Crónica da EF´05

Crónica da EF´05

21-03-2005

SEXTA-FEIRA 18 de Março
O autocarro foi recolhendo militantes, simpatizantes e achegad@s das duas organizaçons por comarcas de toda a Galiza durante a tarde da sexta-feira, chegando a Salvaterra nas primeiras horas da noite. Após as emotivas boas-vindas da Responsável local de AGIR e do Responsável comarcal de NÓS-UP (quem lembrou os seus primeiros passos na militáncia da esquerda independentista a través de AGIR), reunimo-nos na taverna popular O Nosso Eido para a primeira ceia. Durante o transcurso da mesma, agradeceu-se a Manuel Soto e à Sociedade Cultural e Desportiva do Condado a sua implicaçom e generosidade à hora de colaborar connosco para fazer possível a Escola de Formaçom´05.

A seguir iniciou-se a repichoca, que começou só com uns/umhas pouc@s músic@s, mas que acabou arrastando a mais de meia dúzia de pessoas que com a sua música acompanhárom as danças populares e enchêrom a noite com acordes de rebeliom.

SÁBADO 19 de Março

Após o almorço, foi-se de roteiro por Salvaterra, que seguindo as bandas do Minho num primeiro momento, ascendia pola aba do vale permitindo albiscar umha magnífica vista de grande parte da comarca do Condado. Ao ar livre Manuel Soto deu umha charla em que pujo de manifesto a tradiçom contestatária que tivo a comarca do Condado já desde a ditadura franquista, assim como umha pequena resenha da actividade política contra os planos de ordenaçom urbana impulsionados polos caciques da zona, as reformas agrárias antipopulares, etc. Ao fim da mesma, tivemos oportunidade de visitar umha das adegas da comarca, onde fomos convidad@s a umha degustaçom do vinho branco que lá elaborava.

Depois da volta e do jantar, começárom os seminários, ministrados no salom de actos. O primeiro estivo a cargo de André Seoane Antelo, membro da Direcçom Nacional de NÓS-UP. O tema a tratar foi a Actividade política estudantil-juvenil, que polo amplo dos seus conteúdos deveu ser sintetizada em extremo. A divissom realizada polo conferencista centrou-se em três grandes unidades: Umha primeira parte, em que tratava de definir-se o que é a política e as suas categorias e conceitos associados básicos (estrutura, estratégia, táctica, cojuntura?), a segunda parte, centrada nas campanhas, no seu desenho, tipos e fases, e umha terceira que abordava a comunicaçom social e alguns dos meios existentes mais empregados para socializar o projecto revolucionário do MLNG (panfletos, vozeiros, web?). O debate posterior centrou-se na necessidade de transmitir e defender com a necessária contundência, conhecimento de causa e flexibilidade dialéctica a nossa ideologia e praxe política, além doutras questons, como o fulcral que é como objectivo estratégico a criaçom do projecto de Escola Nacional Galega, em processo de debate e confecçom por parte de AGIR na actualidade. Também se fijo um pequeno repasso crítico dos maiores acertos e erros da política estudantil-juvenil nos últimos anos.

O seguinte seminário, ministrado por Carlos Morais, membro também da Direcçom Nacional de NÓS-UP, tratou sobre História da Esquerda Independentista. A demora em relaçom com o horário previsto provocou a partiçom da conferência, cuja segunda parte teria lugar na manhá do dia seguinte. Nesta primeira exposiçom, fijo-se umha análise cronológica que se iniciava nos anos sessenta, com a fundaçom da UPG, expondo depois as sucessivas cisons e eventos que dérom lugar aos diferentes sectores do nacionalismo galego actual, tomando como fio condutor e nó central a esquerda independentista. As sucessivas experiências armadas e intentos de unidade orgánica da EIN ocupárom boa parte deste seminário.

Rematada já a primeira parte e depois da ceia, tivo lugar no local Santa Sede o concerto de Presencia Zero, que com a contundência do seu metal em galego erguêrom dos assentos a grande parte do público, que coreou entusiasmado os seus temas. Nos interlúdios, escuitárom-se consignas como "Povo armado, povo respeitado", "Independência" e "Fora as forças de ocupaçom". Umha vez rematado o concerto, a festa continuou durante várias horas com boa música e o bom ambiente que dava o conhecimento de ser essa a última noite da Escola até o ano seguinte.

DOMINGO 20 de Março
O derradeiro dia tivo lugar umha outra palestra, levada a cabo por Vreixo Formoso, membro da Mesa Nacional de BRIGA, sobre Segurança e Internet. A temática desta palestra, aborda um tema de grande actualidade, e de fulcral importáncia a dia de hoje. O desconhecimento da grande maioria da militáncia juvenil sobre quais som as regras de segurança básica à hora de introduzirem documentos internos no computador, enviá-los a través da rede, manter conversas a través de Internet, etc, fazia esta intervençom imprescindível. A maioria das perguntas originadas à roda da charla centrárom-se em questons técnicas, focadas em temas básicos e nos graus de perigosidade que entranham muitas acçons comuns, desde apagar arquivos até enviá-los a um/umha companheir@.

Depois dum descanso, retomou-se a segunda parte do seminário da História da Esquerda Independentista, centrado já nos últimos anos e no decorrer do MLNG durante este período, a experiência unitária a raiz do Processo Espiral, etc. Também se fijo umha análise crítica das diferentes correntes políticas existentes a dia de hoje na esquerda independentista.

Umha vez jantad@s, dirigimo-nos a realizar o que seria o acto final da Escola de Formaçom 2005, a nossa assinatura pessoal que despedia estes três dias de confraternizaçom e reflexom, estes dias em que o ánimo de luita, a consciência de quem somos e de onde vimos, do que queremos e polo que luitamos, ficou debuxado num muro de formigom, como recordatório silencioso de que nom ficaremos calad@s nem com a olhada baixa, mas marcharemos junt@s, sem importar quem trate de impedi-lo, a través dos nossos caminhos, os caminhos da subversom.

Escrito ?s 18:36:34 nas castegorias: EF '05, Crónica
por agir_briga   , 1034 palavras, 1146 visualizaçons     Chuza!

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