ORDES-
O primeiro de maio - Por iniciativa de um grupo de jovens simpatizantes dos partidos galeguista e socialista, apoiado polas socieades agrárias, celebrou-se em Ordes a festividade do Primeior de maio, pese às dificuldades opostas. A propaganda nom se efectuou por denegar-se a permissom correspondente. Tampouco pudo celebrar-se o mitim público. Limitou-se à celebraçom de festas de carácter popular e umha palestra que sobre o significado da data deu o ex deputado constituinte senhor Soares Picalho.Raza Celta. Órgano del Comité Autonomista Gallego de Montevideo, Ano I, nº 4. Montevideu, 15 de junho de 1934, pág. 12.
Assim descreviam no Raza Galega o 1º de Maio celebrado em Ordes em 1934, seguramente um dos primeiros celebrados na vila e também um dos últimos. Destacam as travas colocadas na sua celebraçom, pois como se costuma dizer, a II República só chegou a Ordes com a Frente Popular. O governo de António Concheiro de republicano só tinha o nome, e os boicotes a actos deste tipo fôrom umha constante no seu governo municipal.
O orador neste Primeiro de Maio, Ramom Soares Picalho, agrarista, foi um dos militantes mais escorados à esquerda do Partido Galeguista. Formado no ambiente de esquerdas de Buenos Aires, preso político na Argentina, fundador do Partido Comunista do mesmo país, homossexual, etc., será umha das personagens mais interessantes do nacionalismo galego de pré-guerra. Sempre tivo especial relaçom com a nossa comarca, como explicaremos em próximas entradas do blogue.
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