Somos escola de revoluçom galega

Somos escola de revoluçom galega

17-04-2014

A XI Escola de Formaçom decorreu com completa normalidade entre a jornada de sexta-feira e domingo passados. A militáncia juvenil de BRIGA mais a estudantil de AGIR juntamo-nos por undêcimo ano consecutivo, desta volta na paróquia viguesa de Candeám, onde um tempo veranego nos acolheu durante toda a estáncia. O Grupo de Base de Vigo, o organizador deste evento, cumpriu com o seu labor desenvolvendo com totais garantias e planificaçom o conjunto de atividades da jornada.

AGIR e BRIGA temos vários agradecimentos que fazer, antes de mais. Nomeadamente às pessoas que do Centro Social Lume! se preocupárom com que tivêssemos umha ceia estupenda num local perfeitamente acondicionado para juntar-nos a todas e todos. A ceia que nos dérom cumpriu as expetativas, e o serviço foi realmente proveitoso.

Nom menos agradecimentos devemos a KaveGZ, cantor de rap galego que nos dedicou com o seu habitual entusiasmo e expressividade um recital de música combativa, de rua, cantada desde a experiência de luita e dedicada à continuidade desta.

Com certeza, também queremos agradecer à associaçom de vizinh@s de Candeám a cessom do seu local para o nosso acomodamento.

E por último, à equipa do Alakrám Vermelho do Porrinho. Um coletivo organizado à volta do desporto de contato que está a socializar no nosso país, aos poucos, a prática sá e consciente de modalidades desportivas que enriquecem o nosso desenvolvimento como jovens com umha cabeça, e também com um corpo, que cultivar e saber utilizar para o nosso próprio bem e satisfaçom.

Jornada de recebimento

Como sempre, sexta-feira transcorreu com a progressiva chegada de companheir@s de distintos pontos do País até Vigo. Quem antes, quem depois, foi chegando até juntarmo-nos todas as pessoas aguardadas para essa noite a escuitar o discurso de boas-vindas do companheiro Óscar, responsável de BRIGA na cidade mais grande do país.

Com as suas palavras de acolhida demos passagem a uns petiscos preparados pola militáncia, que finalizou com a realizaçom dum jogo por equipas de habilidade e agilidade mental. Afinal, sem esperá-lo, adentramo-nos em plena madrugada à volta deste jogo de mesa, para finalmente ir passar a noite nom sem antes ter começado a conhecer nov@s companheir@s e a reencontrar-nos com antig@s.

Sábado: roteiro e formaçom

Os seis quilómetros do roteiro das Mámoas, com direcçom circular e finalizaçom na Madroa, onde jantamos, decorrêrom durante umha manhá que começava a ameaçar umha suorenta calor. Como em todas as ediçons anteriores, o passeio serviu para conhecermos um novo espaço do nosso meio natural. Esse mesmo meio que nos proporciona a riqueza da que somos donos e cujo aproveitamento responsável deve ser inescusável objetivo revolucionário. Um país rico como poucos nom pode permanecer impassível ante a sistemática destruiçom, sobreexploraçom e/ou desuso do seu próprio território, esbanjando as imensas potencialidades económicas que oferece e que som o sustento material do nosso desenvolvimento produtivo.

Durante o jantar, e mesmo durante o percurso, pudemos falar sobre a história dos jazigos arqueológicos (as mámoas neste caso), algo ocultos, testemunhas dum passado nom tam remoto. Testemunhas funerárias dumhas tribos prerrománicas esquecidas na mitologia da história espanholista e fruto de variadas e contrapostas interpretaçons ainda por desenvolver.

Ao regresso ao local, acondicionamos o mesmo para receber o Carlos Morais, membro da Direçom Nacional de NÓS-Unidade Popular e secretário geral de Primeira Linha. Este veterano militante patriota e comunista assistiu carregado de argumentos para colocar sobre a mesa várias ideias chave que devem ser discutidas, argumentadas, expostas e defendidas, para compreendermos porquê umha militante da esquerda socialista ou comunista na Galiza nom pode ser senom independentista. A interligaçom das luitas nacionais, sociais e de gênero, fôrom expostas sob esta interpretaçom unificadora e com um potencial de intervençom de horizontes muito mais avançados que as conhecidas teimas espanholistas, essencialistas, identitaristas, ou confussas práticas e estratégias misturadoras pretensamente novidosas.

Pouco a seguir interveu Carlos Garcia Seoane, durante anos Responsável Nacional da nossa organizaçom e que pola primeira vez participava desta escola apenas como ponente dumha das suas palestras. E nom foi pouca participaçom. Carlos soubo erguer dúvidas, picar o coraçom dalguns dos interrogantes mais ocultos pola ideologia dominante e pola descarada falta de formaçom teórica que reiteradamente propomos subsanar. Formaçom que tanto trabalho requer, e por isso tam frutífera e avançada pode chegar a ser. Dumha óptica claramente marxista, dialética e materialista, Carlos guiou-nos por um roteiro de pensamento inçado de entraves que superar com o exercício do pensamento racional, para achegar-se ao dia a dia da praxe militante, só compreensível e explicável à volta dum esforço inteletual brilhante e exaustivo.

Para rematar... os sábados sempre acabam com algo de festa! Já dentro da área urbana de Vigo, e do nosso Centro Social de referência na mesma, o Lume!, pudemos gozar dumha ceia deliciosa, o concerto de que já falamos, e mais e mais debate, diálogo e camaradagem.

Domingo: dia de folga?

Muitos domingos aproveitamos para folgar algo. Mas nom foi o caso. A equipa do Alakrám Vermelho do vizinho concelho do Porrinho, e a militáncia independentista figemos um coquetel explosivo de entretenimento, sacrifício, e muita muita liçom que levar para a casa: o papel do desporto e da preparaçom física nas nossas vidas. Nom apenas como pessoas preocupadas com a saúde e o cuidado dumha das dúas ferramentas de trabalho que temos: o corpo. Mas também como conhecedores/as da importáncia que tem umha boa disposiçom física para um melhor equilíbrio e para um combate ao que @s revolucionári@s nom podemos prescindir, e no qual o corpo, para bem ou para mal, joga um importante papel.

A introduçom ao grappling, graças a entre outros o camarada e campeom nacional Pichel, sob a direçom do caro Jano, tem introduzido após onze anos umha novidade nas Escolas de Formaçom, como antes o figera por exemplo a gincana na Estrada. A suor foi muita. O sacrifício também. Aproximadamente 4 horas de tempo. E muitas liçons recolhidas deste exemplar projeto de base que é a escola do Alakrám Vermelho. Também, muito entretenimento, técnicas e exercícios físicos aprendidos. Umha experiência inapagável que formará parte do nosso calendário individual e coletivo.

Após o intenso seminário prático voltamos a Candeám para jantar, recolher e limpar o local, nom sem antes recebermos o discurso de despedida por parte da companheira Antia, de AGIR, que transmitiu a importáncia de jornadas formativas e de convivência para a militáncia juvenil revolucionária e os seus desejos de que venha mais umha ediçom da Escola de Formaçom.

AVANTE A UNIDADE JUVENIL DO MOVIMENTO DE LIBERTAÇOM NACIONAL!
AVANTE A ESCOLA DE FORMAÇOM!
ORGANIZA-TE, DEFENDE-TE E LUITA!

Escrito ?s 12:14:41 nas castegorias: EF '14, Crónica
por agir_briga   , 1079 palavras, 1763 visualizaçons     Chuza!

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