Crónica da Escola de Formaçom´07

Crónica da Escola de Formaçom´07

04-04-2007

A paróquia oleirense de Santa Cruz acolheu até 1 de Abril as três jornadas de convívio, lazer e formaçom com as quais AGIR e BRIGA oferecêrom umha alternativa socialista para iniciarmos as férias de Primavera.

SEXTA-FEIRA 30 de Março

O trabalho conjunto à volta do acondicionamento do local de descanso e a juntança arredor dumha ceia foi o início dumha noite dedicada à dança e a música tradicional, numha repichoca que permitiu o diálogo e o conhecimento mútuo de jovens estudantes e/ou trabalhadoras/es militantes e simpatizantes das organizaçons estudantil e juvenil do MLNG.

SÁBADO 31 de Março

Adiantando o mais possível a hora de erguer-se, para nom retrasar demasiado o programa de actos na jornada mais densa, pugemo-nos em marcha com a única comida ao ár livre que nos permitiu o clima, frio e chuvoso, durante toda a Escola de Formaçom. Nov@s jovens aderírom nesta manhá a umha Escola que se adentra na sua parte mais formativa.

A manhám comezou com a intervençom da Responsável Assembleia de AGIR na Corunha, quem deu as boas-vindas e dirigiu umhas palavras acerca do desenvolvimento da Escola.

Depois André Seoane ministrou umha palestra introduzindo umha análise histórica das luitas obreiras para desembocar numha interpretaçom marxista da actual correlaçom de forças de classe na Galiza. O companheiro, trabalhador do metal, aportou para o quaderno de formaçom editado com o galho desta Escola um extenso e enriquecedor texto que empregou de guia na sua conferência. Graças a esta, pudemos escuitar e debater qual o sentido mais apropriado para a intervençom social em chave nacional desde o envolvimento das forças vivas do Trabalho na emancipaçom que procuramos. Entre outros muitos pontos tocados, as transformaçons do aparelho produtivo, principalmente a terciorizaçom da economia galega no novo sêculo, permitírom que o companheiro reivindicasse a vigência do legado teórico-prático do socialismo numha sociedade que permanece ancorada e dividida polo princípio capitalista da propriedade privada dos meios de produçom.

Posteriormente, Daniel Lourenço, antigo Responsável Nacional de AGIR e um dos seus fundadores, achegou às e aos presentes um percurso dimensionado a través da história da autoorganizaçom estudantil, vincando no desconhecimento de precedentes modelos, como os havidos a começos do sêculo XX ou na época da chamada "transiçom espanhola". Para além de reflexionar sobre o papel do independentismo no movimento anti-LOU e as características fulcrais desta vaga contestatária que surgiu com a mesma intensidade com que se apagou, ofereceu mais umha vez a sua experiência combativa e militante nas aulas da Galiza ao longo de vários anos, principalmente orientada a encorajar o mantimento do modelo militante de AGIR como motor de agitaçom permanente contra a espanholizaçom e a mercantilizaçom do ensino. A palestra foi acompanhada de diverso material documental e fotográfico.

Após o jantar, continuamos de tarde com a intervençom de Carlos Morais, quem se debruçou, numha interessante achega ao mais tangível presente, sobre os novos modelos e procedimentos de intervençom da esquerda para discriminar a sua legitimidade, a sua conveniência e a sua validez. Em base a seis pontos específicos que justificam a luita na Galiza do sêculo XXI, propujo um debate focado sobre diferentes campos da realidade juvenil galega onde se reflectem as contradiçons do capitalismo neoliberal, e nas quais acha de importáncia estabelecer os pilares que conduzam à forma mais efectiva e conseqüente de luita.

Finalmente, as companheiras Rute Cortiço e Zéltia Fernandes intervinhêrom na palestra feminista debulhando as manifestaçons concretas do patriarcado no entorno e no interior da actividade militante. Partindo dumha crítica própria realizada em funçom de aspectos concretos nos quais se vissibiliza a adopçom reaccionária de roles de género, convidárom as e os presentes a opinar acerca dos temas sugeridos, tais como o paternalismo na militáncia, a divissom do trabalho na organizaçom revolucionária conforme a padrons sexistas, a restriçom do discurso feminista a eventos e datas concretas, etcétera...

A continuaçom, o conjunto d@s presentes deslocamo-nos a pé de praia para goçar dumha fraternal ceia que se complementou com umha noite de festa para aquelas/es a quem nom vencera o cansaço.

DOMINGO 1 de Abril

Acordamos com menos presa que a jornada anterior, dispost@s a realizar o habitual roteiro organizado nas Escolas de Formaçom. Aguardava-nos o castelo de Santa Cruz, onde se sedia o Centro de Extensom Universitária e Divulgaçom Ambiental da Galiza. Umha trabalhadora desta fundaçom pública guiou um percurso pola contorna da fortalezaa, relatando a história deste enclave involucrado na defesa da cidade de A Corunha. Declarado Bem de Interesse Cultural, foi propriedade do homem de Emília Pardo Bazám e do exército espanhol, para acabar hoje em dia em maos do Concelho de Oleiros.

Esta visita guiada permitiu-nos também conhecer a flora exótica e nacional protegida na ilha, assim como a única habitaçom que conserva vestígios do passado no prédio, por mor do espólio efectuado polo exército quando vendeu o mesmo.

De regresso à zona de "acampada" enfrentando-nos contra a maré de chuva que caia, organizamos o derradeiro jantar após o qual iniciamos a recolhida e limpeça das instalaçons ocupadas durante mais de 48 horas.

A assistência de nov@s companheir@s de novas comarcas do País, a participaçom dumha alta percentagem da militáncia de ambas organizaçons e a força da camaradagem figérom com que goçássemos duns dias fantásticos.

Já em 2008 chegará a V Escola de Formaçom da juventude do MLNG, no que será um fito importante, e de certo que alargado com novos rostos e combates. Até entom, BRIGA e AGIR continuarám dinamizando a organizaçom da mocidade galega, comprometendo-nos a dar o melhor exemplo de compromisso com a luita como único caminho para a consecuçom da emancipaçom nacional, social e de género desde as aulas, as ruas, os centros de trabalho e os bairros da nossa pátria.

Adiante a mocidade organizada!
A luita é o único caminho!

Escrito ?s 14:06:10 nas castegorias: EF '07, Crónica
por agir_briga   , 1073 palavras, 1620 visualizaçons     Chuza!

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