Crónica da Escola de Formaçom´09

Crónica da Escola de Formaçom´09

07-04-2009

Regressamos da Estrada. Dezenas de militantes, colaboradores/as e amig@s das organizaçons independentistas BRIGA e AGIR, volvemos a estar nas nossas comarcas de origem após um fim-de-semana de convívio e formaçom. Na Estrada, comarca de Taveirós, @s companheir@s da zona ofertárom-nos um fantástico programa de actividades variadas e colectivas. Por sexto ano consecutivo, com o compromisso d@s organizadoras/es e a disposiçom de tod@s , desenvolveu-se a Escola de Formaçom '09 na paróquia de Guimarei. Estivemos acampad@s a carom da histórica torre de Guimarei atacada polas revoltas labregas irmandinhas e em estado deplorável e propriedade privada que impede a sua visita.

Sexta-feira de preparaçons e chegadas
Ao longo da sexta-feira, um grupinho de companheir@s fôrom acondicionando o terreno para facilitar à mocidade de todo o País a sua chegada a esta comarca interior do País. O clima acompanharia até o dia seguinte, permitindo que se celebrasse umha churrascada numha noite que remataria recolhendo-nos arredor de duas lumeiras, gaitas e cunchas, cánticos, conversas e como nom, chouriços e cachelos.

Sábado de cans, caminhada e formaçom
A manhá despertou coberta de nuvens que deixárom as veigas enchoupadas durante o resto de fim-de-semana. Assim foi que decidimos mudar os horários e colocar as palestras de manhá e deixar o roteiro para a tarde.


Xane e José começárom falando-nos de conceitos políticos típicos para os usarmos com propriedade. Fomentando a intervençom e o debate entre diferentes perspectivas fruto de diferentes leituras e conhecimentos, a palestra alongou-se até deixar passagem à de Rute e Iago. Quando nos falavam de assemblearismo, de ferramentas de intevençom básicas para desenvolver trabalho político juvenil, vinhérom do céu, como a chuva, 7 exemplares do fracasso educacional na Galiza. Vestidos em fato verde de pés a cabeça, tranpostados em 3 carros da Guardia Civil espanhola, o mesmo corpo que manchou de sangue a Galiza dos anos 30 pretendeu turvar o decurso normal da nossa Escola. Conseguírom, sim, interromper-nos durante 90 minutos. E conseguírom, também, aportar a esta Escola de '09 um exemplo prático de repressom do Estado espanhol e das forças de ocupaçom. Requerindo-nos a identificaçom íntegra das pessoas presentes, lembrárom-nos que a livre circulaçom é tam falsa como o direito à reuniom ou à pluralidade política. Aprofundaremos neste acto de perseguiçom a cargo da delegaçom do governo espanhol num outro comunicado...


Dáni e Jacobe prosseguiriam informando-nos sobre como previr, precisamente, a intervençom da repressom na nossa vida, privada e pública, como militantes da esquerda independentista. Com eles pudemos conhecer exemplos práticos que incentivar entre nós, e fazer certa a possibilidade de empecer o entremetimento alheio nas nossas vidas, quer o ilegal, quer o permitido pola legislaçom.

Mais tarde, Heitor falou-nos do reintegracionismo, destacando aspectos elementares de gramática e de sociolingüística, apoiando-se numha extensa bibliografia que nos recomendou, e em numerosos exemplos e algumha técnica para lembrar as regras básicas da escrita.

A caminhada decorreu de tarde, quando abriu o céu. Deslocando-nos até o limite entre os concelhos de Silheda e Vilar de Cruzes, andamos polas Fraga dos Frades, entre o mosteiro do Carvoeiro e a Fervença do Rio Toja, por onde afortunadamente se conserva muita flora autóctone. Um pequeno díptico sobre o percurso informava @s participantes das espécies que pudemos ver na zona. Em várias paradas, o grupo de Taveirós dava conta da cultura e história do lugar, assim como do atentado ambiental do AVE na zona; efeito que pudemos contemplar em primeira pessoa.

Foi um tempo magnífico para o exercício e o contacto com a natureza, ao longo de pendentes acusadas e um simulacro de escalada na margem da fervença. Mais um ponto da Galiza que conhecemos sobre o terreno graças às Escolas de Formaçom.


A noite remataria no próprio centro urbano da Estrada, de troula após umha ceia num local acolhedor com gaiteirada incluida com um grupo do lugar.

Domingo innovador
A proposta para finalizar foi umha gincana. Desde as 11 da manhá o concelho da Estrada foi um tráfego de jovens cargad@s de ganas para superar as provas localizadas seguindo as pistas dum mapa. Horas de caminhada ininterrompida e de galopadas intensivas que nos deixariam desfeit@s durante umhas horas, baixo um sol incansável e um jantar esperando-nos de volta ao ponto de acampada. A seguir, a já consolidada assembleia de valorizaçom para sublinhar em quente o melhor e o pior; o que conservar para o 2010 e o que retirar ou recuperar.


Com as imagens que acompanham esta notícia queremos mostrar graficamente a beleza da autoorganizaçom, e os lugares físicos e simbólicos que construem o nosso projecto emancipador. Esperemos que sejam motivo de lembranças para alguns/mhas, e de exemplo e incentivo para muit@s mais. Luitando fazemos possível a utopia. A por ela.

Organiza-te e luita com a juventude independentista e revolucionária!

Escrito ?s 17:04:32 nas castegorias: EF '09, Crónica
por agir_briga   , 862 palavras, 2202 visualizaçons     Chuza!

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