, entre eles o principal componente do OOPS na cidade de Gaza e três hospitais.
Um grande número de civis estão pegados em seus lares, enquanto mais milhares estão a procurar refúgio em casas de família e refúgios de emergência da OOPS. Não há lugares ou refúgios seguros dentro da Faixa de Gaza e as fronteiras permanecem fechadas. A segurança para o pessoal médico e o acesso aos serviços médicos segue sendo sumamente difícil.
Após um ano e médio de bloqueio e quase três semanas de intensos bombardeios por terra, mar e ar, a Faixa de Gaza está a ser testemunha de uma devastadora crise humanitária. A taxa de acidentes está a crescer rapidamente; grandes danos efectuaram-se à infra-estrutura pública e moradias, e a água, o saneamento e os serviços de electricidade mal funcionam. Os fornecimentos de produtos essenciais como a alimentação, a cozinha de gás, água e combustível estão a diminuir e a cada vez mais são mais difíceis de obter. Os meninos, que constituem o 56 por cento da população de Gaza, seguem sendo os mais afectados pela violência e representam uma proporção significativa dos mortos e gravemente mutilados.
Protecção de Civis
O exército israelita segue presente ao norte, ao este de Rafah e as zonas fronteiriças. Os bombardeios aéreos, fogo de artilharia e disparos continuaram em particular no Zaitoun, Tuffah, ao este de Gaza e de outros bairros da cidade de Gaza. A mesquita da o-Arquam escola privada da cidade de Gaza foi bombardeada, bem como o cemitério de Sheikh Radwan, destruindo muitas das tumbas.
Os combates intensificaram-se na manhã do 15 de janeiro, quando as forças israelitas avançaram dentro da cidade de Gaza. Edifícios residenciais, edifícios de grande altura, três hospitais e o componente da OOPS encontram-se entre os edifícios afectados.
A partir de 14 de janeiro, o OOPS acolhe 39.669 palestinianos deslocados em 41 refúgios de emergência em Gaza, a maioria deles na província de Gaza (17 refúgios com 13.884 deslocados internos) e no norte de Gaza (13 refúgios com 16.282 deslocados internos).
Saúde
O Hospital da o Wafa ao este da cidade de Gaza (o único hospital de reabilitação na Faixa de Gaza), o Hospital da o Fata ao oeste da cidade de Gaza, e o Hospital A o-Quds foram directamente afectados pelo exército israelita. Uma ambulância do Hospital da o Fata A o-Quds e dois ambulâncias do Hospital viram-se afectadas.
Ao redor de 0530 horas, pelo menos 500 pessoas que vivem em Tel o Hawa, procuraram refúgio na Sociedade A o-Quds Hospital da Média Lua Vermelha Palestiniana. A partir de 10.30 horas, o bombardeio afectou ao edifício administrativo e foi danado o segundo andar do hospital. Um incêndio apoderou-se de tudo, pondo em risco os pacientes, o pessoal e as pessoas deslocadas no hospital. O fogo foi extinguido em torno das 14.00 horas. À medida que as pessoas abandonam o hospital, registou-se um morto e quatro feridos por causa dos combates na zona. Aproximadamente às 18.00 horas, as 500 pessoas deslocadas foram evacuadas a um albergue de emergência da OOPS.
Edifício da OOPS
Aproximadamente às 10.00 horas, o fogo israelita atacou o principal componente da OOPS, ferindo a três pessoas. Os projétis causaram um incêndio que destruiu uma oficina e o almocem principal que aloja centos de toneladas de fornecimentos humanitários, incluídos os que distribuir-se-iam hoje 15 de janeiro. Uns 700 palestinianos refugiaram-se no complexo no momento do incidente, que foram evacuados a um refúgio de emergência perto.
Ataque a pessoal e edifícios de Meios de Comunicação
Aproximadamente às 0900 horas do 15 de janeiro, a raiz da intensificaçom dos bombardeios no bairro, os jornalistas na cidade de Gaza refugiaram-se na mesquita Ao Shurouq torre que alberga os principais escritórios e estudos de diferentes instituições locais e internacionais de meios de comunicação. Apesar das garantias por parte do exército israelita de que o edifício não era um objectivo, a 13 ª planta do edifício foi atacado até aproximadamente as 11. 15 horas. Dois jornalistas da televisão de Abu Dhabi resultaram feridos. A explosão causou um incêndio que dano as instalações de transmissão.
Cifras
O Ministério Palestiniano de Saúde (MS) entregou as cifras das 16 horas deste 15 de janeiro: 1086 palestinianos mortos, dos quais 346 são meninos e 79 são mulheres. O número de feridos situa-se em 4900, dos quais 1.709 são meninos e 724 são mulheres. O perigo para o pessoal médico e da dificuldade de extrair aos feridos dos edifícios derrubados faz impossível a evacuação e portanto a estimaçom de vítimas é muito difícil.
Desde as 16.00 horas do 14 de janeiro até as 16.00 horas do 15 de janeiro, um total de 73 palestinianos resultaram morridos, dos quais 24 eram meninos, e 340 resultaram feridos, dos quais 109 eram meninos.
Nove soldados israelitas têm sido assassinados desde o 27 de dezembro. Os militantes palestinianos seguem disparando fogo de foguetes e morteiros desde a Faixa de Gaza para Israel. Segundo o Magen David Adom, a sociedade nacional da Cruz Vermelha Internacional / Movimento da Média Lua Vermelha, as vítimas civis israelitas situam-se em quatro mortos e 78 feridos desde o 27 de dezembro.
Necessidades prioritárias
Cesaçom do Fogo: Conquanto qualquer mecanismo que facilite a assistência humanitária é bem-vinda, só um alto o fogo imediato poderá fazer frente à grave crise humanitária e a protecção a que a população de Gaza se enfrenta.
Protecção dos civis: os civis, especialmente os meninos que formam o 56 por cento da população de Gaza, se levam a pior parte da violência. Como é um dos lugares mais densamente povoados do mundo, correm o risco de ser mais os civis morridos ou feridos se o conflito continua. As partes em conflito devem respeitar as normas do Direito Internacional Humanitário (DIH), em particular os princípios de distinçom e proporcionalidade.
O acesso de ambulâncias e equipas de resgate: Um número indeterminado de mortos, feridos e de pessoas seguem pegadas nas casas que têm sido bombardeadas e nas zonas em que as hostilidades estão em curso. Devido aos ataques contra ambulâncias, o pessoal médico tem medo de chegar a estes lugares. A evacuação de feridos e o trânsito seguro das ambulâncias e os trabalhadores da saúde são fundamentais e de acordo ao direito internacional humanitário devem ser facilitados em todo momento. Isto inclui o passo seguro para a evacuação de feridos através de cruze de Rafah.
LISTA DE PRODUTOS A BOICOTAR: -
-FRUTAS: Mangas e melons CARMEL. Abacate ecológico Ecofresh-Carmel.
-TECNOTRON: Foto matom e outras instalações recreativas de rua.
-NANAS: Estropalhos ou buchas saponáceos.
-PATACAS: Variedade Mondial, LZR (Em Mercadona) variedade Vivaldi e Desiree.
-VINHO: Carmel Mizrachi Wines, vinhos de Israel.
-ESHET-EYLON: Classificaçom automática de frutas.
-NETAFIM: Equipas de rego.
-MILONOT: Pensos para o gando, Planta têxtil algodoeira, Central de mecanizaçom do algodom, Matadouro de aves, Envasado de frutas, Processado de frutas e hortaliças ou legumes, Maduraçom e envasado de bananas, Centro de processo de dados...
-DÁTILES CARMEL: Jordan Plains.
-ÁGUA MINERAL EDEN: Garrafas para fontes públicas.
-MENNEN: Sistemas de monitorizaçom de pacientes em cuidados intensivos.
-COSMÉTICOS REVLON: Em quase todas as drogarias e perfumarias.
-AHAVA: Cremas, sais, loçons.
- CALÇONS DE BANHO MAIÔS: GIDEON OBERSON e GOTTEX.
-ROUPA INTERIOR: VITÓRIAS SECRET, WARNACO, THE GAP, NIKE.
-APARELHOS DE AR ACONDICIONADO JOHNSON, WHITE WESTINGHOUSE, AIRWELL e ELECTRA.
-EPILADY: Máquinas de depilar e massagem.
-VEET: Cera de depilaçom.
-INTEL: O maior fabricante de micro processadores do mundo. Foi a primeira empresa estrangeira que abriu uma sucursal em Haifa em 1974.
-EMBLAZE: Esta companhia israelense pola primeira vez estará na prestigiosa pronta de companhias como Nokia e outras que desenvolvem telefones móveis. Emblaze actuará em conjunçom com a israelense Partner Communications, que opera com o nome de assinatura de Orange.
-RAFAEL: Sistemas de segurança para o lar.
-EMPRESAS ESTRANGEIRAS QUE APOIAM A ISRAEL: McDonald's, Timberland, Revlon, Garnier, Hugo Boss, Tommy Hilfiger, Calvin Klein, L'Oreal, Garnier.....
-JOHNSON & JOHNSON: No 50º Aniversário da Independência de Israel, a Johnson No 50º Aniversário da Independência de Israel, a Johnson & Johnson foi-lhe concedido o maior galardom, o Jubilee Award, em reconhecimento a seu apoio à economia israelense.
-TELEFÓNICA: Adquire grande parte de seus produtos em Israel entre eles, os multiplicadores de linhas, componentes para redes e sistemas de facturaçom de telefonemas.
por Michel Chossudovsky
resistir.info
A invasão militar da Faixa de Gaza pelas forças israelenses prende-se directamente com o controlo e propriedade das reservas estratégicas de gás natural na sua plataforma marítima.
Esta é uma guerra de conquista. Descobertas em 2000, são extensas as reservas de gás presentes ao longo do offshore de Gaza.
À British Gas (BG Group) e ao seu parceiro Consolidated Contractors International Company (CCC) com sede em Atenas, propriedade das famílias libanesas Sabbagh e Koury, foram dados os direitos de exploração de petróleo e gás num acordo de 25 anos assinado em Novembro de 1999 com a Autoridade Palestina.
Os direitos de exploração costeira das jazidas de gás são, respectivamente, da British Gas (60%); Consolidated Contractors (CCC) (30%); e o Fundo de Investimento da Autoridade Palestina (10%). ( Haaretz, 21/Outubro/2007).
O tratado AP-BG-CCC inclui o desenvolvimento da jazida e a construção de um gasoduto. ( Middle East Economic Digest, 05/Janeiro/2001).
A licença da BG cobre toda a zona marítima costeira de Gaza, que é contígua a várias instalações de gás marítimas de Israel (ver mapa abaixo). De ressalvar que 60 por cento das reservas de gás ao longo do litoral Gaza-Israel pertencem à Palestina.
O BG Group abriu dois furos em 2000: Gaza Marine-1 e Gaza Marine-2 . As reservas, segundo estimativa da British Gas, são da ordem dos 40 mil milhões de metros cúbicos [1,4 x 10 12 pés cúbicos], avaliados em aproximadamente 4 mil milhões de dólares. Estes são os números anunciados pela British Gas. A dimensão das reservas de gás da Palestina pode ser bastante maior.
QUEM POSSUI OS CAMPOS DE GÁS
O tema da soberania sobre os campos de gás de Gaza é crucial. Do ponto de vista legal, as reservas pertencem à Palestina.
A morte de Yasser Arafat, a eleição do governo do Hamas e a ruína da Autoridade Palestiniana permitiram a Israel estabelecer um controlo de facto sobre as reservas de gás costeiras de Gaza.
A British Gas (BG Group) tem estado a negociar com o governo de Tel Aviv. Por sua vez, o governo do Hamas foi ignorado no que se refere à exploração e direitos de desenvolvimento das jazidas de gás.
A eleição do primeiro-ministro Ariel Sharon em 2001 foi um ponto de viragem. A soberania da Palestina sobre as reservas costeiras de gás foi desafiada no Supremo Tribunal de Israel. Sharon afirmou inequivocamente que "Israel nunca compraria gás à Palestina", insinuando ainda que as reservas costeiras de Gaza pertenciam a Israel.
Em 2003 Ariel Sharon vetou um acordo inicial que permitiria à British Gas fornecer a Israel gás natural vindo dos furos costeiros de Gaza. ( The Independent, 19/Agosto/2003)
A vitória do Hamas nas eleições de 2006 conduziu ao fim da Autoridade Palestiniana, que ficou confinada à Cisjordânia, sob o regime fantoche de Mahmoud Abbas.
Em 2006, a British Gas "esteve próxima de assinar um acordo para enviar o gás para o Egipto." ( Times, 23/Maio/2007). De acordo com o relatado, o primeiro-ministro britânico Tony Blair interveio em nome de Israel com o propósito de bloquear o acordo com o Egipto.
No ano seguinte, em Maio de 2007, o governo israelense aprovou a proposta do primeiro-ministro Ehud Olmert "para comprar gás à Autoridade Palestiniana". O contrato proposto foi de 4 mil milhões de dólares, com lucros na ordem dos 2 mil milhões de dólares, dos quais mil milhões iriam para os palestinianos.
Tel Aviv, no entanto, não tinha qualquer interesse em dividir os seus ganhos com a Palestina. Uma equipa de negociadores de Israel foi encarregada pelo governo de refazer o acordo com a BG Group, sem intervenção do governo do Hamas e da Autoridade Palestiniana:
"As autoridades militares israelenses querem que os palestinianos sejam pagos em bens e serviços e insistem que não haja qualquer dinheiro a ser entregue ao governo controlado pelo Hamas". (Ibid, ênfase acrescentada)
O objectivo era essencialmente anular o contrato assinado em 1999 entre o BG Group e a Autoridade Palestina sob Yasser Arafat.
Segundo o acordo proposto em 2007 à BG, o gás palestiniano dos poços costeiros de Gaza seria canalizado por um gasoduto marítimo para o porto israelense de Ashkelon, transferindo portanto o controlo da venda do gás natural para Israel.
O negócio falhou. As negociações foram suspensas:
"O chefe da Mossad, Meir Dagan, opôs-se à transacção por motivos de segurança, afirmando que o dinheiro serviria para financiar o terrorismo". (Gilad Erdan, deputado do Knesset, dirigiu-se à câmara, acerca da "Intenção do primeiro-ministro adjunto Ehud Olmert de comprar gás aos palestinianos quando o pagamento servirá o Hamas", 01/Março/2006, citado pelo general na reserva Moshe Yaalon em Does the Prospective Purchase of British Gas from Gaza's Coastal Waters Threaten Israel's National Security? Jerusalem Center for Public Affairs, Outubro 2007)
A intenção de Israel era impedir a possibilidade de o dinheiro ser recebido pelos palestinos. Em Dezembro de 2007 o BG Group retirou-se das negociações e em Janeiro de 2008 encerrou os seus escritórios em Israel. (sítio web da BG).
PLANO DE INVASÃO NA MESA DE PROJECTOS
O plano de invasão da Faixa de Gaza sob a "Operação Chumbo Fundido" foi iniciado em Junho de 2008, segundo fontes militares israelenses:
"Fontes militares afirmam que o ministro da Defesa Ehud Barak deu instruções às forças de defesa de Israel (IDF) para prepararem a operação há mais de seis meses (Junho ou antes de Junho), mesmo antes de Israel começar a negociar o acordo de cessar-fogo com o Hamas". (Barak Ravid, Operation "Cast Lead": Israeli Air Force strike followed months of planning [Operação "Chumbo Fundido": Ataque da Força Aérea Israelense após meses de planeamento), Haaretz, 27 de Dezembro de 2008)
Nesse mesmo mês as autoridades de Israel contactaram a British Gas, com vista a retomarem as negociações cruciais para recomeçar a compra do gás natural de Gaza:
"Tanto o director-geral do ministério das Finanças Yarom Ariav como o director-geral do ministério das Infraestruturas Nacionais Hezi Kugler concordaram em informar a BG do desejo de Israel em retomar as conversações.
As fontes informam ainda que a BG não respondeu oficialmente ao pedido de Israel, mas que executivos da empresa provavelmente virão ao país em poucas semanas para conversar com membros do governo." (Globes online- Israel's Business Arena, 23 de Junho, 2008)
A decisão de acelerar as negociações com a British Gas (BG Group) coincidiu cronologicamente com o planeamento da invasão de Gaza, iniciado em Junho. Parecia que Israel estava ansiosa para chegar a acordo com o BG Group antes da invasão, que estava já numa fase avançada do planeamento.
Mais ainda, as negociações com a British Gas foram conduzidas pelo governo de Ehud Olmert com o conhecimento de que a invasão militar estava na mesa de projectos e que um novo acordo politico-territorial para a Faixa de Gaza estava a ser contemplado por Israel.
De facto, as negociações entre a British Gas e os representantes israelenses ainda estavam a decorrer em Outubro de 2008, dois a três meses antes do início dos bombardeamentos a 27 de Dezembro.
Em Novembro de 2008, os ministérios israelenses das Finanças e das Infraestruturas Nacionais deram indicações à IEC (Israel Electric Corporation) para começar a compra de gás natural à concessão da BG em Gaza. (Globes, 13/Novembro/2008)
"O director-geral do ministério das Finanças, Yarom Ariav e o director-geral do ministério das Infraestruturas Nacionais, Hezi Kugler, escreveram recentemente ao presidente da IEC, Amos Lasker, informando-o da decisão do governo de permitir que negociações começassem, em consonância com o quadro de referência aprovado este ano.
A direcção da IEC, liderada pelo presidente Moti Friedman, aprovou os princípios da proposta do quadro de referência há poucas semanas. As conversações com o BG Group começarão assim que a direcção aprove a isenção de uma licitação". (Globes, 13 de Novembro, 2008)
GAZA E GEOPOLÍTICA ENERGÉTICA
A ocupação militar de Gaza tem o objectivo de transferir a soberania dos campos de gás para Israel, em violação das leis internacionais.
O que se pode esperar em consequência da invasão?
Qual é a intenção de Israel em relação às reservas de gás natural da Palestina?
Um novo acordo territorial, com a instalação de Israel e/ou tropas de "manutenção da paz"?
A militarização de todo o litoral de Gaza, que é estratégico para Israel?
O confisco puro e simples dos campos de gás palestinos e a declaração unilateral da soberania israelense sobre as áreas marítimas de Gaza?
Se isto ocorresse, as jazidas de gás de Gaza seriam integradas nas instalações costeiras de Israel, que são contíguas às da Faixa de Gaza. (Ver Mapa 1 acima).
Estas várias instalações costeiras estão ligadas ao corredor de transporte energético que se estende do porto de Eilat, um terminal de oleodutos no Mar Vermelho para transporte marítimo, até ao terminal de Ashkelon e na direcção norte para Haifa, eventualmente ligando-se através de um projectado gasoduto israelo-turco com o porto turco de Ceyhan.
Ceyhan é o terminal das condutas Trans-Caspianas: Baku, Tblisi, Ceyhan (BTC). "O que está planeado é ligar as condutas BTC às condutas Trans-Israel Eilat-Ashkelon, também conhecida como a Tipline de Israel." (Ver MIchel Chossudovsky, The War on Lebanon and the Battle for Oil (A Guerra com o Líbano e a batalha pelo petróleo), Global Research, 23/Julho/2006)
Iarnoticias.
Após uma operaçom militar de extermínio que durante 21 dias consecutivos já matou a 1100 palestinianos, feriu a outros 5000, terminou com a vida de quase 400 meninos, feriu a mais de 1200, assassinou cerca de 200 mulheres, destroçou em mais de 70% a infra-estrutura de Gaza, aprofundou a níveis inéditos a catástrofe humanitária desse povo, a Israel se lhe faz muito difícil explicar ao mundo que todo esse massacre e destruiçom foi cometida só para "defender do terrorismo".Só umha concepçom nazi da política pode dar razom desta monstruosidade, é isso é o Estado de Israel, um Estado racista, teocrático, e nazi
resistir.info
O governo dos EUA ordenou o despacho de mais 3000 toneladas de armamento para Israel. O armamento está armazenado no porto grego de Astakos e será enviado em dois navios para o porto israelense de Ashdod, informou a Reuters dia 10. A ordem de serviço partiu do U.S. Navy's Military Sealift Command (MSC). Segundo o Prof. Chossudovsky, em 26 de Dezembro último os EUA já haviam entregue 2600 t de armamento a Israel.