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Maceda, Vigo e Corunha som as localidades galegas que podem alegrar-se de terem contado nalgum momento com a estada do dirigente e combatente comunista José Gomes Gaioso. Da primeira de nascença. Da segunda onde se formou profissionalmente e como militante. Da terceira, a nossa, a cidade da Corunha, onde passou os últimos momentos e alguns dos mais intensos da sua vida.
Nasceu, como dixemos, em Maceda um 28 de Abril de 1909, de família humilde e popular. Como a sua irmá, fuzilada polos fascistas, foi mestre. José exerceu em Lavadores. Também trabalhou como administrativo na Singer de Vigo. Foi nesta cidade que iniciou o seu rumo político ao participar de manifestaçons e do sindicalismo em que se formou politicamente. Este ativismo nom era bem visto polo pai, facto que provocou a rutura e abandono da morada familiar aos 18 anos.
Como militante estreia-se nas Juventudes Socialistas, mas em 1932 ingressa no PC encorajado pola sua companheira e da mao de Garcia Figueira. Chega a ser Secretário de Organizaçom em 1935.
Foi em Vigo que acompanhou Castelao dando comícios em favor do Estatuto de Autonomia.
O alçamento fascista encontrou Gomes Gaioso num curso em Madri de formaçom marxista de quadros.
Como dirigente comunista estivo na Comissom de Organizaçom do PCE, foi importante o seu papel na formaçom das Milícias galegas que haviam integrar o Quinto Regimento de Henrique Líster. Com o tempo foi-se especializando em agitaçom e propaganda. Escrevia em multidom de meios como El combatiente ou Nueva Galicia ?preocupado sempre polos problemas específicos da Galiza-, intervinha em muitas ocasions na rádio e costumava deslocar-se perto das linhas inimigas com megafonia para que os soldados galegos recrutados polos fascistas se passassem ao bando republicano, sempre se dirigia a eles com grande poder de convicçom e na nossa língua. Numha viagem à URSS, coincide novamente com Castelao nos atos do 1º de maio de 1938.
Perdida a Guerra Civil instala-se no Estado francês e coincidindo com o início da Segunda Guerra Mundial viaja em primeiro termo à República Dominicana (Santo Domingo) e mais tarde a Cuba (Havana). Em 1941 vai-se para Nova Iorque e posteriormente ao México para ir-se à América do Sul. Retorna ao Estado espanhol com documentaçom falsa em 1944 e ao ano seguinte passa a dirigir o PCE na Galiza, impulsionando a intensificaçom da guerrilha no País. Junto com António Seoane logrou que a guerrilha experimentara umha maior politizaçom, desenvolvimento e presença social mediante constante propaganda e açons armadas espetaculares. Gaioso era o chefe político-militar da guerrilha galega.
Identificado como ?Lopes? e, por vezes, como ?Jám? introduziu aos quadros menos conscientizados umha ideologizaçom e militarizaçom intensa que deu os seus frutos.
Resultou gravemente ferido em 11 de julho de 1948 num confronto armado com a polícia, entre o segundo e terceiro andar do nº 23 da rua Real, quando caiu numha armadilha tendida por um delator.
Foi Detido na rua do Papagaio depois de umha perseguiçom. Esvaziárom-lhe o olho esquerdo no Hospital da Caridade. Sofreu arrepiantes interrogatórios e torturas durante várias semanas no quartel e no calabouço da prisom provincial da Torre. Assassinado polo fascismo em 6 de novembro de 1948 coincidindo com a morte do chefe do falangismo local Juan Canalejo.
Os seus restos descansam na parcela número 98 do cemitério corunhês de Santo Amaro. Hoje existe a dúvida de se foi assassinado a garrote vil ou fuzilado devido à grandíssima pressom internacional que existia para salvar a sua vida.
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Nasce um novo centro social: o Gomes Gaioso, na Corunha
Nasce na Corunha o *Centro Social Gomes Gaioso*, que leva o nome de um conhecido sindicalista e e guerrilheiro antifascista, fuzilado em seu dia pola repressão da ditadura. O nome escolhido explica também o enquadramento polÃtico deste centro social…
http://www.youtube.com/watch?v=_n4v9LRh45Q
Saúde e Rebeldia!