05-05-2007

  20:32:19, por Corral   , 413 palavras  
Categorias: Outros, Dezires

A liberdade USA

Mais de 10.000 mulheres iraquianas encarceradas e violadas pelas forças de ocupaçom e de polícia

Mohamed Adham
Tunisitri.net

O Secretário Geral da Uniom de Prisioneiros e Detentos Políticos em Iraque, Mohamed Adham, declarou ?que os casos de violaçom de Abir Janabi e de Sabrine Chamari, revelados recentemente, nom representam mais de 1% dos crimes desse género perpetrados contra as mulheres nas prisões,? e agregou que ?numerosas detidas som mantidas na prisom, apesar das falhas pronunciadas pelos tribunais, para servir de carne fresca aos agentes de polícia e às milícias sectárias.? Em sua declaraçom ao jornal Ao Khalij, Mohamed Adham agrega: ?jamais nas guerras conhecidas desde a idade média, se registaram tantas violações e crimes contra mulheres como durante esta guerra contra Iraque, e isso foi tanto pelas forças de ocupaçom como pelos agentes de seus quatro governos fantoches. Estes últimos resultaram ser às vezes mais vis que seus amos.?

A sobrepovoaçom das prisões e dos lugares de detençom das iraquianas encontra-se a seu mais alto nível. Certas prisões, como a de Kadhimia ou o campo secreto para mulheres e meninos do aeroporto de Mathna perto de Bagdá, estam sobardadas e som inadequadas inclusive se fossem servir de currais. O mesmo sucede com o campo de Shikhan, no Gobernorado de Mossul e em numerosas outras prisões no sul. Em muitos casos, as salas de mulheres e as de para homens eram só separadas por cortinas.

Mohamed Adham também revelou que o SIDA progrediu perigosamente entre as mulheres detidas. A direcçom da saúde em Nadjaf publicou recentemente um relatório no que ?alerta sobre a progressom rápida e grave desta doença desde a ocupaçom de Iraque pelas tropas anglo-estadounidenses.?

Falando da quantidade de mulheres que foram detidas desde a ocupaçom estadunidense em 2003, o secretário geral da Uniom declarou que ?os cálculos dos organismos internacionais, os relatórios das associações de direitos humanos e os do Centro nacional de investigações e estudos árabes, coincidem com nossos próprios cálculos sobre a quantidade de 10.000 mulheres que foram encarceradas nos últimos quatro anos.?

Recordou, para terminar, que todos estes crimes cometidos contra os iraquianos ?som imprescritíveis em quanto ao direito internacional e que os criminosos e os responsáveis deveriam ser julgados por tribunais internacionais por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.?

  00:11:06, por Corral   , 413 palavras  
Categorias: Outros, Dezires

A liberdade USA

Mais de 10.000 mulheres iraquianas encarceradas e violadas pelas forças de ocupaçom e de polícia

Mohamed Adham
Tunisitri.net

O Secretário Geral da Uniom de Prisioneiros e Detentos Políticos em Iraque, Mohamed Adham, declarou ?que os casos de violaçom de Abir Janabi e de Sabrine Chamari, revelados recentemente, nom representam mais de 1% dos crimes desse género perpetrados contra as mulheres nas prisões,? e agregou que ?numerosas detidas som mantidas na prisom, apesar das falhas pronunciadas pelos tribunais, para servir de carne fresca aos agentes de polícia e às milícias sectárias.? Em sua declaraçom ao jornal Ao Khalij, Mohamed Adham agrega: ?jamais nas guerras conhecidas desde a idade média, se registaram tantas violações e crimes contra mulheres como durante esta guerra contra Iraque, e isso foi tanto pelas forças de ocupaçom como pelos agentes de seus quatro governos fantoches. Estes últimos resultaram ser às vezes mais vis que seus amos.?

A sobrepovoaçom das prisões e dos lugares de detençom das iraquianas encontra-se a seu mais alto nível. Certas prisões, como a de Kadhimia ou o campo secreto para mulheres e meninos do aeroporto de Mathna perto de Bagdá, estam sobardadas e som inadequadas inclusive se fossem servir de currais. O mesmo sucede com o campo de Shikhan, no Gobernorado de Mossul e em numerosas outras prisões no sul. Em muitos casos, as salas de mulheres e as de para homens eram só separadas por cortinas.

Mohamed Adham também revelou que o SIDA progrediu perigosamente entre as mulheres detidas. A direcçom da saúde em Nadjaf publicou recentemente um relatório no que ?alerta sobre a progressom rápida e grave desta doença desde a ocupaçom de Iraque pelas tropas anglo-estadounidenses.?

Falando da quantidade de mulheres que foram detidas desde a ocupaçom estadunidense em 2003, o secretário geral da Uniom declarou que ?os cálculos dos organismos internacionais, os relatórios das associações de direitos humanos e os do Centro nacional de investigações e estudos árabes, coincidem com nossos próprios cálculos sobre a quantidade de 10.000 mulheres que foram encarceradas nos últimos quatro anos.?

Recordou, para terminar, que todos estes crimes cometidos contra os iraquianos ?som imprescritíveis em quanto ao direito internacional e que os criminosos e os responsáveis deveriam ser julgados por tribunais internacionais por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.?

  00:09:57, por Corral   , 192 palavras  
Categorias: Novas, Ossiam

O TERRORISMO VATICANISTA

O TERRORISMO VATICANISTA
De novo a inquisiçom católica.

Tudo lembra aos períodos mais escuros da história; dos Pogrões, da Inquisiçom Católica, do Macartismo nos Estados Unidos, de Stalim, de Hitler, de Pio XII. Mas em realidade está a ocorrer hoje, na Uniom Europeia, onde o Governo vaticanista e neofascista polaco dos gémeos Kaczynski - Lech, o Presidente, e Jaroslaw, Premiê- empreendérom umha caça de bruxas contra tudo aquilo que cheire a comunista.

A Lei de Verificaçom de Biografias obriga a todos os políticos, professores, jornalistas e servidores públicos públicos a confessar por escrito se algumha vez colaboraram com o governo na época proto-socialista.

A ilegitimidade e os abusos terroristas do católico Governo de Varsóvia, que faz num mês já provocou a indignaçom de vários sócios da U.E. com um projecto que procura perseguir a quem se refiram à homossexualidade em qualquer instituiçom académica.

Onde está o Estado Vaticano e o seu monarca defendendo os Dereitos Humanos?, U-la, o Parlamento Europeu?

Ordenou o Clube Bilderberg o extermínio dos comunistas da Europa?

01-05-2007

  11:07:19, por Corral   , 189 palavras  
Categorias: Novas, Ossiam

O TERRORISMO VATICANISTA

De novo a inquisiçom católica.

Tudo lembra aos períodos mais escuros da história; dos Pogrões, da Inquisiçom Católica, do Macartismo nos Estados Unidos, de Stalim, de Hitler, de Pio XII. Mas em realidade está a ocorrer hoje, na Uniom Europeia, onde o Governo vaticanista e neofascista polaco dos gémeos Kaczynski - Lech, o Presidente, e Jaroslaw, Premiê- empreendérom umha caça de bruxas contra tudo aquilo que cheire a comunista.

A Lei de Verificaçom de Biografias obriga a todos os políticos, professores, jornalistas e servidores públicos públicos a confessar por escrito se algumha vez colaboraram com o governo na época proto-socialista.

A ilegitimidade e os abusos terroristas do católico Governo de Varsóvia, que faz num mês já provocou a indignaçom de vários sócios da U.E. com um projecto que procura perseguir a quem se refiram à homossexualidade em qualquer instituiçom académica.

Onde está o Estado Vaticano e o seu monarca defendendo os Dereitos Humanos?, U-la, o Parlamento Europeu?

Ordenou o Clube Bilderberg o extermínio dos comunistas da Europa?

29-04-2007

  23:45:49, por Corral   , 189 palavras  
Categorias: Novas

O TERRORISMO VATICANISTA

De novo a inquisiçom católica.

Tudo lembra aos períodos mais escuros da história; dos Pomgrões, da Inquisiçom Católica, do Macartismo nos Estados Unidos, de Stalim, de Hitler, de Pio XII. Mas em realidade está a ocorrer hoje, na Uniom Europeia, onde o Governo vaticanista e neofascista polaco dos gémeos Kaczynski - Lech, o Presidente, e Jaroslaw, Premiê- empreendérom umha caça de bruxas contra tudo o que cheire a comunista.

A Lei de Verificaçom de Biografias obriga a todos os políticos, professores, jornalistas e servidores públicos públicos a confessar por escrito se algumha vez colaboraram com o governo na época proto-socialista..

A ilegitimidade e os abusos terroristas do católico Governo de Varsóvia, que faz num mês já provocou a indignaçom de vários sócios da U.E. com um projecto que procura perseguir a quem se refiram à homossexualidade em qualquer instituiçom académica.

Onde está o Estado Vaticano e o seu monarca defendendo os Dereitos Humanos?, U-la, o Parlamento Europeu?

Ordenou o Clube Bilderberg o extermínio dos comunistas da Europa?

  23:38:37, por Corral   , 182 palavras  
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O TERRORISMO CATÓLICO

De novo a inquisiçom católica.

Tudo lembra aos períodos mais escuros da história; dos pomgrões, da inquisiçom católica, do macartismo, no Estados Unidos. Mas em realidade está a ocorrer hoje, na União Europeia, onde o Governo vaticanista e neofascista polaco dos gémeos Kaczynski - Lech, o Presidente, e Jaroslaw, Premiê- empreendérom umha caça de bruxas contra tudo o que cheire a comunista.

A Lei de Verificaçom de Biografias obriga a todos os políticos, professores, jornalistas e servidores públicos públicos a confessar por escrito se algumha vez colaboraram com o governo na época proto-socialista..

A ilegitimidade e os abusos do católico Governo de Varsóvia, que faz num mês já provocou a indignaçom de vários sócios da U.E. com um projecto que procura perseguir a quem se refiram à homossexualidade em qualquer instituiçom académica.

Onde está o Estado Vaticano e o seu monarca defendendo os Dereitos Humanos?, U-la, o Parlamento Europeu?

Ordenou o Clube Bilderberg o extermínio dos comunistas da Europa?

18-03-2007

  19:55:09, por Corral   , 137 palavras  
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O gasto militar espanhol

O gasto militar em 2006 chegou a supor o 12% dos Orçamentos Gerais do Estado; e em 2007 cresceu um mais 6%, até atingir a cifra de 23.052 milhões de euros (63 milhões diários), uma cifra 13 vezes maior que o orçamento em Agricultura, 18 vezes mais que em Vivenda, 26 vezes mais que em Sanidade, 32 vezes mais que para Cultura.

O orçamento para investigação militar dobra o da investigação civil nas universidades, é 5 vezes mais grande que o de investigaçom sanitária.

Existe presença militar espanhola em Bósnia-Herzegóvina, Kosovo, Haiti, Afeganistam, Líbano, Darfur, Etiópia-Eritréia e República Democrática do Congo.

Há cumplicidade do governo espanhol com os voos secretos da CIA. E com seus agentes secretos estabeleceu-se uma espécie de contrato bilateral para actuar legalmente em nosso país.

27-02-2007

  13:26:38, por Corral   , 561 palavras  
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Haiti e as esquerdas latino-americanas

Raúl Zibechi
La Jornada

Em todo caso, as esquerdas do continente produziram uma viragem radical sem debate e com o sozinho argumento de que agora são Governo. É o que sucedeu em Uruguai, país que contribui 750 soldados, o mais comprometido desde o lado quantitativo em relação a sua população. O que em julho de 2004, quando se criou a Minustah, era lhe fazer o jogo ao império, num ano depois se converteu numa atitude razoável para democratizar Haiti. Desse modo o parlamento uruguaio votou um importante aumento do contingente militar que a direita no Governo tinha decidido enviar num ano antes. Por lamentável que pareça, só um deputado em mais de 50 se atreveu a levantar a voz contra uma mudança de posição que se levou por diante princípios sem a menor consulta às bases da Frente Ampla. Os debates em Brasil, Argentina e Chile foram mais escassos ainda. Em Bolívia, Evo Morais bloqueou qualquer tentativa de debater o tema, segundo o ex ministro Andrés Soliz Rada.

No entanto, o que está em jogo é bem mais que questões de princípios. É verdadeiro que as governações de esquerda não devem se comprometer com o envio de tropas a outros países e menos ainda na flagrante violação dos direitos humanos, que em Haiti tem rasgos de genocídio contra os pobres. Efectivamente, é nos bairros mais pobres da periferia urbana de Porto Príncipe, esses lugares que Mike Davis sustenta que são "o novo palco geo-político decisivo", onde os capacetes azuis actuam com maior rigor. Brian Concannon, director do Instituto para a Democracia e a Justiça em Haiti, sustenta que "é difícil não advertir uma relação entre as grandes manifestações ocorridas em Citei Soleil e os bairros que a ONU seleccionou para realizar extensas operações militares".

Do que se trata é de uma guerra contra os pobres encabeçada por Governos que se dizem afines aos pobres. Existe uma estreita relação entre as actividades de nossos soldados nos bairros pobres de Haiti e a militarizaçom das favelas e os bairros pobres das grandes cidades sudamericanas. O deputado brasileiro Marcelo Freixo sustenta que "as favelas constituem o espaço ocupado pelo inimigo público, um espaço de ausência de direitos que vem a representar o desordem, a insegurança, a tal ponto que se chegou a colocar um tanque de guerra apontando contra uma comunidade". Uma política de segurança que substitui a ampliação de direitos aos jovens negros pobres que habitam as favelas. Nesse sentido, a Minustah actua igual que o exército brasileiro nas favelas: criminalizando aos pobres.

Num século atrás a social-democracia alemã cruzou o Rubicom ao apoiar a colonização do terceiro mundo e a guerra imperialista de 1914. Essa atitude para a política externa atingiu sua correlato doméstico na repressão ao movimento operário que teve nos assassinatos de Rosa Luxemburg e Karl Liebknecht seu custado mais escandaloso. Uma esquerda manchada com sangue dos de abaixo deixa de ser esquerda. A solidariedade com a esmagada população de Citei Soleil é urgente, mas a melhor forma de defender-nos dos abusos que têm na guerra contra os pobres quiçá o flanco mais ignominioso das governabilidades progres e de esquerda.

20-02-2007

  12:51:27, por Corral   , 694 palavras  
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Cinco ideias sobre a OTAN (NATO)

Por: Carlos Taibo (CCS)

A aliança militar só pode se acatar se se aceitam ao mesmo tempo as regras do jogo que os grandes do Norte impõem.

A Aliança Atlántica é a principal das alianças militares fornecidas pelos países ricos. Não é mais que o braço armado do projecto económico que aqueles defendem: a globalização capitalista, com suas sequelas de especulação, concentração da riqueza, desregulaçom e deslocalizaçom. Assim, à OTAN, por sua especificidade guerreira, lhe corresponde tanto peso como ao Fundo Monetário, ao Banco Mundial e à Organização Mundial do Comércio.

Num segundo degrau, a Aliança Atlántica é o instrumento principal dos desígnios que avaliam os governantes norte-americanos do momento. Faz nuns dias um analista político vinculado com a direita mais pro-norteamericana sustentava que esta ideia tão só a defende hoje a esquerda europeia mais rância. Não parece que seja assim: todos os dados convidam a concluir que Estados Unidos dita as regras do jogo às que deve se ajustar a OTAN, na que não consta que tenha emergido nenhum sinal de contestaçom da política norte-americana. Ainda que não faltaram os membros da Aliança que expressaram circunstanciais distensões com respeito às querenças de Washington - ali estiveram França e Alemanha contra a agressão estadunidense em Iraque a princípios de 2003- nunca tivemos conhecimento de que a OTAN tenha manifestado dissidência alguma.

Um dos indicadores da submissom ao ditado da Casa Branca é a expansão do área de acções militares da Aliança, que parece não aceitar nenhuma limitação. A OTAN é um poderoso estímulo para o crescimento do gasto militar e começou a mover seus peças numa região vital para os desígnios imperiais de Estados Unidos, como é o Oriente Próximo entendido em sentido amplo. A maioria dos projectos que apontam a melhorar as prestações da Aliança nascem precisamente do desígnio de perfilar instrumentos de emprego rápido nessa conflictiva região. O encovar de cerviz da OTAN à estratégia norte-americana é tal que seus responsáveis acataram sem dizer nem chis o que nuns casos -Afeganistão- foram demandas de franca imbricaçom e em outros -Iraque- chamativas e unilaterais decisões de marginaçom.

A principal fórmula de legitimaçom da Aliança Atlántica é a que oferece o intervencionismo intitulado humanitário. As acções da OTAN obedecem à defesa dos interesses mais tradicionais e mesquinhos, e isso por muito que se adobem com a ideia de que por trás delas brota o desígnio de liberar a povos acossados ou restaurar direitos conculcados. Se a OTAN deseja que seus críticos engulham tal mitologia que fagam, por exemplo, o despregue dos seus soldados em Gaza e Cisjordânia, para exigir a rápida evacuação do exército israelense, ou no Kurdistán, para reclamar o próprio dos militares turcos. Não parece, no entanto, que na agenda da Aliança Atlántica se vislumbrem tais objectivos.

A OTAN foi e é elemento central de descrédito do sistema de Nações Unidas. Poucas vezes recorda-se que, quando a Aliança celebrou sua quinquagésimo aniversário, em 1999, aprovou uma declaração em virtude da qual assinalava que em adiante suas acções militares não teriam por que se ajustar a uma resolução específica do Conselho de Segurança da ONU. Quem pense que Estados Unidos violenta a legalidade internacional enquanto, em mudança, a OTAN se mostra escrupulosamente respeitosa faria bem em repassar seus conhecimentos.

Quando o presidente espanhol, Rodríguez Zapatero, defende seu projecto de uma Aliança de Civilizações, infelizmente separa de maneira artificial o mundo do cultural e o civilizatorio, por umha banda, e o mundo da economia e os fatos militares, pelo outro. E é por desgraça este segundo universo o que determina a maioria dos problemas e tensões no planeta contemporâneo. A Aliança Atlántica configura, nessa trama, um instrumento central para ratificar atávicas exclusões e desigualdades.

  12:48:25, por Corral   , 1381 palavras  
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A verdade que a ONU cala a respeito das quadrilhas em Haiti

Kevin Pina

As recentes operações militares da ONU em Cite Soleil revelam uma estratégia soterrada que se baseia numa série de falsos supostos que vêm sendo propagados pelos responsáveis políticos da administração Bush através da embaixada dos Estados Unidos em Haiti.

O Estado espanhol tem unidades da Guarda Civil, como sempre baixo ditados dos USA

O argumento para tal estratégia é o seguinte:

1. Aristide fomentou e armou a redes de quadrilhas com o fim de acossar à oposição e manter-se no poder.

2. O que temos agora são os restos dessas mesmas quadrilhas que controlam o maior bairro de favelas de Haiti, e que seguem recebendo apoio de Aristide.

3. Essas quadrilhas estão por trás das grandes manifestações que seguem se levando a cabo em apoio a Aristide e a seu movimento Lavalas.

4. Se as quadrilhas fossem expulsadas, as manifestações cessariam.

Os generais brasileiros, que lideram a campanha militar da ONU em Haiti, combinaram esta estratégia com tácticas que desenvolveram para fazer frente a seus próprios problemas de quadrilhas nas favelas de Rio e São Paulo. Isto é o que deu a luz a um meio onde o dono de ?maquilas? Andy Apaid, membro da coalizão anti-Lavalas de entidades da sociedade civil chamada Grupo 184, pôde apoiar às bandas paramilitares como uma força de contraposição nas favelas da capital de Haiti onde o apoio a Aristide segue forte.

Foi esta amalgama de tácticas brasileiras com estratégias estadunidenses a que permitiu que a banda Labanye pudesse prover-se de armamentos em Cite Soleil em 2004, e também a subsiguiente constituição pela polícia haitiana do tristemente célebre Exército Pequeno Machete em 2005. A ONU também deu refúgio a conhecidos bandidos que ajudaram a derrocar a Aristide e que actualmente governam a quarta maior cidade de Haiti, Gonaives. Também não conseguiram desarmar ao antigo e brutal exército de Haiti, e de fato premiaram-no com uma recompensa de 29,5 milhões de dólares. A estratégia política da ONU foi a de propiciar, com a ajuda de eleições, a lavagem da bem merecida reputação que esses indivíduos têm como violadores dos direitos humanos. Apesar de que se acha que esses grupos estão momentaneamente dormentes e/ou que foram suficientemente cooptados, a longa busca da ONU da estabilidade política tem relegado às futuras gerações ao carrossel da instabilidade política.

Enquanto a ONU implementou fielmente a estratégia da administração Bush de desmembrar o movimento Lavalas de Aristide, este foi infiltrado também pelas opulentas elites de Haiti, que foi a verdadeira força por trás do que os grandes meios informativos proclamaram como o levantamento popular que derrocou a Aristide em fevereiro de 2004. Pode-se dizer que foi a forma de fazer negócio da reduzida elite adinheirada o que acabou criando um abismo enorme entre ela e grande parte da maioria haitiana desesperadamente pobre, o que historicamente deu origem a Aristide e a seu movimento Lavalas.

As massas de pobres marginados viam a Aristide e ao movimento Lavalas como a única força política que jamais tenha representado seus interesses em toda a história de Haiti. Por este motivo somente resistiram à violência patrocinada pelo Estado e às perseguições políticas levadas a cabo durante o regime de Gerardo Latortue, instalado pelos Estados Unidos e provista de legitimidade sob a égida de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Seguem até hoje arriscando a vida em manifestações de apoio a Aristide e a Lavalas, apesar do preço tão alto que tiveram que pagar por sua confiança em Lavalas, cujo princípio primordial era de que as massas pobres tinham direito a jogar um papel na determinação do futuro de Haiti, e portanto do futuro de seus filhos.

As multitudinarias manifestações de 7 de fevereiro ao longo do país, exigindo a volta do derrocado presidente Jean-Bertrand Aristide, passaram em sua maior parte desapercibidas pelos grandes meios informativos, em contraste à avalanche de informações dois dias mais tarde quando as forças das Nações Unidas, conhecidas pelo acrónimo MINUSTAH, lançaram outra de uma longa série de operações militares no bairro costeiro de favelas Cite Soleil. Apesar de que o objectivo da incursão foi teoricamente livrar ao bairro das quadrilhas, seguiu umha pauta que apontava à estratégia central adoptada pela administração Bush.

Com anterioridade a esta última ofensiva militar da ONU no bairro de baiucas mais desesperado da capital de Haiti, já se tinha estabelecido um padrom entre as expressões de apoio ao presidente derrocado e as operações militares da ONU. Em 16 de dezembro passado vimos a outra grande manifestação de apoio a Aristide que começou em Cite Soleil, e seis dias mais tarde a ONU levaria a cabo um assalto mortífero que os residentes e grupos de defesa dos direitos humanos dizem que ocasionou uma grande matança de vítimas inocentes. Não membros de quadrilhas como a ONU diria mais tarde, se não residentes desarmados que tentavam fugir dos disparos que segundo eles vinham fundamentalmente das forças de paz da ONU.

O 22 de dezembro de 2006 teve o que seria chamado um segundo massacre perpetrado pelas forças da ONU em Cite Soleil, parecida às acusações anteriores provocadas pela operação militar de 6 de julho de 2005. Na matança produzida em 6 de julho de 2005, a ONU sustentava que somente seis bandidos tinham sido morridos, ao passo que organizações locais de defesa dos direitos humanos e activistas comunitários alegavam que uns 70 residentes desarmados poderiam ter caído ante os disparos da ONU. A ONU foi ainda mais longe e asseverou que, apesar de que não estavam em condições de precisar o número exacto de mortos, se tivessem residentes entre os mortos isto se deveu à acção dos as quadrilhas em vingança contra aqueles que eles achavam que tinham aplaudido as operações militares da ONU. Para os partidários do presidente derrocado, a incursão do 6 de julho de 2005 foi vista principalmente como um ataque preventivo da ONU e das elites opulentas de Haiti para asfixiar o impacto dos protestos que estavam programadas para o dia do aniversário de Aristide, que teria lugar nove dias após o 15 de julho. O paralelismo entre os dois acontecimentos é inegável, e a maior vergonha é que nenhuma organização internacional de direitos humanos, inclusive Amnistia Internacional, jamais quis levar a cabo uma investigação séria sobre essas acções militares da ONU, apesar das petições dos sobreviventes e das famílias das vítimas.

As manifestações exigindo a volta de Aristide e justiça para o movimento político Lavalas não cessarão apesar das operações militares da ONU contra as quadrilhas que eles erroneamente acham que está por trás deles. Apesar da propaganda de parte de jornalistas bem situados, que alimentam a imagem de Lavalas como a de um grupo constituído exclusivamente por fanfarrões, a imensa maioria do movimento está composta pelos mesmos representantes das maiorias pobres de Haiti que estão a ser assassinados pelas balas da ONU.

Enquanto muitos nos grandes meios informativos descrevem a realidade da população de Cite Soleil como formada por duas categorias de pessoas, a primeira composta por residentes indefesos surpreendidos pelo fogo cruzado, e a segunda por pandilheiros, há uma terceira força que não vai desaparecer. Trata-se de gente consciente e inteligente que se opõe à ocupação de seu país pela ONU. Não têm nenhum tipo de armas mais que a convicção de que são Aristide e Lavalas os que representam a eles e a um futuro melhor para seus filhos. Os partidários de Aristide e de Lavalas acham que têm o direito de manifestar publicamente suas convicções. Desafortunadamente, a ONU já demonstrou qual é sua postura em relação ao direito de expressão reivindicados pelos seguidores de Aristide e seu movimento Lavalas.

Onde está Amnistia Internacional e demais ONG?

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