Nesta ?democracia? post-moderna ou fascismo ?light? que é o actual Regime Espanhol o terrorismo da patronal cavalga sem freio. No que vai de semana morrêrom em acidentes de trabalho no talho ou no tempo de fadiga posterior do talho que também é laboral, posto que é tempo obrigado de uso para poder estar no posto de trabalho, 8 obreiros. Repito a quantidade OITO OPERARIOS fórom assassinados polos interesses dos patronos a maior gloria do seu único deus, O BENEFICIO, a rendibilidade financeira.
Só há umha saída ante esta barbárie, que o trabalhadores se organizem nos seus lugares de trabalho e residência em organizações cívicas e de classe para a defessa dos seus interesses e da sua vida, que construiam para sim, nesse que-fazer está a sua emancipaçom como classe, povo, e pessoas. Estas associações tenhem que ser ao margem desses ?clubes? de controlo obreiro que se autodenominam sindicatos, pois só existem para garantir o viver do conto os seus liberados e a vez garantir ao grande capital financeiro que nada será mudado
William BOWLES
Traduzido por Alexandre Leite
Em Tlaxcala
??Só há duas formas possíveis de evitarmos ter um mundo de 10 mil milhões de pessoas. Ou a actual taxa de natalidade desce rapidamente, ou a actual taxa de mortalidade tem de subir. Não há outra forma. Há, claro, muitas maneiras de subir as taxas de mortalidade. Numa era termonuclear, a guerra pode consegui-lo de forma rápida e decisiva. A fome e as doenças são a tradicional forma da natureza regular o crescimento populacional, e nenhuma delas desapareceu de cena? Em termos simples: o crescimento excessivo da população é o maior obstáculo ao avanço económico e social das sociedades em vias de desenvolvimento.? ? Discurso de Robert McNamara, perante o Clube de Roma, 2 de Outubro de 1979
?A sobrepopulação e o rápido crescimento demográfico do México são, hoje em dia, uma das maiores ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos. A não ser que a fronteira EUA-México seja selada, ficaremos com mexicanos até ao pescoço para os quais não arranjamos empregos.? ?Robert McNamara, na época, presidente do Banco Mundial, 19 de Março de 1982
As propostas genocidas veladas de McNamara foram feitas há trinta anos, dando eco ao medo das ?grande massas? por parte de ricos e privilegiados quando ?sobrepopulação? era o tema de que se falava. Por isso não mudou muita coisa, pois não? Estamos mais uma vez a ouvir as mesmas mensagens serem difundidas pelas elites dominantes e pelos seus profissionais da persuasão, os 'spin doctors'. Os prantos de medo de McNamara de estar cheio de mexicanos até ao pescoço são comparáveis ao que se passa na Europa, só que agora são africanos.
Assim sendo, as actuais explosões no Haiti, Egipto, Costa do Marfim, Etiópia, Filipinas, Indonésia e noutros sítios, por causa da importante subida do preço de bens alimentares como o óleo de cozinha e o arroz, levaram a BBC a descrevê-las como ?uma potencial ameaça à segurança do Ocidente? (BBC News 24, 13 de Abril de 2008), esqueçam a ameaça à vida humana, mas isso demonstra qual é o propósito da BBC, proteger o status quo.
Para acrescentar insulto à injúria, o cretino Gordon Brown ainda tem a lata de dizer,
?O aumento do preço dos alimentos ameaça fazer recuar o progresso que fizemos nos últimos anos em termos de desenvolvimento. Pela primeira vez em décadas, o número de pessoas a enfrentar a fome está a crescer.?
Progresso? Em que planeta é que vive o nosso glorioso líder? Os níveis de vida têm vindo a cair para toda a gente (excepto para os ricos, que como consequência ficaram ainda mais ricos, roubando ainda mais aos pobres), desde os anos 1970, quando se iniciou a agenda ?neoliberal?, e não são só os pobres que têm sido atingidos mas vemos milhões da chamada ?classe média? a serem postos sem cerimónias onde ?pertencem?, junto aos pobres. O estatuto social não traz comida para a mesa. Lá se foi a ?boa vida? capitalista.
Os factos são estes: os salários reais nos EUA caíram desde os anos 1970. É reconhecido que 40 milhões de americanos vivem agora abaixo do limiar ?oficial? da pobreza, mas pelo menos ainda conseguem comer alguma coisa, o que não é caso para milhões de pessoas no chamado mundo em vias de desenvolvimento, já empobrecidas pelo chamado comércio livre, foram ainda atingidas com um golpe duplo, digo antes, com um golpe quíntuplo.
Golpe #1: ?Comércio Livre?
Os países pobres do mundo foram ?persuadidos? de que cultivar alimentos para exportar de forma a ganharem divisas estrangeiras, para depois poderem importar alimentos (adivinhem de onde...), é melhor do que cultivar alimentos no seu próprio quintal. E para terem a certeza que aproveitam bem a ?pechincha?, pelas 'regras' da OMC eles são punidos se tentarem controlar as importações.
Países que cultivavam os seus próprios alimentos, para além de se alimentarem ainda criavam emprego. Agora cultivam alimentos e outras coisas, como flores, para exportar, de forma a 'ganharem' os preciosos dólares que obviamente têm de gastar para importar alimentos que outrora produziam. Pior, a importação de alimentos subsidiados varre completamente os resquícios de agricultura indígena, simplesmente não consegue competir. Que esquema louco! Só faz sentido quando percebemos que os gestores que montaram este 'negócio' trabalham para o Grande Negócio, a bola é deles. Se fosse um negócio da 'Máfia' chamava-se crime de extorção.
Obviamente, nós no Ocidente com a nossa riqueza subsidiamos a produção de alimentos, por isso os pobres do planeta apanham um golpe dentro dum golpe. Não tendo os recursos para subsidiar a sua própria produção alimentar, à medida que sobem os preços dos alimentos que eles importam mas não o preço que recebem pela exportação de alimentos para nós, eles são apanhados entre a espada e a parede.
E são as mesmas políticas do FMI e do Banco Mundial que criaram a última crise que atingiu os pobres do planeta, as responsáveis por criar uma relação tão desigual à partida.
Golpe #2: Energia
E claro que para produzir todos estes cultivos para exportação é necessária muita energia e muita água, e muitos fertilizantes, e muitos pesticidas, e todos eles têm de ser comprados com a preciosa divisa estrangeira (até há pouco tempo só eram aceites dólares). Com o petróleo a ser vendido a 113 dólares por barril, disparou o custo de produção de qualquer coisa. Quem ganha: os Grandes Cartéis do Petróleo. É escusado dizer quem perde.
Mas o custo real da produção de petróleo até não aumentou muito, A responsabilidade toda destes aumentos tem de ser imputada a quem de direito, aos especuladores e às Cinco Grandes companhias petrolíferas. Por outras palavras, a todos estes sórdidos jogadores e gestores de fundos de pensão. É o sistema.
Golpe #3: ?Biocombustíveis?
O último acrescento ao arsenal do uso de alimentos como arma e talvez o exemplo mais óbvio até à data, é converter a produção de cestas alimentares dando lugar aos chamados biocombustíveis.
Pois em vez de nós passarmos a usar menos energia, nós compramo-la aos pobres do planeta sob a forma de ?biocombustíveis?. Brilhante, não é? Qual é o país pobre que necessita de produzir etanol? Não tem uso para ele, excluindo talvez para fazer algumas bebidas.
Mas nós sabíamos que isto ia acontecer e toda a gente disse aos nossos cretinos e criminosos líderes o que se ia passar. Eles estão muito ocupados a produzir trigo para exportar para alimentar todas aquelas malditas vacas, vacas que transformamos em hambúrgueres para nós consumirmos, mas agora, em vez de produzir trigo para exportação para fazer hambúrgueres, está-se a produzir etanol para meter nos automóveis. Em qualquer dos casos é uma loucura!
E de qualquer forma, como revela um relatório divulgado da UE, os biocombustíveis não fazem parar a produção de gases com efeito de estufa (até podem aumentá-los). Toda esta coisa dos 'biocombustíveis' é uma gigante vigarice, tem tudo a ver com saber qual é o cultivo que dá mais lucro
Golpe #4: Água
Facto: São necessários entre 1 000 a 2 000 litros de água para produzir um quilo de trigo
Facto: São necessários entre 10 000 a 13 000 litros de água para produzir um quilo de carne (Fonte: FAO)
E adivinhem o que é mais produzido, principalmente para consumo no Ocidente ? hambúrgueres. E sem surpresas, a agenda 'neoliberal' assistiu à privatização forçada da água um pouco por todo o mundo, e também de outros recursos-chave anteriormente pertencentes às comunidades.
Golpe #5: Alteração do Clima
Previsivelmente, as alterações climáticas atingem mais os que são incapazes de lidar com elas, os pobres. E não esqueçamos, a maioria da população do planeta é pobre. A ligação entre estas coisas deve ser visível para vocês leitores, e o facto de andarmos a baralhar a biosfera da forma como temos feito nos últimos duzentos anos, reflecte-se no planeta. E as nossas elites políticas intitulam-se civilizadas!
Entretanto, voltando à terra dos poderosos, estamos atarefados a planear a guerra infinita de forma a preservar os nossos privilégios, pois enquanto os nossos líderes pontificam sobre esta ou aquela crise que enfrentamos, eles estão a gastar milhares de milhões para desenvolverem robôs que defequem bombas em cima dos pobres do planeta, a partir de uma confortável cadeira a uma certa distância do cenário da 'acção'.
William BOWLES
Traduzido por Alexandre Leite
Em Tlaxcala
??Só há duas formas possíveis de evitarmos ter um mundo de 10 mil milhões de pessoas. Ou a actual taxa de natalidade desce rapidamente, ou a actual taxa de mortalidade tem de subir. Não há outra forma. Há, claro, muitas maneiras de subir as taxas de mortalidade. Numa era termonuclear, a guerra pode consegui-lo de forma rápida e decisiva. A fome e as doenças são a tradicional forma da natureza regular o crescimento populacional, e nenhuma delas desapareceu de cena? Em termos simples: o crescimento excessivo da população é o maior obstáculo ao avanço económico e social das sociedades em vias de desenvolvimento.? ? Discurso de Robert McNamara, perante o Clube de Roma, 2 de Outubro de 1979
?A sobrepopulação e o rápido crescimento demográfico do México são, hoje em dia, uma das maiores ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos. A não ser que a fronteira EUA-México seja selada, ficaremos com mexicanos até ao pescoço para os quais não arranjamos empregos.? ?Robert McNamara, na época, presidente do Banco Mundial, 19 de Março de 1982
As propostas genocidas veladas de McNamara foram feitas há trinta anos, dando eco ao medo das ?grande massas? por parte de ricos e privilegiados quando ?sobrepopulação? era o tema de que se falava. Por isso não mudou muita coisa, pois não? Estamos mais uma vez a ouvir as mesmas mensagens serem difundidas pelas elites dominantes e pelos seus profissionais da persuasão, os 'spin doctors'. Os prantos de medo de McNamara de estar cheio de mexicanos até ao pescoço são comparáveis ao que se passa na Europa, só que agora são africanos.
Assim sendo, as actuais explosões no Haiti, Egipto, Costa do Marfim, Etiópia, Filipinas, Indonésia e noutros sítios, por causa da importante subida do preço de bens alimentares como o óleo de cozinha e o arroz, levaram a BBC a descrevê-las como ?uma potencial ameaça à segurança do Ocidente? (BBC News 24, 13 de Abril de 2008), esqueçam a ameaça à vida humana, mas isso demonstra qual é o propósito da BBC, proteger o status quo.
Para acrescentar insulto à injúria, o cretino Gordon Brown ainda tem a lata de dizer,
?O aumento do preço dos alimentos ameaça fazer recuar o progresso que fizemos nos últimos anos em termos de desenvolvimento. Pela primeira vez em décadas, o número de pessoas a enfrentar a fome está a crescer.?
Progresso? Em que planeta é que vive o nosso glorioso líder? Os níveis de vida têm vindo a cair para toda a gente (excepto para os ricos, que como consequência ficaram ainda mais ricos, roubando ainda mais aos pobres), desde os anos 1970, quando se iniciou a agenda ?neoliberal?, e não são só os pobres que têm sido atingidos mas vemos milhões da chamada ?classe média? a serem postos sem cerimónias onde ?pertencem?, junto aos pobres. O estatuto social não traz comida para a mesa. Lá se foi a ?boa vida? capitalista.
Os factos são estes: os salários reais nos EUA caíram desde os anos 1970. É reconhecido que 40 milhões de americanos vivem agora abaixo do limiar ?oficial? da pobreza, mas pelo menos ainda conseguem comer alguma coisa, o que não é caso para milhões de pessoas no chamado mundo em vias de desenvolvimento, já empobrecidas pelo chamado comércio livre, foram ainda atingidas com um golpe duplo, digo antes, com um golpe quíntuplo.
Golpe #1: ?Comércio Livre?
Os países pobres do mundo foram ?persuadidos? de que cultivar alimentos para exportar de forma a ganharem divisas estrangeiras, para depois poderem importar alimentos (adivinhem de onde...), é melhor do que cultivar alimentos no seu próprio quintal. E para terem a certeza que aproveitam bem a ?pechincha?, pelas 'regras' da OMC eles são punidos se tentarem controlar as importações.
Países que cultivavam os seus próprios alimentos, para além de se alimentarem ainda criavam emprego. Agora cultivam alimentos e outras coisas, como flores, para exportar, de forma a 'ganharem' os preciosos dólares que obviamente têm de gastar para importar alimentos que outrora produziam. Pior, a importação de alimentos subsidiados varre completamente os resquícios de agricultura indígena, simplesmente não consegue competir. Que esquema louco! Só faz sentido quando percebemos que os gestores que montaram este 'negócio' trabalham para o Grande Negócio, a bola é deles. Se fosse um negócio da 'Máfia' chamava-se crime de extorção.
Obviamente, nós no Ocidente com a nossa riqueza subsidiamos a produção de alimentos, por isso os pobres do planeta apanham um golpe dentro dum golpe. Não tendo os recursos para subsidiar a sua própria produção alimentar, à medida que sobem os preços dos alimentos que eles importam mas não o preço que recebem pela exportação de alimentos para nós, eles são apanhados entre a espada e a parede.
E são as mesmas políticas do FMI e do Banco Mundial que criaram a última crise que atingiu os pobres do planeta, as responsáveis por criar uma relação tão desigual à partida.
Golpe #2: Energia
E claro que para produzir todos estes cultivos para exportação é necessária muita energia e muita água, e muitos fertilizantes, e muitos pesticidas, e todos eles têm de ser comprados com a preciosa divisa estrangeira (até há pouco tempo só eram aceites dólares). Com o petróleo a ser vendido a 113 dólares por barril, disparou o custo de produção de qualquer coisa. Quem ganha: os Grandes Cartéis do Petróleo. É escusado dizer quem perde.
Mas o custo real da produção de petróleo até não aumentou muito, A responsabilidade toda destes aumentos tem de ser imputada a quem de direito, aos especuladores e às Cinco Grandes companhias petrolíferas. Por outras palavras, a todos estes sórdidos jogadores e gestores de fundos de pensão. É o sistema.
Golpe #3: ?Biocombustíveis?
O último acrescento ao arsenal do uso de alimentos como arma e talvez o exemplo mais óbvio até à data, é converter a produção de cestas alimentares dando lugar aos chamados biocombustíveis.
Pois em vez de nós passarmos a usar menos energia, nós compramo-la aos pobres do planeta sob a forma de ?biocombustíveis?. Brilhante, não é? Qual é o país pobre que necessita de produzir etanol? Não tem uso para ele, excluindo talvez para fazer algumas bebidas.
Mas nós sabíamos que isto ia acontecer e toda a gente disse aos nossos cretinos e criminosos líderes o que se ia passar. Eles estão muito ocupados a produzir trigo para exportar para alimentar todas aquelas malditas vacas, vacas que transformamos em hambúrgueres para nós consumirmos, mas agora, em vez de produzir trigo para exportação para fazer hambúrgueres, está-se a produzir etanol para meter nos automóveis. Em qualquer dos casos é uma loucura!
E de qualquer forma, como revela um relatório divulgado da UE, os biocombustíveis não fazem parar a produção de gases com efeito de estufa (até podem aumentá-los). Toda esta coisa dos 'biocombustíveis' é uma gigante vigarice, tem tudo a ver com saber qual é o cultivo que dá mais lucro
Golpe #4: Água
Facto: São necessários entre 1 000 a 2 000 litros de água para produzir um quilo de trigo
Facto: São necessários entre 10 000 a 13 000 litros de água para produzir um quilo de carne (Fonte: FAO)
E adivinhem o que é mais produzido, principalmente para consumo no Ocidente ? hambúrgueres. E sem surpresas, a agenda 'neoliberal' assistiu à privatização forçada da água um pouco por todo o mundo, e também de outros recursos-chave anteriormente pertencentes às comunidades.
Golpe #5: Alteração do Clima
Previsivelmente, as alterações climáticas atingem mais os que são incapazes de lidar com elas, os pobres. E não esqueçamos, a maioria da população do planeta é pobre. A ligação entre estas coisas deve ser visível para vocês leitores, e o facto de andarmos a baralhar a biosfera da forma como temos feito nos últimos duzentos anos, reflecte-se no planeta. E as nossas elites políticas intitulam-se civilizadas!
Entretanto, voltando à terra dos poderosos, estamos atarefados a planear a guerra infinita de forma a preservar os nossos privilégios, pois enquanto os nossos líderes pontificam sobre esta ou aquela crise que enfrentamos, eles estão a gastar milhares de milhões para desenvolverem robôs que defequem bombas em cima dos pobres do planeta, a partir de uma confortável cadeira a uma certa distância do cenário da 'acção'.
Donald Macintyre
The Independent
Mais motivos para festejar o 60 aniversário da fundaçom do Estado de Israel
Wafer Shaker al Daghma, de 34 anos de idade e mestra numha escola de primaria da agência da ONU para os Refugiados (UNRWA), faleceu na passada quarta-feira quando se dispunha a abrir a porta de madeira de sua casa aos soldados israelenses. Segundo fontes da UNRWA e familiares que acharam seu cadáver, os soldados israelenses colocaram na porta um artefacto explosivo que arrancou a maior parte da cabeça de Wafer. A seguir, os soldados israelenses encerraram durante cinco horas aos traumatizados meninos, de idades compreendidas entre os 2 e 13 anos, numha habitaçom depois de cuja porta jazia o cadáver de sua mae. Ainda que a isso das 9 PM os soldados israelenses acabárom por abandonar a casa, sumida na escuridade por causa do toque de recolher, Samira, a filha de 13 anos da defunta senhora Al Daghma, seguiu sem sair ao exterior durante mais duas horas, atenazada polo terror que lhe provocava a contínua presença de veículos couraçados israelenses no exterior de sua casa.
Michel Chossudovsky
O Novo Ordem Mundial alimenta-se de pobreza humana e de destruiçom do médio ambiente. Gera apartheid social, alenta o racismo e as discórdias étnicas, socava os direitos das mulheres e com freqüência afunda os países em confrontações destrutivas entre diferentes nacionalismos que os integram. Desde 1990 estendeu seu alcance a todas as grandes regiões do mundo, incluindo Norteamérica, Europa Ocidental, os países do antigo bloco soviético e os novos países industrializados do Oriente e Sudeste asiático.
Esta crise mundial é mais devastadora que a grande Depressom dos anos 30?. Tem muitas mais implicações geo-políticas; deslocamentos económicos sempre acompanhárom o início de guerras regionais, a fractura de sociedades nacionais e em alguns casos a destruiçom de países inteiros. Esta é, por longe, a crise económica mais séria da história moderna. A fame é a resulta das restruturações em favor do ?Livre Mercado? da economia global processo que tem suas raízes na crise da dívida de começos de 1980. Nom é um fenómeno recente como pretendem o sugerir muitos relatórios da imprensa ocidental.
Pobreza e desnutriçom crónica som condições preexistentes. Os aumentos recentes nos preços da alimentaçom têm exacerbado e agravado a crise alimentaria. Golpeiam muito duro nas populações empobrecidas que mal se tenhem os meios para sobreviver
Com amplos sectores da populaçom mundial que já estám por embaixo da linha de pobreza os recentes ferozes aumentos dos preços dos alimentos de primeira necessidade som devastadores. Milhões de pessoas ao redor do mundo som incapazes de adquirir os alimentos para sua sobrevivência. Estes aumentos fazem sua contribuiçom, para valer, ao processo de ?eliminaçom dos pobres? através de mortes em massa por fame. Em palavras de Henry Kisinguer: ?Controla o petróleo e controlarás aos países. Controla os alimentos e controlarás a gente?.
Donald Macintyre
The Independent
Mais motivos para festejar o 60 aniversário da fundaçom do Estado de Israel
Wafer Shaker al Daghma, de 34 anos de idade e mestra numha escola de primaria da agência da ONU para os Refugiados (UNRWA), faleceu na passada quarta-feira quando se dispunha a abrir a porta de madeira de sua casa aos soldados israelenses. Segundo fontes da UNRWA e familiares que acharam seu cadáver, os soldados israelenses colocaram na porta um artefacto explosivo que arrancou a maior parte da cabeça de Wafer. A seguir, os soldados israelenses encerraram durante cinco horas aos traumatizados meninos, de idades compreendidas entre os 2 e 13 anos, numha habitaçom depois de cuja porta jazia o cadáver de sua mae. Ainda que a isso das 9 PM os soldados israelenses acabárom por abandonar a casa, sumida na escuridade por causa do toque de recolher, Samira, a filha de 13 anos da defunta senhora Al Daghma, seguiu sem sair ao exterior durante mais duas horas, atenazada polo terror que lhe provocava a contínua presença de veículos couraçados israelenses no exterior de sua casa.
?Todos os palestinos devem ser aniquilados; homens, mulheres, meninos e até suas bestas". Esta foi a opiniom religiosa publicada faz numha semana polo Rabino Yisrael Rosen, director do Instituto Tsomet, um instituto religioso estabelecido faz bastante tempo ao qual assistem estudantes e soldados das colónias ilegais israelenses em Cisjordânia.
Num artigo publicado por numerosos jornais religiosos israelenses faz duas semanas e que apareceu também no jornal liberal Haaretz o 26 de março (2008) em Israel, Rosen afirmou que há evidência na Torah para justificar suas declaraçons. Rosen, com autoridade rabínica para publicar opinions de carácter religioso, escreveu que os palestinos som muito parecidos à naçom dos amalequitas que atacárom às tribos israelitas em seu caminho a Jerusalém após que tinham escapado de Egipto baixo o comando de Moisés. A seguir agregou que Deus promulgou na Torah umha declaraçom que lhe dava permisso aos judeus para matar aos amalequitas, e que esta setença é reconhecida pola jurisprudência judia moderna.
Bruno Parmentier, economista
?A humanidade caminha para a era da penúria?, afirma o economista Bruno Parmentier em entrevista publicada pelo jornal Le Monde. Em entrevista concedida a Laura Greenhalgh e publicada no jornal O Estado de S. Paulo, 21-10-2007, ele explica:
?A população deverá se estabilizar entre 9 e 10 bilhões de pessoas. Significa que acolheremos no planeta um bilhão de novos asiáticos, cerca de 800 milhões de novos africanos, 400 milhões de novos latino-americanos. Então temos de nos colocar a questão: haverá alimento para todos? Se admitirmos que todos almejamos comer segundo padrões ocidentais, com dietas fortemente baseadas em produtos de origem animal, teremos então de dobrar a produção agrícola do mundo, já que os animais comem como nós, humanos - consomem cereais e vegetais. E dobrar levando em conta as disparidades existentes. Será preciso multiplicar por 5 a produção agrícola africana e por 1,9 a produção agrícola latino-americana, ao passo que será inútil aumentar a produção européia, já que estamos comendo bem há um bom tempo e não fazemos mais tantos filhos. Por isso nossa população é declinante?.
O economista é diretor da École Supérieure d?Agriculture d?Angers (ESA), a mais importante do setor na França.
Segundo ele, ?as soluções aplicadas para aumentar a produção de alimentos no século 20 certamente não funcionarão no século 21. É imperativo encontrar alternativas. Em escala global, nossas reservas de terras disponíveis para agricultura são cada vez menores, em parte por conta da urbanização. Continuamos a destruir as florestas a uma velocidade inaceitável para o equilíbrio ecológico, ou seja, à razão de 140 mil km² por ano. A equação que resulta disso é simples: em 1960, havia algo como um hectare para nutrir dois seres humanos. Hoje, tem-se em média um hectare para quatro, em 2050, um hectare para seis, e assim vai. A China hoje já lida com a razão de um hectare para oito indivíduos?.
E continua:
?Tecnologias agrícolas inventadas no século passado são muito gulosas de energia porque foram desenvolvidas numa época de petróleo barato. A mecanização da agricultura, a fabricação de fertilizantes e outros modos de produção dependem basicamente de energia. Hoje o preço mundial do petróleo atinge US$ 90 por barril. A tendência de alta deve continuar e o impacto psicológico da cotação rompendo o patamar dos US$ 100, já iminente, será bastante sensível. Gente mais jovem que eu verá o petróleo a US$ 150 o barril. Isso tudo complica a vida dos 28 milhões de agricultores do mundo que dependem da mecanização do setor. Em contrapartida, cerca de 250 milhões de produtores rurais trabalham com energia animal e 1 bilhão não têm nem animais nem tratores. Um bilhão de produtores estão completamente à margem! Diante desse cenário, devemos nos perguntar: a agricultura, daqui para frente, deve servir à produção de alimentos ou de energia? Veja que coincidência: 800 milhões de pessoas sentem fome no planeta. E temos uma frota global de 600 milhões de automóveis e 200 milhões de caminhões. O número é o mesmo: 800 milhões querem comida, 800 milhões querem combustível. E agora??
Para o economista francês, ?quando falta comida, nenhum problema é maior do que ?ter o que comer?. Mas, quando há comida, então aparecem 50 novos problemas na vida da gente: o medo de engordar, de se envenenar, de envelhecer, a culpa de comer muito quando tantos têm fome... Na Europa Ocidental, a última vez que se viu a cara da fome foi na 2ª Guerra e hoje a maioria da população não lida com tais lembranças. Mas lida com esses 50 novos problemas. Certamente o declínio da religião, numa Europa secularizada, deu lugar a outros tipos de injunções coletivas. Por exemplo: assim como há o ?ecologicamente correto?, há também o ?corporalmente correto?. Temos de emagrecer, malhar, exibir boa forma física se quisermos merecer o respeito dos outros.?
?O desejável seria oferecer a todos os habitantes do planeta a possibilidade de comer três vezes ao dia?- afirma o economista. ?Mas, comer o quê e em que quantidade? Guardamos no nosso corpo a memória de penúrias do passado, por isso tendemos a comer mais do que o necessário: mais açúcar, mais gordura, quando a nossa vida ficou mais sedentária. Daí a obesidade cresce de forma alarmante, especialmente nas classes médias. Em quase todos os países do globo, vê-se um aumento estrondoso dos gordos. É um problema em escala mundial, de certa forma tão sério quanto a fome.
E isso porque ?a demanda crescente por produtos de origem animal é muito alta - isso, no conjunto da humanidade. Consumindo tais produtos, sobrecarregamos a agricultura porque, como já disse, animais comem como nós. Só que a taxa de transformação na indústria ainda deixa muito a desejar: a grosso modo, precisamos de 4 quilos de cereais para ter 1 quilo de frango. Ou 12 quilos de cereais para ter 1 quilo de carne bovina. A necessidade de fomentar culturas vegetais tornou-se prioridade. Enfim, devemos desenvolver agriculturas pelo mundo todo, e não apostar apenas nas mais produtivas, como a do Brasil ou da Austrália.?
?Todos os palestinos devem ser aniquilados; homens, mulheres, meninos e até suas bestas". Esta foi a opiniom religiosa publicada faz numha semana polo Rabino Yisrael Rosen, director do Instituto Tsomet, um instituto religioso estabelecido faz bastante tempo ao qual assistem estudantes e soldados das colónias ilegais israelenses em Cisjordânia.
Num artigo publicado por numerosos jornais religiosos israelenses faz duas semanas e que apareceu também no jornal liberal Haaretz o 26 de março (2008) em Israel, Rosen afirmou que há evidência na Torah para justificar suas declaraçons. Rosen, com autoridade rabínica para publicar opinions de carácter religioso, escreveu que os palestinos som muito parecidos à naçom dos amalequitas que atacárom às tribos israelitas em seu caminho a Jerusalém após que tinham escapado de Egipto baixo o comando de Moisés. A seguir agregou que Deus promulgou na Torah umha declaraçom que lhe dava permisso aos judeus para matar aos amalequitas, e que esta setença é reconhecida pola jurisprudência judia moderna.
Tumultos alimentares e especuladores
Mike Whitney [*]
Resistir
"Um massacre dos pobres do mundo", afirma Chávez
Estalaram tumultos alimentares por todo o globo, desestabilizando grandes partes do mundo em desenvolvimento. A China está a experimentar uma inflação de dois dígitos. A Indonésia, o Vietname e a Índia impuseram controles sobre as exportações de arroz. O trigo, o milho e a soja estão em alturas récorde e ameaçam subir ainda mais. Sobem todas as categorias de commodities. O Programa Alimentar Mundial adverte que haverá fome generalizada se o Ocidente não proporcionar ajuda humanitária de emergência. A situação é horrenda. O presidente venezuelano Hugo Chávez resumiu isto assim: "É um massacre dos pobres do mundo. O problema não é a produção de alimentos. É o modelo económico, social e político do mundo. O modelo capitalista está em crise".
Certo, Hugo. Não há escassez de alimentos; são apenas os preços que estão a tornar a comida inacessível. A política de "dólar fraco" de Bernanke ateou uma onda de especulação em commodities que está a empurrar os preços para a estratosfera. A ONU denominou a crise alimentar global de "tsunami silencioso", mas é mais como uma inundação; o mundo está a nadar em dólares cada vez menos valiosos que estão a tornar os alimentos e as matérias-primas mais caras. Bancos centrais estrangeiros e investidores possuem actualmente US$6 milhões de milhões (trillions) em dólares activos denominados em dólares, de modo que quando o dólar começa a deslizar o sofrimento irradia-se através de economias inteiras. Isto é especialmente verdadeiro em países onde a divisa está ligada ao dólar. Eis porque a maior parte dos Estados do Golfo estão a experimentar inflação galopante.
Os EUA estão a exportar a sua inflação através do aviltamento da sua divisa. Agora um trabalhador do campo no Haiti que ganha US$2 por dia, e gasta tudo isso para alimentar a sua família, tem de ganhar o dobro daquela quantia ou comer a metade. Não é uma opção que um pai queira tomar. Não é de admirar que seis pessoas tenham sido mortas em Port au Prince nos recentes tumultos alimentares. As pessoas enlouquecem quando não podem alimentar seus filhos.
Os preços dos alimentos e da energia estão a sugar a vida da economia global. Bancos e fundos de pensão estrangeiros estão a tentar proteger seus investimentos desviando dólares para coisas que reterão o seu valor. Eis porque o petróleo está a aproximar-se dos US$120 por barril quando deveria estar entre os US$70 e US$80.
Segundo Tim Evans, analista de energia no Citigroup em Nova York, "Não défice de oferta-procura". Nenhum. De facto, os fornecedores estão a esperar um excedente de petróleo no fim deste ano.
"O caso para a redução dos preços do petróleo é directo: A perspectiva de uma profunda recessão nos EUA ou mesmo um período marcado pelo crescimento económico lento entre os principais consumidores de energia no mundo causa uma depressão no consumo de energia. Até hoje neste ano, a procura de petróleo nos EUA está 1,9% mais baixa em comparação com o mesmo período em 2007, e preços mais elevados e uma economia fraca este ano deveriam abater em 90 mil barris por dia o consumo de petróleo estado-unidense, segundo o organismo federal Energy Information Administration" ("Bears Baffled by Oil Highs" Gregory Meyer, Wall Street Journal )
Não há escassez de petróleo; isso é outra falcatrua. Os especuladores estão simplesmente a conduzir para cima o preço do petróleo para limitar (hedge) suas apostas no dólar em queda. O que mais podem eles fazer; colocá-los no mercado congelado de títulos, ou no mercado de acções que se afunda, ou no mercado habitacional em colapso?
Do Washington Times:
"Agricultores e executivos alimentares ontem apelaram sem êxito a responsáveis federais por medidas regulamentares para limitar a compra especulativa que está a ajudar a conduzir os preços alimentares para a alta. Enquanto isso, alguns americanos estão a acumular géneros como arroz, farinha e petróleo na antecipação de preços altos e escassez a propagar-se de além mar. A Costco e outras mercearias na Califórnia relataram uma corrida ao arroz, a qual foi forçou-os a estabelecer limites sobre quantos sacos de arroz cada cliente pode comprar. Os filipinos no Canadá estão a reter todo o arroz que conseguem descobrir e a despachá-lo para parentes nas Filipinas, os quais estão a sofrer uma escassez severa que deixa muitas gente famélica". (Patrice Hill, Washington Times )
A administração Bush sabe que há briga e intrigas em andamento, mas eles simplesmente olham para outro lado. É o processo recorrente da Enron, em que Ken Lay Inc. tosou o público com absoluta impunidade enquanto os reguladores sentavam-se à parte a aplaudir. Grande. Agora é vez da Commodity Futures Trading Commission (CFTC), eles estão a adoptar a abordagem "não tocar" de modo a que os vivaços da Wall Street ganhem uma fortuna fazendo subir o preço de tudo, desde as bolachas crackers até as sanitas.
"Uma audição terça-feira em Washington, perante a Commodity Futures Trading Commission, iniciou uma nova ronda de exames quanto à popularidade dos futuros agrícolas, outrora uma arena tranquila que durante anos foi dominada em ampla medida por grandes produtores e consumidores de colheitas e seus bancos que tentavam administrar riscos de preço. A postura oficial da comissão e de muitos dos correctores, entretanto, provavelmente irá desapontar muitos grupos de consumidores. O economista da CFTC planeia declarar na audição que a agência não acredita que investidores financeiros estejam a conduzir os preços dos cereais para a alta. Alguns compradores de cereais dizem que grandes apostas de especuladores em transacções relativamente pequenas de cereais, em especial recentemente, estão a pressionar preços para os consumidores comuns". ("Call Goes Out to Rein In Grain Speculators", Ann Davis)
E a agência não acredita que investidores financeiros estejam a provocar altas nos preços do cereais!