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O Centro Social Ocupado das Atochas está ameaçado já formalmente de despejo. Um espaço libertado pode desaparecer da Corunha num prazo relativamente breve de tempo. Dos ires e vires burocráticos e judiciários depende que esse prazo seja mais cercano ou mais longíquo. Tras de si, As Atochas deixam um legado importante de actividade sócio -cultural e de labor de conscientizaçom em questons como a memória histórica, a resistência contra o capitalismo e o fascismo, a luita pola cultura com maiúsculas...nom nos corresponde a nós fazer recensom de tudo aquilo que viu a luz, ou que achou acubilho nas Atochas. Apenas manifestar o nosso reconhecimento à sua curta mas intensa bagagem, que de maneira algumha vai passar desapercibida.
Este primeiro aviso dos tortos interesses inmobiliários, que nom perdoam a interposiçom contestatária do movimento de ocupaçom no seu caminho, chega num momento no que o grosso da nossa massa humana está desactivada. Tempo de feriados, no que parte de nós nos deslocamos às nossas terras de origem, nos que andamos bastante desartelhad@s e dispers@s. Ainda que nom podemos garantir a nossa presença como colectivo na manifestaçom de dia 26 às 17 horas, a nossa vontade colectiva e as nossas vontades individuais estarám com o clamor das gentes que reivindicarám o direito a ocupar, o direito a estar. Estaremos na solidariedade essencial que é o ar do que respiram todas as experiências autogeridas em qualquer das suas formas. Estaremos na solidariedade essencial que preserva o tecido d@s que nom queremos mais hoteis de luxo, nem mais aparcadoiros subterráneos, nem mais viais para tráfico rodado, nem mais urbanizaçons e sim queremos mais cultura, mais convivência, mais festa, mais intercámbio, mais diálogo, mais debate, mais mestizagem...mais vida em harmonia com o espaço, sem que o espaço se encha de barrotes para o ser humano, nem o ser humano se convirta num parasitador do espaço.
Transmitir, como partícipes deste projecto que se chama Centro Social Gomes Gaioso, a nossa solidariedade com o pessoal da Casa das Atochas, e emprazar aos e às nossas companheir@s a continuar encontrando-nos nas frentes comuns que estám aí fora e trascendem as paredes dos Centros Sociais e mesmo as siglas dos colectivos. E chamar ao povo a se manifestar contra a palmária injustiça que significará o despejo da Casa das Atochas.
Sábado, 26 de Dezembro, às 17 horas no Campo da Lenha
Manifestaçom contra o despejo das Atochas
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