A Associaçom Reintegracionista de Ordes no periódico Gralha

A Associaçom Reintegracionista de Ordes no periódico Gralha

31-01-2010

Umha das principais eivas dos movimentos sociais é o seu contínuo aparecer e desaparecer, a sua falta de continuidade, e dificuldade para transmitir os ?conhecimentos da dissidência? entre gerações. Por isso a memória histórica é também recordar e reconhecer o trabalho de outros colectivos e pessoas que permitem que hoje siga a existir umha comunidade nacional galega que se nega a claudicar. Aqui repassaremos, através das páginas do periódico Gralha (precursor do Novas da Galiza), as notícias relativas à ARO, Associaçom Reintegracionista de Ordes.

Desde o primeiro número, saído em Fevereiro de 1994 como ?Gralha. Boletim Cultural?, aparece a ARO dentro dos colectivos reintegracionistas do país. A partir de aí estas som as notícias relativas à sua actividade:

AS RUAS DE ORDES
A Associaçom Reintegracionista de Ordes acaba de editar um folheto para reivindicar os nomes tradicionais das ruas da vila que foram selvagemente alterados aquando da usurpaçom fascista do poder, propondo nalguns casos a substituiçom de nomes de militares sediciosos por outros mais correctos ética e politicamente (como Travessa de Castelão). Que alastre o exemplo!
Gralha. Boletim cultural nº 7. Julho 1995

MAGUSTOS
Celebrárom-se os tradicionais magustos reintegracionistas nas associaçons de Ordes e Ourense. Se os primeiros optárom por fazer o seu magusto popular o dia 28 de Novembro na rua Campeiras de Ordes, em Ourense a A.C. Auriense, A.M.I., Gente da Berreira, Meendinho e Meigas, escalárom o Montalegre para ali desfrutarem em harmónico convívio das castanhas e do vinho novo.
Gralha. Boletim cultural nº 9. Dezembro 1995

POLOS CORREIOS
M. Friám - A.R.O.
(Associaçom Reintegracionista de Ordes)
A HISTÓRIA DA LÍNGUA DE MEENDINHO. (Versom Isolacionista)
No ano 1992 Meendinho Ediçons em Ourense publica a "História da Língua em Banda Desenhada". Esta publicaçom seria distribuída e comercializada através de todos os grupos reintegracionistas da Galiza.
...Isto parece que nom lhes ficou claro aos isolacionistas...
No "Curso de Perfeccionamento da Lingua Galega para Adultos", organizado pola "Xunta de Galicia" e impartido nos locais da Associaçom Juvenil "Xacarandaina" da Corunha entre os meses de Outubro e Dezembro de 1994, a professora, Marta Pumares, encarregada do curso, repartiu várias fotocópias com vinhetas e textos tirados da "História da Línuga", editada polo grupo reintegracionista Meendinho.
Nas vinhetas reproduzidas, nom se respeitam os textos originais nem se cita em nengum sítio o lugar de procedência. Os textos que acompanham os desenhos aparecem modificados e "traduzidos" ao galego imposto pola Junta da Galiza.
...mas nom é tudo...
A professora Marta Pumares chegou à aula do curso afirmando que era ela a autora dos textos e desenhos que apareciam nas fotocópias... que pouca vergonha e criatividade tenhem estes isolacionistas!!
Marta Pumares ao longo do curso sempre mostrou umha inquestionável fidelidade à normativa do "I.L.G.", qualquer intento de debate sobre outras alternativas plantejadas polos assistentes ao curso, era cortado de forma imediata.
As poucas referências que fizo ao reintegracionismo fôrom sempre em tom irrelevante e sempre minimizando e desprezando os postulados lusistas.
Segundo as suas palavras, o reintegracionismo é "questom de grupos minoritários... defendem ideias que conduzem à nada..." ...mas esta opiniom nom lhe priva de aproveitar-se descaradamente do trabalho alheio, alterando e fazendo como algo impróprio à sua "consciência lingüística".
A História da Língua foi um projecto laborioso e novidoso no nosso país, fizo-se com poucos recursos económicos, mas com muita ilusom e criatividade. Todo o contrário ao que os isolacionistas tendes... senhores difusores dos experimentos linngüísticos do I.L.G. e da Junta da Galiza... só sodes vivedores do "oficialismo".
A vossa teoria, senhorita Marta Pumares e senhores isolacionistas é tam frágil que, se vos deixam desamparados, desaparecedes. Em realidade só sodes "espanholitos light", deturpadores e assassinos da nossa língua e da nossa história.
Gralha. Boletim cultural nº 9. Dezembro 1995

A banda desenhada ?História da Língua? (que podes descarregar em pdf. aqui: http://www.culturagalega.org/bd/documentos/historia_da_lingua.pdf) fora umha das acções mais exitosas do reintegracionismo de aqueles anos.

Nele colaborara a ARO, e até rádio e televisom de Cerzeda, e o padroado de cultura e desportos de Ordes, que na altura empregava o galego em normativa internacional lusófona.

Até que em 1996 se funda o Movimento Defesa da Língua, integrando os grupos reintegracionistas de base de ámbito local:

MOVIMENTO DEFESA DA LÍNGUA
Há anos era necessário socializar a teoria reintegracionista que, sem dúvida, enriqueceria o discurso da Vida da Língua e fortaleceria as posições do movimento normalizador. Fruto desta necessidade fôrom nascendo de forma espontânea diferentes Grupos de Base em vilas e cidades do país, a partir do ano 1987: Meendinho em Ourense, ARO em Ordes, CRÊS no Salnês, Marcial Valadares na Estrada, Vª Irmandade em Vigo, Bonaval em Compostela, Artábri em Ferrol e Narom, Aquém-Douro em Tui,... mesmo Renovação em Madrid. Todos eles têm contribuído em grande medida para fazer que hoje o reintegracionismo seja assumido por cada vez mais sectores da sociedade galega.
Contudo, a grande tarefa pendente destes grupos foi a sua coordenaçom que possibilitasse dar umha dimensom nacional ao labor de todos eles, com os objectivos estratégicos históricos do nacionalismo a este nível: REINTEGRACIONISMO LINGÜÍSTICO E MONOLINGÜISMO SOCIAL.
Após várias tentativas fracassadas, por fim se acaba de alcançar o princípio de unificaçom dos grupos normalizadores locais. É o MOVIMENTO DEFESA DA LÍNGUA. Para além dos grupos estritamente lingüísticos (Renovação, Artábria, Meendinho, Bonaval...), incorporárom-se outros colectivos culturais que, no seu âmbito, trabalham pola normalizaçom de umha perspectiva reintegracionista (A Gente da Barreira de Ourense, A.N.E.L., Comissom de Cultura dos E.I.,...).
É um processo aberto com começo numha assembleia constituinte a celebrar o dia 25 de Maio. Esperamos que vaiam aderindo novos colectivos e pessoas até conformar um forte movimento normalizador.
Gralha. Boletim cultural nº 11. Maio 1996

Escrito ?s 20:20:46 nas castegorias: ACTIVIDADES
por ordes   , 914 palavras, 1018 visualizaçons     Chuza!

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